(Publicado originalmente no Estadão)
A "fonte" é quente: o que já saiu não é nada leve, mas as denúncias "mais pesadas" contra o ex-presidente Lula ainda estão por vir. É por isso que Lula e seus advogados se antecipam, em busca de uma duvidosa proteção no Comitê de Direitos Humanos da ONU. No ambiente político, a sensação é de que foi um ato de desespero, indicando que Lula sabe que pode ser preso e estaria aplainando terreno para um futuro pedido de asilo político.
Obstrução de Justiça ao tentar evitar delações premiadas contra amigos e contra si, ocultação de patrimônio no caso do sítio e do triplex, suspeita de palestras fictícias para empreiteiras, envolvimento do filho na Zelotes... tudo isso, que já não é pouco, é apenas parte da história. Os investigadores estão comendo o mingau pelas bordas, até chegar ao centro, fervendo.
No centro, podem estar as perigosas relações de Lula com o exterior, particularmente com Portugal, Angola, Cuba e países vizinhos. E o calor vem da suspeita – com a qual a força-tarefa da Lava Jato trabalha – de que Lula seja o cérebro, ou o chefe da "organização criminosa". No mensalão, ele passou ao largo e José Dirceu aguentou o tranco. No petrolão, pode não ter a mesma sorte – nem escudo.
Lula tornou-se réu pela primeira vez, na sexta-feira, pelo menor dos seus problemas com a Justiça: a suposta tentativa de evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, para que ele não abrisse o bico sobre as peripécias de seu amigo José Carlos Bumlai. Peripécias essas que seriam para atender a interesses, conveniências e possivelmente pedidos de Lula.
Digamos que tentar obstruir a Justiça é um "crime menor", quando Lula é suspeito de ter ganho fortunas e viver à custa de empreiteiras, numa rede de propinas, de toma lá, dá cá. Menor, mas impregnado de simbologia e de força política.
Os fatos embolaram-se de quinta para sexta-feira, num ritmo de tirar o fôlego. Lula entra com a petição no Comitê da ONU, acusando o juiz Sérgio Moro de "abuso de poder" e "falta de imparcialidade". Ato contínuo, sai o laudo da PF mostrando, até com detalhes constrangedores, como o ainda presidente e Marisa Letícia negociaram cada detalhe da reforma de um sítio que juram não ser deles e cujo dono oficial é um íntimo amigo que não tem renda para tal patrimônio. E, já no dia seguinte, explode a decisão da Justiça Federal do DF tornando Lula réu.
O efeito prático da petição à ONU é remoto, ou nenhum. O comitê tem 500 casos, só se reúne três vezes por ano e está esmagado por guerras, atentados que matam dezenas e golpes de Estado sangrentos. Além disso, só acata pedidos semelhantes quando todas as instâncias se esgotaram no país de origem e Lula ainda está às voltas com a primeira instância. Conclusão: a ação é mais política do que jurídica.
Já o laudo da PF é minucioso e bem documentado, criando uma dificuldade adicional para Lula: ele é suspeito de mentir sobre suas propriedades não apenas em seu depoimento às autoridades, mas à própria opinião pública. Difícil acreditar que não é dono do sítio que frequenta regularmente com a família, que recebeu uma reforma feita ao gosto do casal, que abriga os barcos para os netos e parte da mudança do Alvorada após o governo. Se mentiu, por que mentiu?
Mais: Lula atacou Moro na ONU, mas se torna réu por um outro juiz, a muitos quilômetros de Curitiba. Vai alegar que há um complô dos juízes brasileiros contra ele? Porque são todos "de direita"? Ou são todos "tucanos"? Lula parece dar murro em ponta de faca, sem argumentos concretos para se defender e esgotando suas possibilidades não só de disputar em 2018, mas de liderar uma grande e saudável renovação da esquerda brasileira. "Cansei", reagiu. Mas, se a "fonte" estiver correta, o "mais pesado" ainda vem por aí.
(Publicado em O Globo)
A Olimpíada do Rio encerra também a maratona de Lula correndo da polícia. Daí em diante, a prova é de 100 metros rasos.
