Revista 30 Dias

21/02/2009
Entrevista com Emmanuel III Delly, Patriarca dos Caldeus de Giovanni Cubeddu Antes de poder se preparar para o Advento, Emmanuel III Delly teve de viajar muito. Por muitos motivos. O S?do, alguns tratamentos m?cos adiados h?empo, visitas pastorais ?numerosas comunidades cald?s na Europa e nos Estados Unidos. H?inco longos anos – desde dezembro de 2003 – que foi eleito patriarca da Babil? dos Caldeus. Cinco anos com a guerra em casa. E em Bagd?iu, viveu e testemunhou os sofrimentos do povo iraquiano e entre estes a persegui? aos crist?, que nos momentos decisivos reexplode pontualmente (assim foi em outubro, nos dias do S?do), mas continua tamb?quando n??ot?a. No Iraque, onde a guerra levou tamb??ersegui?, o Patriarca n?se arrisca a declara?s de primeira p?na. Como iraquiano e como pastor da maior comunidade crist?o pa? Sua Beatitude Delly, criado cardeal por Bento XVI em novembro de 2007, exprime cotidianamente o seu testemunho. E nos deixa imaginar, sem recriminar, toda a realidade (do mart?o) por tr?da prud?ia. Beatitude, o que o ?mo S?do, sobre a Palavra de Deus, trouxe de bom? EMMANUEL III DELLY: No Iraque n?h?ma fam?a, uma s?ue n?tenha em casa um exemplar da Sagrada Escritura, a Palavra do Senhor. Podemos fazer mais alguma coisa? Procurar viver esta Palavra, encarn?a na nossa vida, como Nossa Senhora fez indo visitar Isabel para servi-la e mostrar a caridade fraterna. Podemos l?a. Conhec?a n??uficiente, mas pode ajudar. Por isso, se poss?l, todos os dias, ao menos ?oite antes de dormir, ao inv?de passar duas, tr?horas na frente da televis? os pais abram o Evangelho e leiam a Palavra do Senhor aos seus filhos. At?s crian? pequenas ouvir?e, passo a passo, colocar?em pr?ca a Palavra de Deus na sua vida cotidiana. Assim o Senhor nos aben?r?e nos dar?s Suas gra?, nos ajudar? mostrar?s caminhos que levam ao bem. Enquanto o senhor se encontrava em Roma, tamb?nos dias seguintes, particularmente em Mosul, foram retomadas as viol?ias sect?as contra os crist?. DELLY: N?apenas contra os crist?… As not?as que chegam do Iraque n?s?boas para nenhum iraquiano. Quando n?se sabe de onde vem o mal, procura-se encontrar a origem, mas n?se encontra, e ent?fica-se sempre em ?ia, sempre triste. Isso acontece aos meus compatriotas. No Iraque n?se passa um dia sem uma desgra? Para mim o sol nunca se p?em que eu tivesse ouvido uma m?ot?a ou encontrado um problema relacionado ao bem do Iraque, n?somente o dos crist?. N?acontece apenas em Mosul. DELLY: O que aconteceu aos crist? de Mosul acontece h?empos em outras localidades, simplesmente desta vez causou um pouco mais de barulho. Muitos tiveram que deixar suas pr?as casas, levados pelo medo ou por outras raz?mais concretas… Viram seus vizinhos fugirem para o norte, e os seguiram deixando a cidade. Certamente alguma coisa n?est?erta… Mas o qu?A culpa ?e algumas pessoas que n?creem em Deus, n?s?mu?manos nem crist?, n?t?outras cren? al?de seus pr?os interesses e amea? todos os que possuem alguma coisa ou um pouco de dinheiro. Imp?lhes de deixarem suas casas e irem embora, e passando de carro pelas ruas gritam: “N?comprem estas casas, n?s teremos gr?s!”. E isso assustou os crist?, que fogem… DELLY: Geralmente os crist? iraquianos s?pessoas que vivem do seu pr?o suor e com um certo n?l de bem-estar (e agradecemos ao Senhor porque trabalham…). Por isso muitos foram embora especialmente quando viram que alguns deles foram mortos. Por quem? N?sabemos isso. Eu n?acuso ningu? Muitos dizem que as for? estrangeiras s?respons?is, mas eu repito para mim mesmo: “?poss?l que os estrangeiros saibam que o fulano ou sicrano tem um bom n?l de vida, e que mora naquela exata casa se n?conta com um guia iraquiano?”