• Dartagnan da Silva Zanela
  • 20 Outubro 2023


Dartagnan da Silva Zanela

        Muitos são os personagens que deram forma a nossa história e, de quebra, contribuíram para o nosso jeito brasileiro de ser.

Cada um a seu modo, imprimiu na alma nacional, marcas indeléveis com suas lutas pessoais.  Marcas que, diga-se de passagem, confundem-se com a história desta terra de desterrados chamada Brasil.

Deste mar sem fim de personalidades, penso que a figura de Amador Bueno da Ribeira merece, com toda certeza, um destaque todo especial, porque ele representa uma forma singular, um traço marcante que pode, em alguma medida, inspirar-nos quanto ao modo como vivenciamos a brasilidade nossa de cada dia.

Amador Bueno, descendente de portugueses, espanhóis e tupiniquins, que viveu entre os séculos XVI e XVII em São Vicente, é simplesmente o homem que foi aclamado pelo povo como rei dos paulistas, mas que, não quis sê-lo.

Como é do conhecimento de todos, em 1578, o rei Dom Sebastião reinava em Portugal. Rei moço, impetuoso e teimoso, enfiou na cabeça que deveria enfrentar os Mouros no Marrocos e, por conta disso, lá se foi ele para pelejar na batalha de Alcácer-Quibir, achando-se o último cruzado da cocada lusitana.

Por conta disso, logo na primeira batalha, Dom Sebastião desapareceu. Escafedeu-se. Como o rei tomou Doril, seu tio, o cardeal Dom Henrique assumiu o trono. Tudo certo, tudo resolvido, porém, Dom Henrique já estava bem velhinho e, dois anos após sua coroação, acabou batendo as botas. Não havendo sucessor para o trono, o rei Felipe II da Espanha assumiu a parada, porque era o parente mais próximo dos falecidos. Esse foi o início da tal União Ibérica.

E o que isso tem que ver com o tal do Amador Bueno? Tudo, cara pálida. Tudo.

Em 1640, o Duque de Bragança junto com uma portuguesada, proclamaram a independência da terrinha e o coroaram rei. Era 01 de dezembro de 1640.

A notícia chegou ao Brasil e as almas que aqui viviam até que receberam bem a notícia, porém, a coroação do novo rei não foi saudada com vivas em São Paulo, especialmente na cidade de Piratininga que, na ocasião, deveria ter algo em torno de uns mil habitantes.

Enfim, como naquele tempo não havia whatsapp, a notícia se esparramava de boca em boca, de praça em praça e, estando todos reunidos na praça de Piratininga, após um breve discurso, anunciando a novidade, foi pedido a todos um juramento de fidelidade ao novo rei.

O silêncio pairou sobre todos por um breve momento até que, um abençoado disse que não deveriam fazer isso. Ora, se Portugal se tornou independente da Espanha, porque eles não poderiam se tornar livres de Portugal? Por quê?

A ideia foi muito bem recebida pela galera da geral, porém, quem seria o rei dessa birosca? Quem? Raimundo Nonato? Não! Amador Bueno da Ribeira.

Após seu nome ter sido entoado pela multidão, todos se dirigiram para sua casa para lhe dar a boa notícia, afinal, não é todo dia que somos aclamados como rei de alguma coisa, não é mesmo?

O problema era que seu Amador era um homem sem grandes ambições. Aliás, segundo os cronistas da época, era um caboclo bem equilibrado, preferindo manter distância das, como direi, grandes emoções.

Quando ele ouviu a zoada na rua, foi até a janela para saber o que era e, quando soube, se negou e, por conta disso, a multidão disse com todas as letras: "ou aceita, ou morre! Ou a coroa, ou a morte"!

Ao ouvir tal proposta, nosso amigo, estrategicamente fugiu pelos fundos e foi se refugiar no mosteiro de São Bento.

Vendo a turba na rua, o superior do mosteiro foi até eles para acalmá-los, para dissuadi-los dessa ideia, lembrando-os que, um rei, para governar com serenidade e amar a justiça, deve ter consciência da sua realeza.

