• Ubiratan Iorio
Quando uma criança coloca inadvertidamente o dedo em uma tomada e leva um choque, é certo que no futuro não o fará de novo, isso porque aquela ação e aquele choque ficarão gravados em sua memória e passarão a fazer parte de sua história e porque, evidentemente, aquela criança terá aprendido com a história. O filósofo madrilenho José Ortega y Gasset (1883-1955), em seu famoso livro História como Sistema, mostra que o homem não pode voltar a ser o que já foi um dia e tem permanentemente que buscar uma nova forma de exercer sua condição humana, seja pessoalmente ou socialmente.  O passado, para Gasset, faz parte do presente, pois é uma série de experiências que tornam possível ao ser humano saber o que ele não será por já ter sido. Ou seja, acumulamos experiência de vida, um conjunto de conhecimentos que fica armazenado no reservatório da memória e que pode ser utilizado na realidade de cada “hoje”. Assim, o passado é a própria força viva, atuante e vibrante que sustenta o mundo hoje. Para o filósofo espanhol, então, a essência da vida é a mudança, pois é esta que nos possibilita perceber que “o homem não é um primeiro homem e eterno Adão, senão que é, formalmente, um homem, segundo, terceiro, etc.”
 A história é um sistema formado pela acumulação de experiências humanas e assim o que o homem foi pode ser entendido por meio dela. No livro mencionado, a história é apresentada como forma de entender a vida e o que o homem fez e nele Gasset mostra que a razão humana se desenvolveu ao longo da história na medida em que o homem vivia, geração após geração. O homem, ao contrário do que é comumente cogitado, não possui uma razão abstrata, porque essa razão surgiu e evoluiu na vida. Portanto, a história é o sistema onde se desenvolve a razão vital, na concepção do raciovitalismo de Ortega, que representa um passo além do idealismo kantiano, sem dar espaço para o realismo ingênuo, já que a realidade é vista como coexistência do eu com o mundo. O homem enfrenta o mundo e este o pressiona. E de que maneira? Agindo, para usarmos a Praxeologia de Mises e dos austríacos.  No idealismo de Kant, existe um princípio que, por mais distante que esteja da vida, a direciona, enquanto que, em Gasset, os ideais são subjacentes às escolhas e o homem escolhe conforme seu projeto vital. 
Pensar, então, nada mais é do que dialogar com as  circunstâncias. É famosa a frase de Gasset "eu sou eu e minhas circunstâncias”. Assim, a filosofia de Gasset surge como uma manifestação e diagnóstico da crise - não apenas da ciência ou de seus fundamentos -, atingindo o modelo de razão e levando ao homem da modernidade. Ele critica o racionalismo, o fisicalismo e o naturalismo positivistas e as ideias utópicas de progresso e modernidade. O homem desafia a sua existência como um drama e encontra na  história a “razão original e autóctone". A experiência de vida conduz à razão vital, a da verdade, que é descoberta na história. Portanto, a história é um fator de inteligibilidade, compreensão e explicação da realidade.
 
Mas há seres humanos e, em especial, partidos políticos que se recusam a aprender com a história, seja por estultice, fanatismo, interesses de diversas modalidades, esperteza ou outras causas. Um exemplo claro - dentre tantos - dessa negação da história, ou seja, dessa fuga à inteligibilidade, à compreensão e explicação da realidade, é mundial: a insistência dos governos em combater as crises que seus próprios bancos centrais causaram mediante mais e mais ações dos mesmos bancos centrais. O keynesianismo e omonetarismo, nesse sentido, são a negação da filosofia orteguiana de que se deve aprender com a história.
Mas quero escrever um pouco mais sobre um exemplo que está bem perto de nós, a tal ponto que dele estamos fazendo, infelizmente, parte. Refiro-me à “marcha rumo ao socialismo” encetada pela Unasul, seguindo os ditames do Foro de São Paulo. Mas não vou fazê-lo com descrições cansativas. Vou usar um único exemplo para ilustrar que defender ideias socialistas, em pleno ano de 2014, é uma afronta à condição humana de aprender com a história. Indiscutivelmente, depois de um século de experimentos socialistas, para qualquer ser humano dotado de inteligência mediana é de uma clareza solar que o socialismo já foi descartado pela razão da história.
Dentro desse incrível retrocesso, temos vários casos, como os do Brasil, Argentina, Venezuela, Uruguai, Equador, Bolívia e, ao que parece, no segundo governo da sra. Bachelet que ora se inicia, infelizmente, o do Chile. Mas, como avisei, vou me ater a um caso e este caso é positivo: o do Paraguai.
Este nosso vizinho mandou às favas seu presidente bolivariano e trambiqueiro, fez algumas reformas liberais e se aproximou da Aliança do Pacífico, um bloco latino americano que se recusa a ouvir o canto de sereia socialista. O Paraguai cresceu 14% no último ano, deixando para trás todos os seus vizinhos comunas.
Em texto bastante interessante no excelente Blog do diplomata Paulo Roberto de Almeida, Diplomatizzando, Rogério Mendelski, em julho de 2013, escreve: “ O Paraguai deu uma banana das grandes para o Mercosul e hoje é integrante da Aliança do Pacífico, um novo bloco econômico formado pelo Chile, Peru, Colômbia e México e que já controla quase 50% do comércio exterior da América Latina, movimentando em apenas um ano de existência 556 bilhões de dólares em exportações e 551 bilhões de dólares em importações.
 
