Veja

03/03/2009
Laura Diniz Come? com um bate-boca entre um grupo de sem-terra e cinco homens contratados para evitar que a fazenda Jabuticaba, no agreste pernambucano, reintegrada por ordem judicial, fosse novamente invadida por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Dos seguran?, apenas Jo?Arnaldo da Silva, de 40 anos, era profissional. Rafael Erasmo da Silva, de 20, e Wagner Lu?da Silva, de 25, trabalhavam como mototaxistas em S?Joaquim do Monte, a 137 quil?ros do Recife. Jos?edson da Silva, de 20, e Donizete Souza, de 24, eram agricultores. Para fazerem bico como guardas, eles recebiam de 20 a 30 reais por dia trabalhado. Naquele s?do, era Jo?quem estava ?rente da discuss?com os sem-terra, numa fazenda vizinha ?abuticaba. No meio da briga, um dos invasores acertou-lhe um tiro na perna. Jo?caiu e, imediatamente, recebeu uma bala na cabe? Rafael, ao seu lado, foi o segundo a ser morto – tamb?com um tiro na cabe? que trespassou o capacete de motociclista que ele usava. Ao ver os colegas tombarem mortos, Wagner, Wedson e Donizete correram. Donizete conseguiu escapar. Wagner e Wedson, alcan?os pelos sem-terra 1 quil?ro adiante, foram igualmente mortos como c?. Wagner levou um tiro na perna e dois na cabe? um deles na nuca. Wedson recebeu um tiro na perna e dois no rosto – morreu de bra? abertos, como quem pede clem?ia. Com base nas marcas dos tiros e no depoimento de duas testemunhas oculares, o delegado Luciano Francisco Soares diz que os assassinatos n?foram cometidos em leg?ma defesa, como afirma o MST. As v?mas foram executadas, resume ele. A pol?a prendeu em flagrante e indiciou por homic?o qualificado Aluciano Ferreira dos Santos, l?r do MST na regi? e Paulo Alves, participante do grupo. Eles s?acusados de perseguir e matar Wagner e Wedson. Os dois sem-terra apontados como assassinos de Jo?e Rafael est?foragidos. Depois do crime, o MST teve o desplante de pedir prote? policial para seus integrantes. Como se isso n?bastasse, o coordenador nacional do movimento, Jaime Amorim, numa declara? que deixa evidente a r?a moral pela qual seu grupo se pauta, afirmou: O que matamos n?foram pessoas comuns. Eles foram contratados para matar, eram pistoleiros violentos. ?mais uma declara? delinquente de um dos chef?do bando que, a pretexto de lutar pela reforma agr?a, aterroriza o campo brasileiro desde 1990. Naquele ano, durante uma manifesta? no centro de Porto Alegre, uma turba de sem-terra cercou um carro de pol?a e, a golpes de foice, degolou o cabo Valdeci de Abreu Lopes, de 27 anos. Desde ent? ao menos outros quarenta integrantes do MST foram acusados de homic?o (dois deles j?oram condenados em primeira inst?ia). SEM FUTURO A mulher e o filho de Wagner da Silva, que sustentava a fam?a trabalhando como mototaxista. Ele foi morto com tiros na cabe?depois de ser perseguido por 1 quil?ro por um grupo de sem-terra O recrudescimento das a?s dos sem-terra obedece a calend?o e motivo bem definidos. 3 v?eras de um ano eleitoral, MST e cong?res querem continuar a receber vultosos repasses governamentais – o que implica a perman?ia do PT no governo federal. Eles desejam preservar suas fontes de financiamento e tamb?garantir a impunidade da qual v?sendo benefici?os at?gora, diz o fil?o Denis Rosenfield. N?por coincid?ia, foi o Pontal de Paranapanema, em S?Paulo, o lugar escolhido para o Carnaval Vermelho dos sem-terra ligados a Jos?ainha, protegido das cabe? mais coroadas do petismo. Durante o feriado, vinte fazendas foram invadidas no territ? do tucano e presidenci?l Jos?erra. Por meio do embrutecimento de seus m?dos ou do puro e simples banditismo, os sem-terra tentam influenciar os rumos das elei?s em seu favor. ?preciso lembrar que, quando assumiu o poder, a c?a do PT gostava de dizer a empres?os, fazendeiros, integrantes da oposi? e jornalistas que, como o partido era o ?o capaz de colocar um freio nos sem-terra, ele representava uma garantia de paz no campo. Ou seja, ao intensificar suas a?s, o MST volta a transmitir a mensagem de que os petistas n?podem ser desalojados do governo federal, sob pena de os sem-terra se tornarem ainda mais virulentos. ?uma chantagem pol?ca t?ta. Numa semana em que os bandidos de Pernambuco posaram de v?mas, os assassinados viraram culpados e autoridades federais mais uma vez se mostraram complacentes com os criminosos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, veio a p?co para p?s coisas nos seus devidos lugares. Para isso, n?teve de recorrer a nada al?do ?o. O ministro lembrou que: 1) quem invade terra alheia est?frontando a lei; 2) quem afronta a lei n?pode receber dinheiro do governo; e 3) no estado de direito, a lei vale para todos. Simples assim. Complicado assim, em se tratando do Brasil.

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02/03/2009
Alejandro Pe?sclusa Em 6 de janeiro de 2009, Hugo Ch?z expulsou o embaixador de Israel na Venezuela. No dia seguinte, o grupo terrorista Hamas felicitou publicamente a valente medida do presidente venezuelano. Tr?semanas mais tarde, depois de reiterados discursos anti-semitas por parte de funcion?os venezuelanos, a Sinagoga Tiferet Israel em Caracas foi selvagemente profanada. Os perpetradores foram posteriormente capturados pela pol?a, por?n?h??a de que atuaram incentivados pelo discurso oficialista. Os fatos n?s?casuais. S?o resultado dos m?plos acordos pol?cos e econ?os firmados entre Ch?z e o presidente do Ir?Mahmoud Ahmadinejad, que prometeu apagar Israel da face da Terra. Cabe perguntar: a que se deve esta estranha alian?entre um dirigente marxista venezuelano e um l?r fundamentalista iraniano? Em que pese o mito do suposto apoio com que Ch?z conta, a realidade ?ue ele se mant?no poder devido ?raude eleitoral, ?ompra de consci?ias, ?epress?contra seus advers?os e o medo generalizado. Ch?z sabe muito bem que, com a queda do pre?do petr?, enfrentar?uito em breve uma situa? muito dif?l caracterizada pela infla?, o desemprego e o desabastecimento. Frente ?rise, os venezuelanos exigir?resultados concretos que Ch?z ser?ncapaz de lhes proporcionar. Al?disso, o culpar?por n?ter feito previs?nos tempos de bonan?e por ter desperdi?o milhares de d?es em sua revolu? continental. De modo que n?lhe restar?utro rem?o sen?recorrer ?epress?para refrear a popula?. Ch?z n?acredita que os militares venezuelanos estejam dispostos a cometer delitos de lesa-humanidade para sustentar seu governo. As mil?as e as for? para-militares oficialistas n?est?suficientemente preparadas. As FARC colombianas - aliadas incondicionais de Ch?z - est?sendo desmanteladas. Portanto, Ch?z necessita de outra for?de choque capaz de conter o descontentamento popular e aferr?o no poder. Em finais de 1962, se apresentou a Fidel Castro uma situa? similar ?ue hoje vive Ch?z. Apesar de haver derrotado seus advers?os na Ba?dos Porcos, Castro ficou debilitado e preocupado. A solu? para seu dilema foi emprestar o territ? cubano para a coloca? de m?eis nucleares sovi?cos alinhados para os Estados Unidos. Como conseq?ia da crise dos m?eis, foi assinado um acordo entre Kennedy e Kruschev que, dentre outras coisas, serviu para manter o regime castrista at? presente data. Ch?z, pupilo de Fidel Castro, aprendeu a li?; s?e substituiu a amea?sovi?ca do s?lo XX pela amea?moderna do s?lo XXI: o fundamentalismo isl?co. Ch?z pretende emprestar o territ? venezuelano aos grupos terroristas do Oriente M?o, n?s?ra que o defendam internamente com o uso das armas, mas para ter uma poderosa ferramenta de dissuas?para com seus advers?os internacionais. Como se fosse pouco, Ch?z exportou sua estrat?a de terror abrindo a seu irm?Ahmadinejad as portas da Bol?a, do Equador e da Nicar?a, cujos governos tamb?assinaram acordos pol?cos e econ?os com o Ir?Se semelhante loucura n?for freada logo, desta vez a crise dos m?eis ocorrer?m n?l continental. Tradu?: Gra?Salgueiro

