Deu na Bandnews FM

27/03/2009
Ontem, 26/03/2009, o novo presidente dos Estados Unidos sstava respondendo perguntas diretamente em um CHAT, em frente a um computador. O mundo estava diante de um acontecimento hist?o entre as rela?s de comunica? entre o comandante de uma na? e seus comandados. Hoje pela manh?estava ouvindo a BANDNEWS-FM e foi feita a sugest?por que o Lula n?faz o mesmo? Algum pobrema?

José Euflávio

27/03/2009
O jornalista William Costa costumava contar aqui na reda? a seguinte hist?: um homem chega a um restaurante e observa um senhor fazendo sua refei?. O homem vira-se para o dono do restaurante e diz que comeria 15 pratos de comida daquela que estava sendo servida ao senhor da mesa ao lado. Depois de alguns minutos o dono do restaurante aposta com o homem para ver se ele come os 15 pratos de comida. O homem aceita a aposta e come?a comer o primeiro prato. Quando termina, pede um copo de ?a, toma-o e vai saindo. Ent? o dono do restaurante lhe aborda perguntando se ele n?vai comer os outros 14 pratos. Ao que o homem responde: amanh?u venho comer o outro prato e assim eu vou comendo, at?hegar aos 15. Igual a essa hist? ? que o presidente Lula contou anteontem no lan?ento do programa Minha casa, minha vida, em Bras?a. S?Para?, segundo Lula, vai ganhar mais de 20 mil casas - o que n??ouco. S?e o presidente Lula n?tem os terrenos para construir todas essas casas nem diz qual a data limite para a entrega dos im?s prontos ?opula?. Lula quer que os governos estaduais e municipais fa? a doa? dos terrenos para que o governo federal possa fazer a constru? das casas. Da forma como o programa est?ncaminhado, dificilmente sair?o papel. O presidente Lula tenta encontrar uma sa? para a crise anunciando programas e projetos, mas acaba mesmo ?azendo pirotecnia e a m?a cai na l?a do presidente sem lhe fazer os questionamentos necess?os. O projeto de Lula ?gual ?ist? do homem e do dono do restaurante - as casas ser?constru?s, s?o se sabe onde nem quando.

Carlos Alberto Sardenberg

27/03/2009
No auge do sistema financeiro americano, um dos nomes mais influentes era Stanley O`Neal, presidente do Merryll Linch, negro. Perdeu o emprego quando o banco de investimento, em crise, foi vendido, no final do ano passado. E hoje, o presidente do Citi ?ikram Pandit, indiano, que n??egro, mas est?uito longe de ser branco.

Estado de São Paulo

26/03/2009
Lula disse: a crise financeira mundial foi causada por gente branca de olhos azuis e n??usto que negros e ?ios paguem a conta da crise.

