Olavo de Carvalho

09/04/2009
6/4/2009 - 22h20 T?logo o Papa Bento XVI anunciou a reintegra? da Igreja tradicionalista na ordem p?onciliar – o que de si j? uma ironia, pois a novidade n?pode reintegrar em si a tradi?, e sim ao contr?o --, desencadeou-se contra ele uma das mais maliciosas campanhas de ? j?istas na m?a mundial. Tr?epis?s marcaram os seus pontos altos. Primeiro veio o bispo Williamson – um fact? na mais plena acep? do termo. At? v?era, ningu?o conhecia. Quando o descobriram entre os milhares de sacerdotes e fi? beneficiados pela suspens?de uma pena eclesi?ica coletiva, saiu do anonimato e tornou-se repentinamente um perigo para a esp?e humana, por ter emitido numa igreja de bairro, ante umas poucas dezenas de fi? se tanto, uma opini?antijudaica. Por toda parte ergueram-se gritos de esc?alo, significativamente voltados n?contra o bispo, mas contra o Papa. Como se a revoga? do castigo n?viesse do simples reconhecimento de um erro judicial velho de quatro d?das, e sim do endosso papal ?convic?s pessoais do bispo – at?nt?ignoradas n?s? Vaticano, mas do mundo -- sobre mat?a alheia ao seu sacerd?, ??at?a, ?raz?da penalidade e ?da respectiva suspens? For?do a inculpa? por osmose at? ?mo limite do artificialismo, lan?a-se sobre toda a Igreja tradicionalista e, de quebra, sobre o Papa que a acolhera de volta, a vaga mas por isso mesmo envolvente suspeita de anti-semitismo. N?por coincid?ia, entre os mais inflamados denunciantes encontravam-se aqueles que tanto mais se esfor? para proteger os judeus contra perigos inexistentes quanto mais se devotam a entreg?os, inermes, nas m? de seus inimigos armados. Depois, veio o epis? das camisinhas. N?h?omo medir os gritos de horror, as l?imas de esc?alo, as gesticula?s fren?cas de abalo moral com que a grande m?a reagiu ?eclara? blasfema de que esses sacrossantos dispositivos n?protegem eficazmente contra a Aids. Na verdade, n?protegem nada. Edward C. Green, diretor do Projeto de Pesquisas sobre Preven? da Aids no Harvard Center for Population and Development Studies, informa que a revis?mundial dos resultados obtidos nos ?mos 25 n?mostra o menor sinal de que as camisinhas impe? a contamina?. O ?o m?do que funciona, diz Green, ? redu? dr?ica do n?o de parceiros sexuais. Uganda, que por esse m?do e com forte base religiosa reduziu os casos de Aids em 70 por cento, ? ?o – repito: o ?o -- caso de sucesso espetacular j?btido contra essa doen? Mas que importam esses dados? A camisinha n?vale pela efic?a, ?terialistas prosaicos. Ela ?m s?olo, a condensa? el?ica dos mais belos sonhos da utopia pansexualista, onde as criancinhas praticar?sexo grupal nas escolas, sob a orienta? de professores carinhosos at?emais (sem pedofilia, ?laro), e nas pra? os casais gays dar?li?s de sodomia te?a e pr?ca, para encanto geral do p?co civil, militar e eclesi?ico. De que vale a verdade, de que valem as estat?icas, de que valem as vidas dos ugandenses, diante de imagens t?radiosas da civiliza? p?rist?ue a ONU, o Lucis Trust, a m?a bilion?a e todos os pseudo-intelectuais do mundo almejam para a humanidade? ?em defesa desses altos valores que se ergueram gritos de revolta contra o Papa, esse estraga-prazeres, esse iconoclasta sacr?go. Por fim, veio o document?o da BBC, onde o ex-cardeal Ratzinger ?cusado de proteger padres ped?os, determinando que fossem removidos de par?a em vez de punidos. ?claro que a coisa j?stava pronta fazia tempo, aguardando a oportunidade pol?ca, que veio com os esfor? de Bento XVI para restaurar a unidade da Igreja, algo que os ap?los da nova civiliza? temem como ?este. A BBC, outrora uma esta? respeit?l, tornou-se uma central de propaganda esquerdista t?fan?ca e desavergonhada que o que quer que venha dela deve ser recebido a cusparadas, mas em todo caso vale lembrar que um padre formalmente condenado na justi?por pedofilia n?tem como ser removido de par?a, pois j?st?emovido para a cadeia. Restam os padres meramente acusados, sem provas judiciais v?das. A m?a quer que a Igreja os castigue assim mesmo, a priori, ?rimeira palavra que se publique contra os desgra?os. O cardeal Ratzinger ?cusado, no fim das contas, de n?ter feito isso. ?preciso toda a t?ica cinematogr?ca da BBC para dar a impress?de que se trata de coisa imoral, at?esmo vagamente criminosa. Mas, nesses casos, a realidade n?importa nada. A impress??udo. Destaco esses tr?epis?s s?mo amostras, no meio de um bombardeio multilateral, incessante e crescente, no qual s?estupidez volunt?a pode enxergar uma simples conflu?ia de casualidades, sem nenhuma coordena? ou planejamento. * Ensa?a, jornalista e professor de Filosofia

