• Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido
  • 19 Abril 2015


O duro golpe propinado pelas FARC às tropas da Terceira Divisão no Cauca, na madrugada do dia 15 de abril de 2015, reafirma uma vez mais que desde a aparição das guerrilhas comunistas na Colômbia, os sucessivos governos, sem exceção, atuaram sem estratégia nem coerência político-militar frente ao problema, enquanto que as FARC seguiram ao pé da letra os conteúdos de seu Plano Estratégico, os documentos programáticos e a re-engenharia de seus programas políticos e armados, traçados durante cada uma das conferências guerrilheiras e os Plenos ampliados do Secretariado.

Com habilidade tática em guerra de guerrilhas e camuflados dentro da população civil previamente organizada em Milícias Bolivarianas, Movimento Bolivariano Clandestino e Partido Comunista Clandestino, as estruturas armadas das FARC “construíram mais Partido Comunista na periferia, para ir rodeando os centros de poder político-social e econômico da burguesia em 30 cidades do país”, como aparece textualmente em alguns de seus escritos.

Ao cotejar o mapa da Colômbia com os conteúdos dos documentos programáticos das FARC, com seu Plano Estratégico e os fatos paralelos à mesa de conversações em Cuba, salta aos olhos que o problema da zona Pacífica não é somente a atividade armada das quadrilhas que delinqüem no estado do Cauca, pois esta ação é apenas uma parte do projeto a longo prazo: rodear a “periferia” de Cali, Popayán, Buenaventura, Tumaco, Quibdó, controlar todo o litoral Pacífico, dominar os estados de Nariño, Cauca, Valle e Chocó, e assegurar o controle fronteiriço com Panamá e Equador, da mesma maneira que o ISIS pretende fazer desde Iraque e Síria com Turquia e Jordânia.

Essa mesma construção geo-estratégica de zonas controladas pelas Milícias Bolivarianas, respaldada por organizações populares inclinadas ao terrorismo (as mesmas que clamam aos céus cada vez que alguém assinala tal realidade), está se desenvolvendo de maneira sistemática em toda a periferia da Colômbia, para quando as guerrilhas tiverem maior fortaleza ou quando, produto de um acordo político, os cabeças das FARC que não pagarão cárcere, adequarem as condições para o assentamento do Socialismo do Século XXI.

Nesse sentido, como pormenorizaram os teóricos da guerra revolucionária, as guerrilhas são um estímulo à subversão. Essa é a parte fundamental do Plano Estratégico das FARC que sábios e ignaros do assunto, nem entendem nem se deixam explicar.

A soberba é a pior conselheira em assuntos de guerra e paz. Para as FARC, as conversações em Cuba são mais um passo do materialismo dialético e mais uma etapa de seu avanço para a tomada do poder porque “juraram vencer”. Para seu ensoberbecido inimigo de classe, como denominam o fissurado estabelecimento colombiano, a paz é a oportunidade de que os terroristas silenciem os fuzis e se mantenha o status quo das “famílias donas do país”, acolitadas por séquitos imersos na corrupção e politicagem. Assim, a grande massa colombiana está sujeita ao vai-vem da violência terrorista comunista e à violência por inação dos auto-convencidos donos do poder.

Nesse cenário, o Exército colombiano, obrigado por dever constitucional, entrega o melhor da juventude colombiana para defender umas castas inoperantes e corruptas para que o país não caia nas mãos de criminosos comunistas, tão corruptos e talvez pior de sinistros do que os que desejam substituir, sem que o Congresso da República cumpra sua função constitucional para a qual foi eleito, que é a de exercer controle político e penal sobre as atuações do presidente.

Como o governo nunca - pois não é somente agora - teve estratégia clara para se opor ao Plano Estratégico das FARC, hoje os terroristas dirigem a agenda e os tempos em Cuba. E por meio de argúcias habilidosas como a falsa promessa publicitária de um cessar fogo unilateral, cacarejado por estrategistas de escrivaninha e analistas do divino e do humano, exigiram a suspensão dos bombardeios sobre as guaridas, urdiram a farsa do desminado tão defendido pelos míopes assessores e contratados de caríssimos e improdutivos estudos governamentais, e mil tramas mais, enquanto em Cuba aproveitam as longas ausências dos negociadores oficiais para comprar armas dos traficantes internacionais, planejar e aprovar ações audaciosas como a ocorrida em Buenos Aires-Cauca, com os claros propósitos de pôr contra as cordas a escassa credibilidade do presidente Santos, pressionar com os cúmplices desarmados o cessar fogo bilateral e ganhar tempo nos objetivos de seu Plano Estratégico.