O ingresso do Paraguai na AP não foi fácil por que o Brasil tentou prejudicá-lo, não satisfeito com a suspensão daquele país do Mercosul, depois que Fernando Lugo foi cassado pelo Congresso paraguaio. Diplomatas do Paraguai e da Colômbia informaram ao diário ABC Color, de Assunção, que o Brasil quis impedir a entrada dos nossos vizinhos alegando as “cláusulas democráticas” do Mercosul, como se este bloco tivesse alguma influência sobre a AP”.
Prossegue Mendelski mostrando que as tais “cláusulas democráticas” foram motivo de discretas chacotas entre a diplomacia dos países que saudaram o Paraguai pela decisão tomada. “Os membros da Aliança do Pacífico estão muito contentes e agradecidos pela disposição do Paraguai em fazer parte desse foro”, disse o chanceler mexicano José Antonio Meade.
O que vem a ser a AP? O que é esse bloco econômico que com pouco mais de um ano de funcionamento e 210 milhões de habitantes  representa um terço do PIB da América Latina e já se coloca como a oitava economia do planeta?
A resposta é muito simples: Chile, Peru, Colômbia e México – e agora o Paraguai – se uniram em torno de objetivos democráticos e capitalistas na definição do então presidente chileno Sebastián Piñera: “O compromisso da Aliança é o de compartilhar valores comuns como a democracia, o respeito aos direitos humanos, a liberdade econômica privada, o direito à propriedade produtiva, intelectual e empresarial, assim como a economia de mercado e a liberdade de expressão”.
Ainda seguindo Mendelski, esses valores são ausentes, em parte ou totalmente, dos países do Mercosul e, por isso o novo governo do Paraguai não reclamou de sua saída do bloco que ajudara a fundar em 1991. E aduz: “E não quer voltar por que já disse que não senta na mesma mesa onde estiver a Venezuela. Este é o velho Paraguai de guerra cujo povo sabe muito bem o que é ditadura, democracia e farsas como a que Fernando Lugo tentou implantar no país”. Ao que podemos acrescentar: as mesmas que os governos atuais do Uruguai, Bolívia, Equador e Brasil tentam encenar, uns descaradamente, outros disfarçadamente.
Os objetivos da AP, criada formalmente em 6 de junho de 2012 em Antofogasta, no Chile, como vimos,  incluem livre comércio e integração econômica, com uma orientação bem definida em direção à Ásia. Para tal, estão a negociar uma política conjunta de redução agressiva da tarifa de exportação entre suas fronteiras, englobando a totalidade dos produtos, devendo ser eliminada completamente dentro de cinco anos. Em 2013, o bloco ganhou novos integrantes, Paraguai, Panamá e Costa Rica e, atualmente, conta com cerca de dezessete, dos quais sete deles foram aceitos durante a VII Cimeira da Aliança do Pacífico, ocorrida em Cáli, na Colômbia: Paraguai, El Salvador, Equador, França, Honduras, Portugal e República Dominicana
Após ser reeleita no Chile com uma plataforma marcantemente socialista, Michelle Bachelet, que em seu primeiro mandato não ousou mexer no que dera certo, diz que irá “reorientar” a participação do Chile na Aliança, dando maior prioridade aos “demais projetos de integração dos quais o Chile faz parte”. Ou seja, o Chile – logo o Chile, minha gente! – ao eleger uma “nova bolivariana”, vai imitar o caranguejo e andar para trás, mandando às favas os ensinamentos da história. Lamentável. E tão lamentável quanto isto é saber que, quando a economia do país começar a afundar – o que é líquido e certo -, não faltará quem ponha a culpa no “neoliberalismo”.
Os países integrantes da AP, em pouco mais de um ano, já fizeram mais do que o Mercosul em vinte e dois;  eliminaram as tarifas de importação e exportação em 90 por cento de seus produtos para o incremento do livre comércio entre si e, quando negociam em bloco, olham para a Ásia e buscam atrair investimentos que irão beneficiá-los também em bloco.
 
