Olavo de Carvalho

26/03/2009
25/3/2009 - 22h18 Mentiroso compulsivo ?quele que, desmascarado, n?d? bra?a torcer: persiste na mentira, adorna-a de novos floreios, jura, esbraveja, argumenta, e tanto insiste que acaba deixando o interlocutor em d?a. Por?mais perverso ainda, um sociopata em toda a linha, ?quele que, em tal situa?, se faz de desentendido e continua falando no tom da maior normalidade e seguran? como se nada tivesse acontecido. A? mentira singular se transmuta em impostura permanente, estrutural, alterando de uma vez o quadro das rela?s humanas e quebrando, na alma do ouvinte, n?a confian?nesta ou naquela verdade em particular que ele julgava conhecer, mas no pr?o valor da verdade em geral. No primeiro caso, a mentira buscava imitar a verdade, parasitando o seu prest?o; agora ela se imp?or seus pr?os m?tos, como um valor em si, independente e superior ?erdade. Perplexo e atordoado pelo fasc?o da insanidade, o ouvinte se v?tra? para dentro de uma esp?e de teatro m?co, onde o pre?do ingresso ? abdica? n?s? poder, mas do simples desejo de conhecer a verdade. Pois bem, esse ? jogo criminoso, s?do e indesculp?l, que a “grande m?a” brasileira inteira, sem exce?, tem jogado com seus leitores desde que se tornou imposs?l continuar negando e ocultando, como o fizera ao longo de dezesseis anos, a exist?ia e o poder descomunal do Foro de S?Paulo. Agora, quando tocam no assunto que antes evitavam como ?este, nossos jornais o fazem no estilo distra? e anest?co de quem falasse de coisa banal e rotineira, que tivesse estado presente nas suas p?nas desde sempre, com a regularidade das colunas de turfe e das hist?s em quadrinhos. Seriam mais decentes e toler?is se persistissem na mentira, negando o ?o com aquela intensidade louca do fingidor hist?co, que grita e gesticula para persuadir a si mesmo daquilo em que, no fundo, n?pode acreditar. Entre o hist?co e o sociopata vai toda a dist?ia que medeia entre a paix?e o c?ulo, entre a doen?e a maldade, entre a explos?de um sintoma neur?o e o planejamento frio de um crime. Relatando a vida de Vanda Pignato, a militante comunista brasileira que acaba de se tornar a primeira-dama de El Salvador, a Folha de S. Paulo do dia 23 informa, de passagem, meramente de passagem, que a referida “participava das reuni?do Foro de S?Paulo, articulado pelo petismo e controvertido por j?er permitido a participa? das Farc (For? Armadas Revolucion?as da Col?a), convertida em narcoguerrilha”. N??ma belezinha? A mais poderosa organiza? pol?ca da Am?ca Latina, financiada por fontes misteriosas jamais investigadas, autora suprema da articula? clandestina que ludibriou povos inteiros durante uma d?da e meia e salvou o comunismo da extin? mediante o ardil de fazer-se de morto para assaltar o coveiro, de repente aparece como uma entidade normal, leg?ma como qualquer partido pol?co, s?gamente controvertida por ter permitido a participa? da narcoguerrilha colombiana! Como se o Foro tivesse se limitado a isso, em vez de prestar apoio un?me e incondicional ?Farc, acusando o governo colombiano de terrorismo de Estado! Como se entre as fontes de sustenta? financeira de um movimento t?vasto e dispendioso fosse dispens?l, pela origem esp?, o dinheiro do narcotr?co! Como se do Foro n?participassem tamb?outras organiza?s criminosas, por exemplo o MIR chileno, sequestrador de brasileiros, com direito a manifesta?s de solidariedade continental cada vez que um de seus agentes armados ?reso e enviado ?usti? Como se a mera exist?ia de um poder invis?l e onipresente, capaz de mudar a hist? de um continente sem que o p?co tenha a menor not?a do que est?contecendo, j??fosse em si mesma um formid?l concurso de crimes, a anomalia das anomalias, a aberra? das aberra?s! Nunca, fora dos pa?s comunistas onde a m?a ?ficialmente ?o de propaganda e desinforma?, os jornalistas jogaram t?sujo quanto na oculta? pertinaz do Foro de S?Paulo e na opera?-desconversa que se seguiu ?ueda do muro de sil?io. Mentir, eles mentiam antes. Agora partiram para o fingimento de segundo grau, a consolida? da impostura como um direito sagrado e um dever moral soberano, nada mais cabendo ao povo, diante desse ritual diab?o, sen?curvar-se em respeitoso sil?io, prostituindo e sacrificando ante um ?lo de papel os ?mos vest?os de dignidade que possam restar na sua alma exausta e entorpecida. Olavo de Carvalho ?nsa?a, jornalista e professor de Filosofia NOTA DA REDA?O Vanda Pignato A futura primeira-dama de El Salvador (assume em junho) ?ma brasileira, advogada de direitos humanos, militante do PT desde a d?da de 80 e amiga do presidente Lula. Ela vive naquele pa?desde 1992. Em 1993, no governo de Itamar Franco, assumiu a dire? do Centro de Estudos Brasileiros do consulado do Brasil. Mesmo sendo funcion?a do governo, Vanda participou de todos os encontros do Foro de S?Paulo na Am?ca Central.