. Portanto eu desaprovo tamb?os meus irm? iraquianos e pe?lhes que se respeitem. O senhor acredita que a pol?ca interna do pa?poder?er a for? num futuro pr?o, de resolver os problemas? Ou ser?empre necess?o uma autoridade externa? DELLY: A situa? n??st?l, portanto n?creio que se possa falar de uma “pol?ca interna”. Por?existe a caridade e o amor fraterno. O Senhor nos ensinou a amarmos uns aos outros: esta ? nossa pol?ca, a pol?ca dos crist?, que exorto para amarem-se e perdoarem-se reciprocamente, tamb?pelo pr?o bem do pa? E para que sejam fi? antes de tudo ao Senhor e depois aos irm?, de diferentes origens, com os quais devemos conviver pacificamente. Esta ? nossa pol?ca, n?temos outra pol?ca interna ou externa. Os que tentam criar agita?s n?s?verdadeiros iraquianos nem homens que amam a pr?a p?ia, e muito menos pensam na vontade do Senhor. Um partido crist?organizado, de minoria, o que poderia fazer? DELLY: Infelizmente cada partido busca seus pr?os interesses. Antes de tudo o de afirmar que ?elhor do que os outros, e isso n?me agrada. Devemos, ao inv? formar um s?artido fiel ??ia”, ou seja, implantar entre n? caridade fraterna, sermos unidos e trabalhar com um s?ra? para todos os nossos irm? iraquianos. E devemos motivar tamb?os compatriotas que est?no exterior para que coloquem em pr?ca esta pol?ca: resumindo, devemos fazer todo o poss?l para o bem da nossa na?. O senhor continua a encontrar autoridades de governo e l?res religiosos. DELLY: Fiz um apelo, antes de tudo, aos respons?is pol?cos, que podem realmente mudar alguma coisa no pa? Do Presidente da Rep?ca ao Presidente do Conselho dos Ministros, aos ministros, aos chefes de partidos, ao pr?o Ali al-Sistani, grande aiatol?iita. E tamb?repasso o mesmo apelo a todos os chefes pol?cos do mundo, que at?gora n?fizeram muito: ouvem as not?as do Iraque, lamentam, mas n?fazem nada sen?dizer-nos belas palavras; depois, cada um volta ?ua pr?a casa e se esquecem de n?Por que n?falam aos nossos respons?is no Iraque, ao chefe da Casa Branca, a outros l?res potentes que poderiam influenciar? Eu continuo a fazer apelo a todos, dentro e fora do Iraque. O senhor citou o xiita Ali al-Sistani. O senhor sabe qual ? dimens?da influ?ia do Ir?ara garantir a estabiliza? pac?ca no Iraque? DELLY: Falo com os l?res sem me preocupar se s?xiitas ou sunitas. Aproximo-me deles como iraquiano, por amor ??ia e aos nosso irm? iraquianos que temos em comum, n?como xiitas pertencentes a uma pot?ia estrangeira. E ?or esta raz? eu creio, que todos me respeitam e me recebem sem problemas, ou v?ao meu encontro para dar ou pedir conselhos. Sabem que n?sou partid?o de ningu? No Iraque se diz: “A n? nossa p?ia, todo o resto ao Senhor”. N?importa que o meu vizinho seja mu?mano ou crist? xiita ou sunita; isso diz respeito a ele, ?m assunto entre o Senhor e ele. Tudo que fa?e o motivo pelo qual trabalho ?ela fidelidade ??ia. Que rela?s o senhor manteve com a di?ora iraquiana e com os crist? que foram embora? DELLY: Gostaria que os iraquianos da di?ora voltassem em p?ia. Mas se n?podem, se a di?ora tornou-se para eles a segunda p?ia, ent?fiquem onde est? Para o bem deles e do pa?no qual se encontram agora e tamb?para o bem de sua p?ia. Por? gostaria que voltassem… N?queremos que o Oriente fique sem crist?, este Oriente que o Senhor tanto amou. Foi ali que viveu e n?queremos que essas terras esvaziem-se do cristianismo por culpa