• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 22 Maio 2023

 

MÁGICA

Mais do que sabido, a MÁGICA é uma arte utilizada, desde o século XIX, por profissionais que se dedicam a ENGANAR, ou ILUDIR suas plateias com truques bem planejados a ponto de deixar muita gente confusa com as manobras inesperadas. Mais: dependendo da qualidade dos truques apresentados os ILUSIONISTAS fazem com que muita gente acredite que são pessoas dotadas de poderes fora do comum.

ARCABOUÇO FISCAL

Pois, sem tirar nem pôr, o -ARCABOUÇO FISCAL, que deve ir diretamente ao plenário da Câmara, nesta 4ª feira, para ser votado em REGIME DE URGÊNCIA, nada mais é do que um TRUQUE cuidadosamente preparado pelo grupo de MÁGICOS do Governo Lula, com um único propósito: fazer com que um grande contingente de PAGADORES DE IMPOSTOS se deixe levar pela ILUSÃO de que a aprovação do projeto não implica em AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA. 

AUMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS - SEM TRUQUE

Na real, mesmo sabendo que a maioria do povo brasileiro, assim como seus representantes, veem o POPULISMO com enorme simpatia, o fato é que o próprio PODER EXECUTIVO já declarou, várias vezes, que a aprovação do ARCABOUÇO FISCAL, SEM TRUQUE ALGUM, permitirá a elevação dos GASTOS PÚBLICOS em até R$ 80 BILHÕES somente no ano que vem, o que, de antemão, deixa muito feliz o presidente Lula, que tenta mais uma vez emplacar o mesmo método utilizado em seu primeiro mandato.

CARGA TRIBUTÁRIA EM ELEVAÇÃO

Ora, antes de tudo, só para que fique bem claro, toda e qualquer importância que represente aumento de ARRECADAÇÃO deriva, inquestionavelmente, de AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA. É nisso, e somente nisso, que Lula e sua equipe apostam todas as fichas com a aprovação do ARCABOUÇO FISCAL. A ânsia é de tal ordem que pouco importa o fato de que o mercado esteja dando sinais claros e fortíssimos de que a economia está desacelerando.

 

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  • Silas Velozo
  • 21 Maio 2023

 

Silas Velozo

         Após quatro congelamentos ineficazes de preços no Brasil, inflação a mais de 1.000% ao ano, detonando principalmente o bolso dos pobres, essa receita fracassada não foi reprisada em 1994.

Em vez disso, instituiu-se a URV (unidade real de valor),

que seria nosso câmbio comercial atrelado ao dólar americano,

sem mudar nossa moeda na tora.

Mesmo sem compreender economia nos meus 39 anos na época, senti firmeza.

Foi um rearranjo gradual da economia, prudente, sólido

e, como os anos subsequentes mostram, dos mais bem-sucedidos contra hiperinflação.

O PT e a esquerda tupiniquim foram contra, pra variar,

agourando iminente fracasso da ação de respeitados e responsáveis economistas.

E bateram sem dó, criticando isso e toda estruturação necessária após.

Óbvio, não foi a primeira fake news da turma vermelha,

talvez sim, uma das mais evidentes até então.

Mas a esquerda sempre se supera na difamação e mentiras.

Hoje um corrupto condenado em três instâncias desgoverna o país, ladeado por outros condenados, alegando não terem feito nada de errado, mantidos por um sistema jurídico inconstitucional e antiético.

Enquanto empreiteiros também corruptos e outros criminosos desfilam livres, manifestantes são presos, jornalistas e parlamentares cassados e perseguidos, assim como fizeram Lênin, Stálin, Mao, Fidel e fazem Maduro, Putin, Xi Jinping e tantos ditadores ao redor do planeta pra esconder seus podres.

Querem fugir do elementar: liberdade de expressão e equanimidade jurídica são itens básicos ao bem-estar geral, trazem segurança, inovação e prosperidade.

 “Proteger” a democracia enquanto censura e caruncha o estado de direito, dissimulando sua ditadura, é a mais nova fake news da esquerda tupiniquim.

*        Silas Velozo é escritor, compositor e instrumentista em MG.

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  • Marcos A. F. Martins (Marcos Canaã)
  • 20 Maio 2023


Marcos A. F. Martins (Marcos Canaã)

Cansado de ouvir os cantos
e ver flores nas janelas,
ele nos impôs o pranto,
nos encerrou numa cela
e se esqueceu, entretanto,
que a vida é, por si só, bela.

Não amando a liberdade
dos pombos, pardais e garças,
decretou o fim das tardes
e fechou todas as praças,
mas o sol que, no alto, arde
não se deteve em mordaça.