Olavo de Carvalho

26/03/2009
25/3/2009 - 22h18 Mentiroso compulsivo ?quele que, desmascarado, n?d? bra?a torcer: persiste na mentira, adorna-a de novos floreios, jura, esbraveja, argumenta, e tanto insiste que acaba deixando o interlocutor em d?a. Por?mais perverso ainda, um sociopata em toda a linha, ?quele que, em tal situa?, se faz de desentendido e continua falando no tom da maior normalidade e seguran? como se nada tivesse acontecido. A? mentira singular se transmuta em impostura permanente, estrutural, alterando de uma vez o quadro das rela?s humanas e quebrando, na alma do ouvinte, n?a confian?nesta ou naquela verdade em particular que ele julgava conhecer, mas no pr?o valor da verdade em geral. No primeiro caso, a mentira buscava imitar a verdade, parasitando o seu prest?o; agora ela se imp?or seus pr?os m?tos, como um valor em si, independente e superior ?erdade. Perplexo e atordoado pelo fasc?o da insanidade, o ouvinte se v?tra? para dentro de uma esp?e de teatro m?co, onde o pre?do ingresso ? abdica? n?s? poder, mas do simples desejo de conhecer a verdade. Pois bem, esse ? jogo criminoso, s?do e indesculp?l, que a “grande m?a” brasileira inteira, sem exce?, tem jogado com seus leitores desde que se tornou imposs?l continuar negando e ocultando, como o fizera ao longo de dezesseis anos, a exist?ia e o poder descomunal do Foro de S?Paulo. Agora, quando tocam no assunto que antes evitavam como ?este, nossos jornais o fazem no estilo distra? e anest?co de quem falasse de coisa banal e rotineira, que tivesse estado presente nas suas p?nas desde sempre, com a regularidade das colunas de turfe e das hist?s em quadrinhos. Seriam mais decentes e toler?is se persistissem na mentira, negando o ?o com aquela intensidade louca do fingidor hist?co, que grita e gesticula para persuadir a si mesmo daquilo em que, no fundo, n?pode acreditar. Entre o hist?co e o sociopata vai toda a dist?ia que medeia entre a paix?e o c?ulo, entre a doen?e a maldade, entre a explos?de um sintoma neur?o e o planejamento frio de um crime. Relatando a vida de Vanda Pignato, a militante comunista brasileira que acaba de se tornar a primeira-dama de El Salvador, a Folha de S. Paulo do dia 23 informa, de passagem, meramente de passagem, que a referida “participava das reuni?do Foro de S?Paulo, articulado pelo petismo e controvertido por j?er permitido a participa? das Farc (For? Armadas Revolucion?as da Col?a), convertida em narcoguerrilha”. N??ma belezinha? A mais poderosa organiza? pol?ca da Am?ca Latina, financiada por fontes misteriosas jamais investigadas, autora suprema da articula? clandestina que ludibriou povos inteiros durante uma d?da e meia e salvou o comunismo da extin? mediante o ardil de fazer-se de morto para assaltar o coveiro, de repente aparece como uma entidade normal, leg?ma como qualquer partido pol?co, s?gamente controvertida por ter permitido a participa? da narcoguerrilha colombiana! Como se o Foro tivesse se limitado a isso, em vez de prestar apoio un?me e incondicional ?Farc, acusando o governo colombiano de terrorismo de Estado! Como se entre as fontes de sustenta? financeira de um movimento t?vasto e dispendioso fosse dispens?l, pela origem esp?, o dinheiro do narcotr?co! Como se do Foro n?participassem tamb?outras organiza?s criminosas, por exemplo o MIR chileno, sequestrador de brasileiros, com direito a manifesta?s de solidariedade continental cada vez que um de seus agentes armados ?reso e enviado ?usti? Como se a mera exist?ia de um poder invis?l e onipresente, capaz de mudar a hist? de um continente sem que o p?co tenha a menor not?a do que est?contecendo, j??fosse em si mesma um formid?l concurso de crimes, a anomalia das anomalias, a aberra? das aberra?s! Nunca, fora dos pa?s comunistas onde a m?a ?ficialmente ?o de propaganda e desinforma?, os jornalistas jogaram t?sujo quanto na oculta? pertinaz do Foro de S?Paulo e na opera?-desconversa que se seguiu ?ueda do muro de sil?io. Mentir, eles mentiam antes. Agora partiram para o fingimento de segundo grau, a consolida? da impostura como um direito sagrado e um dever moral soberano, nada mais cabendo ao povo, diante desse ritual diab?o, sen?curvar-se em respeitoso sil?io, prostituindo e sacrificando ante um ?lo de papel os ?mos vest?os de dignidade que possam restar na sua alma exausta e entorpecida. Olavo de Carvalho ?nsa?a, jornalista e professor de Filosofia NOTA DA REDA?O Vanda Pignato A futura primeira-dama de El Salvador (assume em junho) ?ma brasileira, advogada de direitos humanos, militante do PT desde a d?da de 80 e amiga do presidente Lula. Ela vive naquele pa?desde 1992. Em 1993, no governo de Itamar Franco, assumiu a dire? do Centro de Estudos Brasileiros do consulado do Brasil. Mesmo sendo funcion?a do governo, Vanda participou de todos os encontros do Foro de S?Paulo na Am?ca Central.