Dilma e Lula não vão à Olimpíada. Foram pegos no antidoping.
O laboratório da Lava-Jato descobriu que a campanha da presidente afastada derramava milhões de reais numa empresa de fachada do setor de informática, entre outros anabolizantes criminosos. No caso do ex-presidente, uma nova substância ilegal foi atestada em laudo da Polícia Federal — constatando que as reformas no sítio de Lula que não é de Lula foram orientadas pelo próprio. Só a repaginação da cozinha custou 252 mil reais.
O ex-presidente já avisou que não vai deixar barato. De fato, nada que envolva Lula é barato. Perguntem aos laranjas da Odebrecht que compraram um prédio para o Instituto Lula. E lá foi o maior palestrante do mundo para Genebra, com sua comitiva, denunciar à ONU a perseguição que está sofrendo no Brasil.
A elite vermelha está rica, pode rodar o mundo se quiser, alardeando o seu sofrimento, protegida por seus advogados milionários. Há de conseguir uma rede internacional de solidariedade, para que todos tenham direito de matar a fome em cozinhas de luxo, e não falte a ninguém uma empreiteira de estimação.
A ONU é a instância perfeita para o apelo de Lula. É uma entidade recheada de burocratas bem pagos para fomentar a indústria do alarme e da vitimização. Mas a ONU não é perfeita como Lula: parte de suas ações tem efetividade, manchando o ideal do proselitismo 100% parasitário. Deve ter sido um frisson em Genebra a chegada do ídolo brasileiro — que passou 13 anos liderando um governo oprimido, sugando um país inteiro sem perder a ternura, e permanecendo livre, leve e solto, voando por aí. Um mago.
É justamente para continuar livre e solto que Lula foi à ONU. Ele sabe que será condenado por Sérgio Moro. Acaba de virar réu por obstrução de Justiça, no caso Delcídio-Cerveró. Nessas horas é melhor mesmo recorrer aos gigolôs da bondade internacional. É uma turma capaz de ignorar numa boa as obras completas do mensalão e do petrolão, e tratar Lula como um pobre coitado, perseguido por um juiz fascista. A lenda do filho do Brasil cola muito mais fácil do que a do filho adotivo da Odebrecht.
Os plantonistas da solidariedade cenográfica já bateram um bolão na resistência ao golpe contra Dilma. Claro que toda a picaretagem revelada por João Santana não comove essa gente. Nem as confissões da Andrade Gutierrez sobre a rota da propina montada com um assessor direto da companheira afastada, injustiçada e perseguida. Muito menos o buraco em que esses heróis progressistas jogaram o Brasil, escondendo déficits graças à arte da prostituição contábil. Nada disso é crime para os simpáticos jardineiros da fraude.
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro representam um momento histórico. Marcarão a demissão definitiva da mulher sapiens, e a devolução ao povo da frota federal que serve sua filha. Ainda tem gente escolarizada defendendo esse escárnio — contando ninguém acredita —, mas são cada vez menos. Até a vocação para o vexame tem seus limites. A Olimpíada do Rio encerra também a maratona de Lula correndo da polícia. Daí em diante, a prova é de 100 metros rasos. Se a democracia ultrapassar a demagogia, o ex-presidente vai ter que pagar pela ação entre amigos que depenou o Brasil.
A opinião pública segue, como sempre, em sua viagem na maionese. Segundo dois grandes institutos de pesquisa, a maioria quer eleições presidenciais antecipadas.
Ou a maioria não conhece a lei, ou não está interessada em cumpri-la. É a renovação da esperança para a escola de malandragem que o país, a tanto custo, está enxotando do poder. Os heróis providenciais estão todos aí, excitadíssimos, para herdar o rebanho petista. São os que, de forma mais ou menos envergonhada, combateram o impeachment da mulher honrada — aí incluídos os puritanos da Rede, PSOL e demais genéricos do PT. Prestem atenção: estarão todos nas eleições municipais atacando o governo de homens velhos, brancos, bobos e feios de Michel Temer.