Como Mendelsk escreveu (e bem no estilo que me agrada): “O que para Hugo Chavez e Nestor Kirchner tinha cheiro de enxofre – acordos com os EUA – para a Aliança do Pacífico é puro perfume de progresso e bons negócios”. Pensando assim, a AP partiu para uma série de acordos bilaterais com os Estados Unidos. Enquanto isso, os governos dos países do Mercosul, veem ainda os yankees s como exploradores dos pobres latino-americanos...
A presidente do Brasil esteve na semana passada em Davos, onde disse que o Brasil espera atrair investimentos externos, passou o final de semana em Lisboa, hospedando-se, com uma comitiva que ocupou mais de trinta suítes do hotel mais caro da capital portuguesa (sendo que o preço da que ocupou foi de cerca de 8.000 Euros), e no dia seguinte foi para onde, minha gente? Ora, para Cuba, beijar a mão do seu ídolo barbudo, um comunista caquético (pela idade e pela cabeça) que vestia uma jaqueta Adidas capitalista... Que investidor externo, com o mínimo de compreensão das coisas – e da história -, se disporá a investir em nosso país? Ou na Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador e Venezuela? Onde será – caramba, caracoles! – que as pessoas desses governos estão com suas cabeças, remuneradas para tomar decisões pelos pagadores de tributos?
Pois é, enquanto o Mercosul não desempaca desde 1991, enquanto Cristina e Dilma ficam brincando de “batalha naval” aduaneira, a AP atrai investimentos e negocia com todos os países oferecendo vantagens alfandegárias e taxas atraentes.
Em 2012 o Chile cresceu 5,5 % e recebeu 30 bilhões de dólares em investimentos externos (duvido que com a “nova Bachelet” isso se repita em 2014 e no futuro). O México firmou 13 acordos comerciais na mesma linha, o Peru 12 e a Colômbia 11.
Mendelsk encerra o seu texto com amargura irônica: “No Brasil, caminhões com gêneros perecíveis ficam dias parados em Uruguaiana esperando pela boa vontade da burocracia argentina. E vice-versa”.
Clicando aqui você poderá visualizar as taxas de crescimento do PIB de todos os países da América em 2013. E notará que, apenas para falarmos em termos de América do Sul e Central, a taxa de crescimento de nosso PIB ficou bem abaixo das dos demais países. Se você tomar os países do Mercosul e os comparar com os da Aliança para o Pacífico, notará que a taxa média de crescimento dos últimos excedeu bastante a dos primeiros.
É uma lástima essa marcha para o socialismo que o nosso governo e os de outros países da América Latina vêm fazendo. Para essa gente, a história serve para desaprender. Nem crianças com dois anos de idade – aquelas que aprenderam que tomadas dão choque – fariam o que nossas festejadas “esquerdas” estão fazendo. Porque crianças são percucientes e inteligentes.
 
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  • Leonardo Faccioni
Por natureza, toda esquerda é libertária: adora libertar as balas dos tambores de seus revólveres. Que seus dissidentes insistam em cruzar a trajetória dos disparos é uma infeliz coincidência – nada que macule os esforços da utopia.
 
Os regimes de esquerda instalam-se para abolir todas as prisões. Quem poderia resistir a tão nobre ideal, senão uma raça de víboras? Evidentemente, toda resistência à esquerda há que ser encarcerada.
 
Um governo de esquerda é necessário para que todos sejamos iguais. Nada mais justo que quem o torne efetivo venha elevado acima, mas muito acima dos demais. O governante de esquerda é ídolo, é soberano, é deus – e quem não lo crê está morto. Ou estará, após julgamento sumário por tribunal popular de exceção, cujo costume fará regra.
 
A esquerda é um paradoxo para a doxa. É um fim em si mesma. É um moto contínuo em um poço sem fundo. É Cronos entre os gregos, a devorar os próprios filhos. É a grande aranha de Tolkien, cuja fome um mundo inteiro não poderia saciar. "Fuzilamos? Sim, fuzilamos e continuaremos fuzilando sempre que necessário. Nossa luta é dedicada à morte", bradou um certo comandante argentino. "Caminante, no hay camino - se hace camino al andar". E ai daquele que pensar em desviar do abismo logo adiante – bala na nuca, conta à viúva. A esquerda é um morrer constante. O cristão, pelo martírio, alcança a Vida Eterna. O militante tombado assegura, ao revés, que a destruição não tenha fim.
 
Stálin ordenava sacar das fotos de glórias passadas os traidores de sua revolução. "Voltar atrás? Nem para pegar impulso!", é hoje ainda lema da ilha dos irmãos Castro. Um conservador, diria G.K. Chesterton, consulta sempre a democracia dos mortos, recusando-se a seguir cegamente a arbitrária aristocracia dos que, neste instante, encontram-se vivos. Reconhece no tempo um baú de tesouro inestimável: a sabedoria confiada pelos avós de nossos avós, a ser legada aos netos dos netos. O esquerdista é de outra cepa: dedica-se continuamente a jogar ao mar novos cadáveres e os repescar do oceano, pelo macabro prazer de arremessá-los novamente.
 