Ex-blog do Cesar Maia

26/03/2009
1. Deixemos de lado as fontes de financiamento. Analisemos a estrutura interna proposta. Estados: dever?reduzir o ICMS sobre materiais de constru? e tamb?apresentar terrenos para a constru?. Como diferenciar o material de constru? do pacote, do que vai para as demais pessoas? Como controlar? Quem avaliza. Precisa de lei que ter?ue prever todos os elementos de controle. E os munic?os entram, compulsoriamente, com os 25% que lhes cabem do ICMS. Melhor seria dar cr?to no ICMS contra a comprova? das notas do material usado. 2. Os Estados e Munic?os doar?os terrenos. Estes t?que ser selecionados e depois aceitos por quem vai construir. N?tendo disponibilidade, ter?que ser comprados com os cuidados de avalia? e desapropria?. Os Munic?os dever?reduzir em 50% o ITBI e o ISS dos projetos para 0,1%. Outra vez se requer lei e tramita?, com todos os cuidados relativos ?ncid?ia do ITBI, por uma s?z. O Governo Federal pretende enviar ao Congresso uma Medida Provis? para agilizar a aprova? das medidas que necessitem do aval do Legislativo. Outra tramita?. 3. Os Munic?os ser?os respons?is pelo cadastramento das fam?as e pela procura de terrenos para as constru?s. Devem focalizar em terrenos privados (ser?valorizados), pois a cess?de terrenos as pessoas exigir?ma lei ou o terreno continuaria a ser propriedade p?ca. 4. A CEF ser? respons?l pela operacionaliza?, no modelo de atua? que j?ealiza com o PAR. O empreendedor far? projeto diretamente junto ?EF, excluindo os 3 n?is de governo da execu? das obras. O sistema do PAR funciona bem, pois todas as garantias do comprador fazem parte do processo. E quando os compradores pobres n?tiverem como oferecer garantias? Que sistema garantidor ser?stabelecido? Sem ele a CEF n?pode tramitar. Concess?de licen? ambientais dever?ter agiliza?, mas observando a legisla? ambiental. 5. O pacote aponta para a constru? de conjuntos habitacionais e elimina a possibilidade de constru? em ?as dispon?is ou disponibiliz?is em favelas, pelas formalidades exigidas. Em resumo, se tudo der certo, o programa s?tra em 2010. E os TREs devem fiscalizar para que os cadastros n?sejam instrumento de capta? de votos, criando expectativas em ano eleitoral.

Roberto Fendt

26/03/2009
Em sua coluna de hoje,** Luiz Fernando Ver?imo conclui com a seguinte observa?: “Os liberais acusam os ide?os da esquerda de desconhecerem a realidade dos desejos humanos e defenderem causas abstratas. Mas hoje, com a Crise, a esquerda tem todo o direito de adotar o julgamento de Napole?e chamar os liberais de metaf?cos difusos, ao desprezarem os fatos que desmentem sua ideologia”. E termina dizendo: “Com o liberalismo neocl?ico (sic) sendo desmoralizado a cada nova crise da economia mundial, a persist?ia da sua ideologia s?de ser atribu? a uma impermeabilidade dogm?ca maior do que jamais foi atribu? ?squerda”. Se por liberalismo neocl?ico entende-se o per?o que vai de 1980 at?007, ?om lembrar que no per?o o PIB mundial cresceu 145%. As economias da China e da ?dia, convertidas ao capitalismo (digo, liberalismo neocl?ico) nessa ?ca, experimentaram taxas de crescimento superiores a 10% ao ano. A expectativa de vida mundial atingiu patamares nunca antes vistos. Melhorou a distribui? de renda mundial, com sa? de centenas de milh?de pessoas da pobreza. Comparativamente, quanto cresceram Cuba e Cor? do Norte entre 1980 e 2007? A observa? de Ver?imo me faz lembrar a reuni?da min?la Frente Popular da Jud?, um grupo de oponentes da invas?romana, no filme do grupo Monty Phython, A vida de Brian. O l?r incita os outros oito membros da fac? com a pergunta ret?a: “O que fizeram os romanos por n? Em lugar da resposta de esquerda, politicamente correta, “nada”, recebeu de volta, como resposta, os esgotos sanit?os, disse um; a medicina, disse outro; a educa?, disse o terceiro; o vinho, respondeu o quarto; a ordem p?ca, o quinto; a irriga?, o sexto; as estradas e a sa?p?ca, disseram os dois restantes. Ao que retrucou o l?r: “Afinal, al?dos esgotos sanit?os, da medicina, da educa?, do vinho, da ordem p?ca, da irriga?, das estradas e da sa?p?ca, o que os romanos fizeram por n? * Vice-presidente do IL