Entretanto, a soberba de Santos, seu ministro Pinzón e o enorme séquito de congressistas da Unidade Nacional, carentes de conhecimento político-estratégico da guerra que todos os dias se tece desde selvas e montanhas contra a institucionalidade colombiana, deixam à deriva os soldados de diariamente recebem mensagens ambíguas, ameaças veladas do Ministério Público, mensagens utilitaristas nascidas da briga pela torta burocrática entre o mandatário atual e seu antecessor, mensagens críticas aos montões pelas redes sociais e pouca clareza de seus comandantes acerca do que fazer, não por falta de vontade da liderança militar, senão por falta de clareza da direção política do Estado e a missão das tropas.

A explicação é simples. Tome-se como referência a frase do marechal alemão Von Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios”. Esta frase vista em sentido prático, quer dizer que um Estado vai à guerra quando sua política falhou e com maior razão quando não há uma política clara como ocorre na Colômbia, onde há várias décadas o Partido Comunista declarou a “combinação de todas as formas de luta” como o método ideal para ascender ao poder, substituir a odiada oligarquia e impor uma ditadura totalitária.

Por desgraça, em vez de entender isso caiu-se no erro de acreditar que os terroristas renunciarão a seus objetivos, cada presidente se crê um Messias sem estratégia, e seus funcionários e assessores se crêem doutos sobretudo do que não conhecem.

Enquanto isso a Colômbia continua afundada no atraso terceiro-mundista nas zonas onde as guerrilhas são a força co-ativa e a construção do embrião do Estado marxista-leninista, em que pese os cantos de sereia e auto-elogios dos melhores ministros do continente, condecorações coordenadas pelos embaixadores para os mandatários de turno e o tropicalismo que nos caracteriza.

Portanto, as FARC aplicam os princípios da guerra com ênfase na surpresa, conservam a iniciativa estratégica e manipulam a opinião pública. Ao mesmo tempo, humildes colombianos ataviados com o uniforme da pátria caem crivados de balas ou ficam inválidos pelo resto de suas vidas, com a triste realidade de que o lamentável fracasso operacional que custou a vida de 11 soldados e graves feridas em outros mais, não será o último deste prolongado sangramento, pois por desgraça a direção política da guerra está falhando, quer dizer, não há clareza nem objetivos estratégicos.

Doa a quem doa, essa é a crueza do atual cenário de guerra e paz na Colômbia.

* Analista de assuntos estratégicos
www.luisvillamarin.com
 

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  • Olavo de Carvalho
  • 19 Abril 2015

 

Karl Marx podia ter todos os defeitos do mundo, desde a vigarice intelectual até as hemorróidas, mas ele sabia que a palavra “proletário” significa “gente que trabalha” e não qualquer Zé-Mané. Ele combatia o capitalismo porque achava que os ricos enriqueciam tomando o dinheiro dos pobres, o que é talvez a maior extravagância matemática que já passou por um cérebro humano, mas, reconheça-se o mérito, ele nunca confundiu trabalhador com vagabundo, povo com ralé.

Alguns discípulos bastardos do autor de “O Capital”, uns riquinhos muito frescos e pedantes, fundaram um instituto em Frankfurt com o dinheiro de um milionário argentino e resolveram que valorizar antes o trabalho honesto do que os vícios e o crime era uma deplorável concessão de Marx ao espírito burguês. Usando dos mais requintados instrumentos da dialética, começaram ponderando que o problema não era bem o capitalismo e sim a civilização, e terminaram tirando daí a conclusão lógica de que para destruir a civilização o negócio era dar força aos incivilizados contra os civilizados.

Os frankfurtianos não apostavam muito no paraíso socialista, mas acreditavam que a História era movida pela força do “negativo” (uma sugestão de Hegel que eles tomaram ao pé da letra), e que portanto o mais belo progresso consiste em destruir, destruir e depois destruir mais um pouco. Tentar ser razoável era apenas “razão instrumental”, artifício ideológico burguês. Séria mesmo, só a “lógica negativa”.