Ex-blog do Cesar Maia

26/03/2009
1. Deixemos de lado as fontes de financiamento. Analisemos a estrutura interna proposta. Estados: dever?reduzir o ICMS sobre materiais de constru? e tamb?apresentar terrenos para a constru?. Como diferenciar o material de constru? do pacote, do que vai para as demais pessoas? Como controlar? Quem avaliza. Precisa de lei que ter?ue prever todos os elementos de controle. E os munic?os entram, compulsoriamente, com os 25% que lhes cabem do ICMS. Melhor seria dar cr?to no ICMS contra a comprova? das notas do material usado. 2. Os Estados e Munic?os doar?os terrenos. Estes t?que ser selecionados e depois aceitos por quem vai construir. N?tendo disponibilidade, ter?que ser comprados com os cuidados de avalia? e desapropria?. Os Munic?os dever?reduzir em 50% o ITBI e o ISS dos projetos para 0,1%. Outra vez se requer lei e tramita?, com todos os cuidados relativos ?ncid?ia do ITBI, por uma s?z. O Governo Federal pretende enviar ao Congresso uma Medida Provis? para agilizar a aprova? das medidas que necessitem do aval do Legislativo. Outra tramita?. 3. Os Munic?os ser?os respons?is pelo cadastramento das fam?as e pela procura de terrenos para as constru?s. Devem focalizar em terrenos privados (ser?valorizados), pois a cess?de terrenos as pessoas exigir?ma lei ou o terreno continuaria a ser propriedade p?ca. 4. A CEF ser? respons?l pela operacionaliza?, no modelo de atua? que j?ealiza com o PAR. O empreendedor far? projeto diretamente junto ?EF, excluindo os 3 n?is de governo da execu? das obras. O sistema do PAR funciona bem, pois todas as garantias do comprador fazem parte do processo. E quando os compradores pobres n?tiverem como oferecer garantias? Que sistema garantidor ser?stabelecido? Sem ele a CEF n?pode tramitar. Concess?de licen? ambientais dever?ter agiliza?, mas observando a legisla? ambiental. 5. O pacote aponta para a constru? de conjuntos habitacionais e elimina a possibilidade de constru? em ?as dispon?is ou disponibiliz?is em favelas, pelas formalidades exigidas. Em resumo, se tudo der certo, o programa s?tra em 2010. E os TREs devem fiscalizar para que os cadastros n?sejam instrumento de capta? de votos, criando expectativas em ano eleitoral.