Rafael Vitola Brodbeck

25/03/2009
A Campanha da Fraternidade 2009 tem por tema a seguran?p?ca. Tenho c?mplas reservas quanto a CNBB se meter em assuntos que n?lhe competem, mas esse tema me interessa diretamente, dada minha profiss? Os objetivos, segundo uma sua cartilha, s? Promover a cultura da paz Ampliar a?s educativas Denunciar o modelo punitivo do sistema penal Denunciar a gravidade dos crimes contra a ?ca, economia e gest?p?cas Fortalecer e articular novas pol?cas p?cas para engajar quem sai das pris? por exemplo, permitindo at?esmo que possa prestar concurso p?co Criar em cada comarca prisional um conselho de comunidade Em um primeiro momento, parece tudo bem, tudo correto. Mas n?est?Dois dos objetivos s?bastante incoerentes com a raz? com a moral. Denunciar o modelo punitivo do sistema penal? Mas a puni? ?sim, a raz?principal da pena! S?quatro as fun?s da pena, segundo os penalistas: puni? pelo delito (restaura? da ordem violada), preven? geral (sabendo que h?ma pena para o delito, as pessoas evitam delinq?, preven? especial (quem comete crimes fica afastado da sociedade), e ressocializa? (educa? e penit?ia). Os liberais acreditam que as quatro fun?s sejam de igual import?ia, e os socialistas e esquerdinhas em geral v?mais longe: consideram que a ressocializa? ? mais importante. Mas n??Santo Tom?de Aquino ensinou que o fim principal da pena ? puni?, a restaura? da ordem. As demais fun?s s?secund?as. Importantes, claro. Que se devem buscar, sem d?a. Mas a ?a que nunca pode faltar, a ?a substancial ?o? de pena, e que, portanto, ?rincipal, ? puni?. O Catecismo mesmo ?lar?imo: A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa, Quando essa pena ?oluntariamente aceita pelo culpado tem valor de expia?. Assim, a pena, al?de defender a ordem p?ca c de tutelar a seguran?das pessoas, tem um objetivo medicinal: na medida do poss?l, deve contribuir ?orre? do culpado. (Cat., 2266) Vejam que a Igreja admite os outros fins da pena, mas o primeiro objetivo, a fun? primordial, substancial, ? repara? da ordem, ou seja, a puni?. A CNBB, por sua CF 2009, contraria o Catecismo. Mais uma vez... O segundo ponto que me chama a aten? ?enunciar a gravidade dos crimes contra a ?ca, economia e gest?p?cas. Sim, s?graves. Mas ultimamente tem se dado muita aten? a esses crimes. S?graves? Sim. Mas bem menos graves do que o estupro, o latroc?o, o homic?o, o aborto, o atentado violento ao pudor, a corrup? de menores, o roubo, a extors?mediante seq?ro etc. Todavia, setores da CNBB infectados pela id? de que os delitos contra o Estado s?mais graves do que os delitos contra os indiv?os (id? totalit?a e marxista) acham que n? Claro que os crimes contra a Administra? P?ca s?graves (nem todos). Por? quais os mais graves? Peculato e corrup? ativa ou homoc?o e estupro? E se homic?o e estupro s?mais graves, por que, ao denunciar certos crimes, escolhem-se justamente os menos graves? Se ?ara denunciar alguns, por que denunciam os menos graves? Perde-se uma excelente oportunidade de discutir, DE VERDADE, pol?cas de seguran?p?ca que fa? a popula? se livrar dessa onda de estupros, homic?os, roubos, seq?ros... Mas, n? o que importa ? peculato, a concuss? a corrup? ativa e passiva... Evidente que a CF iria errar em seguran?p?ca. A CNBB n??a ?a! Impressionante, ali? como alguns sacerdotes da CNBB n?entendem sequer do SEU RAMO (teologia, liturgia, direito can?o), e querem dar palpite no MEU! N?sabem doutrina cat?a e ainda querem apitar em temas como criminalidade? Enfim, o melhor seria que n?houvesse esse tema, mas j?ue h?ue o trabalhassem direito. Nem isso foi feito, contudo. Uma pena. Mais uma CF a lamentar. Ah, e o aborto n??rime? A CNBB n?deveria ser a porta-voz do nascituro? Em vez de denunciar o aborto, quer denunciar a concuss?.. Ali? ser?ue os padres coordenadores da CF sabem o que ?oncuss? ? at?evem saber. Contudo, da import?ia do latim na liturgia, do que significa obedi?ia ao Papa etc, talvez n?saibam... Desculpem o desabafo policial. Mas ?ose! Antes que alguns apressados me acusem de acobertar crimes pol?cos, n?estou falando que n??rave um delito desse tipo, nem que n?se o deva discutir. O problema NÏ ?sse. O que considero equivocado ?ue a CNBB elegeu somente ALGUNS CRIMES para sua den?a. Ora, se elegem alguns apenas, esses alguns devem ser os mais graves. E quais ela elege? Concuss? peculato, corrup? etc. Crimes contra a Administra?, crimes contra o Estado. Querem discutir esses crimes? ?imo, ent?n?fa? uma sele? e discutam todos! Mas se querem eleger s?guns e debater s?bre eles, ent?esses alguns devem ser os mais graves: homic?o, tr?co de drogas, estupro, roubo, latroc?o. Se a CNBB quer escolher alguns, os mais graves, e escolhe peculato e n?estupro, concuss?e n?homic?o, ?inal de que, para a CNBB, um estuprador ?m criminoso menos perigoso do que um corrupto. Como policial, sei bem que um corrupto ?agabundo. Mas mil vezes pior ?m assassino, um latrocida, um estuprador, um violentador de crian?. O Estado ?ais importante do que o indiv?o? Isso ?otalitarismo! PS: Em nenhum momento eu disse ser contra as CFs, nem contra a abordagem dos temas sociais. A Igreja deve, sim, influenciar positivamente os ambientes temporais. Trata-se do velho tema do Reinado Social de Cristo. Minha cr?ca ?o modo como as CFs historicamente tratam os temas, e ao conte?da CF 2009 especificamente. J?pontei dois erros entre os objetivos. * Delegado de Pol?a