Esse governo careta, recatado e do lar, que não tem mulher sapiens para divertir a plateia, está arrumando a casa. Não porque Temer seja um iluminado. Ele só percebeu — como Itamar duas décadas antes — que sua única chance era botar os melhores para tomar conta do dinheiro. E botou. Saiu a delinquência fisiológica, entrou a eficiência. É assustador para os parasitas das lendas humanitárias ver a máquina nas mãos de profissionais.
O vento já virou, o Brasil vai melhorar, e isso é terrível. Como na época do Plano Real, os solidários de butique correm o risco de voltar a pregar no deserto, enquanto a vida da população desgraçadamente progride. Quem vai comprar ideologia vagabunda num cenário desses?
Só pedindo socorro à ONU. Mas se apressem, porque depois da Rio 2016 será a hora do xadrez.
* Jornalista
Ele foi arrancado de dentro de sua casa em um dos tantos morros "urbanizados" aqui em Porto Alegre.
Foi torturado, sofreu severas lesões corporais, dentre elas, teve perfuração craniana com exposição de conteúdo encefálico. Os monstros que o raptaram de dentro de sua própria casa na frente de seus familiares para o torturarem até a morte, em outro morro ali perto, teriam ficado "aborrecidos" com Luciano alguns dias antes, por ele pedir e até reclamar que não guardassem no terreno ao lado do seu, tantas drogas e armamentos expostos, pois algum de seus cinco filhos menores poderiam se machucar, uma vez que sua casa não tinha (como todas por ali) cerca ou muro protegendo o acesso ao terreno em questão. Vejam bem, Luciano não era drogado e nem alugava terreno para bandido, ele simplesmente ousou reclamar da "logística" que os marginais fazem, se apossando de cantos e becos que lhes forem convenientes, colocando em risco seus familiares e vizinhos.
Luciano tinha 36 anos. Era um ótimo pai de família, deixando a esposa e cinco filhos, todos com idades entre 3 e 14anos. Era trabalhador e muito bem conceituado na empresa onde estava empregado há alguns anos como motorista de caminhão. O enterro estava cheio de pessoas que testemunhavam as virtudes de Luciano e confirmavam sua inocência.
Repito: Luciano não era drogado. Não era estuprador. Não era desonesto. Não era bandido. Não era ladrão. Não era marginal. Pelo contrário, nosso Luciano, era um verdadeiro herói brasileiro, que trabalhou duro para conquistar a casinha simples que morava com a família e que agora está ameaçada de ser tomada definitivamente pelos marginais e traficantes que governam este morro onde o Luciano morava, e continuam morando muitos de seus vizinhos, trabalhadores honestos como ele, e continuarão sob o jugo de seus algozes.
Há meses que ali ocorre uma guerra entre facções criminosas para disputar qual grupo de delinquentes mais poderoso irá mandar naquele pedaço.
Luciano não é a primeira vítima e infelizmente parece que não será a última.
A polícia tem ordens (de quem?) de só subir o morro quando for chamada. Os moradores do morro bem que gostariam de chamar a polícia sempre, mas os marginais é que mandam, e executam, e é na base do "bala na cara" em quem ousar não obedecer as ordens. É o terror. Luciano foi martirizado por assassinos cruéis como prova de que a população no morro deve aguentar calada, uma vez que a lei local é não chamar a polícia, e a polícia não pode ir onde não foi chamada, pois há políticos, imprensa, e intele-teco-tuais que concluíram e sacramentaram como um dogma, que um policiamento ostensivo em zonas pobres seria muito opressivo aos pobres, melhor deixá-los assim como estão há décadas, aos cuidados maternais desta bandidagem carniceira que tomou conta...
Luciano não pode se despedir de nenhum de seus familiares, foi arrastado, só podendo implorar que não fizessem nada com seus filhos e esposa, os quais foram devidamente "desencorajados" a chamarem a polícia. Se limitaram a dar queixa de sequestro longe dali e bem depois, e aguardarem em estado de choque o que as próximas horas lhes trariam de notícias do Luciano. Receberam um corpo desfigurado e sem vida.