Por lhe afligir o futuro,
por temer a esperança,
ele nos ergueu um muro,
sustou o riso das crianças,
mas não percebeu que o puro
sobrevive na lembrança.

Contra livres pensamentos
e opiniões dos vassalos,
não ouviu a voz do vento
nem o gorjear dos galos,
se perdeu em seu tormento
e se fechou no seu valo.

Vestido de negra toga,
de cátedra, a comandar,
não leu a rima que advoga
pelo direito de amar
nem o poema que roga
ante o bramido do mar!

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  • Sílvio Munhoz
  • 19 Maio 2023

 

Sílvio Munhoz

            Novamente a censura... Vocês devem estar pensando isso e achando chato, mas nunca esqueçam que a liberdade de expressão é a maior e mais fundamental das liberdades, sem a qual as outras podem perecer e esvair-se, por entre os dedos, a própria democracia. Tal aspecto é reconhecido pela declaração de princípios sobre liberdade de expressão (leia), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ao estabelecer no artigo 1º: “A liberdade de expressão, em todas as suas formas e manifestações, é um direito fundamental e inalienável, inerente a todas as pessoas. É, ademais, um requisito indispensável para a própria existência de uma sociedade democrática”.

            Nos anos da intervenção militar no Brasil, para quem não viveu ou não lembra, as notícias que seriam publicadas eram submetidas a um CENSOR (agente do Governo, termo relembrado por editorial do Estado de São Paulo), o qual lia o texto e liberava ou não a publicação, quando não concordava com o teor apunha um carimbo na matéria com o termo  “censurado”. Os jornais ou revista, para evitar o espaço em branco criaram o costume de colocar no lugar uma receita, normalmente, de bolo.

         Embora tardio o protesto do Estadão, mostra como a preocupação deve ser de todos, inclusive, dos membros da ex-imprensa, pois pau que bate hoje em Chico pode bater amanhã em Francisco e a história bem o demonstra. Porém, o que estamos vivenciando no atual momento do Brasil vai além...

         O Censor, segundo o Estadão, está muito mais para “ministro”, do Ministério da Verdade do seminal “1984”. Na distopia de Orwell, a função de Wiston, personagem central, não era censurar, mas alterar a verdade, mudando as matérias para ficarem de acordo com o pensamento dos donos  do poder. Em suas palavras: “Nenhuma notícia ou opinião que conflitasse com as necessidades do momento poderiam permanecer gravadas. Toda a história era um palimpsesto, raspado e regravado quantas vezes fossem necessárias. Uma vez feita a alteração, era impossível provar que qualquer falsificação fora aplicada”.

            Não foi exatamente o que ocorreu com o Telegram? Não bastava censurar. O aplicativo além de não poder expressar sua opinião sobre tema que impacta fortemente sua atividade, o PL 2630, foi obrigado a colocar no lugar – não a receita de bolo, mas como Wiston fazia – a versão oficial “do censor”, segundo a qual estaria desinformando (mentindo), conceito que inexiste legalmente no Brasil e será incorporado caso o PL seja aprovado. O desespero para aprovar o PL parece a necessidade de justificar legalmente os atos praticados há algum tempo, ao arrepio da Lei.

         Como diz um dos considerandos da declaração de princípios, acima citada: “ao se obstaculizar o livre debate de idéias e opiniões, limita-se a liberdade de expressão e o efetivo desenvolvimento do processo democrático”.

         Suprimida a principal liberdade, não duvidem, muitas outras serão suprimidas. Vejam, não à toa, já surgiu proposta para regulamentar a “liberdade de manifestação”, e a filha do autor de tal proposta, “falando em nome da OAB”, sugere a criação de um órgão para fiscalizar as redes sociais e, ao que parece, em breve será proibida a liberdade de oposição em nossa Pátria. Na decisão de cassação de um Deputado Federal foi criada a jurisprudência heptadimensional da bola de cristal, pois baseada em previsões futurísticas, que se soma, no rol de grandes novidades do processo penal brasileiro ao flagrante perpétuo com expedição de mandato!.. Pobre Brasil

         Será que chegaremos à tão sonhada, por tantos, “democracia” de Partido único!... Rezo com muito fervor para que o Brasil não seja testemunha disso!..

“Quando a liberdade de expressão nos é tirada, logo poderemos ser levados, como ovelhas, mudos e silenciosos, para o abate.” George Wastington.

Que Deus tenha piedade de nós!..

