Gilberto Simões Pires
ELEIÇÕES 2018
Nas eleições de 2018, mais do que sabido, o PSOL teve o pior desempenho de sua história na disputa pela Presidência da República. Guilherme Boulos, então candidato do partido, obteve 617.115 votos, ou 0,58% do total de votos válidos. Por outro lado, o candidato escolhido pelos eleitores, Jair Bolsonaro, obteve, no primeiro turno, 49.276.897 votos, ou 46% do total e, no segundo turno, 57.797.847 de votos, ou 55,13% do total.
QUEM MANDA É O PSOL
Pois, para aqueles que acreditam que o Brasil é um país DEMOCRÁTICO é importante que saibam que o PSOL, mesmo depois de obter o insignificante percentual de 0,58% dos votos válidos na corrida presidencial de 2018, é o partido que, através da maioria dos ministros da Suprema Corte, vem governando o nosso complicado País. Vejam que quase tudo que o PSOL quer, o STF obedece piamente e faz acontecer.
SUPREMO PSOLISTA
Para quem não sabe, os ministros do STF, atendendo com precisão um pedido do PSOL, entenderam como INCONSTITUCIONAL o decreto presidencial de Jair Bolsonaro que permitia ao Ministro da Educação a indicação de interventores para a direção dos institutos federais de educação. Mais: desconsiderar as eleições realizadas pelas próprias instituições.
SUSPENSÃO DAS DESOCUPAÇÕES
Mais recentemente, o ministro -psolista-, Luís Roberto Barroso, atendendo a vontade do PSOL, mandou suspender por seis meses as desocupações de áreas coletivas habitadas antes da pandemia, assim como também suspendeu, pelo mesmo período, despejos de locatários vulneráveis sem prévia defesa.
FERROGRÃO
Outro ministro do STF, Alexandre de Moraes, para mostrar e/ou demonstrar o quanto é um apreciador da ideologia psolista, resolveu, no dia 15/03, suspender totalmente, a pedido do PSOL, a construção da ferrovia -FERROGRÃO-, prejudicando brutalmente o Agronegócio Brasileiro, considerado em prosa e verso como a locomotiva do PIB brasileiro.
A DEMOCRACIA DO STF
Resumo: no nosso empobrecido Brasil, diferente de qualquer democracia, onde o presidente eleito é o CHEFE DO EXECUTIVO, quem MANDA E GOVERNA É O STF com base nos interesses do PSOL, cujo candidato à presidente, em 2018, obteve 0,58% dos votos válidos.
A propósito, esta foi uma semana exaustiva e cansativa para os ministros do STF. Além de AUTORIZAR a realização da Copa América, os ministros psolistas disseram que não se opõem à indicação de André Mendonça para ocupar a vaga de Marco Aurélio Mello.
Outra decisão -celestial- aí tomada pelo péssimo Superior Tribunal de Justiça aconteceu ontem. O STJ REVOGOU A PRISÃO de um homem que havido sido preso em -flagrante- por armazenar 420 quilos de maconha. O STJ entendeu, pasmem, que não havia justificativa para a entrada dos policiais na residência do criminoso.
Raphael Guimarães Andrade
Em 1971, ganhei uma bolsa para estudar nos USA. Foi um seminário sobre desenvolvimento econômico na Harvard University.
Em um encontro com um professor, eu propus uma simples pergunta a ele. Qual o principal fator (citando apenas um), para explicar a diferença do desenvolvimento americano e o brasileiro, ao longo dos 500 anos de descobrimento de ambos os países?
O então o mestre sentenciou sem titubear: a justiça!
Explicou ele em poucas palavras:
“A sociedade só existe e se desenvolve fundamentada em suas leis e em sua igualitária execução. A justiça é o solo onde se edifica uma nação e sua cidadania.
Se pétrea, permitirá o soerguimento de grandes nações. Se pantanosa, nada de grande poderá ser construído.
Passados quase 50 anos deste aprendizado, a explicação continua cristalina e sólida como um diamante. Sem lei e justiça, não haverá uma grande nação.
Do pântano florescerão os "direitos adquiridos", a impunidade para os poderosos. Daí se multiplicarão as ervas daninhas da corrupção, que por sua vez sugarão a seiva vital que deveria alimentar todas as folhas que compõem a sociedade.
Como resultado se abrirá o abismo da desigualdade. Este abismo gerará violência e tensão social.
Neste ambiente de pura selvageria, os mais fortes esmagarão os mais fracos. O resultado final: o pântano se tornará praticamente inabitável. As riquezas fugirão sob as barbas gosmentas da justiça paquiderme, para outras nações.