O pior crime em uma organização de esquerda, aquém tão-somente do amor ao próximo acima das abstrações não definidas, é parar. Sim, parar pura e simplesmente. Deixar de pisotear, feito Átila, a grama sob seus pés, para enfim ouvir o silêncio. A harmonia da noite em uma praia deserta, indiferente ao pensamento. Sem uma turba a repetir os jargões de sua garganta, o esquerdista é um nada. Para o conservador, o silêncio é tudo: por ele escuta as regras impressas na natureza das coisas, que serenas se revelam apenas a quem as respeita tais como foram criadas. Não é um fatalista, aprende sim a cultivá-las conforme suas aptidões. Descobre segredos inóspitos na grande aventura do real.
 
 
Um deles: não baleá-las, se as quer vivas. Elementar? Nem tanto. Desde 1789*, ao menos, e hoje ainda, a esquerda política, cultural, universal – turbilhão puro, eco de si mesma em constante reinvenção da roda – matou, mata, promete matar, seguirá matando para que tudo possa, garante ela, viver um dia.
 
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*Datar o sanguinário modus operandi da política sinistra a partir da revolução francesa, seja dito, é generosa concessão. Particularmente, vislumbro suas raízes entre um punhado de heresias tardomedievais e os postulados maquiavélicos (Niccolò Machiavelli, recordemos, viveu de 1469 a 1527) que, esvaziando a Cristandade, convenceriam detentores e persecutores do poder de que a “luta” dispensava os princípios da ética comum, ou que a moral – ah, a moral! – aplicável aos simples, aquela mesma moral não se lhes aplicaria. Uma linhagem que haveríamos de perquirir seguramente até o super-homem niilista. Posturas intelectuais que forjam caracteres patológicos, assinalaria Dostoiévski; indivíduos cuja loucura fundaria civilizações inteiramente calcadas na histeria, arremata Dr. Andrew Lobaczewsk.
 
Entrementes, não nos pautemos por minha opinião. Deixemos falar ele, o revolucionário, na pessoa do epocal Saul Alinsky. Assim começa seu livro mais notável, fundamental à nova esquerda americana e global: com uma dedicatória “ao primeiro radical...que rebelou-se contra a ordem estabelecida, e o fez tão eficazmente que, ao menos, conquistou seu próprio reino: Lúcifer” ("Rules for Radicals"). Como se vê, 1789 foi singelo novo ato a um terror que precede o homem. Terror tão ancestral quanto a noite, e como a noite a ser vencido pelo dia... Noites e dias; revolução e contrarrevolução.
 
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  • Leonardo Faccioni
Vivemos em um país peculiar, disso não há dúvidas. O horário eleitoral dito gratuito em rádio e televisão, do qual gozam nossas três dezenas de partidos políticos de centro, esquerda, centro-esquerda, extrema-esquerda e esquerda-volver, é a prova cabal de sua unicidade. E o nonagenário Partido Comunista do Brasil sabe como poucos tirar proveito das novas tecnologias, ou não selecionaria a porto-alegrense Manuela d’Ávila, ora deputada federal, para estrelar suas inserções na mídia burguesa.
 
Tenho um interesse especial pelo PCdoB. É a agremiação mais sincera em todo o denso, mas limitado espectro político nacional. Nenhum partido brasileiro ousaria incluir em seus documentos oficiais uma declaração formal de apoio ao ideário de Adolf Hitler. Entretanto, o PCdoB é abertamente vinculado aos programas de Josef Stálin e Mao Tsé-Tung, que, sozinhos, já fariam do monstro pangermânico um aprendiz de bicho papão.
 
Quero confiar que um partido hitlerista não angariaria, hoje, um único voto em uma eleição. Infelizmente, nosso partido stalinista possui representação crescente em todos os parlamentos e deve abocanhar um bom número de Executivos no pleito vindouro.  
 
Por que ideários historicamente tão semelhantes – a bem dizer, indistintos do berço ao túmulo – recebem, nestas bandas, tratamentos assim díspares?
 
No Leste Europeu, que experimentou o jugo de ambos os irmãos, o pavor que evocam para os olhos de mais idade é um só.  Se não se confundem, é pela duração de cada tirania. A primeira matou durante anos; a segunda, graças à indiferença do Ocidente, durante tenebrosas décadas.
 