Cesar Maia

02/03/2009
1. Lula, em seu estilo de fazer pol?ca atrav?de rela?s pessoais, lan? a?adamente o nome de sua ministra Dilma Rousseff ?resid?ia da Rep?ca. Entende-se sua afli? pela falta de nomes e as pesquisas pipocando. Entende-se tamb?pela admira? que Lula tem por si mesmo e a certeza de que transferir?s votos. Ilus?treda! 2. O voto, este Ex-Blog tem tratado deste tema, n??ferta, mas demanda, especialmente em pa?s como o nosso, onde a pol?ca ?espartidarizada. O eleitor vai afirmando a id? de um personagem ideal e acompanha a oferta dos partidos, que se descoincidir com a demanda do eleitor, provocar?m curto-circuito. ?claro que esse processo sofre descontinuidades quando um personagem frustra radicalmente as expectativas. 3. Lula ganhou as elei?s de 2002 desta forma. E pela intensidade de sua presen?e pelo desenho que refor?todos os dias de seu personagem, terminou dificultando a escolha de um candidato a presidente, dada a singularidade do personagem que representa. 4. Jacques Seguel?assessor de imagem de Mitterrand, dizia: - A cena pol?ca parece com a do teatro. Apenas parece. No teatro, quando o ator muda de personagem, continua produzindo emo?s. Na pol?ca, se o faz, n?produz mais emo?s. 5. Lula, ap? mensal? passou a vender Dilma, sua nova ministra, como a dama de ferro. De repente, ap?uas opera?s pl?icas, uma facial e outra em seu personagem anterior, passa a levar Dilma a tiracolo tentando sertanejizar sua candidata. Nada mais burlesco. Nada mais equivocado. 6. Dilma pode at?ubir em pesquisas pr?leitorais, mas quando entrar no jogo e o eleitor descobrir que o personagem nada tem a ver com Lula, vai sair dele. Abre-se assim espa?para que um Tercius surja e tire do palco do segundo turno a candidata de Lula. 7. Sobre isso, dois fatos a mais criam um ambiente fortemente contr?o a Dilma de Lula. Primeiro: A crise (lembre de Carville, assessor de Clinton ao superar o favorito Bush-pai: - ?a economia, est?o). Segundo: O grande empresariado se assustou com a escolha do nome de Dilma, incluindo aqui quase a totalidade da grande m?a. 8. Uma sugest?aos demais candidatos a presidente: Esque? Dilma, ela ?penas uma miragem.

Percival Puggina

02/03/2009
Sim, o presidente Lula tem uma s?e de dons. Sua comunica? com quem escolhe presidente por semelhan?consigo mesmo o converte num candidato sempre forte. Convence b?do que ?a mineral ?hampanha. E convence abst?o que champanha ?gua mineral. Ao longo de seis anos conseguiu n?apenas transformar em m?to pr?o tudo aquilo que seu antecessor lhe deixou servido numa bandeja como ainda inverteu a situa? e lhe devolve a continuidade em forma de ?. Coisa de deixar o m?co David Copperfield embasbacado. Quando o governo se encontrou encalhado no mensal?e no Caixa 2, Lula se declarou tra? e descobriu ali, entre os odores da crise, a f?la perfeita para o sucesso: fatura tudo que ?om e joga as encrencas no colo dos demais. E faz isso como pol?ca de governo, coisa oficial, que s?o virou Medida Provis? porque ele achou prefer?l adotar como conduta definitiva. Quanto mais tal velhacaria repugna as consci?ias bem formadas, mais se afirma o fato de que estas s?tra?nas pesquisas CNT/Sensus. S?tou me dando ao trabalho de lembrar que as coisas s?assim porque at?s consci?ias bem formadas acabam se acostumando e n?mais percebendo as constantes manifesta?s desse procedimento. Agora mesmo, no cen?o da borrasca econ?a, tudo se repete. E se repete com agravante: a culpa est?aindo da esfera pol?ca, deixando Bras?a de ontem e de hoje, onde est?os culpados de cada vez, e est?endo jogada para cima de certa parcela da sociedade. A artimanha, desta feita, assume claro intuito ideol?o. O leitor certamente sabe que durante os ?mos tr?anos, com o crescimento das atividades econ?as, o n?o de empregos formais aumentou num ritmo muito positivo em nosso pa? Milh?de novos postos de trabalho foram criados. N?os realmente impressionantes. O agroneg? (n?o neg? do MST) ia bem, as exporta?s cresciam, o mercado interno se expandia, o PIB aumentava, a ind?ia rodava em tr?turnos e as empresas ampliavam seus quadros. Quem faturou com isso? O Lula. N?eram as empresas, n?era cada empresa, cada empreendedor, que estava decidindo ampliar suas atividades e recrutando mais recursos humanos. N? n? Quem criava empregos era ele, o Lula. Os m?tos n?cabiam ?riatividade empresarial, aos que organizam os fatores de produ?, mas ?essoa f?ca do presidente. Pode? Pode, sim. Tanto pode que foi exatamente disso que as pessoas se convenceram. A f?m Lula ficou quase igual ??m Jesus Cristo. Duvidam? Olhem as pesquisas. Quanto mais as empresas criavam empregos mais aumentava a popularidade de Lula, esse empregador. Agora, com a crise se instalando em propor?s alarmantes, as empresas reduzem suas atividades e, consequentemente, seus quadros de pessoal. E a culpa ?e quem? Do Lula? Absolutamente n? Ele j?eixou claro que a culpa ?o maldito empresariado nacional, incompetente para produzir sem mercado e incapaz de pagar a folha de pessoal sem faturamento. Com esse tipo de estrup?o dirigindo neg?s um pa?n?pode ir para frente, n??esmo? Voc? eu, n?qui, tra?no CNT/Sensus, ainda nos atrevemos a balbuciar que n??em assim. No entanto, no grosso da tropa, se instala a id? de que seria muito melhor transformar o pa?numa grande empresa entregue a Lula, esse homem sem pecado, de m?tos infinitos.