Roberto Fendt

26/03/2009
Em sua coluna de hoje,** Luiz Fernando Ver?imo conclui com a seguinte observa?: “Os liberais acusam os ide?os da esquerda de desconhecerem a realidade dos desejos humanos e defenderem causas abstratas. Mas hoje, com a Crise, a esquerda tem todo o direito de adotar o julgamento de Napole?e chamar os liberais de metaf?cos difusos, ao desprezarem os fatos que desmentem sua ideologia”. E termina dizendo: “Com o liberalismo neocl?ico (sic) sendo desmoralizado a cada nova crise da economia mundial, a persist?ia da sua ideologia s?de ser atribu? a uma impermeabilidade dogm?ca maior do que jamais foi atribu? ?squerda”. Se por liberalismo neocl?ico entende-se o per?o que vai de 1980 at?007, ?om lembrar que no per?o o PIB mundial cresceu 145%. As economias da China e da ?dia, convertidas ao capitalismo (digo, liberalismo neocl?ico) nessa ?ca, experimentaram taxas de crescimento superiores a 10% ao ano. A expectativa de vida mundial atingiu patamares nunca antes vistos. Melhorou a distribui? de renda mundial, com sa? de centenas de milh?de pessoas da pobreza. Comparativamente, quanto cresceram Cuba e Cor? do Norte entre 1980 e 2007? A observa? de Ver?imo me faz lembrar a reuni?da min?la Frente Popular da Jud?, um grupo de oponentes da invas?romana, no filme do grupo Monty Phython, A vida de Brian. O l?r incita os outros oito membros da fac? com a pergunta ret?a: “O que fizeram os romanos por n? Em lugar da resposta de esquerda, politicamente correta, “nada”, recebeu de volta, como resposta, os esgotos sanit?os, disse um; a medicina, disse outro; a educa?, disse o terceiro; o vinho, respondeu o quarto; a ordem p?ca, o quinto; a irriga?, o sexto; as estradas e a sa?p?ca, disseram os dois restantes. Ao que retrucou o l?r: “Afinal, al?dos esgotos sanit?os, da medicina, da educa?, do vinho, da ordem p?ca, da irriga?, das estradas e da sa?p?ca, o que os romanos fizeram por n? * Vice-presidente do IL