Márcio Luís Chila Freyesleben

09/04/2009
Revela-se inquietante o crescimento das a?s judiciais em que o Poder P?co ?ompelido a fornecer ao cidad?medicamentos e tratamentos m?co-hospitares. Eu confesso que j?vim com pedidos de tal jaez. Revi meu pensamento, pois dei de temer pela lisura das pretens?tantas vezes no foro deduzidas. De feito, sa??direito de todos, mas quando a locu? ?mpregada sem a precisa reflex?sobre a sua dimens? convola-se naquilo que foi objeto da cr?ca de Graciliano Ramos: A frase ?eles, clich?erfeito, chav?repetido mil vezes em versinhos alambicados de poetas de meia-tigela (Linhas Tortas, p. 85). ? o que tem ocorrido com a locu? sa??ireito de todos: chav?repetido mil vezes, por linhas tortas. O que come? como reconhecimento do direito de carentes, transformou-se, a passos largos, em trem da alegria, patrocinado pelo interesse da ind?ia farmac?ica, quando n?o ?os planos de sa? em prol de pessoas que, a bem da verdade, buscam t?somente aliviar o or?ento dom?ico das despesas m?cas, em preju? dos verdadeiramente necessitados. ?claro - eu reconhe?- que vez por outra h?inceridade e honestidade na pretens?judicial. Insisto, contudo, no argumento algures por mim sustentado de que a recusa do Poder P?co em fornecer o medicamento ou o tratamento n?pode ser, em si, fundamento do pedido. Para que se d?anho de causa ao cidad? h?ister de prova da recusa ilegal do Estado. ?for?que a recusa n?tenha fundamento t?ico ou or?ent?o. N?tem sido a opini?ordin?a do Judici?o, infelizmente. A result?ia: pacificado o entendimento de que o Estado ?brigado a fornecer medicamento e tratamento ?opula?, o Judici?o transformou-se na porta aberta ao abuso. De minha Procuradoria, tive ensejo de ver transitar de tudo: de fraldas geri?icas a pomadas epid?icas, passando por suplementos alimentares, at?esmo leite. A persistir a toada, ainda assistirei ao Poder P?co, sob vara, fornecer ao vivente Emuls? Scott e Emplastro Sabi?Formicida Tatu e p?-gafanhoto (BHC). Intriga-me, outrossim, a percep? de que m?cos indiquem tratamentos e medicamentos ditos mais modernos, sem qualquer fundamenta?. A cada novidade lan?a pela ind?ia m?co-farmac?ica, o SUS deita ?urtigas o estoque dos medicamentos ultrapassados. Para agravar, nutre-se a cultura de que ao Judici?o n??ado questionar a indica? m?ca. Pessoalmente, n?dou f? capacidade dos m?cos de certificar a efic?a dos medicamentos que atocham em seus pacientes. De h?uito que tais profissionais se prestam aos obs?ios de repassadores de medicamentos, em of?o de garoto-propaganda dos laborat?s. Tenho para mim que ?assado o tempo de se exigir a comprova? das reais vantagens das novidades iamol?as, para efeito de medidas judiciais. Outrossim, ?reciso p?obro ao estado de coisas que se est?escortinando, reservando a interven? do Judici?o ?eles que efetivamente dela necessitam. N?olvido que a sa? ?ema central no estudo dos direitos fundamentais, e integra as pol?cas p?cas do governo. Arguo, todavia, que pol?ca p?ca ?onceito jur?co indeterminado, categoria jur?ca pr?a dos atos discricion?os, em que a norma confere ao administrador ju? de conveni?ia e oportunidade, razoabilidade e equidade, na consecu? da atividade administrativa. No caso, tenho que a quest? passa justamente pela discricionariedade, uma vez que a concess?de medicamentos depende da avalia? que o Poder P?co far??somente do impacto or?ent?o, sen?tamb?das prioridades estabelecidas pelas pol?cas p?cas elegidas. Nisto, imp?e relembrar os limites da interven? judicial, pois a atua? do Judici?o n?pode ir ao ponto de imiscuir-se na esfera de compet?ia do Legislativo e do Executivo, interferindo no or?ento da entidade estatal, porquanto seja cedi?que a condena? do Estado ao fornecimento ilimitado de medicamentos e de tratamentos culminaria na inarred?l insufici?ia de recursos para o atendimento das demais demandas p?cas: educa?, limpeza urbana, seguran?p?ca, etc. Em suma: interferiria nas pol?cas p?cas do Estado. N? desconhe?a import?ia do servi?de sa? Objeto, por? que o seu atendimento est?trelado ?situa? econ?a do pa? ?de saben?semeada que o Estado n?disp?e recursos para assegurar de maneira plena todos os direitos garantidos ao cidad?na Constitui?. A l?a da teoria do poss?l diz que, quanto mais rico for o Estado, maior ser? sua capacidade de suprir as demandas p?cas. Logo, as quest?sociais, por seu conte?program?co, n?podem ser tratadas apenas pela ?ca jur?ca; a economia ?onditio sine qua non ?oncretiza? do preceito constitucional. Ademais, n?pode o Magistrado, no exerc?o da jurisdi?, ?uisa de dar efetividade ao direito, criar despesa p?ca n?prevista em or?ento. Admitir a interfer?ia do Judici?o nas pol?cas p?cas ?uind?o ?ondi? de gestor p?co, ?evelia da lei, ao arrepio da separa? dos Poderes. Sendo finitos os recursos financeiros, a imposi? de ? n?previsto no or?ento ir?er com o velho ad?o do cobertor curto, ou com a famosa m?ma de Friedmna de que n?h?lmo?gr?s. Como qualquer outro direito fundamental, o direito ?a?n??bsoluto ou ilimitado. Ao contr?o, encontra limites em direitos igualmente consagrados pela Constitui? e na capacidade econ?a do Estado. Da?ent? a minha insist?ia na mesma ladainha: interven? judicial deve ser reservada ?hip?es em que o Estado agir com abuso de poder. * Procurador de Justi?