A destruição era feita em dois planos.

Intelectualmente, consistia em pegar um a um todos os valores, símbolos, crenças e bens culturais milenares e dar um jeito de provar que no fundo era tudo trapaça e sacanagem, que só a Escola de Frankfurt era honesta precisamente porque só acreditava em porcaria – coisa que seu presidente, Max Horkheimer, ilustrou didaticamente pagando salários de fome aos empregados que o ajudavam a denunciar a exploração burguesa dos pobres. Isso levou o nome hegeliano de “trabalho do negativo”. A premissa subjacente era:

-- Se alguma coisa sobrar depois que a gente destruir tudo, talvez seja até um pouco boa. Não temos a menor idéia do que será e não temos tempo para pensar em tamanha bobagem. Estamos ocupados fazendo cocô no mundo.

No plano da atividade militante, tudo o que é bom deveria ser substituído pelo ruim, porque nada no mundo presta e só a ruindade é boa. A norma foi seguida à risca pela indústria de artes e espetáculos. A música não podia ser melodiosa e harmônica, tinha de ser no mínimo dissonante, mas de preferência fazer um barulho dos diabos. No cinema, as cenas românticas foram substituídas pelo sexo explícito. Quando todo mundo enjoou de sexo, vieram doses mastodônticas de sangue, feridas supuradas, pernas arrancadas, olhos furados, deformidades físicas de toda sorte – fruição estética digna de uma platéia high brow. Nos filmes para crianças, os bichinhos foram substituídos por monstrengos disformes, para protegê-las da idéia perigosa de que existem coisas belas e pessoas boas. Na indumentária, mais elegante que uma barba de três dias, só mesmo vestir um smoking com sandálias havaianas -- com as unhas dos pés bem compridas e sujas, é claro. A maquiagem das mulheres deveria sugerir que estavam mortas ou pelo menos com Aids. Quem, na nossa geração, não assistiu a essa radical inversão das aparências? Ela está por toda parte.

Logo esse princípio estético passou a ser também sociológico. O trabalhador honesto é uma fraude, só bandidos, drogados e doentes mentais têm dignidade. Abaixo o proletariado, viva a ralé. De todos os empreendimentos humanos, os mais dignos de respeito eram o sexo grupal e o consumo de drogas. De Gyorgy Lukacs a Herbert Marcuse, a Escola de Frankfurt ilustrou seus próprios ensinamentos, descendo da mera revolta genérica contra a civilização à bajulação ostensiva da barbárie, da delinqüência e da loucura.

Vocês podem imaginar o sucesso que essas idéias tiveram no meio universitário. Desde a revelação dos crimes de Stálin, em 1956, o marxismo ortodoxo estava em baixa, era considerado coisa de gente velha e careta. A proposta de jogar às urtigas a disciplina proletária e fazer a revolução por meio da gostosa rendição aos instintos mais baixos, mesmo que para isso fosse preciso a imersão preliminar em algumas páginas indecifráveis de Theodor Adorno e Walter Benjamin, era praticamente irresistível às massas estudantis que assim podiam realizar acoincidentia oppositorum do sofisticado com o animalesco. Com toda a certeza, a influência da Escola de Frankfurt, a partir dos anos 60 do século passado, foi muito maior sobre a esquerda nacional que a do marxismo-leninismo clássico.

Sem isso seria impossível entender o fenômeno de um partido governante que, acuado pela revolta de uma população inteira, e não tendo já o apoio senão da ralé lumpenproletária remunerada a pão com mortadela e 35 reais, ainda se fecha obstinadamente na ilusão de ser o heróico porta-voz do povão em luta contra a “elite”.

Dois anos atrás, já expliquei neste mesmo jornal (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/140209dc.html) que uma falha estrutural de percepção levava a esquerda nacional a confundir sistematicamente o povo com o lumpenproletariado, de tal modo que, favorecendo o banditismo e praticando-o ela própria em doses continentais, ela acreditava estar fazendo o bem às massas trabalhadoras, as quais, em justa retribuição de tamanha ofensa, hoje mostram detestá-la como à peste.
O Caderno de Teses do V Congresso do PT é um dos documentos mais reveladores que já li sobre o estado subgalináceo a que os ensinamentos de Frankfurt podem reduzir os cérebros humanos.