Diogo Mainardi

01/03/2009
A USP ? Vichy do petismo. ?dominada pelos colaboracionistas do regime. Uma hora, os professores doutrinam os estudantes. Outra hora, eles montam a plataforma eleitoral do partido. Outra hora, assumem cargos no Pal?o do Planalto. Um nome? Maria Vict? Benevides (foto). Ela passou por tudo isso: j?outrinou os estudantes, j?ontou a plataforma do PT e j?ssumiu cargos no Pal?o do Planalto. Com tantas medalhas no peito, ela pode ser considerada, com uma certa ligeirice, o marechal P?in da USP. Texto completo Nos ?mos anos, Maria Vict? Benevides combateu destemidamente todos os insubordinados que procuraram resistir ?upremacia de Lula: Em 2005, ela atribuiu o mensal?ao sensacionalismo da imprensa, acrescentando que ningu?podia dar ensinamentos de ?ca a Lula. Em 2006, ela passou um pito nos petistas que defendiam outro caminho para a economia. Em 2007, ela ridicularizou as lam?s de Fernando Henrique Cardoso. Em 2008, ela se reuniu com outros trinta hierarcas da academia e, depois de fazer propaganda do PAC, engajou-se com entusiasmo na candidatura presidencial de Dilma Rousseff. At?ecentemente, Maria Vict? Benevides podia contar com uma poderosa arma. Isso mesmo: a Folha de S. Paulo. Sempre que Lula ou o PT se metiam numa enrascada, l?a ela, a colaboracionista do regime, o marechal P?in da USP, oferecendo uma esp?e de arrazoado ao jornal, publicado sob a forma de um artigo, ou de uma carta, ou de uma frase: num ritmo de dez, onze, doze vezes por ano. Quando o arsenal de Maria Vict? Benevides parecia estar se esgotando, seu lugar na Folha de S. Paulo era preenchido por outro colaboracionista do regime, comumente identificado como intelectual do PT. Quem? F?o Konder Comparato.Goffredo da Silva Telles. Dalmo Dallari. Maria Rita Kehl. Emir Sader. Renato Janine Ribeiro. Paul Singer. Antonio Candido. Uma gente caduca, uma gente tacanha, uma gente cabotina, que pretende ser eternamente recompensada por seus gestos durante o regime militar. Agora tudo mudou. Alguns dias atr? um editorialista da Folha de S. Paulo, Vinicius Mota, empregou o termo ditabranda - em vez de ditadura - para caracterizar aquele mesmo regime militar. ?um trocadilho antigo. J?oi usado por M?io Moreira Alves. E j?oi usado na pr?a Folha de S. Paulo, num artigo de 2004. Desta vez, por? Maria Vict? Benevides decidiu espernear, ordenando ao jornal que se retratasse. E F?o Konder Comparato esperneou junto com ela. A Folha de S. Paulo respondeu candidamente, recordando que a ira dos dois professores, figuras p?cas que at?oje n?expressaram rep? a ditaduras de esquerda, como aquela vigente em Cuba, ?bviamente c?ca e mentirosa. Maria Vict? Benevides cancelou sua assinatura da Folha de S. Paulo e disse que nunca mais aceitar?e manifestar por meio do jornal. F?o Konder Comparato acompanhou-a. Os outros colaboracionistas do regime publicaram um manifesto de apoio aos dois. Se eles cumprirem a promessa de nunca mais aparecer no jornal, todos n?airemos ganhando. O melhor a fazer ?irar-lhes a voz, na Folha de S. Paulo e no resto dos jornais. S?sim Vichy cair?

JB Online

01/03/2009
Ex-ministro da Reforma Agr?a, o deputado pernambucano Raul Jungmann (PPS), hist?o advers?o pol?co do MST, diz que as mortes do carnaval representam a cr?a de conflito anunciado em que a corda rompeu, pela primeira vez, do lado dos seguran?. Ele afirma que o epis? torna p?co um fato que j?radi? entre os sem-terra, o treinamento militar. O MST faz treinamento militar e tem grupos armados. Quem duvidar, que experimente entrar no QG do Jaime Amorim, na Fazenda Normadia, em Caruaru. ?um verdadeiro bunker. Ele criou um estilo militarista. Nem a pol?a entra, acusou o deputado. O Jungmann n?teve coragem para fazer a reforma agr?a e ainda deixou no minist?o a heran?que hoje atrapalha. A viol?ia nunca interessou ao MST, respondeu Gilmar Mauro, um dos l?res nacionais do movimento. Jungmann diz que, al?de generosos repasses de verbas, no governo Lula as superintend?ias regionais do Instituto Nacional de Coloniza? e Reforma Agr?a (Incra) foram loteadas por militantes egressos do MST. N?foi entregue formalmente, mas os sem-terra t?o controle cartogr?co do Incra, diz Jungmann. O Minist?o do Desenvolvimento Agr?o e o ?o negam. O ministro Guilherme Cassel, do MDA, garante que os recursos se destinam ao apoio aos programas de plantio e que todos os repasses passam por rigorosa auditoria executada pelos ?os de controle do governo. O presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Oct?o Alvarenga, tamb?alerta que, se as autoridades n?agirem r?do, a crise financeira pode levar mais viol?ia ??as rurais. A instabilidade no campo ?esultado da bolha capitalista. N?acredito em viol?ia de grandes propor?s, mas n?h??a de que o caldeir?pode explodir, concluiu Alvarenga. JB Online