Narro em detalhes toda esta história, porque Luciano era o genro da Ana. Ana trabalha há muitos anos na casa de meus pais, e ela própria já viveu outras tragédias pessoais, também relacionadas com os crimes do tráfico de drogas.
Luciano não era celebridade funkeira, nem esportiva... Luciano não era político. E que nem à imprensa, nem à políticos vermelhos interessaria divulgar sua trágica morte, já sabemos, pois ele era só mais um de nós mortais insignificantes e pagadores de impostos, sujeitos a vala comum do anonimato, silêncio e descaso com as vítimas da violência praticada pelos criminosos deste infeliz país chamado Brasil.
...
Como chegamos a este ponto?
Sim porque não se chega a tal dominância de um mal, sem que antes se negligencie de alguma forma, e muito, um bem. Um mínimo de segurança pública era um bem que possuíamos, mas que perdemos. Acabou. Vivemos na barbárie completa. Vivemos no terror e com números recordes de vítimas em uma verdadeira guerra civil.
Como comentou um amigo que viaja a outras capitais brasileiras: aqui em Porto Alegre a crise da segurança é a prova da inépcia, indiferença e incompetência de várias gerações de políticos no poder Estadual e Municipal. Culminou no governo Tarso e se agrava com a relutância da Administração Sartori. Há um pano de fundo social, mas a violência é, sem sombra de dúvida, resultado de maus governos.
Maus governos com más políticas de segurança pública no Brasil inteiro.
Com Porto Alegre virando quase um ícone daquela elite de esquerda que não abre mão de segurança armada 24h e carro blindado, ao mesmo tempo que prega a paz através do fanatismo na crença dogmática do desarmamento da população comum. São políticas que sonham e salivam em desarmar a polícia, e acham opressor demais que se reaja à violência e se atire em delinquente! É aquela política do protecionismo aos bandidos, de lágrimas de crocodilo que só escorrem por outros crocodilos. Um estado modelo de uma (in)justiça com excesso de juízes ativistas sociais que mandam soltar bandidos quando nem bem a polícia conseguiu prender direito. Aquela política esquerdofrênica que adoraria acabar com a polícia, fechar presídios e por um decreto mágico declarar "paz". Foram políticas públicas incompetentes em formar e valorizar policiais bem preparados, treinados e equipados, fazendo vigilância nas ruas, nos morros e nos bairros pobres sim, por que pobre nem sempre consegue ter cerca elétrica ou sistema de segurança particular, mas também quer segurança para viver em paz.
Uma elite de esquerda que faz romance do bom marginal, que adora vitimizar o bandido e culpar a vítima que paga impostos, e que por ignorância, impotência, ou pura imbecilidade mesmo, ainda vota nesta mesma esquerda ingrata e hipócrita. Aquela esquerda que quer descriminalizar as drogas para "profissionalizar" o traficante, aquela esquerda que grita e cospe em benefício de direitos humanos de bandidos, com o total sacrifício dos Lucianos honestos, foram quem e o que nos trouxeram até aqui.
Até quando seremos escravizados por este modelo? Quantos Lucianos terão que ser cruelmente assassinados para que se prove o total colapso na segurança pública? E que se admita urgentemente outras políticas, não mais estas de chorar por bandidos e assassinos, que são bandidos e assassinos por serem maus, e não por serem pobres! Deixar de punir um criminoso, alegando ele ser pobre e que "não teve outra escolha na vida", é a maior ofensa e falta de respeito com as pessoas pobres e honestas e que não cometem crimes e sim sofrem crimes! Aliás é um desrespeito com todas pessoas de bem, sejam elas pobres ou ricas.
A certeza da impunidade deixa óbvio que tem como consequência direta o aumento da criminalidade e de mais vítimas, mas parece que perdemos a lucidez até para perceber o óbvio, nos encovando num fosso cada vez mais fundo.
(Publicado originalmente no Diário do Comércio)
No imaginário popular, criado e alimentado por essas três classes de vendedores de drogas que são os jornalistas, os professores e o pessoal do show business, o termo “universidade medieval” evoca imediatamente um ambiente mental opressivo e rigidamente dogmático, hostil à linda “liberdade de discussão” que a modernidade viria a inaugurar para a felicidade e conforto do gênero humano.