Publicado no Diário do Comércio.
        

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  • Luiz Milman
  • 19 Abril 2015

Na história da implantação do totalitarismo comunista, os membros das elites revolucionárias que conduziram seus povos ao desastre social e econômico e que cometeram genocídios, também sempre encheram as burras com a corrupção desenfreada, e viveram (alguns ainda vivem) como nababos atolados na degradação. O petismo é, como o chavismo, a mais recente versão dos movimentos salvacionistas que têm, no crime praticado em escala de massa, não um componente marginal, mas um modus operandi essencial.

Discutir a corrupção nos termos que a intelligentzia do PT propõe é uma agressão ao juízo sadio e à capacidade analítica das pessoas razoavelmente informadas, não contaminadas por qualquer forma de esquerdismo. Os petistas não podem ser vistos como isoladamente corruptos ou criminosos, como quaisquer outros podem ser. Eles o são doutrinariamente, coletivamente. A adesão ao PT, como a adesão ao comunismo, já é a adesão a uma forma de vida no crime. Mesmo o mais puritano dentre eles, na medida em que adota um credo gnóstico-materialista como o marxismo-leninismo, imediatamente se solidariza com a práxis subversiva da ordem econômica e política burguesa e sua expressão, o estado democrático-constitucional. Na práxis revolucionária, importa apenas, ao sujeito psicótico em seu estado de alucinação permanente – e que pensa como integrando um movimento coletivo de transformação historicamente determinada- derrubar as instituições e a cultura dominantes, por meio de um vale-tudo em que convivem desde as mais diversas formas de nihilismo e rebeldia, a gatunagem em nome da causa, até a luta armada, passando pela eliminação necessária das oposições, por qualquer meio, não somente no plano político-institucional, mas moral.

Por isso, a atual crise do ciclo petista de poder expressa a rejeição vigorosa, oportuna e saudável da resistência do povo brasileiro ao que, depois de décadas de pregação esquerdista nas escolas, universidades, igrejas, partidos políticos e mídia tradicional, vinha se configurando como desastrosa marcha para o totalitarismo.

* Jornalisa, professor da Ufrgs, doutor em Filosofia.

polibiobraga.blogspot.com.br/2015/04/artigo-luiz-milman-corrupcao-petista.html
 

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  • José Gobbo Ferreira
  • 19 Abril 2015

 

Para nossa alegria, o Partido dos Trabalhadores deu à luz sua versão dos Cadernos do Cárcere de Antonio Gramsci: são os “Cadernos de Teses para o 5º Congresso Nacional do PT”. É um calhamaço que poderia ter sido assinado por Hitler, Göbbels, Mussolini ou, naturalmente, Stalin. A primeira parte do documento, que discutiremos brevemente, tem o sugestivo título de “Um Partido para Tempos de Guerra”.Os recentes sucessos dos Movimentos Sociais Liberais - MSL e da Operação Lava-Jato alertaram o partido que ele caminha para o abismo. Conforme nós dos MSL já acusamos (e o Deputado José Carlos Aleluia operacionalizou), a queda do PT arrastará consigo o foro de São Paulo - fSP e livrará nosso país da mais grave ameaça que pairava sobre nossas cabeças. Como o Brasil é a maior fonte de recursos desse grupo criminoso, sua destruição aqui se refletirá certamente por toda a América Latina.

Aquele bando de apátridas criou antolhos de realidade virtual que lhes permite achar progresso onde houve retrocesso, verdade onde existe a calúnia, conseguir defender ao mesmo tempo o fSP e a Soberania Nacional e ainda ver um Brasil que só existe no software por eles desenvolvido.

Em nenhum momento admitem que o caos econômico-social em que se debate o País foi obra deles mesmos. Malgrado exaustivos alertas e continuadas recomendações, o governo do PT conduziu sistematicamente o país à falência, por incompetência, por submissão ao fSP e pela paranoia da permanência no poder a qualquer custo, gastando para isso o suado dinheiro cuja guarda o povo brasileiro lhes tinha confiado. “Faremos o diabo para vencer essas eleições”. E fizeram. Mas o diabo não é um parceiro confiável. Depois de divertir-se com o espetáculo deprimente do mês de outubro, ele tinha outras tarefas mais fáceis para cumprir e foi-se embora.