Reuters

09/04/2009
Membros da delega? do Congresso americano foram recebidos em Havana nesta ter?feira, 7, pelo ex-presidente cubano Fidel Castro, no primeiro encontro com representantes dos EUA desde foi submetido a uma cirurgia, em julho de 20006. A informa? foi confirmada por uma porta-voz do governo americano em Havana pouco depois que os oficiais voltaram para o Washington, encerrando uma visita de cinco dias que tamb?foi acompanhada pelo atual chefe de Estado, Ra?astro. Durante o encontro, os irm? Fidel e Ra?eiteraram que Cuba est?isposta a dialogar com os Estados Unidos, a poucos dias da C?a das Am?cas em Trinidad e Tobago. A mensagem foi bem recebida pelos legisladores do grupo afro-americano do Congresso. Nessa reuni? de acordo com um comunicado divulgado nesta ter?pelos jornais cubanos, o presidente expressou disposi? para dialogar sobre qua lquer assunto. A nota assinala, no entanto, que ele reiterou a posi? invari?l mantida por Cuba durante 50 anos, tendo como ?as premissas a igualdade soberana dos Estados e o absoluto respeito ?ndepend?ia nacional e ao direito ?etermina?. Al?disso, Fidel disse no domingo, em um de seus artigos denominados Reflex? que Havana n?teme o di?go com Washington, nem precisa do confronto para existir. Ele tamb?escreveu outro artigo intitulado Por que se exclui Cuba?, em alus???a das Am?cas que acontecer?e 17 a 19 deste m?em Trinidad e Tobago, com todos os pa?s do continente, exceto a ilha. Segundo Fidel Castro, essa reuni?ser?ma prova de fogo para os povos do Caribe e Am?ca Latina. ? por acaso, um retrocesso? Bloqueio e, al?d isso, exclus?ap?0 anos de resist?ia? Quem arcar?om essa responsabilidade? Quem exige agora nossa exclus? Por acaso n?se compreende que os tempos dos acordos excludentes contra nosso povo ficaram para tr?, perguntou. Fidel tamb?n?deixou passar a oportunidade de falar sobre a visita dos sete congressistas e destacou, entre os coment?os que eles fizeram, que um manifestou sua certeza de que (Barack) Obama mudar? pol?ca para Cuba, mas que Cuba devia ajud?o tamb? Al?disso, destacou cr?cas dos legisladores americanos ?ol?ca para Cuba seguida por Washington durante quase meio s?lo e a afirma? de um deles - que n?identifica - de que seu pa?deve pedir perd?por anos de hostilidade e bloqueio, sem se referir a pr?a pol?ca interna cubana, onde a oposi? pol?ica ?na pr?ca, vedada. Cuba amea?se transformar em protagonista da C?a das Am?cas embora n?vai, dado que nove presidentes latino-americanos visitaram Havana at?gora neste ano. Al?disso, todos os pa?s da regi?pediram em dezembro a Obama, que suspenda o embargo econ?a a Cuba - apelo que em nenhum momento manifestaram ao governo cubano por uma poss?l abertura pol?ca na ilha. O assessor da Casa Branca para a C?a, Jeffrey Davidow, disse na segunda-feira em Washington que seria infeliz se o principal tema passasse a ser Cuba, embora tenha afirmado que Obama n?se recusar? falar do processo de revis?da pol?ca americana para Havana. (Efe e Reuters/Agestado)