de alguns. Ainda h? vontade pol?ca de transferir os crist?, por motivos de seguran? para algumas “zonas francas” do pa? DELLY: Que eu saiba, todos os respons?is, a partir do presidente e do primeiro-ministro, gostariam que os crist? permanecessem no pa?porque s?a for?do Iraque. De acordo com as estat?icas os crist? s?apenas tr?ou quatro por cento da popula?, mas n??erdade… Significam muito mais porque tamb?a qualidade conta, e os nossos crist? iraquianos s?instru?s, de boa vontade para fazer o bem, e conhecem o mundo fora do pa? Por isso aquele “tr?ou quatro por cento”, mesmo sendo um n?o pequeno, na realidade n?identifica uma minoria, porque se refere a pessoas que est?no Iraque desde antes da chegada do Isl?Origin?os do pa? n?imigrantes. O que significou para o patriarca viver cinco anos de guerra e de persegui?? DELLY: ?uma coisa natural, n?devemos nos maravilhar. Nosso Senhor passou tr?anos fazendo o bem aos seus compatriotas, dando-lhes o p? curando os doentes, e embora tivessem gritado ?ua passagem no Domingo de Ramos: “Hosana, hosana!”, na sexta-feira seguinte todos repetiram “Deve ser crucificado!”. Assim ? vida! O homem esquece logo, n?ao inv? devemos sempre fazer o bem, seguir o exemplo de Nosso Senhor, seguir as pegadas que deixou caminhando. Como ele subiu ao G?ta, suportando tudo, mas depois ressuscitou, assim tamb?n?evemos passar pelo mesmo caminho de sofrimentos, cr?cas, maltratamentos, mas com a certeza de que no final teremos a ressurrei? e a vit?. Nos Estados Unidos h?ma nova administra?. O senhor quer comentar a prop?o? DELLY: N? essas coisas n?me dizem respeito… Por?estou contente com os nossos crist?, que s?realmente s?os na f?apesar das dificuldades nas quais se encontram hoje. O senhor quer contar algum epis? a respeito? DELLY: Posso apenas dizer que s?realmente devotos, t?f?conhecem seus deveres religiosos e os cumprem facilmente, apesar das dificuldades, apesar do medo. Todos os domingos levam seus filhos ?issa, e isso ?uito bom. ?verdade, a situa? n???l, pois algumas vezes as escolas s?amea?as; ent?muitos n?mandam mais seus filhos temendo seq?ros ou mortes. Ent?os grupos de violentos contra crist? continuam a operar? DELLY: Trata-se de fan?cos que agem por interesse pr?o… Mas quando o governo fica sabendo eles param. O nosso governo ?ndependente, apesar de ser xiita procura fazer o bem tamb?aos crist?, para ganhar respeito e elogios, n?as suspeitas. Como eu dizia nunca ouvimos falar de um decreto contra os crist? por serem crist?, ao menos at?gora. Os xiitas defendem os crist?. Dizem que ?reciso ajud?os e que ?reciso dar-lhes trabalho, porque fazem parte do Iraque e o Iraque n?pode viver sem crist?. Por?h?s que se preocupam apenas com seus pr?os interesses, algumas fac?s mu?manas… A Constitui? iraquiana mant?a sharia como fonte de direito. DELLY: Mas nem todos concordam com o texto da Constitui?, mesmo entre os mu?manos. Ainda h?ma possibilidade da reforma do texto constitucional? DELLY: H?inda muitas quest?abertas com rela? ?onstitui?: a liberdade religiosa, que, por exemplo, n?existe. A Constitui? se baseia no Alcor? que n?pode ser contradito por nenhuma lei, enquanto as fontes do direito poderiam ser muitas, porque existem outras religi? Quem dera este fosse o nosso ?o problema… Quantos conselhos arrebatadores ou interesseiros sobre como resolv?os os senhor j?eve ser recebido… DELLY: Do tempo que morei em Roma, como estudante seminarista, recordo de um meu professor que explicava o que ? filosofia: “?a ci?ia com a qual, ou sem a qual, o homem permanece tal e qual”.

