Fernão Lara Mesquita
Citado em artigo de Jordan Peterson, que remete a tradução de discurso recente do ex-chefe da policia política soviética (NKVD) e presidente eterno da Russia publicado no site http://MEMRI.org
"Os advogados do auto-proclamado 'progresso social' acreditam que estão empurrando a humanidade para um nível de conscientização novo e melhor. Benza deus, hasteiem-se as bandeiras, toda a força à frente. A única coisa que eu quero lembrar é que não ha nada de novo nisso. Pode ser surpresa para muita gente, mas a Russia já esteve lá. Depois da revolução de 1917 os bolchevistas, confiando nos dogmas de Marx e Engels, também diziam que iam mudar todos os comportamentos e costumes, e não apenas os políticos e econômicos; queriam mudar a própria noção de moralidade e os fundamentos de uma sociedade saudável. A destruição de valores solidamente estabelecidos e das relações entre as pessoas até o limite da completa destruição da família (que nós também tivemos), o encorajamento para que as pessoas denunciassem seus entes queridos, tudo isso foi saudado como progresso e, por sinal, foi amplamente festejado pelo mundo afora; estava tão na moda quanto está hoje. E os bolchevistas, nunca é demais lembrar, também eram radicalmente intolerantes com quaisquer opiniões que não fossem as suas próprias.
Tudo isso deveria vir à nossa mente diante do que estamos vendo hoje. Olhando o que está acontecendo em tantos países do Ocidente fico embasbacado de ver de volta as práticas que eu espero que nós tenhamos abandonado para sempre num passado distante. A luta pela igualdade e contra a discriminação transformou-se numa forma agressiva de dogmatismo que beira o absurdo, quando as obras dos grandes autores do passado, como Shakespeare não podem mais ser ensinadas nas escolas e universidades porque suas ideias passaram a ser condenadas como atrasadas. Os clássicos agora são acusados de atraso e ignorância da importância do gênero ou da raça. Hollywood distribui panfletos decretando qual a forma correta de contar uma história e quantos personagens de cada raça e gênero deve haver em cada filme. Tudo isso vai muito mais longe do que foi, lá atras, o Departamento de Agitprop do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética".
* Publicado originalmente no excelente O Vespeiro: https://vespeiro.com/2022/01/23/a-surpreendente-advertencia-de-putin/
Alex Pipkin, PhD
Resolver problemas das pessoas é a atividade precípua do administrador. Como fazer?
Fazendo escolhas e tomando decisões direcionadas para entregar melhores soluções – produtos/serviços/experiências - para os consumidores.
Mas os dias da “empresa individual” se foram; é toda a cadeia de valor que conta para ganhar ou perder dinheiro.
Dentro do ambiente organizacional, tais decisões envolvem talentos humanos, suprimentos, operações, marketing, vendas, finanças, TI, engenharia, P&D, jurídico, entre outros processos.
O pilar da tomada de decisão é a informação.
Presenciamos uma nova revolução industrial trazida pelas tecnologias digitais. Embora incipiente - em algumas situações - já possibilitam extrema automatização e conectividade, mais ampla e mais rápida. Elas potencializam a colaboração!
Esta transformação traz uma infinidade de dados e informações que pode ser aplicada, por exemplo, para desenvolver produtos customizados e inovadores, ajustar operações de imediato, reduzir estoques, realizar investimentos rentáveis, acessar fornecedores mais competitivos, entre outras.
Digitalização virou um mantra. Todos verbalizam. Isomorfismo empresarial empurra a busca, muitas vezes equivocada de “respostas de TI” e obtenção de mais informação que levaria a decisões robustas e mais rápidas.
Mas calma lá! É imperativo respeitar o tempo e estágio organizacional individual e do setor envolvido. Claro que informação é vital, propicia visibilidade.
Visibilidade na cadeia é, sem sombra de dúvida, vital para se solucionar melhor os problemas dos clientes e ganhar mais dinheiro.
O problema é que muitas organizações sequer realizam o singelo básico, como por exemplo, integrar interna e externamente seus processos. Porém, impulsionadas por áreas de tecnologia e/ou consultores externos, desejam visibilidade em nível de comunicação, alardeando novas tecnologias - vide agora o metaverso -, por meio de projetos de marketing que são efêmeros e que não trazem resultados efetivos de longo prazo para as empresas.