Os mais capazes renunciarão a cidadania em busca de terras onde a justiça garanta o mínimo desejado: que a lei seja igual para todos.
Este é o fato presente e a verdade inegável do pântano chamado Brasil! Minha geração foi se esgotando na idiota discussão entre esquerda e direita.
E ainda continua imbecilizada na disputa entre "nós e eles", criada pelo inculto Lula e o séquito lulista.
Não enxergaram um palmo na frente do nariz da essência da democracia. Foram comprados com pixulecos, carros, sítios e apartamentos.
Não sei quantos jovens lerão este texto e terão capacidade de interpretar e aprofundar a discussão.
Aos meus quase 70 anos, faço o que está ao meu pequeno alcance.”
* Buscado no Google. A versão mais antiga deste artigo encontreio aqui: https://vozmtz.blogspot.com/2017/11/a-justica-carcomida-e-o-pior-cancer-de.html.
*Por Ciro Rosolem
Em 7 de junho foi celebrado o Dia Mundial da Segurança Alimentar. A data foi estabelecida pela ONU em 2018 com objetivo de inspirar ações que ajudem a prevenir, detectar e gerenciar riscos de origem alimentar, contribuindo para segurança alimentar, saúde, direitos humanos, prosperidade econômica, agricultura, acesso a mercados, turismo e desenvolvimento sustentável.
Mas o Brasil é o celeiro do mundo. Produzimos o suficiente para um bilhão de pessoas, e temos pouco mais de 200 milhões vivendo aqui. Muito se fala do crescimento e sucesso da agricultura brasileira. Afinal somos top 5 no mundo em 30 produtos agrícolas. Realmente estávamos indo muito bem. Em 2014 havíamos, pela primeira vez, saído do mapa da fome das Nações Unidas. Foi uma conquista do desenvolvimento agrícola, produzindo alimentos mais baratos, em conjunção com políticas públicas de auxílio direto aos vulneráveis. Entretanto, a partir daí, segundo o IBGE, a insegurança alimentar grave voltou a crescer, bastante, 8% ao ano. Consequência da estagnação econômica, e não da falta de comida. Entre 2011 e 2020 o setor de serviços cresceu 1,5 % e a indústria encolheu 12,8 %. No mesmo período a agropecuária cresceu 25,4 %.
Agora, com os problemas agravados pela pandemia, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, ao final de 2020 praticamente metade da população brasileira sofria algum grau de insegurança alimentar. Quase 20 milhões de brasileiros padeciam de insegurança grave, ou seja, fome mesmo. O mais interessante é que, tanto no mundo como no Brasil, a insegurança alimentar é bem maior no campo que nas cidades. Principalmente entre pequenos agricultores em terras marginais. A fome no celeiro.
Tudo isso aparece com muita clareza na grande vitrine que são os supermercados, pois a carne subiu, o feijão subiu, o arroz subiu, a verdura está pelo olho da cara, e assim por diante. Aparentemente a agricultura é uma das vilãs da insegurança alimentar. Ora, se produzimos muito, exportamos bastante, porque os brasileiros estão sofrendo essa insegurança alimentar? Culpa da agricultura de exportação? Do poder econômico? Não mesmo! Só um exemplo: nos últimos dez anos cresceu a oferta de arroz, mesmo com redução de quase 50 % na área cultivada, preservando o ambiente. Um estudo recente do Instituo Millenium detalhou diversos efeitos positivos do crescimento da agropecuária na geração de empregos e renda, além de redução das desigualdades.
Por diversos motivos, os produtos agrícolas estão mais caros ultimamente. O problema é que poucos olham para traz e percebem quanto tempo os preços cresceram menos que a inflação. Com todos os reajustes ocorridos, segundo o DIEESE, em 2000, um salário mínimo comprava 1,28 cestas básicas, em 2021 compra 1,58. Ou seja, com todos esses aumentos, a agricultura brasileira ainda está produzindo alimentos relativamente baratos. Os preços dos alimentos cresceram menos que o valor do salário mínimo.
Então qual o problema real, e como resolvê-lo? Não é simples, mas já aprendemos algumas coisas. O principal motivo da insegurança alimentar é falta de renda, não de alimento. Embora políticas públicas de transferência direta de renda sejam importantes em determinados momentos, ficou claro que não se constituem em solução. Não diminui a dependência, é paliativa. Onde a agricultura tecnológica, organizada, cresceu, melhorou o nível de emprego e renda da população. Então, contra a insegurança alimentar o remédio é emprego. No Brasil, quando a economia parou, aumentou a insegurança.