Dito de outro modo: um líder deve ter consciência de sua autoridade. Pois é. Neste caso, não há ninguém com mais autoridade do que aquele que governa a si mesmo.

Amador Bueno, tinha consciência de não ser rei e isso o tornava um homem livre. Livre como nenhum rei nunca foi e jamais será.

Aliás, ele nunca almejou sê-lo. Sabia muito bem quem era e estava muito satisfeito com isso. O banquinho dele não era um trono, mas era dele e era nele ele queria estar.

Nesta altura do campeonato, vale a pena lembrar as palavras de Pierre-Joseph Proudhon que, certa feita havia dito: "aquele que botar as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo." Pois é. Amador Bueno conseguiu a façanha de criar uma multidão de inimigos por não querer governar ninguém.

Detalhe importante: ele não era um santo. Tinha inúmeros defeitos, cometeu inúmeras barbaridades em sua vida, como todos nós. Defeitos que, diga-se de passagem, contrastavam com suas qualidades como, aliás, acontece com cada um de nós e, tal contraste, tornou-o um homem comum como inúmeros outros que passaram pela vida e, silentes, adentraram para a história.

Sim, ele era apenas um homem comum e, por isso mesmo, perante aqueles que vivem em torno do poder, feito moscas que arrodeiam um pedaço fresco de excremento, ele parecia-lhes um ser de outro mundo. Um trem incompreensível. E o era porque ele apenas desejava ser um homem comum, com uma vida comum e, por isso mesmo, como diria G. K. Chesterton, ele foi uma figura extraordinária.

Podemos dizer que, de um modo heroico, ele colocou em prática o velho ensinamento bíblico que nos adverte, dizendo: de que adianta ao caboclo conquistar o mundo se ele perder sua alma? De que serve uma conquista dessa? Isso mesmo. Pra nada.

Quando voltamos nossos olhos para os incontáveis homens comuns do século XXI, constatamos que, da mesma forma que Amador Bueno, do século XVII, eles não querem uma coroa. Não querem ser reis, nem presidentes, nem deputados, nada disso. Eles desejam apenas ser quem eles são: pessoas comuns, com suas vidas comuns e, por isso mesmo, acabam sendo figuras incomuns diante daqueles que não são nada sem os seus cargos de araque e seus títulos furados.

E nada são porque perderam-se de si mesmos para estar onde estão, com aquela pompa que, como tudo o mais neste mundo, um dia tornar-se-á um punhadinho de pó.

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  • Sílvio Lopes
  • 19 Outubro 2023

 

Sílvio Lopes

         Foi-se o tempo em que a empresa vivia estritamente da tecnicidade e da automação. Ficaram para trás tanto o taylorismo (Frederick Taylor), quanto o fordismo (Henry Ford), os dois centrados numa chamada "administração científica". A teoria de Taylor, deflagrada em plena segunda revolução industrial (o vapor e o ferro dando passagem ao petróleo e ao aço), deu sua contribuição inestimável para popularizar uma nova e sólida base econômica no mundo. Ford, ao defender e difundir a especialização do trabalhador nas linhas de montagem, aprimorou o sistema.

Mas o homem como centro do processo industrial, só foi reconhecido tempos depois, mediante os trabalhos de dois franceses: Georges Archier e Hervé Sérieys. Daí em diante a empresa deixou de ser concebida como estrutura fria e impessoal. Nela, afinal de contas, o homem mergulhou com sua alma e espírito e passou a usar sua inteligência, o seu discernimento e a sua criatividade.

Nos dias de hoje, tornou-se imprescindível que a empresa se constitua em fonte de felicidade humana. Tal exige, verdadeiramente, uma transformação e tanto. Nunca como atualmente, os trabalhadores se sentiram carentes e desmotivados segundo recentes pesquisas, mesmo desfrutando de conforto e boa remuneração. No dizer do engenheiro Werner von Braum, artífice das missões espaciais norte-americanas, "é chegada a hora de nos voltarmos mais para valorizar o espírito que a ciência".