Rafael Vitola Brodbeck

25/03/2009
A Campanha da Fraternidade 2009 tem por tema a seguran?p?ca. Tenho c?mplas reservas quanto a CNBB se meter em assuntos que n?lhe competem, mas esse tema me interessa diretamente, dada minha profiss? Os objetivos, segundo uma sua cartilha, s? Promover a cultura da paz Ampliar a?s educativas Denunciar o modelo punitivo do sistema penal Denunciar a gravidade dos crimes contra a ?ca, economia e gest?p?cas Fortalecer e articular novas pol?cas p?cas para engajar quem sai das pris? por exemplo, permitindo at?esmo que possa prestar concurso p?co Criar em cada comarca prisional um conselho de comunidade Em um primeiro momento, parece tudo bem, tudo correto. Mas n?est?Dois dos objetivos s?bastante incoerentes com a raz? com a moral. Denunciar o modelo punitivo do sistema penal? Mas a puni? ?sim, a raz?principal da pena! S?quatro as fun?s da pena, segundo os penalistas: puni? pelo delito (restaura? da ordem violada), preven? geral (sabendo que h?ma pena para o delito, as pessoas evitam delinq?, preven? especial (quem comete crimes fica afastado da sociedade), e ressocializa? (educa? e penit?ia). Os liberais acreditam que as quatro fun?s sejam de igual import?ia, e os socialistas e esquerdinhas em geral v?mais longe: consideram que a ressocializa? ? mais importante. Mas n??Santo Tom?de Aquino ensinou que o fim principal da pena ? puni?, a restaura? da ordem. As demais fun?s s?secund?as. Importantes, claro. Que se devem buscar, sem d?a. Mas a ?a que nunca pode faltar, a ?a substancial ?o? de pena, e que, portanto, ?rincipal, ? puni?. O Catecismo mesmo ?lar?imo: A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa, Quando essa pena ?oluntariamente aceita pelo culpado tem valor de expia?. Assim, a pena, al?de defender a ordem p?ca c de tutelar a seguran?das pessoas, tem um objetivo medicinal: na medida do poss?l, deve contribuir ?orre? do culpado. (Cat., 2266) Vejam que a Igreja admite os outros fins da pena, mas o primeiro objetivo, a fun? primordial, substancial, ? repara? da ordem, ou seja, a puni?. A CNBB, por sua CF 2009, contraria o Catecismo. Mais uma vez... O segundo ponto que me chama a aten? ?enunciar a gravidade dos crimes contra a ?ca, economia e gest?p?cas. Sim, s?graves. Mas ultimamente tem se dado muita aten? a esses crimes. S?graves? Sim. Mas bem menos graves do que o estupro, o latroc?o, o homic?o, o aborto, o atentado violento ao pudor, a corrup? de menores, o roubo, a extors?mediante seq?ro etc. Todavia, setores da CNBB infectados pela id? de que os delitos contra o Estado s?mais graves do que os delitos contra os indiv?os (id? totalit?a e marxista) acham que n? Claro que os crimes contra a Administra? P?ca s?graves (nem todos). Por? quais os mais graves? Peculato e corrup? ativa ou homoc?o e estupro? E se homic?o e estupro s?mais graves, por que, ao denunciar certos crimes, escolhem-se justamente os menos graves? Se ?ara denunciar alguns, por que denunciam os menos graves? Perde-se uma excelente oportunidade de discutir, DE VERDADE, pol?cas de seguran?p?ca que fa? a popula? se livrar dessa onda de estupros, homic?os, roubos, seq?ros... Mas, n? o que importa ? peculato, a concuss? a corrup? ativa e passiva... Evidente que a CF iria errar em seguran?p?ca. A CNBB n??a ?a! Impressionante, ali? como alguns sacerdotes da CNBB n?entendem sequer do SEU RAMO (teologia, liturgia, direito can?o), e querem dar palpite no MEU! N?sabem doutrina cat?a e ainda querem apitar em temas como criminalidade? Enfim, o melhor seria que n?houvesse esse tema, mas j?ue h?ue o trabalhassem direito. Nem isso foi feito, contudo. Uma pena. Mais uma CF a lamentar. Ah, e o aborto n??rime? A CNBB n?deveria ser a porta-voz do nascituro? Em vez de denunciar o aborto, quer denunciar a concuss?.. Ali? ser?ue os padres coordenadores da CF sabem o que ?oncuss? ? at?evem saber. Contudo, da import?ia do latim na liturgia, do que significa obedi?ia ao Papa etc, talvez n?saibam... Desculpem o desabafo policial. Mas ?ose! Antes que alguns apressados me acusem de acobertar crimes pol?cos, n?estou falando que n??rave um delito desse tipo, nem que n?se o deva discutir. O problema NÏ ?sse. O que considero equivocado ?ue a CNBB elegeu somente ALGUNS CRIMES para sua den?a. Ora, se elegem alguns apenas, esses alguns devem ser os mais graves. E quais ela elege? Concuss? peculato, corrup? etc. Crimes contra a Administra?, crimes contra o Estado. Querem discutir esses crimes? ?imo, ent?n?fa? uma sele? e discutam todos! Mas se querem eleger s?guns e debater s?bre eles, ent?esses alguns devem ser os mais graves: homic?o, tr?co de drogas, estupro, roubo, latroc?o. Se a CNBB quer escolher alguns, os mais graves, e escolhe peculato e n?estupro, concuss?e n?homic?o, ?inal de que, para a CNBB, um estuprador ?m criminoso menos perigoso do que um corrupto. Como policial, sei bem que um corrupto ?agabundo. Mas mil vezes pior ?m assassino, um latrocida, um estuprador, um violentador de crian?. O Estado ?ais importante do que o indiv?o? Isso ?otalitarismo! PS: Em nenhum momento eu disse ser contra as CFs, nem contra a abordagem dos temas sociais. A Igreja deve, sim, influenciar positivamente os ambientes temporais. Trata-se do velho tema do Reinado Social de Cristo. Minha cr?ca ?o modo como as CFs historicamente tratam os temas, e ao conte?da CF 2009 especificamente. J?pontei dois erros entre os objetivos. * Delegado de Pol?a