Como praticamente tudo o que vem dessas três fontes, isso é a exata inversão da realidade.
Nas universidades medievais, o principal método de ensino, ao lado da lectio ou comentário de texto, era adisputatio, ou debate organizado, que, dada uma questão, começava justamente pelo levantamento de todas as opiniões pró e contra disponíveis e em seguida prosseguia pela confrontação sistemática dos argumentos que as sustentavam.
O aluno que desejasse defender alguma ideia era convidado primeiro a reproduzi-la fielmente e argumentar contra ela, da maneira mais eficiente que pudesse, levando em conta todos os argumentos preexistentes, para ter a certeza de que se movia em terreno firme.
Ao contestar uma opinião, devia, antes, anunciar se negava alguma das suas premissas, o desenvolvimento lógico do argumento ou a sua concordância com os fatos conhecidos.
Em nenhuma universidade do mundo, nos dias que correm, vigora tamanho respeito pela liberdade de opinião e pela honestidade do debate. Nem mesmo no campo das ciências naturais, onde a distribuição das verbas de pesquisa, a mando de governos, de grupos bilionários e de interesses corporativos, já bloqueia in limine a mera possibilidade de discussão das teorias julgadas inconvenientes.
Mas, se isso é assim em praticamente todas as universidades do mundo, no Brasil a seletividade autoritária é ainda agravada até à demência pelo império dos professores ineptos –cinqüenta por cento deles, entre os recém-formados, analfabetos funcionais –, que defendem ferozmente os seus privilégios grupais e os seus interesses partidários contra o risco de discussões abertas que terminariam inevitavelmente pela sua desmoralização pública.
É esse estado de coisas que seus criadores e mantenedores descrevem, cinicamente, como “pluralismo”, “liberdade democrática” e “respeito pelas diferenças”.
O fenômeno do Dicionário Crítico do Pensamento da Direita (leiam aqui), em que cento e vinte professores universitários, subsidiados por verbas oficiais e privadas, prometiam um vasto panorama dessa corrente de opinião e em lugar dela promoviam a sua ocultação sistemática, ludibriando desavergonhadamente seus alunos e os leitores em geral, já bastava para ilustrar no ano de 2000, com amostragem estatística mais que suficiente, um estado de controle ditatorial que desde essa época não cessou de se ampliar formidavelmente e que seus beneficiários defendem com a bravura de militantes fanatizados e a mendacidade de criminosos psicopáticos contra a intrusão do “Escola Sem Partido”.
Há alguma coisa errada com o "Escola Sem Partido"? Há. O nome. Deveria chamar-se "Escola Sem Censura", porque a parte mais decisiva da dominação comunista na educação brasileira não consiste na propaganda ativa, que pode ser eficiente mesmo quando em doses mínimas, e sim na exclusão sistemática de tudo o que a contraria.
A mente do estudante pode se defender do que lhe dizem, mas fica impotente quando os meios de reagir lhe permanecem totalmente desconhecidos.
O nome "Escola Sem Partido" evoca o isentismo hipócrita que os jornais brasileiros encarnam tão bem, que só serve à esquerda e que ainda dá a ela a chance de acusar os adversários de querer praticá-lo.
Outro erro é a insistência na palavra “doutrinação”. Doutrinação é a inculcação sistemática de um corpo de sentenças ou teorias, de uma visão da realidade, que não pode nem mesmo ser compreendida sem alguma confrontação, por modesta que seja, com hipóteses adversas ou alternativas.
Como dizia Benedetto Croce, “é impossível compreender um filósofo sem saber contra quem ele se levantou polemicamente”. E Julián Marías explicava que a fórmula de qualquer tese filosófica não é simplesmente “A é C”, mas “A não é B e sim C”.
de nível superior, a quantidade de doutrinação é mínima.