As organizações de sucesso, logo ali, serão as que considerarem e tratarem o homem na sua integralidade natural: corpo, alma e espírito. Enfim, quando isso acontecer, o trabalhador se sentirá motivado e será facilmente mobilizado para agir nos limites da excelência. Um ambiente de felicidade nas empresas é possivel sim, alcançar. Todos ganharemos com isso.

*       O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante de "Economia Comportamental".

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 18 Outubro 2023

 

Gilberto Simões Pires

A BUSCA DA FELICIDADE

A FELICIDADE e/ou a SUA INCESSANTE BUSCA são estudadas há muitos anos pelas mais diversas áreas do conhecimento, desde a filosofia até a economia, com destaque para a psicologia. Ainda assim, uma coisa é mais do que certa: a FELICIDADE é algo INDIVIDUAL, e como tal cada INDIVÍDUO tem o DIREITO -PLENO E FUNDAMENTAL- DE BUSCAR AQUILO QUE, NO SEU EXCLUSIVO ENTENDER, POSSA FAZER COM QUE SE SINTA FELIZ.

TAREFA DO ESTADO

Nos países SOCIALISTAS e/ou COMUNISTAS, e mais recentemente no nosso empobrecido Brasil, os atuais governantes entendem que a FELICIDADE é uma tarefa que cabe exclusivamente ao Estado e como tal os eleitores não mais precisam se preocupar com a BUSCA -INDIVIDUAL- DA FELICIDADE. 

FELICIDADE TERCEIRIZADA

Na real, ao eleger governantes tiranos, o POVO TERCEIRIZA, ao eleito e aos ministros da CORTE SUPREMA a tarefa de PRODUZIR A FELICIDADE. Isto significa, de forma clara e inquestionável, que a BUSCA DA FELICIDADE DEIXA DE SER UMA TAREFA INDIVIDUAL E INCESSANTE e PASSA A SER -COLETIVA-. Mais: SOB O EXCLUSIVO ENTENDIMENTO DAS COMPLICADAS CABEÇAS DOS GOVERANTES. 

INFELICIDADE GERAL

Ora, levando em conta que os DIREITOS HUMANOS considerados -FUNDAMENTAIS- são representados pelo DIREITO À VIDA, À IGUALDADE, À PROPRIEDADE, AO DIREITO DE EXPRESSÃO E À BUSCA DA FELICIDADE, isto leva a crer que a FELICIDADE está intimamente ligada a TODOS OS DIREITOS. Assim, a partir do momento em que o ESTADO DECIDE O QUE É FELICIDADE PARA O POVO, esta vontade tem tudo para PRODUZIR INFELICIDADE GERAL. 

 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 16 Outubro 2023

 

Alex Pipkin, PhD


       Não há qualquer brecha de dúvida de que neste momento de retrocesso civilizacional o mundo não corre o menor risco de dar certo.

Fanatismos e paixões religiosas e ideológicas são capazes de imbecilizar e de demonizar, absolutamente, homens e mulheres.

Não consigo digerir que algum ser humano, dotado de pensamento crítico e lógico, possa se manter omisso aos atos de barbárie, de selvageria e de sadismo de terroristas assassinos do Hamas.

Como pode alguém não ser tocado pela degola de bebês, pelo estupro e assassinato de mulheres, e por centenas de mortes sangrentas de jovens que participavam de uma festa?

Não há nada que não possa ficar pior! Há gente - será que são humanos? - que apoia esses animais assassinos. A doença ideológica os faz encontrar justificativas para o injustificável, sob qualquer hipótese.

Psicopatas mentem ao afirmar que é um ato de auto-defesa contra a opressão de Israel que mantêm os palestinos de Gaza em uma prisão à céu aberto.

Se existe algum tipo de aprisionamento, esse se refere ao povo palestino de bem, preso ao fanatismo desse grupo de terroristas. Israel, genuinamente, se auto-defendeu dos ataques de milhares de mísseis contra o seu território, lançados por esses adoradores de uma ideologia cega e assassina.

Animais selvagens em corpo humano, terroristas do Hamas, são financiados pela escória teocrática iraniana, deformadora do islã. Apossados por sua doença ideológica, o Irã deseja estender sua influência sobre a região, e apagar do mapa o Estado de Israel e, ao cabo, fazer desaparecer do mundo todos os judeus.