Pasmem, a insegurança é maior entre os agricultores familiares, que recebem 70% das subvenções governamentais para o setor agropecuário. Algo não está funcionando bem, mais uma vez parece que o dinheiro não está sendo bem empregado. É que não basta dar terra. É preciso ensinar a produzir. Assistência técnica de qualidade, sem ideologias, sem política. E, infelizmente, temos visto o setor de assistência técnica pública encolher. Veja-se o exemplo do Estado de São Paulo, com o desmantelamento da CATI, que cuidava do assunto.
* Vice-Presidente de Comunicação do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Professor Titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FCA/Unesp Botucatu).
Ibn Warraq
Em um debate público com Tariq Ramadan em Londres, em novembro de 2007, a mim foram concedidos oito minutos para argumentar a favor da superioridade dos valores ocidentais. Aqui vai minha defesa.
As grandes ideias do Ocidente – racionalismo, auto criticismo, a busca desinteressada pela verdade, a separação entre Igreja e Estado, a força da lei e a igualdade de todos perante ela, a liberdade de consciência e expressão, os direitos humanos, a democracia liberal – tudo isso junto constitui uma grande conquista, certamente, para qualquer civilização. Este conjunto de princípios permanece o melhor e talvez a única maneira para que todas as pessoas – não importa a raça ou credo – vivam em liberdade e alcancem seu potencial. Os valores ocidentais - que são base para seu visível sucesso político, científico, econômico e cultural – são claramente superiores a quaisquer outros valores inventados pela humanidade. Quando tais valores foram adotados por outras sociedades, tais como a Japonesa ou a da Coreia do Sul, seus cidadãos hauriram benefícios.
A vida, a liberdade e a busca pela felicidade. Esta trilogia sucintamente define a atratividade e a superioridade da civilização ocidental. No Ocidente nós somos livres para pensar o que queremos, ler o que queremos, praticar nossa religião, viver como escolhemos. A liberdade está codificada nos direitos humanos, outra magnifica criação sua, mas também, creio, um bem universal. Os direitos humanos transcendem valores locais ou étnicos, conferindo igual dignidade para todos, independentemente do gênero, etnia, preferencia sexual, ou religião. Ao mesmo tempo, é no Ocidente que os direitos humanos são mais respeitados.
É no Ocidente que existe a emancipação das mulheres, e das minorias raciais e religiosas; dos gays e lésbicas que defendem seus direitos. A noção de liberdade e direitos humanos foi apresentada na aurora da civilização ocidental, os ideais pelo menos, mas têm sido usufruídos através de atos de supremo auto criticismo. Por causa dessa excepcional capacidade autocrítica, o Ocidente tomou a iniciativa de abolir a escravidão. O grito por liberdade não ecoou nem mesmo entre os negros da África, onde tribos pegavam prisioneiros negros rivais para serem vendidos no Ocidente. Hoje, muitas outras culturas seguem os costumes e práticas que são uma violação expressa da Declaração de Direitos Humanos (1948).
(...)
Sob o Islam, a vida é um livro fechado. Tudo já foi decidido para você: as ditaduras da Sharia e os caprichos de Alá traçam severos limites da possível agenda de sua vida. No Ocidente, nós temos a escolha de ir em busca de nossos sonhos e ambições. Somos livres enquanto indivíduos para estabelecer nossas metas e determinar o que vai preencher nossa vida e que sentido dar a ela. Como Roger Scruton sublinha: “a glória do Ocidente é que a vida é um livro aberto”. O Ocidente nos tem dado o milagre dos direitos individuais, a responsabilidade e o mérito, ao invés das cadeias do status herdado e oferece a mobilidade social sem paralelos. “O Ocidente” – escreve Alan Kors – “é a sociedade das vidas mais produtivas, mais auto definidas, e mais satisfatórias”.
*Trechos extraídos de um texto maior, da autoria de Ibn Warraq (2011), traduzido por Khadija Kafir (10/06/2015).Pode ser lido aqui.
Gilberto Simões Pires
A ECONOMIA BRASILEIRA MELHORA
Nos últimos editoriais tenho me dedicado a apresentar dados inquestionáveis que dão a entender, claramente, que a ECONOMIA BRASILEIRA, ainda que muito enfraquecida por tantas e severas intervenções governamentais ao longo dos últimos 50 anos (mais precisamente a partir de 1974 quando Ernesto Geisel assumiu a presidência do Brasil) já começa a dar sinais de efetiva MELHORA.