Rivadávia Rosa

01/03/2009
POIS ?- livre pensar e s?nsar ... pero agir .... – a ‘a? faz o homem’; n?como especialista, mas como oportunista dou meu pitaco com breves e tenebrosas observa?s: O NEGACIONISMO sempre reiterado, ap?s trag?as, est?m pauta. N?houve holocausto, o comunismo nunca existiu ...., logo, logo, dir? o ‘petismo-lulismo’ nunca existiu, assim como alguns dizem que o ‘chavismo’ n?existe .... TE?ICOS E ATIVISTAS DE ESQUERDA tentam justificar o fracasso reiterado do marxismo para ‘inspirar a consci?ia revolucion?a da classe prolet?a apelando para a necessidade de uma vanguarda portadora do esp?to revolucion?o’, quando o ‘experimento’ revela claramente que as ‘vanguardas’ se convertem em elites governantes totalit?as, submetendo a classe oper?a, e a todas as demais ?xplora? mais degradante da que alegava que pretendia eliminar. ESSE ? paradoxo do marxismo. DIANTE DO COLAPSO POL?ICO E ECON?ICO DA UNIÏ DAS REP?LICAS SOCIALISTAS SOVI?ICAS – e seus sat?tes do leste e, inclusive CUBA – utiliza-se a express?isso n?foi socialismo, mas capitalismo de Estado. ESSA DISSIMULA?O n??ova – foi utilizada pelos estalinistas e os mao?as contra o burocratismo de KRUSCHEV e da?m diante – a utilizaram os trotskistas contra STLIN, muitos marxistas inclusive contra L?IN e contra todo o regime sovi?co, para n?falar de certas esquerdas p?odernas que querem ser marxistas sem historicismo, coletivismo e sem partido ?o. O GRANDE PARADOXO – ?omo a fal?a marxista tenta adaptar esta doutrina ?ese conspirat? para explicar o fen?o do capitalismo de Estado, cujo resultado ? auto nega? e a implos?do pr?o materialismo hist?o. ESSE recurso ret?o – resulta no contradit? capitalismo de Estado onde n?h?enda de capital, simplesmente porque inexiste propriedade privada, assim como falar de socialismo de mercado onde a sociedade n?administra os investimentos de seus cidad? porque isso n?existe numa propriedade coletiva. ESSES CONCEITOS NOVILING?STICOS (patologia da linguagem) que o marxismo inventou para salvar a si mesmo terminaram destruindo sua teoria para salvar sua hist?. ?mais um paradoxo que ‘contagiou’ seus advers?os de esquerda e de direita, empobrecendo assim, respectivamente, seus argumentos contra o estatismo e o socialismo, e, em ambos os casos, debilitando suas defesas contra o coletivismo. O CERTO ?QUE O SOCIALISMO n?s?str? incentivo do lucro e a livre concorr?ia ao mesmo tempo que a propriedade privada dos meios de produ?, mas tamb?torna imposs?l o c?ulo, a coordena? e o planejamento econ?o e, portanto, gera o caos. A aboli? do sistema de pre? e da divis?intelectual do trabalho implica tamb?na concentra? e centraliza? de todas as formas de decis?em m? de um agente: o ?o planejador central ou ditador supremo, que passa a ser objeto de culto e adora? e, at?tras cositas m? que n?se pode dizer. POR? O QUE PRETENDE O MARXISMO DE MARX, lembrando que ele mesmo disse que n?era marxista, e o marxismo ter operado com efici?ia m?ma na promo? da maior trag?a (des) humana), resumidamente diria o seguinte: - um conjunto de id?s filos?as, econ?as, pol?cas e sociais elaboradas por Marx (Karl Heinrich Marx – 1818-1883) e Engels (Friedrich Engels - 1820-1895) - que interpreta a vida social conforme a din?ca da luta de classes e prev? transforma? das sociedades de acordo com as leis do desenvolvimento hist?o de seu sistema produtivo. ENFATIZO – ‘leis do desenvolvimento hist?o’ – que a praxis comunista faz operar pelos instrumentos do terror, assassinato em massa, pela fome – tudo para ‘construir’ um homem novo. A ‘causa’ ?oa, logo, os fins justificam os meios. Mas as ‘leis hist?as’ s?falsas, sen?o comunismo n?teria sido imposto pela viol?ia; seria naturalmente decorrente das leis hist?as (o nazismo tamb?seguia a inexor?l lei natural da ‘ra?ariana). EM SUA TEORIA SOCIAL – o direito compreende a arquitetura ideol?a que, na sociedade burguesa – gera – a igualdade pol?ca com a desigualdade econ?o-social representada pela exist?ia das classes sociais; Em sua proje? hist?o-pol?ca – preconiza o comunismo - pela supress?das classes e da propriedade privada que levaria n?s?extin? do Estado, mas tamb?ao desaparecimento do Direito. A?TER?MOS O HOMEM NOVO/hombre nuevo/Hominis novi de MARX - n? o homem novo da antiga Roma que designava uma fam?a ou cl?ue nunca ocupara antes um cargo curul (C?ERO, De Officis, XXXIX. O pr?o C?ERO era um “homem novo”) – mas o homem - resultado da luta de classes em que o proletariado ELIMINARl repito, ELIMINAR`– sem d?em piedade a burguesia a quem atribui a responsabilidade por todos os males do mundo e, isso foi realizado resultando na famigerada nomenklatura, ao inv?do dom?o dos impulsos ego?as individuais, em que qualquer problema individual devia ser relevado ante o bem estar coletivo, pois no socialismo/comunismo n?h?ecessidades pessoais, tudo ?oletivo. OS ‘PROFETAS’ explicam melhor: Karl Marx falou em abreviar as inevit?is “dores do parto”, considerando “a viol?ia como parteira da hist?.” Wladmir Ilich L?n: Subordinamos nossa ?ca ?arefa da luta de classes”. Desta forma s?de ser reconhecido como moral o que servir aos interesses do proletariado. Somente com o aux?o da luta de classes, levada com energia, poderia ser acelerada a evolu? historicamente necess?a. O ‘profeta maior’ - L?n, diz mais: “A ditadura do proletariado, por? isto ?a organiza? da vanguarda dos oprimidos, para guind?a ?lasse dominante, com o objetivo de sujeitar os oprimidos, n?pode simplesmente produzir uma amplia? da democracia. Juntamente com a poderosa expans?do democratismo ..., a ditadura do proletariado traz uma s?e de limita?s da liberdade para os opressores, os exploradores, os capitalistas ..., sua resist?ia precisa ser rompida ?or? ?claro que, onde existe opress? onde existe viol?ia, n?h?iberdade, nem democracia.”(L?n, in Staat und Revolution, zit. n. Ausgew?e Werke, Bd, II, Moskau, 1947, 225). “O proletariado utilizar?ua supremacia pol?ca para arrancar pouco a pouco todo capital ?urguesia, para centralizar todos os instrumentos de produ? nas m? do Estado, isto ?do proletariado organizado em classe dominante e para aumentar, o mais rapidamente poss?l, o total das for? produtivas. Isto naturalmente s?der?ealizar-se, em princ?o, por uma viola? desp?a do direito de propriedade e das rela?s de produ? burguesas, isto ?pela aplica? de medidas que, do ponto de vista econ?o, parecer?insuficientes e insustent?is, mas que no desenrolar do movimento ultrapassar?a si mesmas e ser?indispens?is para transformar radicalmente todo o modo de produ?. Essas medidas, ?laro, ser?diferentes nos v?os pa?s. Todavia, nos pa?s mais adiantados, as seguintes medidas poder?geralmente ser postas: 1. Expropria? da propriedade latifundi?a e emprego da renda da terra em proveito do Estado; 2. Imposto fortemente progressivo; 3. Aboli? do direito de heran? 