Zenit.org

09/04/2009
ROMA, quinta-feira, 9 de abril de 2009 (ZENIT.org).- A Igreja Cat?a na China vive em condi?s de semiclandestinidade h?0 anos. Para sensibilizar sobre a situa? destes crentes, a Funda? Lepanto organizou uma confer?ia, em 1º de abril passado, em Roma, sobre a persegui? dos crist? na China. No encontro, moderado pelo professor da Universidade Europeia de Roma e vice-presidente do Conselho Nacional de Investiga?s Roberto de Mattei, participaram Antonello Brandi, fundador e presidente da Funda? Italiana de Investiga? Laogai (www.laogai.it) – um centro de investiga? que procura informar ?pini?p?ca sobre os terr?is campos de concentra? chineses do terceiro mil?o –, e o Pe. Bernardo Cervellera, mission?o do PIME (Pontif?o Instituto para a Miss?de Rela?s Exteriores) e diretor da ag?ia de not?as Asianews (www.asianews.it). Brandi apresentou uma investiga? de seu centro de pesquisa titulada «O Laogai, as execu?s e a venda de ?os humanos na China». O especialista explicou que atualmente, na China, milh?de pessoas s?detidas, torturadas e exploradas em Laogai. Este termo, que significa literalmente em chin?«atrav?da forma trabalhista», designa na realidade modernos campos de concentra?;o onde os seres humanos s?obrigados a trabalhar, em condi?s de absoluta prostra?, f?ca e moral, 16 horas por dia, para fabricar produtos para o regime comunista chin? sem seguran?social. Em 2008, foram registrados cerca de 1400, mas se desconhece o n?o exato. Sua cria? se remonta a Mao Ts?ung (1893-1976), que os instituiu em 1950, aconselhado por seus aliados sovi?cos. Neles est?presos dissidentes do regime (pol?cos e civis) e todo tipo de religiosos (monges tibetanos, bispos cat?os, pastores protestantes...), assim como delinquentes comuns. O regime de Pequim busca um duplo objetivo com os Laogai: por um lado, oprimir os dissidentes pol?cos e enfraquecer a resist?ia ?deologia do partido ?o e, por outro, conseguir m?de obra gratuitamente. Por sua parte, o Pe. Cervellera disse que a China «continua sendo hoje um pa?comunista devido ao forte controle social sobre a vida das pessoas» e foram analisadas quest?mais especificamente religiosas. ?uma press?que afeta todos os aspectos mais ?imos da vida das pessoas: desde a liberdade de associa? (sob a autoriza? do governo) at? de culto (igualmente limitada), passando pela internet (muitos sites que n?se consideram na linha da ideologia do sistema s?ocultados), explicou. As condi?s de vida dos bispos cat?os que querem continuar sendo fi? ao Papa s?particularmente alarmantes: a obedi?ia «espiritual» de um cidad?chin?a um Estado estrangeiro (a Santa S??onsiderada como uma trai? ??ia e castigada com penas muito severas. Cabe assinalar que numerosos bispos desapareceram durante d?das e n?se teve mais not?as: o mais prov?l ?ue muitos deles tenham sofrido uma morte violenta e que tenham queimado imediatamente seus corpos para ocultar qualquer rastro do delito. Contudo, no horizonte parece surgir ainda a esperan? Cervellera destacou que nos ?mos anos, diante desta situa? de persegui?, ou talvez devido a ela, produziu-se um «impressionante renascimento religioso» que encheu as igrejas mais que nunca.

Osmar José de Barros Ribeiro

09/04/2009
Bem sei, ?ansativo e redundante voltar a esse assunto. Por? caso a sociedade brasileira n?se d?onta da necessidade de evitar que o tema caia no esquecimento, jogado nas sombras pelos elogios do Barack Hussein Obama ao atual presidente da Rep?ca, nada mudar?os h?tos dos parlamentares, do Executivo e do Judici?o. A grande verdade ?ue grande parte, se n?a esmagadora maioria nossos homens p?cos, seja qual for a sua extra? partid?a ou o Poder que integrem, espelha-se nas benesses dos altos executivos da ind?ia, do com?io e das finan?, para buscar mordomias do mesmo n?l ou superiores. Parece-me meridianamente claro que procurar analogias entre uns e outros peca pela base e termina por desaguar numa situa? esdr?a, na qual os grandes perdedores, sem d?a alguma, somos n?simples pagadores de impostos e consumidores obrigat?s do muito que a propaganda nos empurra goela abaixo. Assim, vamos por partes. Um executivo de alto n?l, um propriet?o de grande empresa, um banqueiro, chegou a tal condi? por m?tos pr?os e, caso n?saiba manter suas conquistas, logo ser?ubstitu? por outro ou ter?ue por ?enda sua empresa ou seu banco. E um apadrinhado pol?co, ter? mesmo fim? Sabemos todos que n? que ele ser?eslocado para uma fun? de menor import?ia, embora nesta continue a praticar os mesmos ou outros e piores erros. Acontece que o modo de vida dos bem situados provoca, nos pol?cos e nos seus apaniguados, uma inveja mals?ue os leva a querer gabinetes suntuosos, com ?as absurdas, mobili?o moderno, secret?as, modernos meios de comunica? ?isposi?, cortinas, viagens (nem sempre necess?as) em primeira classe e o que mais seja. Tudo bem diferente daquela simplicidade que deveria caracterizar e ser o apan?o do funcion?o (e eles, ao fim e ao cabo, nada mais s?que isso) de um Pa?cujo povo apresenta enormes disparidades sociais e econ?as. Isso, sem falar no sonho de enriquecer ?usta de manobras escusas e que n?podem vir ?uz do dia. Meu velho pai, que os azares da vida levaram a que morresse com a menor das pens?do INSS, sempre nos dizia que um funcion?o p?co n?ganha para ficar rico, mas para levar uma vida normal, sem grandes luxos, embora com conforto compat?l ?ua posi?. As exce?s, pois sempre as h?ficaria com aqueles que dessem o “golpe do ba?u tivessem a sorte de um grande pr?o da Loteria. O Senado Federal, atualmente a “bola da vez”, ? exemplo de tais absurdos que, infelizmente, nada mais provocam que um desanimado coment?o de que “sempre foi assim...”. Ser?Segundo a imprensa, a farra, embora sempre tenha existido se bem que em menores propor?s, tomou tal vulto ap? fim dos governos militares. ?que, ?poca, corrup? descoberta rimava com cassa? e hoje? Mas n?fiquemos apenas no Senado Federal, pois vivendo num Pa?cuja Constitui? consagra, sem meias palavras, mais direitos que deveres, n??e estranhar que o mal tenha se espalhado como uma praga pelos mais diversos setores do funcionalismo, seja ele municipal, estadual ou federal. Claro est?existem exce?s e s?elas que fazem andar a paquid?ica m?ina p?ca. Em seu artigo “Os sanguessugas do Brasil”, Cleber Benvegn?ixa claro que “Na pol?ca, o patrimonialismo se encaixa tanto na esquerda quanto na direita retr?das. N?tem prefer?ias partid?as e ideol?as. Seu esp?to ?ervir-se do bolo. Basta ver que agora o governo Lula fomenta um processo de inchamento da m?ina p?ca sem precedentes, enquanto antes um coronelismo reacion?o distribu?benesses a amigos do ‘rei’. S?muitos os que constru?m sua autonomia pol?ca e financeira nesse entorno do poder. Como sanguessugas da for?de trabalho alheia, fazem pouco, descansam muito, colocam o palet? cadeira e saem a defender teses politicamente corretas. ...”. Triste e melanc?a conclus? A sa? para tal situa? existe e depende ?a e exclusivamente de n?sociedade brasileira. H?ue exigir dos administradores, em todos os n?is da administra? p?ca, nos Executivos, Legislativos e Judici?os, a mais extrema probidade no trato do dinheiro a eles confiado. Afinal, conforme era voz comum na Roma antiga, “?ulher de C?r, n?basta ser honesta. ?tamb?preciso parecer honesta”.