Primeiro, indispensável transformar dados em informação acionável. Necessário integrar funcionalmente a organização e toda cadeia de valor para tal acesso.
Penso que uma empresa precisa se concentrar e focar naquelas tecnologias que são essenciais e de maior impacto para seus processos e seus negócios. Por foco considero um aprofundamento da aplicação, de utilização e de desenvolvimento de tecnologias (ex.: inteligência artificial), objetivamente acompanhando e analisando as novidades sob um olhar crítico.
Primordial, de posse de informação, ter habilidades e competências para utilizá-las no processo decisório. Além da retórica, procedimentos operacionais sólidos e cultura organizacional impactam rigorosamente para sua real utilização. Cultura genuína, ou seja, aquela que foi forjada ao longo dos tempos, relacionada com a missão e o negócio, não a acionada em razão de oportunidades de marketing, por vezes desvinculadas do real objetivo organizacional.
Como acadêmico, repito o mantra. A transformação digital irá disruptar todos os setores. Pela experiência executiva, alerto que informação é diferente de conhecimento, que conduz a tomada de decisões eficientes e eficazes.
Todas empresas, com a escala e barateamento, poderão acessar tecnologias e a respectiva visibilidade de dados. Somente algumas – maiores - já estão contratando especialistas de dados que, inexoravelmente, precisam buscar, a princípio, integração interna/funcional. Pari passu, integração externa com parceiros de negócios.
Sugiro iniciar pelo simples e prioritário. Integre internamente. De posse de informação, construa conhecimento, compartilhando-o em toda cadeia de valor. Parece-me essencial que haja uma cultura inspiradora de construção do conhecimento, por meio da aquisição e respectiva utilização dos dados, informações, fatos e relações sociais.
É a utilização da informação que gera o conhecimento através do desenvolvimento de novas habilidades, produtos e processos mais eficientes. Acessar informações é preciso, mas preferencialmente, integrar interna e externamente a fim de produzir conhecimento distinto.
Isoladamente, tecnologia de informação raramente será fonte de vantagem competitiva sustentável, uma vez que esta pode ser imitada pelos concorrentes. Somente o seu compartilhamento é que permitirá a geração de conhecimento para uma tomada de decisão mais efetiva e rápida.
Soa simplório, mas não é. Abandone as panaceias e, primeiro, integre dentro e fora com o “básico”.
Foque nas tecnologias que, de fato, possuem aplicações práticas para seus negócios, e acompanhe às inovações e as tendências de longo prazo com criticidade, para além dos modismos desmesurados.
Só a partir daí passe a pensar em tecnologias digitais revolucionárias. Prefiro as práticas e inovadoras.
Nota do editor: Na véspera do dia do padroeiro do Rio de Janeiro, um grande bispo escreveu aos mártires de hoje, sobre esse grande mártir do cristianismo.
Dom Fernando Arêas Rifan
Amanhã celebraremos a solenidade do glorioso mártir São Sebastião, padroeiro da Cidade maravilhosa, nossa capital, e, portanto, especial protetor do Estado do Rio de Janeiro.
Conforme nos explica Dom Orani João Tempesta, Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, São Sebastião nasceu em Narbona, uma cidade ao Sul da França, no século III. Era filho de uma família ilustre. Ficou órfão do pai ainda menino, e então, foi levado para Milão por sua mãe, onde passou os primeiros anos da infância e juventude.
A mãe educou-o com esmero e muito zelo. Ele ingressou no exército imperial, e, por sua cultura e grande capacidade atingiu os mais altos graus da hierarquia militar, chegando a ocupar o posto de Comandante do Primeiro Tribunal da Guarda Pretoriana durante o reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores romanos, perseguidor dos cristãos.
Foi denunciado ao Imperador como sendo cristão. Mesmo sendo um bom soldado romano, suas atitudes demonstravam sua fé cristã, e, diante de todos, confessou bravamente sua convicção. Foi acusado, então, de traição. Na época, o imperador tinha abolido os direitos civis dos cristãos. Por não aceitar renunciar a Cristo, São Sebastião foi condenado à morte, sendo amarrado a um tronco de árvore e flechado. Porém, não morreu ali. Foi encontrado vivo por uma mulher cristã piedosa que tinha vindo buscar o seu corpo. Diante do ocorrido, recuperada a saúde, apresentou-se diante do Imperador e reafirmou sua convicção cristã. E nova sentença de morte veio sobre ele: foi condenado ao martírio no Circo. Sebastião foi executado, então, com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte e jogado nos esgotos perto do Arco de Constantino. Era 20 de janeiro.