O Brasil salvou-se dos dois, ao menos formalmente. Tendo integrado o bloco aliado na luta contra o nazismo, qualquer eventual simpatia tupiniquim pelo totalitarismo ariano foi varrida para baixo dos tapetes do Catete, com a graça do bom Deus. Do veneno soviético, porém, nunca provamos, nem a ele enfrentamos cara a cara. Seu brilho fatal ainda fascina...
 
E se o Putsch de Munique² houvesse sido o feito máximo do nazismo, tal como a Coluna foi para Prestes? O horror que não vence a fronteira entre a intenção e o ato é menos mau que o horror triunfante? Noutras palavras, o mal, enquanto potência, é indiferente do bem?
 
Se o nacional socialismo nunca chegasse a constituir um governo na Alemanha, quiçá houvesse agora, lá, uma Manuela d'Ávila bávara a falar às televisões sobre a "luta histórica" da suástica pelo renascimento de um povo esmagado por potências estrangeiras; sobre quantos "heróis" tombaram pelos valores da pátria. E quem nunca houvesse ouvido, nem um dia lido as palavras e os planos de seus "heróis" poderia entrever nos lábios de sua interlocutora toda a verossimilhança sedutora de uma mentira diabólica.
 
E se a Intentona de Prestes houvesse triunfado? E se Olga Benário, antes que mártir, fosse imperatriz - nossa cândida Eva Braun, regalada pelo próprio Stálin? E se do Araguaia maoísta emergisse o sonhado Brasil Vermelho, o Vietnã que samba, a Coréia do Norte continental?
 
Ah, meus caros. Na história, inexiste o "se". Contudo, algo me diz que Manuela d'Ávila não ousaria contar suas fábulas na TV...
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² 9 de novembro de 1923. A partir da cervejaria Bürgerbräukeller, Adolf Hitler promove um levante na capital do estado da Baviera a fim de tomar o governo para si. Derrotado pelos poderes constitucionais, inicia a redação de Mein Kempf na prisão. 
 
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  • Bruno Braga
Este 31 de Março marca os 50 anos da intervenção militar no país. A “memória” cultural que circula para relembrar 1964, no entanto, é uma falsificação. O que se lê, o que se vê, o que se ensina nas escolas e universidades é predominantemente uma peça panfletária. Uma versão dos fatos forjada pelos revolucionários, que depois de perderem o embate direto naquele episódio recorreram a uma estratégia lenta e sorrateira para derrotar os seus “inimigos”: a própria subversão cultural. O sucesso desta estratégia é comprovado não só pelas conquistas eleitorais, mas sobretudo pelo domínio dos meios de ação, com os quais os revolucionários se arrogam legitimados a consagrar a história falsificada que eles mesmos fabricaram, proclamando-a através de uma “Comissão da Verdade”. Nesta ficção, João Goulart é inegavelmente um dos protagonistas.  
No final 2013, uma sessão solene no Congresso Nacional estabeleceu a “devolução simbólica” do mandato de Jango. Pretendia-se corrigir uma injustiça cometida. O ex-presidente fora vítima dos “golpistas” por manifestar a intenção de promover “reformas de base” em favor do “povo”. Uma atitude nobre, na qual os militares viram, de forma “paranoica”, uma “ameaça comunista”. 
Flávio Tavares, no entanto, narra algo que corrói imediatamente a imagem insigne criada para vestir João Goulart. O que conta o revolucionário – que hoje atua disfarçado de jornalista e escritor - faz do “herói” um autêntico TRAIDOR da nação.   
Em 1962 – isto é, durante o governo de João Goulart e, portanto, em um sistema dito “democrático” - o Serviço de Repressão ao Contrabando destruiu POR ACASO o plano das Ligas Camponesas de formar um campo de treinamento no interior de Goiás.
Encontrou algumas armas e muitas, muitas bandeiras cubanas, retratos e textos de discursos de Fidel Castro e do deputado pernambucano Francisco Julião, manuais de instrução de combate, além dos planos de implantação de outros futuros focos de sabotagem e uma minuciosa descrição dos fundos financeiros enviados por Cuba para montar o acampamento e todo o esquema de sublevação armada das Ligas Camponesas noutros pontos do país (ROLLEMBERG, 2001, p. 25).
Todo o material apreendido comprovava a incursão de Cuba no Brasil. Fidel Castro – com o objetivo de fomentar a revolução SOCIALISTA-COMUNISTA, e sustentado pela União Soviética – fornecia armas e dinheiro, dava instruções e promovia a formação no combate de guerrilha com a implantação de campos de treinamento com fazendas compradas em Goiás, Acre, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (ROLLEMBERG, 2001, p. 24).
Diante da intervenção estrangeira armada, qual foi a atitude de João Goulart, o Presidente da República? Tomou imediatamente a posição de defender o território nacional? Não. Ele entregou toda a documentação para o “inimigo”, para um ministro cubano!
O ministro cubano despediu-se de Jango e tomou um avião da Varig para chegar ao México e, de lá, retornar a Havana. Nunca chegou, porém. Antes de aterrizar na escala em Lima, no Peru, o Boeing caiu e morreram todos os passageiros. A pasta de couro em que o ministro Zepada levava a documentação foi encontrada entre os destroços e entregue à CIA norte-americana, que divulgou os documentos num carnaval acusatório a Cuba pelas três Américas (apud ROLLEMBERG, p. 26).
Jango descumpriu CRIMINOSAMENTE o dever de – como Presidente da República – proteger o país e garantir a sua segurança interna (Cf. CF 1946, art. 89, I, IV). Ele TRAIU a nação. Isto bastaria – independentemente de qualquer outra atitude ou das relações espúrias que mantinha - para retirar-lhe o mandato. 
Mas a História transformou-se em instrumento de autoglorificação. Não importa a pesquisa, a investigação, nem o estudo. O objetivo é costurar uma narrativa que consagre a ascensão do poder revolucionário. João Goulart é parte desta mitologia. Um personagem construído com a espetacularização da exumação dos seus restos mortais: contratação de empresas de eventos; peritos – entre eles um cubano - apresentados ao público como elementos de ficção científica; a condução solene dos despojos, que não se sabe sequer se são mesmo do ex-presidente, pois os “competentes” peritos erraram por duas vezes a retirada deles. O ato final desta peça – a cerimônia no Congresso Nacional que consagrou Jango “herói da nação” - tinha à frente a atual Presidente da República. Dilma Rousseff. Ela, que participou de grupos terroristas durante o Regime Militar com o propósito de fazer do Brasil um país SOCIALISTA-COMUNISTA pela força das armas. Um desfecho disparatado que expõe a fraude construída para recordar os 50 anos da intervenção militar no Brasil. Este 31 de Março marca um autêntico golpe – um golpe contra a História. 
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BIBLIOGRAFIA. 
ROLLEMBERG, Denise. “O apoio de Cuba à luta armada no Brasil”: o treinamento guerrilheiro. MAUAD: Rio de Janeiro, 2001.
 