4. Confisca? da propriedade de todos os emigrados e sediciosos; 5. Centraliza? do cr?to nas m? do Estado por meio de um banco nacional com capital do Estado e com o monop? exclusivo; 6. Centralizar? nas m? do Estado, de todos os meios de transporte; 7. Multiplica? das f?icas e dos instrumentos de produ? pertencentes ao Estado, arroteamento das terras incultas e melhoramento das terras cultivadas, segundo um plano geral; 8. Trabalho obrigat? para todos, organiza? de ex?itos industriais, particularmente para a agricultura; 9. Combina? do trabalho agr?la e industrial, medidas tendentes a fazer desaparecer gradualmente a distin? entre a cidade e o campo; l0. Educa? p?ca e gratuita de todas as crian?, aboli? do trabalho das crian? nas f?icas, tal como ?raticado hoje. Combina? da educa? com a produ? material etc. (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, in Manifesto do Partido Comunista - 1848) “Fica pois clarissimamente demonstrado: a) que a partir de agora todos os males devem ser atribu?s exclusivamente ?tual ordem social, que j??se adapta mais ?itua?; b) que j?xistem os meios de eliminar completamente esses males, mediante a instaura? de uma nova ordem social. .... A democracia seria inteiramente in? ao proletariado se n?fosse imediatamente empregada como meio para obter toda uma s?e de medidas que ataquem diretamente a propriedade privada e assegurem a exist?ia do proletariado. As principais dessas medidas, que j?esultam como conseq?ias necess?as da atual situa?, s? 1) Limita? da propriedade privada mediante impostos progressivos, fortes impostos sobre as heran?, supress?dos direitos heredit?os em linha colateral (irm?, sobrinhos, etc), empr?imos obrigat?s, etc. 2) Expropria? gradual dos propriet?os fundi?os, fabricantes, propriet?os de ferrovias e armadores navais, em parte mediante a concorr?ia das ind?ias do Estado, em parte diretamente, mediante indeniza? em hipotecas. .....” ENGELS, Friedrich - in Princ?os do comunismo. “Por burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos, propriet?os dos meios de produ? social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletariado compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produ? pr?os, se v? obrigados a vender sua for?de trabalho para poder existir.” (Nota de F. Engels ?di? inglesa de 1888,do Manifesto). NA VISÏ UT?ICA - a sociedade comunista ?ssim preconizada: (...) “cada indiv?o n?tem para si um c?ulo exclusivo de atividades, mas pode desenvolver suas aptid?no ramo que melhor lhe aprouver, a sociedade se encarrega de regular a produ? universal, com o que ela torna poss?l, justamente atrav?disso, que eu possa me dedicar hoje a isto e amanh?quilo, que possa ca? pela parte da manh?pescar pela parte da tarde e ?oite apascentar o gado, e depois de comer, criticar, se for o caso e conforme meu desejo, sem a necessidade de por isso me tornar ca?or, pescador, pastor ou cr?co algum dia.” (KARL, Marx e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alem? Cr?ca da nov?ima filosofia alem?m seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alem?em seus diferentes profetas, 1845-1846 (Die Deutsche Ideologie. Kritik der neuesten Deutschen Philophie in ihren Repr?ntant Feuerbach, B. Bauer und Stirner, und des Socialismus in seinem verschiedenen Propheten). Rio de Janeiro: Civiliza? Brasileira, 2007, p.55-56). UM CIDADÏ DE UM PA? LIVRE, DEMOCRTICO E CAPITALISTA, depois de aposentado pode atingir esse desiderato, por?no COMUNISMO/SOCIALISMO REAL – resultou na MAIOR TRAG?IA HUMANITRIA DO S?ULO XX. OUTROS QUE VIVERAM E SOBREVIVERAM AO ‘EXPERIMENTO’: “A ideologia! Ela fornece a desejada justifica? para a maldade, para a firmeza necess?a e constante do malfeitor. Ela constitui a teoria social que o ajuda, perante si mesmo e perante os outros, a desculpar os seus atos e n?escutar censuras ou maldi?s, mas sim elogios e testemunhos de respeito. Era assim que os inquisidores se apoiavam no cristianismo, os conquistadores no enfraquecimento da p?ia, os colonizadores na civiliza?, os nazis na ra? os jacobinos (de ontem e de hoje) na igualdade, na fraternidade e na felicidade das gera?s futuras. - Alexandre Soljen?en, in ARQUIP?AGO GULAG (1918-1956). S?Paulo: C?ulo do Livro S.A. p. 176. Num breve testemunho hist?o, real e presencial de Pierre Pascal, que acreditava na constru? do “igualitarismo dos pobres, socialismo ut?o e no esp?to crist?da comunidade”, percebe-se o APOCALIPSE IGUALITRIO: “Espet?lo ?o e embriagante: a demoli? de uma sociedade. ?agora que se realizam o quarto salmo de v?eras do domingo e o Magnificat: os poderosos derrubados de seus tronos e o pobre reerguido de sua merda. Os donos de casa s?confinados numa pe? e em cada outra pe??nstalada uma fam?a. N?h?ais ricos: simplesmente pobres e mais pobres. O saber n?confere mais nem privil?o, nem respeito. O ex-oper?o promovido a diretor comanda os engenheiros. Os sal?os, os de cima e os de baixo, se aproximam. O direito de propriedade ?eduzido a roupas pessoais. O juiz n??brigado a aplicar a lei, quando seu senso de eq?de prolet?a a contradiz. O casamento j???ais do que uma inscri? no registro civil, e o div?o pode ser comunicado por cart?postal. As crian? s?instru?s para vigiarem os pais. Os sentimentos de generosidade s?afastados pelos maus tempos: em fam?a, contam-se os bocados de p?ou os gramas de a?ar. A mansid??onsiderada defeito. A piedade foi assassinada pela onipresen?da morte. A amizade s?bsiste como camaradagem”. (Citado por Fran?s Furet, in O passado de uma ilus? Siciliano, S?Paulo, 1995, p. 133) “O marxismo n?faz sentido, e eu sou o primeiro a dizer que ele est?rrado. Todor Zhivkov (1911-1998), ex-ditador comunista da Bulg?a o que governou pa?com m?de ferro durante 35 anos (1954-1989) Acho que a invas?da Checoslov?ia foi uma decis?errada, mal-intencionada e contr?a ?normas internacionais, mas foi um reflexo das brutais realidades do mundo dividido daquela ?ca. Wojciech Jaruzelski, ?mo l?r comunista da Pol?, sobre o apoio de seu pa??nvas?da Checoslov?ia pelas tropas sovi?cas em 1968, na Revista Veja de 27 de Agosto de 2005 Aplique o marxismo em qualquer pa?e voc?empre encontrar?m gulag no final. Bernard-Henri L? O marxismo ?ma vis?secularizada do reino de Deus. ?o reino dos homens. A ra?ir?inalmente incumbir-se de criar por si mesma aquela nova terra onde habita a justi? Klaus Blockmuehl O proletariado-salvador ir?om seu sofrimento redimir a humanidade e trazer o Reino do C?para a terra. Robert Wesson Marx estava ansioso por essa consuma? inevit?l da hist? quanto o crist?espera pela segunda vinda de Cristo. Charles Colson “O Estado sovi?co, Wilson reconhece, falsifica a Hist?, paga um ex?ito de informantes, cria uma atmosfera de medo e suspeita e pratica uma pol?ca de terror oficial.” (.” John Dos Passos, citado por Jeffrey Meyers, in Edmund Wilson, uma Biografia, ed. Civiliza? Brasileira, Rio, 1997, p. 219) Andr?ide, escritor de esquerda, que tamb?visitou a R?a, conclui: “Duvido que qualquer outra na? do mundo, e a?ncluo a Alemanha de Hitler, possa ser menos livre, mais humilhada, mais temerosa, aterrorizada e vassalizada do que a Uni?Sovi?ca”. John Dos Passos, citado por Jeffrey Meyers, in Edmund Wilson, uma Biografia, ed. Civiliza? Brasileira, Rio, 1997) “Penso que grande parte do prest?o de Marx vem do fato de ser ele de acesso dif?l, de modo que o marxismo comporta uma inicia? e ordin?amente s?conhecido atrav?de intercessores. ?a missa em latim. Quando a gente n?entende, baixa a cabe? Andre Gide (1869-1951), in Di?o. O erro de Karl Marx est?m ter acreditado que a economia condicionava a t?ica, quando ? contr?o que se d?Marcel Maus (1872-1950), in O Dom. “Marx estava enganado: o ci?e o orgulho, tanto como a fome, tanto quanto as necessidades econ?as, s?as for? passionais que explicam as a?s humanas, a Hist? inteira, a queda inicial. Ionesco, in Di?o em Migalhas. NO MAIS FINALIZO - AS MAIS ATVICAS E PERVERSAS TARAS – podem sair da mente de um militante comunista como a ignor?ia, a crendice, a charlatanice, a irracionalidade, o ? ideol?o, a mentira, a m??a inelut?l tend?ia para a hipocrisia e o cinismo, assim como a facilidade com que se convertem em metamorfose ambulante e, (re) lembro: o modo capitalista de produ? e a classe dominante capitalista – n?encontraram um modelo substitutivo que tenha sucesso no mundo real. Um domingo legal - Rivad?a