Pascal Bernardin demonstrou, no já clássico Maquiavel Pedagogo, que as técnicas pedagógicas, algumas velhas de muitas décadas, utilizadas hoje em dia para escravizar mentalmente a população estudantil, do primário à universidade, são ardis psicológicos calculados para produzir mudanças de comportamento sem passar pelos processos normais de formação de opiniões, isto é, subtraindo-se não somente à confrontação crítica mas a qualquer exame consciente do que está sendo ensinado.
Freqüentemente as condutas induzidas permanecem no nível pré-verbal, como por exemplo no caso do menininho que, em vez de ouvir uma apologia ao homossexualismo, é convidado – por experiência, só por experiência – a dar um beijo sensual na boca do seu coleguinha.
Ou, na universidade, o aluno que, antes de ter ouvido dois minutos de teoria marxista, é liberado da aula para juntar-se a uma assembléia “contra o golpe”, tendo de escolher entre curvar-se à pressão dos pares ou tornar-se um réprobo, um excluído, um maldito fascista, sem ter tido ao menos a oportunidade de esboçar mentalmente alguma objeção formal à conduta pretendida.
A indução de comportamentos, a engenharia social, a pressão dos pares, a chantagem psicológica e a intimidação velada ou aberta são os procedimentos usuais empregados em praticamente todas as universidades brasileiras para manter a população estudantil obediente a padrões de conduta cujo alcance ideológico ela pode permanecer até mesmo incapaz de formular verbalmente.
Desde os estudos de Kurt Lewin, nos anos 40 do século passado, está demonstrado que procedimentos desse tipo são muito mais eficientes do que qualquer propaganda ou “doutrinação” explícita. E hoje em dia é notório que o emprego maciço desses recursos psicológicos é recomendado e imposto até mesmo pelos organismos internacionais.
O professor que aplique essas técnicas até transformar os seus alunos no mais obediente dos rebanhos pode mesmo reagir com indignação ante a sugestão de que os esteja “doutrinando”. E não é impossível que em alguns casos ele esteja mesmo sendo “sincero”, no sentido da autopersuasão histérica que se apega a uma auto-imagem grupal defensiva para não precisar julgar moralmente o que faz na realidade.
Esses dois pontos fracos deram aos inimigos do “Escola Sem Partido” , de mão beijada, a oportunidade de ouro de inverter o quadro todo da situação, apresentando as reivindicações do movimento como se fossem as deles próprios e atribuindo a ele as propostas simetricamente inversas.
Os cinco pontos fundamentais do "Escola Sem Partido" são tão obviamente justos e tão solidamente amparados na Constituição Federal, que os inimigos do movimento, para combatê-lo, não tiveram outro remédio senão roubá-los e fingir que o movimento defendia as propostas contrárias.
Isso não é discussão, é difamação proposital, ardilosa, dolosa no mais alto grau.
"Usaremos o "idiota útil" na linha de frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos sua base moral, a família e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem de nossas mesas. O Estado será Deus." (Vladimir Lenin)
Há alguns meses atrás, uma "música" de funk ficou famosa em todo o país após o jogador Neymar fazer uma coreografia na comemoração de um de seus gols pelo Barcelona. Não foi a primeira vez que Neymar acabou tornando uma música famosa por utilizá-la na comemoração de um gol. Mas esta última música em específico tinha uma particularidade, pois o cantor da música se autointitula MC Bin Laden.
Me lembro que na época comentei com alguns amigos da falta de noção de Neymar ao fazer referência a um cantor que utiliza o nome de um terrorista como nome artístico, em um país que foi vítima de um de seus ataques. É claro que Neymar não sabia deste fato, mas a Al Qaeda de Osama Bin Laden foi responsável pelo ataque em Madrid no dia 11 de Março de 2004, onde 191 pessoas foram mortas. Felizmente para o jogador, a imprensa espanhola não deu muita atenção ao caso, que poderia ter causado um embaraço enorme ao jogador.
Nada me espantou, porém, quando ouvi a notícia nesta semana que o vulgo MC Bin Laden teve seu visto negado para fazer um show nos EUA. Os representantes do artista alegam que o motivo foi pelo fato do Consulado americano ter pedido um exame toxicológico. Mas quem já viajou aos EUA sabe que esse tipo de pedido não é feito para a obtenção de vistos, pelo menos não é de meu conhecimento. Isso só me leva a acreditar que o motivo real da não liberação do visto do cantor foi devido ao seu nome artístico. Nada mais justo!