É surreal. Até mesmo a juventude iraniana de bem, espalhada pelo mundo, lá é impraticável, percebe e se revolta contra o regime teocrático iraniano que trata mulheres como seres de quinta categoria, rejeita às liberdades e ama mais o ódio aos judeus do que ao seu próprio povo.

A mente ideológica doentia de terroristas palestinos do Hamas, suportados por psicopatas iranianos, usa de toda a propaganda possível, e repressão para inverter fatos, realizando lavagem cerebral em jovens a fim de efetivar sua “guerra santa” contra o povo judeu.

Tal propaganda, de um fanatismo ideológico patológico, tristemente, tem aderência em jovens, conceitualmente bem-educados, em todo mundo.
Estudantes de Harvard assinaram uma carta em apoio ao Hamas - isso mesmo! -, condenando os ataques de Israel a Gaza.

Por aqui, em Cuba do Sul, estudantes saem às ruas e organizam eventos em favor de terroristas do Hamas, que matam, cruelmente, crianças, jovens e mulheres.

Nelson Rodrigues tem razão: “A ideologia que “absolve e justifica os canalhas” - e psicopatas assassinos (grifo meu) - é apenas o ópio dos intelectuais”.

Eu tenho muita pena - embora sentimento inadequado - de nossa juventude, doutrinada por aspirantes a professor, que foram doutrinados por adoradores fanáticos de Marx e assemelhados.

Eles pensam que sabem de tudo, mas, seguramente, não entendem de quase nada. Leram quase nada, mas aprendem por osmose, desde cedo, sobre a ladainha retrograda e nefasta da “opressão e dos direitos humanos”. Tal juventude sonhadora enganada não consegue se libertar da prisão imaginada dentro de suas próprias cabeças, intensamente estimulada pela seita ideológica marxista.

É inacreditável que esses jovens apoiem assassinos de crianças e de mulheres, além de líderes autocráticos que controlam e encarceram à população iraniana. Claro, não há como ir de encontro aos irmãos de seita ideológica - da destruição.

Evidente, a patota “progressista” vermelha defende às minorias das mulheres e dos gays, por exemplo. Sim, eles sabem como tais grupos minoritários são tratados no Irã. Escárnio.

Pior. O grupo minoritário dos judeus, como inimigos, “fazemos de conta que não enxergamos”, afinal, “eles são brancos e fazem parte de uma elite mundial”… Fico estupefato; como podem judeus se posicionarem ao lado dessa seita vermelha racista?! Surreal.

Não imagino que seja possível erradicar esse papinho morfético da “opressão”. Há muitos vagabundos e interesseiros que o evangelizam. A juventude idealista e ansiosa por pertencimento é bombardeada cotidianamente pelo sedutor ilusionismo marxista e, em razão de circunstâncias e de conveniência, passa a acreditar no irrealizável.

O momento civilizacional é aquele dos “passos para trás”. Porém, tomara que os terríveis acontecimentos em Israel possam lançar luzes sobre a realidade objetiva.

A esperança não morre, portanto, é possível que os jovens, em especial, e as pessoas se permitam a compreender a tirania imposta pelo cruel fanatismo religioso e ideológico.

Felizmente, já constato que jovens - e velhos - judeus sonhadores, estão sacando a realidade… ufa.

É preciso. A cegueira ideológica emburrece, imbeciliza e mata!

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  • Eduardo Bonates
  • 13 Outubro 2023

 

Eduardo Bonates

 

      Roberto Campos afirmava que o Brasil tinha a infelicidade de nunca perder uma oportunidade de perder oportunidades. Roberto Campos trabalhou nos Governos Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck e Castelo Branco, além de ter sido senador e deputado federal após a redemocratização. Ele sabia muito bem do que estava falando.

Recentemente, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), relator do Projeto de Lei 4173/2023, divulgou que sua proposta pretende reduzir de 10% para 6% a taxação dos chamados “super-ricos”. A redução faz parte de um acordo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O Governo Federal prevê arrecadar R? 20 bilhões com essa medida somente em 2024.