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 18 Maio 2023

 

VIRTUDES ESSENCIAIS

Gostem ou não da filósofa Ayn Rand, o fato é que é impossível não reconhecer a importância das SETE VIRTUDES ESSENCIAIS apontadas pelo OBJETIVISMO, como bem descreve o pensador Roberto Rachewsky no seu livro -O GREGO, O FRADE & A HEROÍNA-.

RACIONALIDADE

A primeira VIRTUDE é a RACIONALIDADE, ou o reconhecimento de que a RAZÃO é a nossa única FONTE DE CONHECIMENTO, nossa única ferramenta para julgar o que a REALIDADE e a LÓGICA nos apresentam e nosso único guia para a AÇÃO. Não querer enxergar a realidade, é não querer aprender, saber e conhecer o que a -realidade e a lógica- nos oferecem para termos uma vida melhor, próspera e pacífica.

VIRTUDES

2- HONESTIDADE - ato de não falsear a realidade, nem para si mesmo, nem para os outros. A MENTIRA prejudica a mente. Manter o foco nas coisas da realidade se torna impossível quando temos que preencher nossa mente com falsidades.

3- INTEGRIDADE - agir de acordo com os princípios que entendemos serem verdadeiros e corretos.

4- INDEPENDÊNCIA - usar a própria mente para lidar com a realidade e/ou manter nossa vida de forma autônoma, ou seja, por nosso próprio esforço, sem depender do sacrifício de ninguém. Não aceitar dogmas.

5- PRODUTIVIDADE- manter materialmente nossa vida por meio da geração de valor, possível apenas com a aplicação da nossa mente e das nossas virtudes para transformar em bens aquilo que a natureza nos oferece.

6- JUSTIÇA- dar a cada um o que MERECE.

7- ORGULHO - autorreconhecimento de que se está, a cada dia, moralmente melhor. Atenção: não confundir orgulho com arrogância ou soberba.

INSTITUIÇÕES E ORGANISMOS PÚBLICOS

Pois, olhando com alguma atenção praticamente todos aqueles que estão à frente das inúmeras INSTITUIÇÕES, ou ORGANISMOS PÚBLICOS, ideologicamente adeptos incondicionais do modelo SOCIALISTA, o que mais falta são as VIRTUDES ESSENCIAIS apontadas pelo OBJETIVISMO. Falta, por exemplo, a RACIONALIDADE, a INTEGRIDADE, a PRODUTIVIDADE e a JUSTIÇA. E no tocante ao ORGULHO, este sentimento se manifesta e cresce quanto maior a DESTRUIÇÃO de tudo que se oferece como melhor para o povo brasileiro. 

 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 17 Maio 2023


Alex Pipkin, PhD

       Fico espantado quando converso com alguns amigos dotados de pensamentos “modernos”, ou como diriam eles, “progressistas”.

Para alguns desses progressistas, este negócio de defesa das liberdades não passa de um papinho morfético de liberais, de conservadores, e até mesmo da extrema direita.

Evidente que é ridículo considerar a liberdade somente como sendo um “sentimento”, esse é um princípio basilar, orientador de um modo de vida, individual e comunitário.

Liberdade tem, a meu ver, um caráter simbólico e transcendente essencial, embora precise estar resguardada na forma de direitos.

Uma vez que desaparece esse aspecto transcendente, banalizando-se a questão, a porta fica escancarada para que um contexto cultural, social e econômico seja tiranizado.

Eis o motivo do meu pavor, pois as pessoas não enxergam isso tal como eu entendo.

Tá certo, sou conservador, creio nos fatos e nas evidências, não somente nas “modernas” experiências de vida, algumas dessas, de fato, completamente incoerentes.

Todos nós sabemos - ou deveríamos saber que o bicho-homem é um ser falho, portanto, sempre é salutar dar uma olhadinha no passado, a fim de se tirar lições sobre o que pode acontecer no presente e/ou no futuro.

É bom não acreditar piamente nos princípios nobres que edificaram determinadas instituições, sendo mais prudente analisar o histórico passado e presente. A lógica da realidade, do que efetivamente acontece faz bem à saúde.

A coisa anda tão braba que nem com reza braba se soluciona.

Vejam só como é o bicho-homem. Nelson Rodrigues dizia que a paixão política é capaz de imbecilizar o homem. Sem dúvida, a razão também é suscetível a paixões e a erros.

Pois como acreditar - e não gargalhar de raiva - que agora os “modernos progressistas” abandonaram sua firme crença e compromisso sagrado com os princípios da liberdade de expressão, de pensamento e de imprensa?

Quando se perde o transcendente, quando se deixa a moral no armário, tudo, mas tudo mesmo, pode acontecer.

Claro, contra o indivíduo e o genuíno bem comum.

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