Agora, se esforçam para colocar em terceiros a conta dos descalabros, que lhes cabe integralmente. Os bodes expiatórios são os de sempre: as zelites, a direita, a burguesia, o grande capital transnacional financeiro, a crise (que só existe para o Brasil) etc.

As manifestações alegres, pacíficas, democráticas e abrangentes do 15/03 e do 12/04 são descritas como manifestações de ódio contra as classes trabalhadoras.

Nesse documento, elegeram seus inimigos materiais: os militares da ativa e da reserva, juntamente com os meios de comunicação e defendem tolerância zero com aquilo que chamam de “facção golpista da direita”: “As articulações golpistas, especialmente as vindas de militares da ativa ou da reserva e de meios de comunicação, devem ser tratadas como determina a Constituição e a legislação nacional". E deixam implícito que os vandalismos das chamadas organizações sociais, invadindo, saqueando, queimando, destruindo, bloqueando estradas e ruas e semeando a baderna e a insegurança devem ser considerados como manifestações justas, legais e democráticas, com o direito de receber um tratamento paternalista e cooperativo das autoridades.

O PT reconhece que está perdendo espaço na vida política nacional. Reconhece as derrotas ideológicas que os MSL vem lhe impondo e reage, deixando bem clara sua intenção de intervir cada vez mais sobre a formação de nossos estudantes, adequando as políticas de cultura e de educação com o objetivo de mudar o senso comum de nossa população transmitindo-lhe ideias socialistas como forma de transição rumo ao comunismo.

Prega a utilização com ênfase crescente do dinheiro público para pagar mecanismos de propaganda tais como os denunciados no relatório interno em que o então ministro da Comunicação Social Thomas Traumann recomendava a retomada do pagamento da rede suja do partido na internet (“Os robôs foram desligados”).

Deseja impor o controle da mídia e sua versão de reforma política, insistindo ainda na convocação de um plebiscito que possa decidir sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte, recurso padrão de ditadores bolivarianos.
Convoca a uma autocrítica “...que recoloque o socialismo como objetivo estratégico. Que constate que o grande capital é nosso inimigo estratégico. Que não acredite nos partidos de centro-direita como aliados. Que seja baseada na articulação entre luta social, luta institucional, luta cultural e organização partidária. Que retome a necessidade do partido dirigente e da organização do campo democrático-popular". E que lute pela (já desgastada ideia) das “reformas de base”.

O desespero levou os petistas a abandonar a dissimulação característica da esquerda. Deixaram bem claro sua intenção de ir à guerra e identificaram muito bem seus alvos prioritários. Sun Tzu agradece.
Os MSL devem perceber que a hora é grave e não comporta vaidades pessoais ou egos inflados. É imperioso que se unam, coesos em torno do objetivo principal que é a construção de um novo Brasil, onde partidos criminosos, submetidos a organizações que contam entre seus membros grupos terroristas e narcotraficantes, não tenham mais espaço, nem para difundir suas ideias alienígenas nem para roubar desbragadamente em todos os sítios onde houver algo a ser subtraído.

Os militares devem ouvir os tambores de guerra soando ao longe e devem se preparar para o combate. Mais do que nunca, a união entre o pessoal da Ativa e o da Reserva deve prevalecer sobre qualquer outro argumento. Insisto que cada um deles tem sua missão específica. A Ativa, presa a seus compromissos e deveres constitucionais, não pode se dar à futilidade de tomar posições públicas ou revelar as táticas que tem preparadas para a eventualidade do combate. A Reserva deve confiar em que os Chefes passaram toda uma existência se preparando para o exercício do Alto Comando, que estarão prontos para a atitude adequada no momento adequado e que devem oferecer-lhes todo o apoio e suporte que estiver ao alcance dela.

A mídia constitui os olhos e os ouvidos da Nação. É a fiadora dos direitos republicanos. A ela cabe estar alerta para denunciar toda infração às normas legais e morais que constituem o repositório das tradições e do senso comum de um povo. Atacar essas regras é premissa básica do Gramscismo a que o ideário do PT desgraçadamente nos submete. A luta dela nesse instante é a da defesa da liberdade e de sua própria sobrevivência.
 

* Coronel

 





 

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  • Roberto Rachewsky
  • 18 Abril 2015

(O autor escreveu este artigo no início do ano passado, mas seu conteúdo permanece atual e importante)

O Fórum Social Temático que se realiza em Porto Alegre, tem um painel que trata de um assunto recorrente: "a crise do Capitalismo".