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  • Ubiratan Iorio
A polêmica dos últimos dias é a discussão em torno da pesquisa do IPEA sobre a "questão do estupro". Neste link, com o título "Ipea reconhece erro em pesquisa sobre tolerância com estupro" e o subtítulo "Instituto errou ao dizer que 65% dos entrevistados concordam que as mulheres com roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas; correto é 26", o Jornal Nacional da Globo noticia que  a pesquisa que chocou o país há exatamente uma semana estava errada e ontem o Ipea - que, como sabemos, é um órgão subordinado diretamente à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República - reconheceu o erro, sob a alegação de que teria havido uma "troca" de gráficos, levando assim ao clamoroso equívoco.
 Mas a Folha de hoje é bem mais clara em relação ao que aconteceu de fato, mostrando que os responsáveis pela pesquisa cometeram graves erros metodológicos, que podem ser lidos neste link. Os erros, de tão crassos, podem espantar os que não conhecem como funciona a maneira "lulo-dilmo-petista" de governar, mas não me causaram nenhuma surpresa.
Na verdade, remeteram-me imediatamente ao Artigo 69,  que postei em dezembro de 2007 - portanto, ainda no segundo mandato de Lula da Silva - em meu site antigo e que reproduzo abaixo na íntegra e em negrito:
 "A "PETETIZAÇÃO" DO ESTADO BRASILEIRO
Nunca, na história “dêfte paîf”, um governo promoveu um aparelhamento do Estado das proporções do que estamos presenciando. Levas de companheiros e hordas de aliados de ocasião invadiram empresas estatais, ministérios, autarquias e outros espaços que deveriam, por definição, ser reservados a profissionais concursados. Parece que o objetivo dos caciques da tribo petista é o de transformar todos os brasileiros – principalmente, é claro, os que se filiaram ao partido da estrela vermelha desbotada (de vergonha) – em funcionários públicos.
 
Não foi à toa que o presidente declarou, na semana passada, em alto e bom som, que não se pode governar sem aumentar os gastos públicos... Alguém precisa dizer ao homem que existe um negócio chamado “gestão”...
 