BONS EFEITOS
Vejam que após a divulgação do crescimento de 1,2% do PIB BRASILEIRO do primeiro trimestre de 2021, os BOLETINS que são assinados e divulgados por analistas do mundo todo estão dizendo, categoricamente, que as DOSES DE LIBERDADE ECONÔMICA que vem sendo ministradas pelo atual governo começam a produzir bons efeitos. Isto, vale lembrar, à despeito das lamentáveis alterações impostas pelas FORÇAS DO MAL, que se recusam a aprovar as medidas que poderiam acelerar a recuperação do País.
POSITIVO, NÃO!
Pois, dentro deste ambiente, onde a ESPERANÇA começa a dar sinais de vida, a MÍDIA ABUTRE, sempre focada na aposta do -QUANTO PIOR MELHOR-, não admite, em hipótese alguma, que seus leitores, ouvintes e telespectadores saibam que a economia brasileira possa dar sinais de MELHORA . Aí, mesmo diante de números absolutamente inquestionáveis, a ordem é seguir usando termos e palavras que escondam a existência de algo POSITIVO.
DESPIORA
Vejam, por exemplo, o caso da FOLHA DE SÃO PAULO, integrante de primeira hora do Consórcio formado pelos membros da MÍDIA ABUTRE. Ontem, 8/6, através de seus colunistas, evitando dizer que o Brasil está apresentando uma efetiva MELHORA econômica, o péssimo jornaleco achou por bem usar o termo DESPIORA. Que tal?
Gilberto Simões Pires
ANALISTAS FORA DO FOCO
Ontem, tão logo o IBGE tornou público o índice que apontou para um crescimento de 1,2% do PIB BRASILEIRO do primeiro trimestre de 2021, fiquei imaginando o que fariam, a seguir, os diretores e conselheiros das instituições financeiras com os analistas que deixaram passar batido nos seus exaustivos e equivocados relatórios, a perspectiva de que a economia brasileira oferecia boa possibilidade de crescimento bem acima da taxa de 0,8% que estava sendo projetada de forma insistente.
PAGAR PELOS SEUS ERROS
Considerando que a grande maioria das instituições financeiras atua na área de ASSET MANAGEMENT, especializada, portanto, em Gestão de Patrimônios -empresariais e pessoais-, o fato de errarem tanto nas suas projeções certamente vai fazer com que muitos analistas sejam afastados. Afinal, da mesma forma como, eventualmente, fazem críticas à condução da política econômica do atual governo, também devem pagar pelos seus erros. Mais ainda quando são grosseiros.
PROJEÇÕES MAIS PERTO DOS RESULTADOS
Vejam que a grande maioria dos investidores, antes de colocar seus ativos para serem administrados por gestores de patrimônios precisam se cercar da importante confiança de que os profissionais são sérios, atentos estudiosos e capazes. Isto não significa, em hipótese alguma, que a variável RISCO deixe de existir. Mas, no mínimo, o que todos esperam é que os analistas saibam fazer projeções que fiquem o mais perto possível do resultado.
BANK OF AMERICA
Pois, quem saiu na frente com o propósito de pedir desculpas pelo erro grosseiro de avaliação do comportamento da economia brasileira foi o chefe de Economia e Estratégia do Bank of America (BofA) no Brasil, David Beker. Ontem, em entrevista que concedeu a Broadcast, Beker disse que FOI UM ERRO ACHAR QUE RETOMADA NO BRASIL FICARIA MUITO AQUÉM DO MUNDO.
MUITO AQUÉM DO RESTO DO MUNDO
Beker iniciou a sua avaliação dizendo que - o crescimento de 1,20% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre mostrou que houve muito pessimismo na avaliação do cenário para 2021 devido à redução do auxílio emergencial e às preocupações com a segunda onda de covid-19. "Vimos as economias se recuperando basicamente de uma desaceleração muito importante no ano passado por conta do choque da pandemia. O que estamos vendo no Brasil é similar ao que está acontecendo nos outros países. Talvez o nosso erro foi imaginar que o Brasil teria um comportamento diferente, muito aquém do resto".
CLASSIFICAÇÃO PARA UMA NOVA ETAPA
Não sejamos ingênuos a ponto de imaginar que já está tudo bem com o nosso empobrecido Brasil. No entanto, depois do anúncio de ontem, a impressão que o Brasil está passando para o mundo é que ganhamos um jogo importante onde a vitória garantiu a classificação para uma etapa reservada para países que gozam de maior visibilidade e atenção de parte dos grandes investidores.