Andrés Oppenheimer

25/03/2009
Os “castr?os”, ou praticantes da obscura ci?ia que ? interpreta? das mudan? na ditadura dos irm? Castro, em Cuba, est?divididos com rela? ao significado do expurgo realizado no governo nas ?mas semanas. Alguns o consideram como sinal de mudan? outros o v? como sinal de resist?ia ?udan? Antes de compartilhar com os leitores minha pr?a vis?dos fatos, vou fazer uma r?da revis?das tr?principais teorias sobre os motivos da demiss?de uma d? de altos funcion?os p?cos cubanos, entre eles o ex-chanceler, Felipe P?z Roque, e o ex-czar da economia, Carlos Lage. H?empos corriam rumores de que ambos estavam entre os prov?is sucessores do velho presidente Ra?astro (77 anos). P?z Roque, de 44 anos, ex-ajudante pessoal de Fidel Castro e a quintess?ia da fidelidade ao tirano, era da linha dura. Homem de limitado alcance intelectual, que se orgulhava de ser considerado um “talib?cubano, uma vez me disse, com cara s?a, que em Cuba havia mais liberdade de imprensa do que em Miami. Se assim fosse, lhe respondi, Cuba teria autorizado, h?uito tempo, formadores de opini?anticastristas em sua m?a. Lage, ao contr?o, era quase universalmente visto como um reformista. M?co de profiss? 57 anos, planejou as reformas econ?as que permitiram que Cuba sa?e do “per?o especial” que se seguiu ao colapso do bloco sovi?co. No fim da semana passada, como costuma acontecer com os funcion?os p?cos removidos nos regimes estalinistas, P?z Roque e Lage fizeram seu respectivo “mea culpa”, depois que Fidel Castro (82 anos) escreveu um artigo publicado na imprensa oficial, afirmando que eles tinham sucumbido ?“do?as do poder”, e declarou que “o inimigo externo estava cheio de ilus?a respeito deles”. Entre as explica?s mais freq?es do expurgo feitas pelos “castrologistas” est? • A teoria do “sinal de mudan?: o presidente Ra?astro consolida seu poder destituindo os homens leais a Fidel e substituindo-os pelos leais a ele mesmo – quase todos militares – nos cargos mais altos do governo, antecipando-se a eventuais mudan? da administra? de Obama que relaxem as san?s norte-americanas contra Cuba. Ao rejeitar os leais a Fidel e substitu?os pelos seus pr?os protegidos, Ra?amb?promove uma nova gera? de l?res, que ser?mais adequados para resolver as novas realidades diplom?cas e pol?cas, segundo a mais difundida teoria sustentada entre os cuban?os. • A teoria da “resist?ia ?udan?: antecipando-se ?mudan? da administra? de Obama que relaxem algumas san?s norte-americanas em rela? a Cuba, os irm? Castro destitu?m os membros do governo mais jovens, mais conhecidos e mais relacionados internacionalmente, para enviar um claro sinal de que n?haver?achaduras pol?cas no regime. Chamem isso de reconcentra? de poder, se quiserem. Se os Estados Unidos relaxarem suas san?s, o governo cubano pretende apresentar-se como um bloco monol?co, afirma essa teoria. • A teoria do “bode expiat?”: a caracter?ica mais not?l do regime castrista, como de todas as ditaduras, ? busca constante de bodes expiat?s. Como assinalou na semana passada o jornalista independente cubano Odalis Alfonso Toma, “sempre que atingimos o pico das crises administrativas ou executivas, aparecem novas acusa?s de apropria? indevida do dinheiro p?co e de abuso de poder, lan?as contra funcion?os p?cos dos altos escal?governamentais.[1] Uma combina? de teorias Minha opini? minha modesta conjetura ?ue o ocorrido na semana passada foi uma combina? da segunda com a terceira teoria. O artigo escrito por Fidel Castro declarou que P?z Roque e Lage tinham proporcionado aos inimigos de Cuba “ilus? de mudan? na ilha, o que me leva a crer que o expurgo foi uma medida defensiva tomada pela ditadura decr?ta. Foi o que j?correu e acontece novamente. Cada vez que fatos externos amea? pressionar Cuba para que permita as liberdades fundamentais, ou que algu?do governo cubano surge como potencial sucessor da dinastia familiar, os irm? Castro t?reagido cerrando suas fileiras e entrincheirando-se na posi? de linha dura. No final da d?da de 1980, quando a extinta Uni?Sovi?ca iniciou o processo de abertura pol?ca da perestroika, Fidel Castro destituiu – e depois executou – o carism?co her?o ex?ito e renomado reformista, o general Arnaldo Ochoa. Em 1992, em meio ?emocratiza? dos ex-aliados cubanos do leste europeu, Castro destituiu Carlos Aldana, o segundo funcion?o mais poderoso do Partido Comunista Cubano e mais famoso reformista dentro da hierarquia do governo cubano. Como as v?mas do expurgo da semana passada, estes e outros funcion?os p?cos afastados sempre fizeram declara?s p?cas confessando seus alegados pecados. Agora que Washington se compromete a relaxar as san?s norte-americanas, a fam?a governante cubana provavelmente continuar? a promover limitadas mudan? econ?as, que disfar? a continuidade do regime. Internamente, cerram as fileiras, para tentar protelar o efeito da press?internacional no sentido de uma pol?ca de abertura.