Utilizar o nome de um terrorista como Osama Bin Laden como nome artístico é uma falta de respeito a todas as pessoas que foram mortas em ataques planejados por ele. Isso não é piada, não tem graça, Bin Laden era um assassino. Deixar que um cantor utilize esse nome nos EUA, sobretudo em Nova York, é o equivalente a deixar que algum cantor utilize o nome de Hitler na Polônia. É uma ofensa que não tem tamanho.
O mais incrível disso tudo, é que a ideia de cantar em Nova York, mesmo que sem noção, não partiu do cantor brasileiro, mas do próprio Museu de Arte Moderna de Nova York. E é aí que chegamos ao ponto central da questão. Vejam como os valores da esquerda são distorcidos. Dentro do Brasil, temos uma pessoa como Caetano Veloso falando que funk é música popular brasileira, que é cultura (risos). E nos EUA, temos os "intelectuais" da esquerda americana convidando, em nome da "arte", um imbecil que fica três minutos de barriga de fora cantando "tá tranquilo, tá favorável", e ainda utiliza o nome de um assassino terrorista como nome artístico!
A inversão de valores da esquerda é algo realmente abominável, e como pode ser visto isso é um fenômeno global. A esquerda quer nos fazer acreditar que qualquer porcaria é arte. Ora, se tudo é arte então como é possível separar o que é bom e o que é ruim? Cada um tem seu gosto, e eu respeito isso, mas tudo tem limite. Uma coisa é a pessoa gostar de um lixo como funk, que só pessoas como Neymar, que não tem um neurônio vivo na cabeça, e Caetano e outros artistas inteligentinhos, que acham que todos nós somos burros demais para compreender a arte, gostam. Outra coisa completamente diferente é achar normal que alguém faça apologia a um assassino.
A luta contra a esquerda, sempre foi e continua sendo, não só política, mas também cultural. Essa idiotização que a esquerda quer promover no mundo todo é para fazer com que as pessoas fiquem cada vez mais imbecilizadas e no fim não percebam que viraram os famosos idiotas úteis que Lenin pregava. Feministas, ambientalistas, artistas, estudantes e professores ativistas, fazem parte dessa subversão da ordem social, pois eles acham que estão trabalhando por um mundo melhor, quando na verdade são massas de manobra. Cabe a dita "direita retrógrada" lutar contra isso, assegurando os valores tradicionais da família, religião e bons costumes, de geração em geração. Mas como podemos ver, a batalha é longa e diária. Não é fácil remar contra essa maré de proliferação da estupidez. Mas os passos tem que ser dados.
E chegou a vez do Brasil. Apesar de ser o refúgio preferido de terroristas durante a malfadada era PT, nunca antes tivemos notícia do terrorismo islâmico por nossas plagas. Mas o Daesh, ou Estado Islâmico (EI), liberou seus "soldados" para agirem também aqui, uma vez que entre os dias 5 e 21 de agosto receberemos milhares de europeus de países considerados inimigos, para a realização das Olimpíadas.
Desde o fim do ano pasado o EI vem intensificando seus ataques bestiais na Europa, sendo nos últimos meses a França e a Alemanha seus alvos preferidos. O ataque ocorrido em Nice, que deixou um saldo de 84 mortos (a maioria crianças) e mais de 200 feridos, seguido do ataque na Alemanha, vem sendo tratado pela imprensa com um misto de parcimônia, covardia e omissão em relação aos atacantes, uma vez que temos observado um cuidado excessivo em rotular como "doentes mentais" que faziam tratamento psiquiátrico, para encobrir quem eram, na verdade, muçulmanos convictos cumprindo sua missão, terroristas que não agiram sozinhos mas orientado pelas lideranças do bando terrorista.