Seu corpo foi resgatado e levado para as catacumbas romanas com grande honra e piedade. Sua fama se espalhou rapidamente. Suas relíquias repousam sobre a Basílica de São Sebastião, na via Apia, em Roma. O Papa Caio escolheu-o como defensor da Igreja e da fé.
Nesses tempos de grande negação da fé e de valores espirituais e religiosos, humanos e sociais, São Sebastião torna-se um grande modelo de ajuda para nós hoje, principalmente aos jovens, envoltos em grande confusão moral e espiritual. Ele é um sinal de fidelidade a Cristo mesmo com as pressões contrárias. Dessa forma, ele continua anunciando Jesus Cristo, por quem viveu, até os dias de hoje. Ele nos ensina a não desanimarmos com as flechadas que recebemos e a continuarmos firmes na fé.
Um mártir não deve ser um estranho para nós. Ainda em pleno século XXI encontramos irmãos e irmãs nossas que são mortos em tantos países, outros têm ainda seus direitos civis cassados por serem cristãos, outros são condenados à prisão ou à morte por aderirem ao Cristianismo, e ainda são expulsos de suas cidades e suas igrejas queimadas. Além disso, muitos são martirizados em sua fama, em sua honra e tantas outras maneiras modernas de “matar” pessoas por causa da fé ou de suas convicções cristãs.
* O autor é ordinário da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney e bispo-titular de Cedamusa..
Nota do editor do site: Este artigo do grande escritor português parece feito sob medida para denunciar poderes de Estado que vivem na opulência, abusam da posição que ocupam, se autoconcedem facilidades, preservam injustiças e cultuam a impunidade como regra de ouro da vida política.
Eça de Queiroz
Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades do coração, com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, e se lamentam em vão.
Estes homens são o Povo.
Estes homens, sob o peso do calor e do sol, transidos pelas chuvas, e pelo frio, descalços, mal nutridos, lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos.
Estes homens são o Povo, e são os que nos alimentam.
Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter o repouso do corpo e a expansão da alma, e fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.
Estes homens são o Povo, e são os que nos vestem.
Estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as doçuras consoladoras da Natureza, respirando mal, comendo pouco, sempre na véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a matéria das indústrias.
Estes homens são o Povo, e são os que nos enriquecem.
Estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas armas da Pátria e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento.
Estes homens são o Povo, e são os que nos defendem.
Estes homens formam as equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal retribuídos e desprezados.
Estes homens são o Povo, e são os que nos servem.
E o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem, que o defendem, que o servem?
Primeiro, despreza-os ao não pensar neles, não vela por eles; trata-os como se tratam os bois; deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhos dolorosos; não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades; forma-lhes em redor uma servidão que os prende e uma miséria que os esmaga; não lhes dá protecção; e, terrível coisa, não os instrui: deixa-lhes morrer a alma.
É por isso que os que tem coração e alma, e amam a Justiça, devem lutar e combater pelo Povo.
E ainda que não sejam escutados, tem na amizade dele uma consolação suprema.
* Reproduzido do excelente “Recanto das Letras” - https://www.recantodasletras.com.br/
RIPLEY'S BELIVE OR NOT!
O cartunista americano, Robert Ripley, se tornou uma figura muito conhecida a partir do momento em que resolveu criar uma curiosa CRÔNICA DE JORNAL denominada -RIPLEY'S BELIVE OR NOT!-. Mas a série ganhou fama -mundial- quando Ripley passou a divulgar as imagens dos fatos e/ou casos -incríveis, inusitados, bizarros, muito estranhos, porém verdadeiros- na rede de televisão ABC, com apresentação do ator norte-americano Jack Palance e sua filha Holly Palance. No Brasil, na segunda metade dos anos 80, o programa de Ripley começou a ser transmitido pela antiga TV Manchete, com o título -ACREDITE, SE QUISER!-
CASO LULA
Pois, fico imaginando como seria a crônica do -ACREDITE, SE QUISER!-, do célebre Robert Ripley (falecido em 1949), ao tomar conhecimento da fantástica e inusitada ROUBALHEIRA praticada pelo PT, chefiada, coordenada e incentivada pelo ex-presidente Lula, considerado em prosa e verso como o MAIOR BANDIDO da história do nosso empobrecido Brasil. Mais: fico imaginando com que cara e gestos o ator Jack Palance apresentaria o -BELIVE OR NOT!- mostrando que o larápio teve a sua condenação -anulada- pelo comprometido STF.