Percival Puggina

01/03/2009
Existem fatos que, de modo impiedoso, nocauteiam suas vers? O leitor certamente lembra dos dois boxeadores cubanos que desertaram durante o Pan e acabaram deportados. A respeito deles, o que mais se ouviu na vers?oficial foi que “estavam arrependidos” e “pedindo para voltar”. Talvez nada retrate melhor essa lorota do que o texto de conhecido jornalista econ?o, intitulado “O caso dos pugilistas cubanos” (procure por tal t?lo na internet e divirta-se). Nessa p?la do servilismo digital afirma-se que eles haviam sido “enganados por um empres?o europeu, passaram alguns dias em uma boa farra, enquanto aguardavam para fugir para a Europa (...) at?ue se deram conta de que os empres?os eram malandros”. Em vista disso, esclarece o companheiro jornalista, ambos se “apresentaram numa delegacia” – ao que junta um competent?imo “se n?me engano” – “pedindo para voltar para Cuba”. N? ele n?se engana. A servi?da causa, como muitos outros, ele quis nos enganar a todos. Mas o dif?l, mesmo, ?ludir os fatos. Meses depois, Erislandy Lara se arrependeu do arrependimento e escapou de Cuba para o M?co, contratado pelo mesmo empres?o que tramara a fuga no Brasil. Livre e solto, como conv?aos seres humanos, informou que o colega Rigondeaux, parceiro na empreitada daqui, permanecia em Havana, vivendo de biscates, proibido de lutar. Ali? sobre isso nunca houve d?a porque, t?logo os teve de volta, Fidel declarou ao Granma que atleta que abandona delega? ?omo “soldado desertor”. E l?icou Rigondeaux, talentoso bicampe?ol?ico e mundial, passando necessidades para sobreviver, curtindo remorso. At?ue, agora, agorinha mesmo, na ?ma segunda-feira, arrependeu-se do arrependimento e evadiu-se para Miami, onde permanece, livre e solto como at?s pombas conv? Exatamente como estava quando seu sonho foi truncado pela interven? das nossas autoridades. Deus, como os fatos s?reacion?os! A fuga do segundo boxeador joga na lona, com olho roxo, a vers?brasileira. Por que n?tiveram para com os rapazes uma fra? do respeito que devotam para com seus algozes em Cuba? Foi o afeto e a rever?ia que nossos governantes dedicam a Fidel que geraram a constrangedora seq?ia de erros. O maior de todos, sem d?a, foi o total isolamento dos atletas enquanto estiveram sob seu zelo e vigil?ia. Gra? a isso, por v?os meses, s?vemos vers?e quase nenhum fato. Mas n?foi preciso contar at?ez. Teimosos, os eventos se ergueram como se n?soubessem com quem estavam lutando. E aprontaram esse tipo de constrangimento. A prop?o, conv?esclarecer: ?em prov?l, mesmo, que os cubanos, quando presos no Brasil, conscientes de que voltariam para a ilha-pres?o, se tenham declarado “arrependidos”. Esse arrependimento, formal, faz parte da liturgia comunista desde os tempos de Stalin. ?algo que n?se passa no plano da consci?ia, mas um pouco mais abaixo, ali onde o medo se manifesta. A primeira exig?ia que incide sobre quem cai em desgra??sse “arrependimento”. Depois sobrev? impiedosas, as puni?s. Stalin esperava o arrependimento p?co, cobrava a dela? de todos os dissidentes falsos ou reais, aguardava o pedido de compaix?e s?t?mandava matar. Coisa de alguns milh? apenas. O m?co cubano Oscar Elias Biscet, por outro lado, resolveu lutar com os fatos. Come? a fazer discursos contra o aborto, no hospital onde trabalhava, e agora cumpre pena de 25 anos de pris? Mas para o humanista e solid?o governo brasileiro, claro, isso n?quer dizer coisa alguma. Imprest?l, mesmo, ? justi?italiana. Especial para ZERO HORA, 01/03/2009

Cardeal Emmanuel Wamala, em entrevista a 30 Dias.