Andrés Oppenheimer

25/03/2009
Os “castr?os”, ou praticantes da obscura ci?ia que ? interpreta? das mudan? na ditadura dos irm? Castro, em Cuba, est?divididos com rela? ao significado do expurgo realizado no governo nas ?mas semanas. Alguns o consideram como sinal de mudan? outros o v? como sinal de resist?ia ?udan? Antes de compartilhar com os leitores minha pr?a vis?dos fatos, vou fazer uma r?da revis?das tr?principais teorias sobre os motivos da demiss?de uma d? de altos funcion?os p?cos cubanos, entre eles o ex-chanceler, Felipe P?z Roque, e o ex-czar da economia, Carlos Lage. H?empos corriam rumores de que ambos estavam entre os prov?is sucessores do velho presidente Ra?astro (77 anos). P?z Roque, de 44 anos, ex-ajudante pessoal de Fidel Castro e a quintess?ia da fidelidade ao tirano, era da linha dura. Homem de limitado alcance intelectual, que se orgulhava de ser considerado um “talib?cubano, uma vez me disse, com cara s?a, que em Cuba havia mais liberdade de imprensa do que em Miami. Se assim fosse, lhe respondi, Cuba teria autorizado, h?uito tempo, formadores de opini?anticastristas em sua m?a. Lage, ao contr?o, era quase universalmente visto como um reformista. M?co de profiss? 57 anos, planejou as reformas econ?as que permitiram que Cuba sa?e do “per?o especial” que se seguiu ao colapso do bloco sovi?co. No fim da semana passada, como costuma acontecer com os funcion?os p?cos removidos nos regimes estalinistas, P?z Roque e Lage fizeram seu respectivo “mea culpa”, depois que Fidel Castro (82 anos) escreveu um artigo publicado na imprensa oficial, afirmando que eles tinham sucumbido ?“do?as do poder”, e declarou que “o inimigo externo estava cheio de ilus?a respeito deles”. Entre as explica?s mais freq?es do expurgo feitas pelos “castrologistas” est? • A teoria do “sinal de mudan?: o presidente Ra?astro consolida seu poder destituindo os homens leais a Fidel e substituindo-os pelos leais a ele mesmo – quase todos militares – nos cargos mais altos do governo, antecipando-se a eventuais mudan? da administra? de Obama que relaxem as san?s norte-americanas contra Cuba. Ao rejeitar os leais a Fidel e substitu?os pelos seus pr?os protegidos, Ra?amb?promove uma nova gera? de l?res, que ser?mais adequados para resolver as novas realidades diplom?cas e pol?cas, segundo a mais difundida teoria sustentada entre os cuban?os. • A teoria da “resist?ia ?udan?: antecipando-se ?mudan? da administra? de Obama que relaxem algumas san?s norte-americanas em rela? a Cuba, os irm? Castro destitu?m os membros do governo mais jovens, mais conhecidos e mais relacionados internacionalmente, para enviar um claro sinal de que n?haver?achaduras pol?cas no regime. Chamem isso de reconcentra? de poder, se quiserem. Se os Estados Unidos relaxarem suas san?s, o governo cubano pretende apresentar-se como um bloco monol?co, afirma essa teoria. • A teoria do “bode expiat?”: a caracter?ica mais not?l do regime castrista, como de todas as ditaduras, ? busca constante de bodes expiat?s. Como assinalou na semana passada o jornalista independente cubano Odalis Alfonso Toma, “sempre que atingimos o pico das crises administrativas ou executivas, aparecem novas acusa?s de apropria? indevida do dinheiro p?co e de abuso de poder, lan?as contra funcion?os p?cos dos altos escal?governamentais.[1] Uma combina? de teorias Minha opini? minha modesta conjetura ?ue o ocorrido na semana passada foi uma combina? da segunda com a terceira teoria. O artigo escrito por Fidel Castro declarou que P?z Roque e Lage tinham proporcionado aos inimigos de Cuba “ilus? de mudan? na ilha, o que me leva a crer que o expurgo foi uma medida defensiva tomada pela ditadura decr?ta. Foi o que j?correu e acontece novamente. Cada vez que fatos externos amea? pressionar Cuba para que permita as liberdades fundamentais, ou que algu?do governo cubano surge como potencial sucessor da dinastia familiar, os irm? Castro t?reagido cerrando suas fileiras e entrincheirando-se na posi? de linha dura. No final da d?da de 1980, quando a extinta Uni?Sovi?ca iniciou o processo de abertura pol?ca da perestroika, Fidel Castro destituiu – e depois executou – o carism?co her?o ex?ito e renomado reformista, o general Arnaldo Ochoa. Em 1992, em meio ?emocratiza? dos ex-aliados cubanos do leste europeu, Castro destituiu Carlos Aldana, o segundo funcion?o mais poderoso do Partido Comunista Cubano e mais famoso reformista dentro da hierarquia do governo cubano. Como as v?mas do expurgo da semana passada, estes e outros funcion?os p?cos afastados sempre fizeram declara?s p?cas confessando seus alegados pecados. Agora que Washington se compromete a relaxar as san?s norte-americanas, a fam?a governante cubana provavelmente continuar? a promover limitadas mudan? econ?as, que disfar? a continuidade do regime. Internamente, cerram as fileiras, para tentar protelar o efeito da press?internacional no sentido de uma pol?ca de abertura.