Ubiratan Iorio

09/04/2009
Embora Dante Alighieri (1265-1321), o genial florentino e poeta maior da bel?ima l?ua italiana, tenha advertido com sabedoria que I posti pi?ldi nell’inferno sono riservati a coloro che in tempo di grandi crisi morali mantengono la propria neutralit?os lugares mais quentes no inferno s?reservados aos que, em tempos de grandes crises morais, escolhem a neutralidade), poucos parecem dar-se conta de que, primeiro, o mundo de hoje atravessa uma enorme crise moral, talvez sem precedentes na hist? da civiliza? e, segundo, bem poucos acreditam que o inferno existe, que n??ero produto de uma escatologia “medieval”. E a maioria das pessoas, aqui e ali, algures e alhures, c? l?ou seja, no planeta inteiro, permanecem caladas em rela? ao veneno do relativismo moral, que j?ontaminou toda a sociedade. Subjugadas pela propaganda gramsciana subliminar, as massas limitam-se a repetir, qual bois guiados pelo berrante, os motes “politicamente corretos” propagados e amplificados ininterruptamente pelos holofotes da m?a. N?h?m dia sequer em que n?tomemos conhecimento de esc?alos de corrup?, em que os chamados meios de comunica? deixem de publicar linhas e mais linhas criticando o Papa – por ser o mais expressivo dos guardi?da moral – e em que novelas, filmes, reportagens e pe? de teatro n?espalhem a malignidade relativista por todos os cantos. ?dever das pessoas de bem – n?por temor a Dante, mas a Deus, ou, mesmo que n?creiam em sua exist?ia, por mero respeito ?r?a dignidade – colocar a boca na trombeta e chamar a aten? para o grave fato de que os bons, quando silenciam, tornam-se c?ices do mal, mesmo que n?o percebam como tal. Creio que muitos perderam, diante do avan?relativista, a pr?a capacidade de indignar-se diante do que ?oralmente errado; outros tantos s?simplesmente covardes; mas a maioria, infelizmente, perdeu a no? de que existe uma linha bastante clara que separa o certo do errado, o acerto do erro e a virtude do v?o! Um simples exemplo disso ?ue a Semana Santa, que at?ais ou menos os anos 60 do s?lo passado era respeitada por todos, mesmo os n?crist?, transformou-se em mais um “feriad? e a P?oa, que comemoraremos no pr?o domingo, virou apenas um farto almo?com chocolates de sobremesa. Muitos veem esse fato como fruto da “modernidade” e o encaram com a maior das naturalidades. Mas n??eutramente moderno, ?bjetamente desrespeitoso. Essa falta de respeito vai muito al?da pura rejei? ?eligiosidade e ??ela campeia em todos os cantos, em todos os setores da vida das pessoas. O mundo est?oralmente doente e, em boa parte, por causa do sil?io dos “bons”. Combata esse estado de coisas, antes que ele se volte contra voc?Se j??se voltou... Se cada um cooperar individualmente para a recupera? da import?ia da transcend?ia da pessoa humana, o mundo ir?elhorar bastante. Fa?a sua parte!