28/02/2009
Entrevista com o arcebispo em?to de Campala: “Pessoalmente, acredito num ataque sistem?co de for? estrangeiras contra a Igreja. Querem destruir a Igreja tradicional, ou melhor, eu diria, as Igrejas tradicionais. As Igrejas protestantes hist?as e a Igreja Anglicana t?o mesmo problema. As novas seitas agridem tamb?a elas. H?ns trinta anos. Antes, elas n?existiam; ouv?os falar delas no Qu?a, mas n?aqui” “Ex Africa lux”, dizia o papa Wojtyla, num de seus motes brilhantes e apaixonantes. O cardeal Emmanuel Wamala, primaz em?to de Uganda, ?omo um velho le?que j?iu de tudo. Conhece os problemas que sempre atormentam seu pa?e o continente como um todo. Sua sabedoria e seu realismo o tornam imune ?et?a dos profissionais do entusiasmo, mas tamb?ao v?s da resigna? e da autocomisera?. 30Dias o encontrou em Campala, na colina de Nsabya, na resid?ia que hospedou o papa Paulo VI em sua viagem hist?a a Uganda, em 1969. Quarenta anos depois, outro sucessor de Pedro est?ara fazer sua primeira visita pastoral ?terras africanas. Enquanto isso, no Vaticano, vem sendo preparada uma assembleia extraordin?a do S?do dos Bispos inteiramente dedicada ?expectativas, urg?ias e esperan? das Igrejas e das sociedades africanas. Emin?ia, como o senhor avalia o atual momento vivido por seu pa? EMMANUEL WAMALA: A situa? aqui, em Uganda, ainda n??st?l. No norte do pa? n?chegamos ainda a um acordo definitivo entre o governo e os rebeldes do Lord’s Resistance Army, o Ex?ito da Resist?ia do Senhor. Existe uma tr?a, mas as negocia?s n?andam, e os ultimatos do governo aos rebeldes, para que depusessem as armas e assinassem um acordo de paz, ecoaram no vazio. Enquanto isso, os desabrigados do norte continuam a viver em campos para refugiados, sendo assistidos por organismos internacionais. Eles gostariam de voltar para suas terras devastadas pela guerra, para viver em paz, reconstruir suas casas, voltar a cultivar os campos. Mas, por ora, assistimos apenas a uma lenta marcha de aproxima? dos desabrigados dos lugares de onde fugiram, e onde tudo continua em estado de abandono. Rezamos e esperamos que as coisas possam mudar. Al?de tudo, no resto do pa? nossos problemas cr?os, como a pobreza e as doen?, ainda persistem. Mesmo assim, o povo est?timista. O governo procura fazer o poss?l, na situa? concreta que temos. Foi no Congo que aconteceu o ?mo massacre do Lord’s Resistance Army, com quarenta pessoas trucidadas numa igreja cat?a. Uganda tem fronteira com esse pa? onde estourou a ?ma terr?l crise africana. Por que essa regi?nunca obt?a paz? WAMALA: S?diversas as causas. No nosso modo de entender, h?nger?ia de poderes externos. Interesses. Como podem esses guerrilheiros terem sempre tanto armamento? De quem eles o recebem? Os africanos n?o t? Essas armas chegam de fora. O Congo tem imensas riquezas naturais; basta pensarmos nos minerais. Podemos dizer o mesmo do Sud? S?riquezas imensas, presentes em pa?s pobres, que continuam sempre pobres. Existe um interesse externo que faz tudo isso perdurar. O senhor quer dizer que ??o manter todas as chagas da frica abertas... WAMALA: No fundo, a abordagem ?frica continua a ser colonialista: essa ? l?a que sempre volta, quando a quest?somos n?Enquanto continuarmos a ser pobres, essa abordagem se perpetuar?As classes dirigentes ocidentais, no m?mo, procuram amparar os dirigentes locais, para que eles possam cuidar dos interesses delas mesmas. Museveni mudou a Constitui? para poder ser reeleito. Quando isso aconteceu, o senhor fez severas cr?cas a essa quest? WAMALA: Ele segue as ideias de muitos outros. O primeiro ?idel Castro, por quem Museveni tem grande admira?. O segundo ?adafi, que nos visitou muitas vezes. Foi Kadafi que deu a Museveni este conselho: aqueles que tomaram o poder pelas armas n?devem deix?o democraticamente. Em suas rela?s com a Igreja, existe uma certa indiferen? mas n?uma hostilidade. Digamos assim: ?m “ditador brando”. No entanto, foi o senhor quem alertou muitas vezes para a ret?a da frica como continente abandonado, e convidou a deixar para tr?os mecanismos de autocomisera?. WAMALA: A frica deve tomar os problemas africanos em suas m?, assumir a responsabilidade por eles. Espero que as pr?as reuni?do Secam [Simp? das Confer?ias Episcopais da frica e do Madag?ar, ndr] e do S?do dos Bispos dedicado ?frica sirvam para estudar nossos problemas e encontrar um caminho. N?podemos acreditar sempre que ser?os outros que v?resolver nossos problemas: ingleses, alem?, italianos, chineses, americanos... Agindo assim, n?nstigamos um novo colonialismo. Na rela? com as ONGs e com as organiza?s de assist?ia internacional tamb?existe o perigo de formas de neocolonialismo? WAMALA: Algumas dessas organiza?s nos tratam sempre como menores de idade. N?nos apoiam para que cedo ou tarde possamos come? a fazer as coisas por n?esmos. Talvez at?orque esse mecanismo garante a elas a oportunidade de terem trabalho aqui, conosco. Elas d?o dinheiro, mas depois o levam de volta. Temos e continuaremos a ter situa?s cr?cas por aqui; precisamos de ajuda, por isso ?til e louv?l o trabalho das organiza?s n?governamentais, mas, depois, com o tempo, ?reciso que essas organiza?s enveredem pelo caminho de naturalizar suas estruturas, de modo que os agentes locais continuem o trabalho sem depender da Europa ou dos pa?s sede dessas organiza?s. Algumas das organiza?s cat?as engajadas na luta contra a Aids, tamb?em Uganda, correm hoje o risco de passar por dificuldades, pois os organismos internacionais s?nanciam projetos que canalizem toda a sua estrat?a de preven? para o uso e a distribui? maci?de preservativos. O que o senhor pensa sobre isso? WAMALA: A primeira vez em que ouvi falar dos preservativos foi na d?da de 1950, quando ainda estudava em Roma. Na ?ca, a Aids n?existia. Portanto, os preservativos n?foram inventados para combater a Aids. Hoje, querem vend?os e difundi-los tomando a Aids como uma justificativa... No entanto, at?esmo cardeais bem conceituados disseram que n?devemos ser r?dos demais quanto a isso. Se o uso dos preservativos pode contribuir para salvar vidas humanas, vale a? princ?o do mal menor... WAMALA: A discuss?sobre esse ponto ainda n?est?ncerrada, mesmo na Igreja. As personalidades a quem o senhor se refere s?de peso. Creio que um dia chegaremos a uma conclus? mais ou menos aceit?l. Mas, no momento, n?aqui, temos dito: como