Tibiriçá Ramaglio

25/03/2009
As bruxas est?soltas. Ao menos na capa de duas revistas mensais de cultura e atualidades, que se oferecem como alternativa ao leitor que procura nas bancas algo mais que o notici?o cotidiano. Primeiro, a Cult buscou ressuscitar a velhinha de Taubat?o petismo, dona Marilena Chau?ue, desde apregoar que o universo se ilumina quando Lula fala, havia se recolhido ?epultura onde pontifica, o departamento de filosofia da Universidade de S?Paulo. Agora, a revista Brasileiros estampa em sua primeira p?na a ef?e de dona Maria Vit? Benevides, que ?presentada nas chamadas como “uma mulher de garra”, “soci?a, educadora e cientista pol?ca”, que “vira fera para defender os direitos dos cidad?”. Trata-se, evidentemente, de um desagravo que se faz ?v??educadora, mas antes de coment?o ?ecess?o tecer algumas considera?s sobre a pr?a revista Brasileiros. A publica? ?m dos mais evidentes exemplares de jornalismo chapa branca dos meios de comunica? brasileiros. N?por acaso integra sua diretoria de reda? o ex-secret?o de imprensa de Lula, o petista hist?o Ricardo Kotscho. Por acaso ainda menor, dos oito anunciantes que a publica? ostenta em suas 100 p?nas, quatro s?do governo, a saber: o Minist?o da Educa?, a Infraero, a Caixa Econ?a e o Banco do Brasil. Responde por um an?o de p?na dupla a empresa de telefonia Oi, aquele bilion?o imbr?o que reuniu na mesma mamata Daniel Dantas, Lulinha, Jos?irceu e Luiz Gushiken. O sexto an?o, bem menor, ?a Associa? Paulista de Medicina, uma entidade classista, e o s?mo e o oitavo, respectivamente de uma empresa jornal?ica e de uma churrascaria nas proximidades da reda? de Brasileiros, t?todo o cheiro de permutas. Enfim, o fato de a revista estampar na capa Maria Vit? Benevides neste exato momento deixa claro o corporativismo mafioso que est?or tr?de personagens e publica?s semelhantes, como a revista Piau? a Caros Amigos, que se dedicam exclusivamente ao proselitismo esquerdista, travestido de jornalismo investigativo, e ?? entre amigos que ?ar prest?o ?figuras de esquerda dos meios jornal?icos, art?icos e acad?cos, por meio de um colunismo social com textos mais extensos, que se pretende jornalismo cultural ou de opini? Por que corporativismo? Porque Maria Vit? Benevides acaba de trombar com a Folha de S. Paulo no epis? do c?bre editorial de 17 de fevereiro, que chamou o regime militar de 1964 de “ditabranda”. Diante do protesto hist?co que dirigiu ao jornal por isso, Benevides (bem como Fl?o Konder Comparato) foi chamada de “c?ca e hip?ta”, o que ?de fato, pois sua suposta atua? no ?ito dos direitos dos cidad? limita-se ?eles com quem compartilha a ideologia pol?ca. Maria Vit? Benevides ?impatizante da ditadura cubana e do socialismo bolivariano chavista. Al?disso, ?ma estelionat?a intelectual de marca, de vez que transformou sua atua? no campo cient?co ou pedag?o em milit?ia pol?ca. Benevides ?ma das criadoras da chamada “Educa? em Direitos Humanos” que nada mais ?o que esvaziar a pedagogia de seus conte? educacionais, substituindo-os pela propaganda pol?ca. Nas palavras da encomi?ica reportagem de Brasileiros, “um ensino que tenha como preocupa? central o fortalecimento de um esp?to democr?co, uma cultura de paz, de toler?ia coma diversidade e o exerc?o da cidadania”. Em suma, a “pedagogia do oprimido”, um ensino politicamente correto... Ora, uma revista mensal – particularmente uma revista mensal bancada com o dinheiro p?co – dedicar sua reportagem de capa ao desagravo de Maria Vit? Benevides deixa bem claro o comportamento da intelekitualidade esquerdista nacional: mexeu com um, mexeu com toda a patota, que sai incontinenti em defesa do par que se considerou ultrajado. N?bastasse o abaixo-assinado com cerca de 3,5 mil assinaturas e o ato p?co feitos em solidariedade ?rofessora diante da reda? da Folha, que contou com cerca de 300 participantes, soma-se agora a capa de uma revista mensal, que visa dar a Benevides uma import?ia maior do que de fato tem. A rea? ?evidentemente, desproporcional ?elev?ia dos fatos, mas por isso mesmo serve para mostrar o ?mo e o poder de fogo da corpora? acad?ca petista. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Ex-blog do Cesar Maia