É interessante que apenas quem discute e vê o Capitalismo em crise são os seus opositores.

Mas afinal, o que pretende esse pessoal, que se reúne em local público, às custas dos pagadores de impostos, para debater a crise de um sistema político, econômico e social que detesta, vilipendia e pior, nem sabe do que trata?

Simples, fazer jogo de cena, criando um bode expiatório, numa ação diversionista, para transferir a responsabilidade pelas mazelas que nosso país vem atravessando desde sempre, por conta do estatismo galopante que sempre prevaleceu por estas bandas, para aquele sistema que nunca deu as caras por aqui.

Agora vocês devem estar esboçando aquele sorriso tímido, de canto de boca, ou coçando atrás da orelha, a se perguntar, mas como assim? O Brasil não é um país capitalista? Eu respondo, não é, nunca foi e a chance de se tornar um está cada vez mais distante.

Pensem comigo.

Um sistema capitalista caracteriza-se por alguns princípios, os quais listarei, para verificarmos se é o que vemos ocorrer na realidade do nosso dia a dia.

Direitos individuais protegidos

Em uma sociedade verdadeiramente capitalista, o papel do governo é pequeno, limitado, porém fundamental. Inibir que alguém se utilize de coerção, de fraude, do rompimento unilateral de contratos ou estabeleça injustificadas desavenças que ameacem ou violem o direito à vida e seus corolários, os direitos à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade dos demais.

O que ocorre no Brasil? O governo não apenas não protege tais direitos, como é o mais contumaz violador de direitos individuais que se conhece. O governo brasileiro, minuciosamente, impede que os cidadãos ajam com liberdade. Ele confisca, tributa e limita o uso de rendas e propriedades. Se arroga o direito de prover felicidade, mas dissemina a infelicidade para todos, principalmente para os mais pobres. Usa de coerção, obrigando que se vote, que se aliste, que se estude, que se trabalhe e que se empreenda, apenas da forma que ele, o governo, determina.

Estado de Direito vigente

Em uma sociedade verdadeiramente capitalista, a Lei observa características indiscutíveis. Deve ser objetiva, não pode estar sujeita a interpretações subjetivas eivadas de relativismos discutíveis. Deve ser igual para todos, sem nenhuma exceção. Deve ser prospectiva, sendo aplicada apenas a casos futuros desconhecidos, não podendo portanto, retroagir a casos passados conhecidos. Deve ser de conhecimento e entendimento de todos. Deve ser estabelecida através de um processo legítimo de representação da sociedade. Deve ser negativa, dizendo o que não pode ser feito, resguardando os direitos individuais para o bem de cada um na sociedade. E acima de tudo, deve restringir o poder do governo, reservando aos indivíduos o direito de decidirem sobre os seus próprios desígnios, exigindo que assumam a responsabilidade por seus atos.

O que ocorre no Brasil? As leis são eivadas de subjetivismo, tratam grupos sociais de forma privilegiada, não tratam os indivíduos de forma igual, retroagem sistematicamente, contradizendo ou suspendendo contratos estabelecidos ou normas anteriores implementadas. As leis são confusas, herméticas, surgem em abundância incalculável e são estabelecidas sem que seja respeitada a representatividade legítima da sociedade. Não há justiça, não há polícia e o direito de legítima defesa é reprimido. Qualquer órgão do governo, decreta, normatiza, burocratiza, legisla, muitas vezes julga, taxa, tributa e até prende, sem constrangimentos morais ou embasamento legítimo.

Livre mercado estabelecido

Em uma sociedade verdadeiramente capitalista, há a absoluta separação entre o governo e a economia. O governo não empreende, não espolia, não sufoca, não redistribui, não privilegia. Em uma sociedade verdadeiramente capitalista, as pessoas interagem livremente, criando, investindo, produzindo, trocando por sua própria conta, de forma voluntária, em cooperação espontânea para benefício mútuo. O governo não se intromete na vida das pessoas, não regula preços, salários, contratos, projetos de uso, projetos de negócio, nem projetos de vida. O livre mercado é exatamente isto, o mercado livre da coerção, da violência.