Após ocupar todos os espaços que pensávamos possíveis, eis que o governo resolveu agora petetizar uma das mais respeitadas instituições, o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada -, ao promover mudanças que vêm gerando suspeitas de expurgos nos quadros técnicos da até agora respeitada instituição.  Seu presidente, Márcio Pochmann, ex-secretário e apadrinhado da relaxante ministra do Turismo, a senhora Suplicy – foi logo declarando, quando tomou posse no órgão da avenida Pres. Antonio Carlos, que o Estado brasileiro seria “raquítico” (afirmativa absurda e denotativa de que ou é movido por ideologia, ou ruim da cabeça, ou doente do pé) -, nega com veemência a acusação, mas o fato é que, no último dia 17, afastou quatro respeitados economistas: Fabio Giambiagi e Octavio Tourinho (que retornaram à sua origem, o BNDES) e Gervásio Rezende e Regis Bonelli (aposentados e sem vínculo empregatício com o instituto, onde estavam alocados por conta da Lei 9608, de 18/2/98, que dispõe sobre serviços voluntários não remunerados). Três entidades representativas dos economistas, a Federação Nacional dos Economistas (Fenecom), o Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP) e a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), viram no episódio uma ameaça à independência do órgão que, como se sabe, era ligado ao Ministério do Planejamento até abril deste ano, quando passou para o Núcleo de Assuntos Estratégicos – o “Ministério da Bola de Cristal”, comandado pelo ininteligível “mago” Mangabeira Unger. Em nota conjunta, alertaram que "nem nos piores momentos políticos vivenciados no país, inclusive no período da ditadura, tentaram calar o IPEA”. Isto é muito grave!
 
A polêmica parece transcender diferenças teóricas e ideológicas, pois envolve também aspectos financeiros, já que os convênios do Instituto vêm transferindo, segundo os jornais, cerca de R$ 1 milhão por ano a entidades privadas sem fins lucrativos, sem contar os repasses de empresas estatais, como Petrobras e Caixa Econômica Federal, também usados para patrocínios e consultorias, em sua maioria sem licitação, dado o “notório saber” (sic) dos contratados. Isto significa, na prática, que a direção do IPEA pode escolher os pesquisadores que obterão fontes adicionais de renda.
 
 O clima entre os técnicos do IPEA está tenso, pois seria o primeiro caso de caça a bruxas da história do Instituto que, desde que foi criado por Roberto Campos, no governo Castello Branco, sempre contou em seus quadros com economistas de diversas tendências. Durante anos esteve subordinado ao ministro João Paulo dos Reis Velloso que, com equilíbrio e ecletismo, sempre respeitou as divergências existentes, prática mantida pelos governos seguintes. Mas, agora, parece que a heterodoxia econômica mascarada de “desenvolvimentismo” que, transitoriamente, comanda o IPEA, aliada à busca de cargos para apadrinhados, resolveu moldá-lo à sua feição, ação que, por si só, já ameaça pôr abaixo sua credibilidade e que, se não for rapidamente extirpada, certamente o desmoralizará rapidamente, além de expor uma inaceitável cisão dentro do governo, entre o pragmatismo do Banco Central e os devaneios estatizantes dos que se julgam “desenvolvimentistas”.
 
Serão meras coincidências? Giambiagi vinha afirmando (com toda a razão) que os crescentes gastos públicos representam um perigo para a estabilidade econômica do país; Tourinho, extremamente técnico, cuidava da respeitada revista do IPEA, mantendo-a imune a ingerências políticas e partidárias; Rezende, especialista em Economia Agrícola, desenvolvia pesquisas em que, entre outros “pecados” contra o credo petista e o dos companheiros baderneiros do MST, criticava a tese do “trabalho escravo” no campo. Além disso, foi extinto o grupo de análise conjuntural –, que também vinha alertando para a orgia orçamentária do governo Lula -, sob a alegação de que a função do IPEA é “pensar o longo prazo”. Longo prazo? Um governo – e um país – incapazes de pensar meia hora na frente?...
 
Preferiria, sinceramente, acreditar que as mudanças tenham sido meramente administrativas, mas considerando, primeiro, o inegável processo de inchaço do Estado com exércitos de petistas e aliados e, segundo, que coincidências até acontecem, mas muito dificilmente em doses múltiplas e simultâneas, deixo a conclusão – óbvia - a cargo do leitor.
 
Madonna mia, será que até o IPEA está sendo "petetizado"? Se for isso, até onde irão? O primeiro governo decente que tivermos pela frente já terá, de saída, uma tarefa gigantesca pela frente, que será a de promover uma completa despetetização da máquina pública e, no caso do IPEA, de resgatar a sua credibilidade. Haja inseticida..."
Sete anos depois, ou seja, um mandato de Lula da Silva e outro de Dilma transcorridos, só posso finalizar afirmando, com tristeza, que estava absolutamente certo. Lamento pelos muitos colegas e amigos extremamente competentes em suas especialidades e que são economistas do Instituto. O PT conseguiu desmoralizar completamente um órgão que sempre foi essencialmente técnico, independente e imune às conjunturas da política. Eles têm o dom de estragarem tudo em que põem a mão. Pobre Brasil, pobres cidadãos que vêm sendo estuprados pela violência da mentira, da incompetência, do projeto de poder, das negociatas e da ideologia senil e caquética desses que se locupletam há doze anos nos palácios de Brasília! 
 