25/03/2009
1. O JN informou que o conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Servi?(FGTS) aprovou a libera? de R$ 12 bilh?para o pacote de medidas que o presidente Lula vai anunciar nesta quarta-feira. O novo programa habitacional pretende construir um milh?de moradias, com subs?os para fam?as que ganham at?r?sal?os m?mos. 2. O ?mo balan?do FGTS foi publicado em abril de 2008, correspondente aos anos de 2007 e 2006. Nele se verifica na p?na 24 que a maior raz?de saques no FGTS s?as “demiss?sem justa causa”, que alcan?am 23,2 bi em 2007. N?h?enhuma d?a que com a crise, as receitas adicionais do FGTS v?diminuir e os saques v?aumentar, afetando o seu Patrim?. 3. Portanto, cabe avaliar se o Patrim? L?ido do FGTS pode suportar um compromisso adicional de 12 bilh?de reais. Nas p?nas 29 e 30 est?os balan? do FGTS em 2006 e 2007. O Patrim? L?ido do FGTS em 2007 era de 22,9 bilh?de reais. Ser?ue num per?o onde esse patrim? tender? diminuir em fun? de menor arrecada? e maiores saques, o FGTS pode comprometer 52% (usando 2007 como refer?ia) de seu Patrim? L?ido? Ou ?ais uma das promessas “pac-ianas” de Lula, que nunca se realizam? 4. Se quiser conhecer os dados citados, acesse abaixo. http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/fgts/demontracao_financeira_fgts/DEMONSTRACAO_FINANCEIRA_FGTS_2007.PDF * * *