JACK E HOLLY
Mais ainda: creio que tanto -Jack-, quando sua filha -Holly-, abandonariam para sempre o programa -BELIVE OR NOT!- no exato momento em que ficassem sabendo que depois das inusitadas falcatruas reveladas e provadas ao longo da OPERAÇÃO LAVA-JATO, o ex-presidiário não apenas saiu da prisão como confirmou a sua candidatura para -presidente do Brasil-, cujas pesquisas de intenção de voto, -ACREDITE, SE QUISER!-, apontam que o bandido goza da preferência dos eleitores. Pode?
TUDO TEM LIMITE
Ora, por mais que o -ACREDITE, SE QUISER!- se notabilizou por mostrar casos inéditos e até milagrosos, muita gente relutava em aceitar dizendo que se tratava de -fake news, ou imagens montadas com a intenção de atingir maior audiência. Entretanto, uma coisa é mais do que certa: o papel nojento do STF, que determinou a soltura de Lula e todos os seus comparsas, foge totalmente de tudo aquilo que possa ser considerado como -incrível, inusitado, bizarro, muito estranho, etc.- . Resumindo: o que está acontecendo no nosso país jamais teria espaço num programa sério como o -BELIVE OR NOT! - Ou seja, tudo tem limite. E o limite está naquilo que é consagrado como FARSA, ou algo IMPOSSÍVEL de acontecer.
Autor desconhecido
Nota do editor: Este texto circula nas redes há alguns anos. O autor certamente não tem formação jurídica, mas, talvez por isso mesmo, produziu um desabafo tão interessante e eficiente. Se alguém o conhecer, passe-me a informação, por obséquio.
"Sua vida e a minha não tem muitas instâncias.
A maioria dos nossos prosaicos problemas diários precisam ser resolvidos em 1ª instância mesmo.
Ou quando o dinheiro acaba no banco, seu gerente paga umas três instâncias das suas contas antes de informar que você está quebrado?
Doenças não dão direito a recurso de 2ª instância.
Chefe não espera 2ª instância para demitir.
Gente honesta precisa decidir quase tudo em 1ª instância.
Mas por alguma razão indizível, canalhas tem direito a inúmeras instâncias para se defender.
A Justiça não é cega. É míope.
Por isso, o STF compreendeu que é assim mesmo que tem que ser.
Enquanto tudo que a nação pede, há anos, é que se faça justiça, que se reduza a violência, que se acabe com a corrupção, a Corte Suprema decidiu que são necessárias mais instâncias para se comprovar o que duas cortes já comprovaram.
Ao lixo com o julgamento de 1ª e 2ª instâncias, pagos com nosso dinheiro.
Não valeu. Começa de novo, porque o imposto da gente de bem está aí pra isso mesmo.
Em nenhum outro canto da nossa vida existe tanta oportunidade.
No Enem não tem 2ª instância.
No hospital não tem 2ª instância.
Dívida não tem 2ª instância.
Falência não tem 2ª instância.
Mas
Assassinato e Estupro têm 2ª instância.
Agressão, Ofensas, Calúnia e Bandidagem têm 2ª instância.
Assalto, Roubo e Furto têm 2ª instância.
Apropriação, Invasão, Estelionato e Corrupção têm 2ª instância.
Enquanto você e eu temos que correr para acertar na primeira, para ganhar na primeira, para pagar na primeira, para salvar na primeira, o STF - que deveria nos defender - criou uma casta seleta, formada pela escória do país.
E deu a eles chance, deu tempo, deu prazo, deu esperanças, dá liberdade.
As mesmas chances que faltam a dezenas de milhões de desempregados da vida real, o mesmo tempo que não tem quem precisa trabalhar e estudar, o mesmo prazo que não pode contar quem espera um transplante no SUS.
Assassinos, corruptos, canalhas, facínoras de todo tipo, bandidos que vivem somente para cometer crimes sem nada produzir para a sociedade, voltam às ruas, livres, esperando por mais instâncias de injustiça.
Enquanto a vida de quem é honesto já está transitada em julgado.”