O que ocorre no Brasil? Somente é permitido aquilo que o governo concede. Estudar, trabalhar, produzir, comerciar, financiar, investir e consumir só é possível com autorização do governo. Todos os aspectos importantes da nossa vida, e os banais também, estão subordinados à vontade do governo.

Ora, se isso aí é o Capitalismo e essa aí é a realidade do Brasil, fica claro que o Brasil e o Capitalismo ainda não foram apresentados um ao outro.

Então, se o Capitalismo não existe no Brasil, como poderia estar em crise? Não só não pode, como não está.

O sistema político econômico e social que existe no Brasil, e nos mantém em crise permanente, é uma socialdemocracia com fortes traços do coletivismo estatocrata identificados nos regimes totalitários de corte fascista e socialista.

Então, querer atribuir a crise que vivemos ao Capitalismo, é um engodo, uma farsa.

O grande problema do Capitalismo no Brasil, é a sua ausência.

Políticos, corporativistas empresariais e sindicais, entre outros beneficiados do gigantismo estatal, preferem impor à sociedade o socialismo e o fascismo, estes sim em crise eterna, do que jogar a toalha, dando vez ao único sistema político, econômico e social que tirou bilhões de seres humanos da miséria, apenas permitindo que cada homem na Terra fosse um fim em si mesmo.

http://robertorachewsky.blogspot.com.br/

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  • Ricardo Moriya Soares
  • 16 Abril 2015


Recentemente me lembrei de uma frase de Dean Acheson, que fora Secretário de Estado de Harry Truman (1949-53), quando chamado por JFK para auxiliar os Joint Chiefs (o comando militar dos Estados Unidos) acerca de estratégias a serem adotadas para impedir que os mísseis soviéticos, já bem instalados em solo cubano, se tornassem 100% operacionais. Ele disse em bom tom: 'os soviéticos (comunistas) entendem apenas uma razão, a força bruta! De nada adiantarão debates na ONU, ou mesmo um mero bloqueio-quarentena ao redor daquela ilha em troca da suposta retirada dos mísseis, quando em alguns meses estaremos novamente lutando contra comunistas em outro canto do globo...'.

O raciocínio está corretíssimo (embora seja justo admitir que a opção pela 'quarentena' da ilha tenha sido uma solução diplomática inteligente, pois incapacitava qualquer Armagedom Nuclear!), e não há maneira melhor de se enfrentar um vírus tão persistente - e vírus certamente é a melhor definição para esse distúrbio mental chamado comunismo, que infecta um sistema plenamente saudável e o destrói aos poucos, deixando uma falsa ilusão que na superfície tudo está na mais pura ordem! E depois que ele começar a se reproduzir exponencialmente, pode ser tarde demais para qualquer tratamento; no caso específico do Brasil, é ainda mais sério, pois inclusive nossas escolas particulares estão impregnadas de professores marxistas - até professor de Química Orgânica é comunista convicto!

O nosso adulto de classe média foi um estudante que sofreu diversos bombardeios ideológicos desde a tenra idade, e hoje, no primor de sua maturidade física, acha perfeitamente normal pertencer a uma sociedade dominada por sindicatos e tecnocratas incrivelmente variados - ele vive, respira e navega um autêntico pesadelo Orwelliano! O jovem aluno, maltratado por tantas porcarias relativistas já não mais existe, pois agora lidamos com zumbis de 40 e poucos anos, programados para pagar todos os tipos de impostos – são zumbis totalmente desarmados, vivendo em condomínios fechados e com medo das inúmeras ameaças do mundo externo (algumas bem reais!). E para piorar o cenário, ainda são manipulados e humilhados por tecnocratas corruptos - os reais membros do Politburo! Vou dar um exemplo bem flagrante: se algum Projeto de Lei que extinguisse a CLT fosse à Plenário, ele seria engavetado imediatamente, inclusive contando com gigantesco apoio populacional (os zumbis!); e mesmo aqueles que se dizem democratas e antagonistas declarados do Foro de São Paulo, estariam gritando pelos quatro cantos contra o fim da CLT! A sociedade em geral já foi contaminada além da dosagem segura, e talvez precisemos até de um novo Êxodo Bíblico, no qual toda essa geração vagasse 40 anos no deserto, para que depois uma nova, não comprometida pelo marxismo-sindicalismo, possa adentrar de peito aberto a Terra Prometida!
 

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