Carlos Azambuja

09/04/2009
Trotsky, tranq?, sorri: “A insurrei? n??ma arte. ?uma m?ina. Para coloc?a em movimento s?precisos t?icos, e s?cnicos a poderiam, eventualmente, parar”. Sou da linha trotskysta: revolu? permanente. (Declara? do presidente Hugo Ch?z em janeiro de 2007). Na pol?ca que se seguiu ao golpe de Estado ocorrido na R?a em outubro de 1917, Lenin foi considerado o estrategista, o ide?o, e Trotsky o criador da t?ica do golpe de Estado. Segundo diversos analistas, o perigo de que os governos devem defender-se n?adv?da estrat?a de Lenin, mas da t?ca de Trotsky. A estrat?a de Lenin n?pode ser dissociada da situa? concreta da R?a de 1917. O pr?o Lenin, em seu livro Esquerdismo, Doen?Infantil do Comunismo, observou que a originalidade da situa? pol?ca na R?a em 1917 provavelmente nunca iria repetir-se em qualquer pa?do mundo. Sua estrat?a n?constitui, pois, um perigo imediato para os governos. A t?ca de Trotsky, sim. Constitui. Para a estrat?a de Lenin h?ecessidade da exist?ia de um Kerensky (um governo fraco). A t?ca de Trotsky, ao contr?o, independe desse detalhe e sua exist?ia ou n? em nada a influencia. H?s que afirmam que mesmo que Lenin tivesse ficado na Su? e n?tivesse desempenhado papel algum em outubro de 1917, Trotsky teria tomado o poder. O que ?mportante, na realidade, ? t?ca insurrecional, a t?ica do golpe de Estado. Na revolu? comunista a estrat?a de Lenin n?conduz, por si s? tomada do poder, pois a febre da insurrei?, a epidemia de greves, a paralisia da vida pol?ca e econ?a, a ocupa? de f?icas pelos oper?os, a desorganiza? das For? Armadas, a pol?ca da burocracia, a leni?ia da magistratura, a resigna? da burguesia e a impot?ia do governo n?s?o bastante para a tomada do poder. Essa situa? revolucion?a prepara, n?h??a, o ataque decisivo, mas h?no entanto, necessidade de algu?que saiba “us?a” e conduzir o ataque. Para a t?ca de Trotsky as chamadas condi?s objetivas e subjetivas s?apenas um detalhe. Na R?a, em 1917, Lenin pensava em obter maioria na Duma, sublevar as massas contra o governo de Kerensky, submergir o pa?sob a mar?rolet?a, dar o sinal de insurrei? a todo o povo, proclamar a necessidade da queda de Kerensky e da ditadura do proletariado. A seguir, um di?go imagin?o: “Concordo”, diz Trotsky, “mas antes de mais nada ?reciso ter o controle da cidade e ocupar seus pontos estrat?cos. Para tal, a insurrei? tem que ser organizada e conduzida por uma tropa de choque com um punhado de pessoas. Para isso n?necessitamos recorrer ?massas. Um pequeno grupo nos ?uficiente”. Mas Lenin n?queria que a revolu? bolchevique viesse a ser classificada de “blanquista” (ou seja, acusada de ter sido feita por um punhado de conspiradores e n?por meio da luta de classes do proletariado, conduzida por seu estado-maior, o partido, conforme a ortodoxia do marxismo). “Muito bem”, responde Trotsky, “mas todo o povo ?emasiado para a insurrei?. Devemos contar ?om um pequeno grupo, implac?l e agressivo, treinado na t?ca insurrecional”. “?conveniente”, admite Lenin, “concentrar os nossos esfor? nas f?icas e nos quart?. A revolu? ser?eita a? ??ue fica o seu n?tal. ?a?ue, em discursos inflamados, devemos explicar e ampliar o nosso programa, pondo a quest?nos seguintes termos: ou a aceita? integral de nosso programa ou a insurrei?”. “Muito bem”, diz Trotsky, “mas quando as massas tiverem concordado com o nosso programa, teremos que organizar a insurrei?. Para tal, devemos escolher, nas f?icas e nos quart?, elementos de confian?e prontos para o que der e vier. Do que temos necessidade n??a massa de oper?os, ?e uma tropa de choque”, insiste Trotsky. “Para que a insurrei? seja de inspira? marxista, isto ?encarada como uma arte”, concorda Lenin, “devemos simultaneamente e sem perda de tempo, organizar o Estado-Maior das tropas insurrecionais, repartir as nossas for?, lan? os regimentos fi? nos pontos nevr?icos da cidade, cercar o teatro Alexandra, ocupar o Forte Pedro e Paulo, prender o Estado-Maior Geral e enviar contra os oficiais-alunos e os cossacos, destacamentos dispostos a sacrificarem, se necess?o, at? ?mo homem a fim de impedir que o inimigo atinja o centro da cidade. Devemos mobilizar os oper?os armados, cham?os ao combate, ocupar as centrais telef?as e telegr?cas, instalar a? nosso Estado-Maior, p? em contato com todas as f?icas, todos os regimentos e todos os pontos onde se desenvolver a luta armada”. “Muito bem”, diz Trotsky, “mas...”