Ives Gandra da Silva Martins Filho

24/03/2009
Desde que se tornou conhecida, pela divulga? na m?a, a declara? do arcebispo de Olinda e Recife, dom Jos?ardoso Sobrinho, de que incorreram na pena de excomunh?os que executaram e consentiram no aborto dos g?os que esperava a menina de 9 anos de Alagoinha (PE), estuprada pelo padrasto, t?faltado pedras para atirar no referido prelado e na Igreja Cat?a. Chocou o Brasil a not?a da gesta? da menina pernambucana. Mas, em rela? ao aborto praticado, o que mais choca ? distor? de fatos, de modo a se justificar a morte dos g?os, aproveitando-se tamb?o epis? para se condenar a Igreja Cat?a por sua intransig?ia. Interessante notar que os mesmos que defendem ferrenhamente a separa? da Igreja e do Estado, em nome do laicismo, n?admitindo que a Igreja se manifeste em defesa da vida por ocasi?da discuss?judicial sobre o aborto, s?aqueles que, no presente epis?, v?prescrever o que a Igreja deve dizer ou pensar sobre seus dogmas e doutrina, lembrando muito a incoer?ia voltariana do Tratado da Toler?ia: devemos tolerar todos, menos “a infame” (a Igreja Cat?a). Eis os fatos, segundo os testemunhos do Conselho Tutelar de Alagoinha e do p?co da cidade: em que pese o parecer un?me do referido conselho, contr?o ao aborto, e da vontade inicialmente manifestada pelo pai e pela m?da menina pela preserva? da vida dos netos, a press?de uma assistente social, com a transfer?ia da menina para outro hospital, o aborto foi realizado, com a maior rapidez, para evitar discuss? sempre sob o argumento, altamente discut?l, de que a gesta? levaria fatalmente ?orte da m?e das crian?. E qual foi a declara? do t?criticado arcebispo? Que o crime do aborto ?ais grave do que o crime do estupro, estando os que o praticaram, e consentiram na sua realiza?, excomungados “ipso facto”. Eis o direito aplic?l ?ip?e: a) C?o Penal Brasileiro — ainda que seja crime, o aborto n?se pune quando a gesta? resulta de estupro (art. 128, II); b) C?o de Direito Can?o da Igreja Cat?a — a excomunh?“latae sententiae” ?quela na qual incorre o fiel cat?o pelo simples fato de praticar o aborto, independentemente de processo e senten?expressa, em face da extrema gravidade do delito (cc. 1314, 1318 e 1398); para o fiel cat?o, a excomunh?significa ficar privado de receber os sacramentos (c. 1331, § 2º); pode ser levantada se estiver arrependido e houver se confessado (cc. 1355, § 2º, 1357, § 1º, e 1358, § 1º). Ou seja, o que dom Jos?ardoso Sobrinho fez foi apenas esclarecer que, pelo ato que praticaram, os que provocaram o aborto da menina de Alagoinha deixaram de participar da comunh?da Igreja Cat?a. Podem voltar a ela? Claro, desde que arrependidos do grav?imo pecado que cometeram e devidamente perdoados pelo sacramento da confiss? ?quest?de coer?ia. Ningu??brigado a pertencer ?greja. Mas se o faz, deve estar de acordo com sua doutrina, defendida em sua integralidade pela Igreja Cat?a por mais de dois mil?os. Diante de tantas contemporiza?s, sempre se buscando atenuar as exig?ias do Evangelho, n??emais lembrar, como dizia um santo de nosso tempo, que n?? doutrina de Cristo que deve se adaptar ??cas hist?as, mas os tempos ?ue se devem abrir ?uz do Evangelho. Diante de t?triste epis?, s?demos nos solidarizar com a dor imensa da menina estuprada e obrigada a abortar, lamentar o sacrif?o de duas vidas humanas, e nos colocar ao lado de dom Jos?ardoso Sobrinho, para, junto com ele, receber as pedras que ainda continuar?a ser atiradas nele e na Igreja Cat?a pela intransigente defesa da vida humana. * ?Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Zenit.org

24/03/2009
Contra feiti?ia entre os povos africanos, Papa alenta an?o de Jesus Por Alexandre Ribeiro LUANDA, s?do, 21 de mar?de 2009 (ZENIT.org).- O Papa afirmou que os cat?os n?fazem «injusti?a ningu?se lhe mostrarmos Cristo e lhe oferecermos a possibilidade de encontrar». O pont?ce alentou o esp?to apost?o e mission?o na manh?este s?do, durante a homilia que proferiu na missa celebrada na Igreja de S?Paulo, em Luanda, junto aos bispos, sacerdotes, religiosos, movimentos eclesiais e catequistas de Angola e S?Tom? Ao recordar os 500 anos da evangeliza? em Angola, Bento XVI destacou que «hoje cabe a v?irm? e irm?s, na senda destes her?s e santos mensageiros de Deus, oferecer Cristo ressuscitado aos vossos compatriotas». «Muitos deles vivem no temor dos esp?tos, dos poderes nefastos de que se cr? amea?os; desnorteados, chegam a condenar meninos da rua e at?s mais velhos, porque – dizem – s?feiticeiros», afirmou. «Quem pode ir ter com eles para lhes anunciar que Cristo venceu a morte e todos esses poderes obscuros? Objetam alguns: ‘Por que motivo n?os deixamos em paz? Eles t?a sua verdade; n?a nossa. Convivamos pacificamente, deixando cada um como ?realizando do melhor modo a sua autenticidade’.» Mas –prosseguiu o pont?ce–, «se estamos convencidos e temos a experi?ia de que, sem Cristo, a vida ?ncompleta, falta uma realidade – e a realidade fundamental –, devemos tamb?estar convencidos de que n?fazemos injusti?a ningu?se lhe mostrarmos Cristo e lhe oferecermos a possibilidade de encontrar, deste modo, tamb?a sua verdadeira autenticidade, a alegria de ter encontrado a vida».