A Câmara e o Ministério da Fazenda aparentam desconhecer o fato que a taxação dos “super-ricos” deu errado em todos os lugares onde foi tentada.

Os emergentes Argentina e Turquia já tentaram tal medida e a única coisa que conseguiram foi fuga de capitais. A imensa maioria dos países europeus também já abandonou essa ideia há alguns anos, sendo a França a maior expoente desse fracasso.

A Noruega foi o último europeu a tentar e a sofrer com essa perseguição aos mais afortunados. E a única coisa que o governo norueguês conseguiu com essa medida foi a fuga em massa dos “super-ricos”, perdas milionárias em receitas fiscais, criação de empregos em outros países, problemas econômicos e desestímulo à inovação e investimentos. O desastre norueguês está sendo noticiado agora, em pleno 2023. Aparentemente, nem membros do Governo e do Congresso parecem se atentar para o óbvio.

As dezenas de medidas estapafúrdias criadas e pretendidas pelo Governo Federal nesse ano revelam o tamanho do desespero e o bilionário buraco que o Brasil se meteu. A União simplesmente gasta centenas de bilhões a mais do que arrecada.

Nesse momento de desespero de Fernando Haddad, parece fácil e politicamente vantajoso apontar o alvo para os “super-ricos”. Isso atende a parte do eleitorado e acalma algumas redações de jornais, mas ignora a realidade e os fatos. Como diria Mencken, “Para todo problema complexo, existe uma solução fácil, simples e errada”.

*        Eduardo Bonates é advogado especialista em Contencioso Tributário e Zona Franca de Manaus e sócio do escritório Almeida, Barretto e Bonates Advogados.

**      Artigo reproduzido do excelente site Diário do Poder: https://diariodopoder.com.br/opiniao/sanha-arrecadatoria-e-o-imposto-que-deu-errado-no-mundo-todo

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  • Sílvio Lopes
  • 12 Outubro 2023

 

Sílvio Lopes

 

          Num mundo que se encontra de cabeça prá baixo, vemos e sentimos o fruto dessa triste sina que, infelizmente, tem acompanhado o ser humano em sua trajetória na terra: mais e mais pessoas mergulhando na escuridão de uma vida miserável, seja na saúde, seja na vida material.

Não é para menos. Somos, por natureza e graça do Criador, o timoneiro de nosso barco. A questão é que não nos colocamos verdadeiramente nesse lugar, às vezes (na maioria delas, até mesmo), delegamos essa tarefa a terceiros. Nos vitimamos, o que é pior. Então dá nisso: desonra, tristeza, depressão e uma vida sem sentido, desgraçada e cheia de sofrimentos.

Culturalmente, a sociedade (a brasileira, em particular), nos ensinou a curtir o estado de infelicidade como se fosse o normal, e a desconfiar, até mesmo, do direito de desfrutarmos uma vida feliz e próspera.  Resgatando princípios bíblicos, a psicologia - como fazem todas as demais ciências que estudam a natureza do homem - anunciou, não faz muito, a chegada da hora de "revolucionar sua abordagem, concentrando sua atuação no lado positivo da curva".

Nascia, afinal, a Psicologia Positiva, obra de Martin Seligman, então presidente da Sociedade Americana de Psicologia. Tiro no alvo. Enfim, o bíblico " Como penso, assim sucederá", é tornado - e sancionado pela ciência dos homens - como instrumento e ferramenta mental poderosos na busca da felicidade humana. E assim é. Tudo nasce na mente e a partir dela haverá a transformação de nossa na vida.

René Descartes, filósofo e crítico francês do século XVII, deixou-nos um mantra indiscutível sobre o poder de nossa mente. Ele não alardeou “Sinto, logo existo", mas sim o "Penso, logo existo". Assim, quando agimos a mente eivada de boas intenções e positividades, colheremos sempre o melhor dos melhores. Seja na saúde, vida pessoal ou financeira. Em tudo.

Pena que milhões ignorem o poder mental que carregam consigo, e que aí está para realizar os mais belos e sublimes sonhos que podemos, você e eu, sonhar.

*         O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante.

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