Igreja, n?podemos encorajar o uso de preservativos, ficando com aqueles que dizem que a Aids s?de ser combatida dessa forma, pois apostar tudo na distribui? maci?de preservativos tem como efeito pr?co encorajar e aumentar a promiscuidade sexual. Distribuir preservativos aos montes, nas escolas, por exemplo, n?resolve o problema, e pode aument?o. Isso me parece um fato, n??ma quest?de posi?s tomadas a priori, de quest?de princ?os morais. S?e temos visto que essa estrat?a de resposta ?nadequada ao problema. Temos constatado que em muitos pa?s, nos quais s? apostou na distribui? maci?de preservativos, a Aids aumentou. Al?disso, os m?cos nos dizem que usar preservativos n??ma medida cem por cento segura para prevenir o cont?o. Continua sempre a haver um certo percentual de risco. O senhor continua a ter uma intensa atividade pastoral. Como v? condi? da Igreja ugandense? WAMALA: A Igreja Cat?a, aqui, ?uito viva; ela cresce numericamente e tamb?no sensus fidei compartilhado. Os leigos s?cheios de energia e de entusiasmo, as voca?s aumentam a cada ano. Estamos contentes da forma como estamos. Por outro lado, temos as seitas, que importunam muito o povo. Muitas pessoas entram nelas, especialmente os jovens, que n?s?muito fortes na f?que n?t?ra?s profundas. Qual ? for?das seitas? Muita gente diz que grande parte dela ?m poder econ?o... WAMALA: Quanto a isso, n?podemos ter d?as. ?poss?l que uma nova Igreja nas?por iniciativa isolada de algum indiv?o, mas, aqui, as novas Igrejas despontam em cada esquina, sobretudo nas cidades grandes. Eles n?poderiam fazer isso sem uma ajuda de fora. Enfim, h?lgu?que investe muito nisso. WAMALA: Pessoalmente, acredito num ataque sistem?co de for? estrangeiras contra a Igreja. Querem destruir a Igreja tradicional, ou melhor, eu diria, as Igrejas tradicionais. As Igrejas protestantes hist?as e a Igreja Anglicana t?o mesmo problema. As novas seitas agridem tamb?a elas. Quando foi que come? esse fen?o? WAMALA: Eu diria que h?ns trinta anos. Antes, elas n?existiam; ouv?os falar delas no Qu?a, mas n?aqui. Amin havia abolido qualquer outra Igreja ou confiss?religiosa diferente do catolicismo, do anglicanismo e do islamismo. Museveni proclamou a liberdade de religi? Isso ?ma coisa boa, que n?pode ser discutida. Desde ent?as novas seitas apareceram tamb? E hoje elas come? a ter uma grande influ?ia sobre os dirigentes das na?s no mundo inteiro, e vice-versa. Aqui, na frica, o fen?o preocupa, tamb? porque ?omo se a f?inda fosse jovem. Temos um grande n?o de jovens que n?conhecem bem o catecismo. Quando v?amos para c?vimos uma igreja com a inscri? “New Apostolic Church”, nova Igreja apost?a... WAMALA: Eles usam t?los que parecem com os da Igreja Cat?a. T?los mais ou menos b?icos. Mas quais s?os motivos de seu sucesso? WAMALA: Uma pesquisa sobre isso seria muito ?. Como j?issemos, um fator sem d?a deve ser o econ?o. Elas prestam ajuda, d?bolsas de estudos, oportunidades de viajar. Al?disso, apresentam uma doutrina com pouqu?imas obriga?s morais e lit?cas. Mas ??so? N?podemos aprender nada nos comparando com elas? WAMALA: Elas n?t?estruturas burocr?cas engessadas, como as que existem na Igreja Anglicana, por exemplo. E as pessoas n?s?atra?s por uma Igreja burocr?ca. O Evangelho deve ser anunciado de modo simples e direto, para testemunhar o amor de Jesus por cada pessoa. Em 2009, como o senhor lembrou antes, muitos representantes das Igrejas cat?as africanas locais v?se encontrar em Roma para o S?do Extraordin?o dos Bispos sobre a frica. Depois, haver?amb?uma importante reuni?do Secam. N?existe o risco de multiplicar encontros que desperdi? o tempo? WAMALA: Por que o senhor diz isso? Em primeiro lugar, precisamos nos perguntar para que serve um S?do. Eu creio que o S?do seja antes de mais nada uma assembleia de comunh? O simples fato de nos encontrarmos tamb??ma coisa boa e ?, para fortalecer a comunh?entre os bispos. Al?isso, algum ponto importante sempre ?studado. Na sua opini? em que os bispos deveriam concentrar sua aten?? WAMALA: Na justi?e na paz, dada a situa? da frica nos dias de hoje. Essas s?as condi?s preliminares. Quando n?existem paz e justi? h?m obst?lo para o an?o. H?uem diga que a Igreja Cat?a hoje parece euroc?rica demais. WAMALA: At?or isso, ?til que as Igrejas dos diversos continentes tenham seus s?dos, para discutir seus problemas. O pr?o S?do “africano” ser?ealizado em Roma. Por que n?na frica? WAMALA: Na verdade, n?bispos, gostar?os de ter realizado na frica o primeiro S?do africano, realizado em 1995. Mas, depois, vimos que todos os outros s?dos continentais foram realizados em Roma, onde est?as estruturas mais adequadas. Realizar o S?do na frica seria, no fundo, mais um sinal de marginaliza? do continente. Seria como se nos dissessem: discutam entre voc?as suas quest? isso n?nos interessa. Assim, pelo menos durante algum tempo, os problemas da frica ser?levados a Roma, e n?ser?liquidados como problemas locais, mas reconhecidos como problemas que interessam ao cora? da Igreja. Hoje, na Igreja, a aten? muitas vezes parece concentrada em temas como a moral sexual, a ?ca familiar, a bio?ca. Como essas tend?ias s?vistas da frica? WAMALA: Existem pa?s que legalizaram os casamentos homossexuais. Esse n??m problema africano. Mas n?otamos cada vez mais uma influ?ia externa que vem enfraquecendo, na frica tamb? os la? familiares. Gra? aos meios de comunica?, as coisas que acontecem na Europa acontecem na mesma hora aqui entre n?Esse poderia, quem sabe, ser um tema a ser tratado no S?do. Nesta casa em que estamos conversando, Paulo VI esteve hospedado durante sua visita a Uganda. WAMALA: Uganda ?ndependente desde 1962. Paulo VI nos visitou em 1969. Eu me lembro bem: naquela ?ca, eu era capel?na Universidade. O que deveria ser retomado daquele tempo? WAMALA: Devemos seguir os documentos do Conc?o. N?apenas estud?os teoricamente, mas retom?os e aplic?os. Em muitos aspectos, eles ainda n?foram postos em pr?ca. Dentro de poucas semanas, o Papa vir? frica. O que o senhor espera e o que se espera? WAMALA: N?sei se o Papa vai falar ?frica inteira. E tamb?n?estou certo de estar em condi?s de dar conselhos ao Santo Padre. Ele deve encorajar seus bispos e todos os irm?. Como Jesus pediu que Pedro fizesse. Ele pode comentar as quest?mundiais, ou fazer outras coisas. Mas sua tarefa ?onfirmar os irm? na f?Deve fazer apenas isso, e vem para isso.