. “Tudo o que afirmei ?m pouco vago”, reconhece Lenin, “mas com isto eu quero provar que, no estado em que nos encontramos, s?deremos ser fi? ao marxismo e ?evolu? se encararmos a insurrei? como uma arte. Voc?onhece as principais regras com que Marx regulou esta arte. Pois bem, aplicadas ?tual situa? da R?a estas regras significam: ofensiva simult?a, t?inesperada e r?da quanto poss?l sobre Petrogrado, concentra? de for? superior aos 20 mil homens que o governo disp?Articula? entre as nossas tr?principais for? – a Marinha, os oper?os e as unidades militares – de modo a ocupar e defender as centrais telef?as, o tel?afo, as esta?s de trens e as pontes. Selecionar, dentre os elementos de nossos grupos de ataque, os oper?os e marinheiros mais resolutos, formar destacamentos para ocupar todos os pontos importantes e participar em todas as opera?s decisivas. Por ?mo, constituir grupos de oper?os armados com espingardas e granadas, que marchar?sobre as posi?s inimigas (escolas de oficiais, centrais telef?as e telegr?cas). O triunfo da revolu? russa e, ao mesmo tempo, da revolu? mundial, depende de dois ou tr?dias de luta”. “Tudo isso ?uito correto”, explica Trotsky, “mas demasiadamente complicado. ?um plano vast?imo, uma estrat?a que abrange demasiado territ? e muitas pessoas. N??ma insurrei?. ?uma guerra. Para ocupar Petrogrado n?h?enhuma necessidade de tomar o trem na Finl?ia. Quando se parte de muito longe fica-se, muitas vezes, no meio do caminho. Desencadear uma ofensiva de 20 mil homens desde Kronstadt para ocupar o teatro Alexandra ?um pouco’ demasiado para um golpe de m? Em estrat?a, o pr?o Marx seria vencido por Korniloff. Urge fixarmo-nos na t?ca, agir com um punhado de homens e num terreno limitado, concentrar esfor? nos objetivos priorit?os, bater forte e feio. N?creio que seja muito complicado: as coisas perigosas s?sempre extremamente simples. Para atingir o nosso objetivo n?devemos recear os fatores que nos s?adversos nem fiarmo-nos nos que s?favor?is. ?preciso agir sem alarido, silenciosa e calmamente. A insurrei? ?ma m?ina silenciosa. A sua estrat?a exige uma s?e de circunst?ias favor?is. A insurrei? n?precisa de nada. Basta-se a ela pr?a”. As palavras acima, atribu?s a Lenin e Trotsky n?s?uma fic?. S?extratos de cartas enviadas ao Comit?entral do Partido Bolchevique, em outubro de 1917, por ambos. Os que conhecem todos os escritos de Lenin, em particular os que se referem ??ica insurrecional das jornadas de dezembro, em Moscou, durante a revolu? de 1905, devem mostrar-se bastante surpreendidos com a ingenuidade da sua concep? de t?ca e estrat?a insurrecionais, nas v?eras da Revolu? de Outubro. Todavia, devemos reconhecer que ap? rev?da tentativa de revolu?, em julho de 1917, foi ele o ?o – ?xce? de Trotsky - que n?perdeu de vista o objetivo principal da estrat?a revolucion?a: o golpe de Estado. Ap?lgumas hesita?s (em julho, o Partido Bolchevique tinha um ?o objetivo e de natureza parlamentar: a conquista de maioria nos Sovietes) o germe da insurrei? tornara-se para Lenin, “o motor de toda a sua atividade”. Durante sua estada na Finl?ia – onde se refugiara ap?s jornadas de julho, para n?ser preso por Kerensky – toda a sua atividade se resumia ?repara? te?a da insurrei?. De outra forma n?se explicaria a ingenuidade do seu projeto de uma ofensiva militar sobre Petrogrado, apoiada, no interior da cidade, pela a? dos guardas vermelhos. Tal ofensiva teria redundado em um desastre. Na sua carta de 17 de outubro de 1917, Lenin defendia a t?ca de Trotsky: “N?se trata de blanquismo. Efetivamente um golpe militar ser?lanquista quando n?for organizado pelo partido de uma classe determinada; quando os seus organizadores n?atenderem ao movimento pol?co, em geral, e ?itua? nacional, em particular. Entre um golpe militar, conden?l sob todos os pontos de vista, e a arte da insurrei? armada, h?ma grande diferen?. Mas Trotsky, tranq?, sorri: “A insurrei? n??ma arte. ?uma m?ina. Para coloc?a em movimento s?precisos t?icos, e s?cnicos a poderiam, eventualmente, parar”. Essa t?ca de a? insurrecional de Trotsky passou a fazer parte da estrat?a revolucion?a da III Internacional e, por conseguinte, do Movimento Comunista Um elemento indispens?l ?nsurrei? ? greve geral, que tornaria a insurrei? semelhante a um murro dado em um aleijado, pois para que ela tenha ?to, ?ecess?o que a vida das cidades esteja paralisada pela greve geral. Finalmente, ?nexato que o governo provis? de Kerensky n?tenha adotado as medidas necess?as para a defesa do Estado. Todavia, o m?do defensivo de Kerensky consistia em aplicar as medidas de seguran?e de pol?a tradicionais, em que at?oje confiam os governos liberais. N?se pode acusar Kerensky de imprevid?ia. Ocorre que o m?do de aplicar somente a repress? ao inv?de medidas pol?cas, administrativas e econ?as, a fim de assegurar a defesa do Estado contra a t?ica insurrecional moderna, ?ma a? ineficaz. Os governos, quase sempre, ??ca revolucion?a, revelando ignor?ia dos princ?os elementares de defesa do poder, op?uma t?ca defensiva baseada em medidas policiais, esquecendo que essas medidas, de conformidade com qualquer manual de contra-insurrei?, devem ser 90% pol?cas, econ?as e administrativas e apenas 10% repressivas.