No dia 26 de julho dois terroristas invadiram uma igreja em Rouen, França, com o objetivo de assassinar os "infiéis" que lá estavam. Um padre de 84 anos que celebrava a Missa, duas freiras e dois fiéis foram feitos de reféns. Sob gritos de "Allahu Akbar!", os dois renderam os fiéis e enquanto um falava coisas em árabe em volta do altar, o outro mandava o padre Jacques Hamel se ajoelhar e o decapitava. Outra pessoa teve igualmente a garganta cortada e foi levada ao hospital, graças a uma freira que conseguiu fugir e avisou pessoas que passavam na rua. Os terroristas foram abatidos.
Congressistas franceses culpam o presidente socialista François Hollande pela intensificação dos ataques, pois eles apresentaram uma série de medidas preventivas e de proteção ao país antes mesmo do atentado em Nice, mas o presidente e seu primeiro-ministro, Manuel Valls, ignoraram solenemente.
Quando era presidente do Uruguai, o terrorista José Mujica cometeu a insensatez de trazer para o país 5 terroristas que estavam detidos da base de Guantánamo, Cuba, o que na época causou muita revolta na população. Desses, o sírio nascido na Líbia, Jihaj Ahmad Diyab, sempre causou problemas, apesar das mordomias que recebiam do governo uruguaio e, tão-logo chegaram, Mujica disse que eles eram livres para ir a qualquer país, "desde que fossem aceitos". Três meses depois de chegar ao Uruguai Diyab foi para a Argentina, acompanhado de uma argentina "defensora dos direitos humanos" cujo nome se desconhece, e lá afirmou ser filho de mãe argentina e vinha advogar pela libertação de todos os presos de Guantánamo, embora não falasse nada em espanhol.
Consultando a ficha dele em Guantánamo, verificou-se que era mentira, que sua mãe era líbia, que sua especialidade era "falsificação de documentos", e que ele pertencia a Al-Qaeda no chamado "Grupo Sírio". Em junho as autoridades uruguaias informam que Diyab saiu do país, entretanto, não há qualquer registro de passagem dele pelos postos de fronteira, o que leva a crer que saiu com documentos falsos, afinal, essa é sua especialidade. A Polícia Federal (PF) e os ministros da Defesa e da Justiça brasileiros informam que ele nunca pôs os pés aqui, mas ontem (27.07) ele apareceu em Caracas, alegando que viajou até lá de ônibus, tendo passado inclusive pelo Brasil. Lá ele procurou a embaixada do Uruguai para pedir que tragam sua família da Síria mas teve seu pedido recusado, inclusive pela Cruz Vermelha, pois saiu do país ilegalmente.
Há pouco mais de duas semanas de se iniciar as Olimpíadas, a PF deteve 12 "supostos" terroristas brasileiros que se articulavam para cometer atentados durante os jogos. Apesar de detidos e de não se ter informações posteriores aos interrogatórios, as autoridades brasileiras enfatizam que se tratava de elementos "primários", "sem experiência nem preparo", mas não é prudente subestimar o que as aparências demonstram. Sabemos que, tanto quanto os comunistas, os chefões do EI já deram a ordem para fazer uso da "combinação de todas as formas de luta", o que ficou provado com o atentado de Nice cuja "arma" foi um caminhão.
É óbvio que, mesmo utilizando redes privadas como o Telegram ou o Nashir Português, as mensagens são cifradas, passadas em código e os atacantes têm que manter um baixo perfil para não levantar suspeitas. Poucos cumprirão o Ramadan, freqüentarão mesquitas ou demonstrarão comportamento agressivo, como foi o caso dos últimos que atacaram na França e Alemanha.
Nesta quinta-feira 28 a PF prendeu mais um suspeito, brasileiro descendente de libanês, e um dos refugiados do Uruguai, o iraniano Pouria Paykani, foi visto pela última vez no aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre.
Deus permita que nada aconteça no Brasil e que não passemos a entrar nas estatísticas do terror do Daesh, e que as autoridades envolvidas na segurança tenham a clareza e a perspicácia de ver nas entrelinhas e não se fiar apenas em bombas e armas de fogo. O inimigo é astuto como as serpentes e até uma caneta pode se tornar uma arma letal.