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  • Bruno Braga

A sociedade está em crise. Esta é uma constatação inescusável para qualquer um que se proponha a examinar o mundo à sua volta. Banalização da violência e a disseminação da criminalidade. No entanto, o que mais atormenta as pessoas são as questões sociais e culturais, a reformulação dos valores e da moral. Este movimento não é espontâneo. Não é fruto do “progresso” ou consequência do “desenvolvimento”. É o resultado de uma verdadeira guerra.

“Como vencer a guerra cultural” é um chamado à realidade. Peter Kreeft - professor de filosofia do Boston Collegy e do King´s College - alerta os incautos e desavisados, os iludidos e conformados, sobretudo os cristãos, que insistem em proclamar paz, paz, paz: estamos em uma GUERRA e diante de um EXÉRCITO DA DESTRUIÇÃO. Milícias revolucionárias que – tomadas por um surto psicótico de autodivinização - reivindicam poder para destruir as estruturas sociais – a moral judaico-cristã, denunciada como a fonte e a origem da injustiça e do mal - para erguerem um “novo mundo” das ruínas e dos escombros.

O livro de Peter Kreeft é mais que um chamado à realidade, é uma convocação dos cristãos para a guerra. Os católicos são “pacíficos”, porém, não “pacifistas”, advertia o Papa Paulo VI. Não devem aceitar tudo e qualquer coisa sob o pretexto da “paz” e do “amor”, porque AMOR também é “luta”. Basta olhar o amor de um pai e de uma mãe pelo filho para reconhecer que ele é uma guerra contra o ódio, a deslealdade e o egoísmo. Não há amor sem ODIAR o MAL – e o Maligno - e sem o compromisso com a VERDADE.

Trata-se de uma guerra ESPIRITUAL travada no campo de batalha CULTURAL. A lei de Colson – exposta em um diagrama lógico que envolve “Comunidade”, “Caos”, “Consciência” e “Polícia” - é um esquema útil para compreender os termos deste conflito. É importante identificar o “inimigo”, mas também os seus colaboradores. Por isso Kreeft denuncia os “especialistas” e “Intelectuais”, que ele chama de “experts”. São agentes que ocupam centros de ensino e universitários, a mídia e a imprensa. Suas armas são artifícios retóricos e pseudofilosofias, utilizados para justificar a “transformação da sociedade” e impor todo tipo de absurdo: desde o ABORTO – o ASSASSINATO de crianças - à revolução sexual GAYZISTA-FEMINISTA, o vício das DROGAS, etc.

Neste conflito o cristão não está desamparado. Ele tem um poderoso estímulo para lançar-se ao combate: o DEVER de SANTIDADE. Seus modelos são os santos e o próprio Filho de Deus. Kreeft desconstrói a imagem “pacifista” de Jesus Cristo, forjada para domesticar os cristãos e que contrasta com Aquele que advertiu: “Mas qualquer um que fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado no mar” (Mc 9, 42). Quanto aos santos, não, eles não são ascetas que abandonaram o mundo para uma vida na estratosfera: 

“[...] os santos amam a verdadeira paz. Eles também odeiam a falsa paz, a paz baseada em mentiras. Os santos odeiam a violência e a intolerância para com os pecadores. Mas eles odeiam também a tolerância ao pecado. Os santos amam mais os pecadores e menos os pecados do que todas as outras pessoas. Essas duas excentricidades confundem as pessoas e, não raro, as ofendem” (p. 130).

É uma guerra com a espada trazida por Cristo, que separa, de um lado a PESSOA, inviolável, mas do outro o PECADO – intolerável em pensamentos e palavras, atos e omissões. 

Kreeft adverte. Na guerra denunciada não está em jogo apenas a “sociedade”. Estão em risco sobretudo as ALMAS (p. 136). Almas conformadas ou que se degradam alimentando-se com uma CULTURA DA MORTE, com uma “espiritualidade” pueril. Que investem em uma felicidade forçada e em uma paz fingida. Elas podem estar decidindo a sua eternidade ao disseminar o MAL que insistem tanto em esconder ou negar. Para estas almas, mas também para as que preenchem as fileiras do combate, um anúncio sobre a sua condição: “a estrada do paraíso perdido até o paraíso reconquistado está encharcada de sangue. Bem no centro da história está uma cruz – um símbolo de conflito mais do que qualquer outro” (p. 23). O livro de Kreeft é edificante, porque mostra a dignidade de percorrer este caminho. 

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BIBLIOGRAFIA.

KREEFT, Peter. “Como vencer a guerra cultural”: um plano de batalha cristão para uma sociedade em crise. Tradução MárcioHack. Ecclesiae: São Paulo, 2011.

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