Correio Braziliense

09/04/2009
O comando da CPI das Escutas Clandestinas da C?ra j?ome?a elaborar a lista de indiciamentos que ser?feitos ao final de seus trabalhos, previsto para maio. O relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), j?dmite a possibilidade de sugerir os indiciamentos do delegado da Pol?a Federal Prot?es Queiroz, do adido policial em Lisboa Paulo Lacerda, e do banqueiro Daniel Dantas, do Oporttunity. Prot?es e Lacerda devem ser indiciados por terem apresentado contradi?s entre os depoimentos que prestaram para a comiss?e para a Pol?a Federal. Dantas deve ser denunciado por intercepta?s ilegais. Prot?es comandou a primeira fase da Opera? Satiaghara da Pol?a Federal --que investiga supostos crimes financeiros atribu?s a Dantas. O delegado foi afastado do caso depois da PF suspeitar da utiliza? de m?dos irregulares na condu? da opera?, ale, al?de ter vazado informa?s sigilosas para imprensa. Ele prestou seu segundo depoimento ontem para a CPI. Ele se manteve calado a maior parte do tempo, pois era amparado por um habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Dantas. O delegado, no entanto, tentou complicar a situa? de Dantas. Ele falou da suposta espionagem encomendada por Dantas em empresas no Brasil. Procurada, a assessoria de Dantas n?se manifestou sobre as declara?s do delegado. Segundo Pellegrino, essa informa? pode ser usada no pedido de indiciamento de Dantas. Vai servir de roteiro para o relat?. Vamos pedir para a Justi?essas informa?s, disse. A Kroll nega qualquer participa? em escuta ilegal. Em rela? a Lacerda, que deve prestar um segundo depoimento ?omiss?na quarta-feira, os deputados questionam as contradi?s em seus esclarecimentos ?orregedoria da Pol?a Federal. Ex-diretor-geral da Abin (Ag?ia Brasileira de Intelig?ia), Lacerda apresentou nova vers?para explicar a participa? informal de cerca de 80 agentes de intelig?ia nas investiga?s da Satiagraha, considerada ilegal e oculta pela corregedoria da PF. Em depoimento ?orregedoria em mar? ele disse que n?sabia que equipes da Abin em S?Paulo e no Rio colaboravam com o delegado Prot?es Queiroz. Lacerda sustenta que s?bia da participa? de agentes em Bras?a e, por isso, disse ?PI dos Grampos em 2008 que entre quatro e seis agentes haviam sido cedidos. Agora, sabe-se que agentes eram maioria na equipe de Prot?es e analisavam escutas, entre outros dados sigilosos. Crimes Al?do poss?l indiciamento pela CPI, Prot?es j?nfrenta outros processos por conta de suas a?s ?rente da opera?. O delegado responde a processo disciplinar por ter participado de um com?o pol?co, em Minas Gerais, no qual teria feito um discurso em nome da institui?. O processo pode resultar na demiss?do delegado se, ao final das investiga?s, ficar comprovado que ele infringiu as normas da PF ao falar pela institui? durante um com?o pol?co. A Corregedoria da PF tamb?decidiu indiciar criminalmente Prot?es por quebra de sigilo funcional e viola? da lei de intercepta?s telef?as. O relat? da Corregedoria foi entregue na ter?feira ?ire?-geral da PF. O Minist?o P?co ter?ue dizer se aceita ou n?a den?a.

Folha de São Paulo

09/04/2009
Ap?uatro meses desativada, a CPI das ONGs aprovou ontem quatro requerimentos de quebra de sigilos banc?o, telef?o e fiscal de entidades ligadas ao MST. Os pedidos foram feitos pelo senador Her?ito Fortes (DEM-PI), que convocou a reuni?da CPI na tarde de ontem, surpreendendo os senadores governistas que integram a comiss? Na justificativa dos requerimentos, ele diz que o Tribunal de Contas da Uni?divulgou relat? informando haver suspeitas de que o MST recebe indiretamente do governo federal recursos financeiros por meio de entidades criadas para esse fim. A Folha ligou para assessores de imprensa do MST, mas at? conclus?desta edi? eles n?haviam telefonado de volta. Entre as entidades que tiveram o sigilo quebrado est? Instituto T?ico de Estudos Agr?os e Cooperativismo, que captou R$ 4 milh?do governo entre 2006 e 2007. Em mar? a Folha mostrou que ele assumiu o lugar de outras ONGs ligadas ao MST que eram investigadas por desvio de recursos.