Maria Lucia Victor Barbosa

21/02/2009
Finalmente a oposi? se mexeu. Entrou com a? junto ao TSE contra a campanha antecipada da ministra Dilma Rousseff. A ministra, que come?parecer uma r?ica do seu cabo eleitoral, o presidente da Rep?ca, retrucou como este fez em sua campanha de reelei?, que a oposi? tenta “interditar” o governo, “judicializar as obras porque n?t?projeto”. O governador Jos?erra, potencial candidato do PSDB ?resid?ia da Rep?ca, por sua vez afirmou com rela? ?obras do PAC, “que apesar de toda propaganda, 70% dos investimentos realizados no Brasil, n?s?feitos pelo governo federal”. Na verdade, Lula da Silva, a vinte meses das elei?s, faz o que gosta: campanha. Quando n?est?iajando est?o palanque, sempre acompanhado por sua candidata e no “p?to” populista desaparece o lulinha paz e amor. Gritos, xingamentos, espasmos, rosto congestionado e rubro, ressurge o alterado l?r sindicalista que joga fora a compostura, o terno Armani e deita fala? atropelando o idioma para del?o da plat?, especialmente, a dos seus redutos nordestinos, onde funcionam melhor as bolsas-esmola, nova modalidade de compra de votos. Vilma, com chamam os nordestinos, ??do PAC, esse amontoado confuso de projetos e inten?s, de obras feitas e por fazer. Lula ? pai dos pobres. Par perfeito e divinizado que se entrega ao povo crian?que gosta de tutela, que quer que as coisas mudem desde que n?precise fazer for? Assim, pai e m? Lula e Dilma, se inserem na tradi? paternalista implantada desde nossos tempos coloniais. Juntos empolgam especialmente os pobres que precisam de algu?que fale por eles, tome conta deles, cobre benef?os por eles. N?se duvide, pois, que Dilma Rousseff consiga chegar l?Rosto renovado apenas n?ir?jud?a, mas um bom marqueteiro pode transformar, pelo menos temporariamente, a m?zangada, autorit?a e r?ida em m?carinhosa, engra?a como o pai. Quem sabe ela pode vir adotar em seu discurso um “menas” aqui, um “Ponto G” ali, e, porque n? um “sifu” acol?j?ue esse linguajar vai se tornando oficial e politicamente correto. O que parecia imposs?l faz pouco tempo pode se realizar: “Vilma” ser eleita. Afinal, Inaugurando at?scola do tempo de JK e pintura em meio-fio, o pai beneficia sua sucessora com um poder que nenhum advers?o sonha possuir. Ao mesmo tempo, ela ? garantia de continuidade do PT, que entranhado na m?ina estatal seguir?irando as engrenagens do poder. Contudo, a miss?priorit?a da m?ser? de preparar a volta gloriosa do pai, em 2014. Isto se ele n?quiser o 3º mandato ou lan? outro candidato se achar que a m?n?se tornou Nossa Senhora Vilma. Dia 15 passado, num festivo domingo, Hugo Ch?z obteve finalmente o que queria. Atrav?de referendo, 54 % dos eleitores venezuelanos, contra 46%, consagraram o projeto pol?co do Mussolini latino-americano de se eternizar no poder. Ele conseguiu a revolu? sem tiro, o golpe de Estado constitucional, a democracia desp?a. Inova?s dos novos tempos. Naturalmente, n?lhe faltou o uso da viol?ia: n?autorizou com?os da oposi?, dissolveu passeatas dos estudantes com for?policial, amedrontou opositores com suas mil?as fascist?s, amea? funcion?os p?cos, enquanto agradava os pobres, benefici?os das “missiones”, programas assistencialistas e eleitoreiros equivalentes as bolsas-esmola ou bolsas-voto do governo Lula da Silva. Vitorioso, em que pesem as p?imas condi?s da economia venezuelana e a queda abrupta dos pre? do petr?, ?a riqueza do pa? Ch?z declarou que “est?ssumindo a vanguarda da Am?ca Latina”. Na verdade, ele tem seguidores na Bol?a, no Equador e na Nicar?a. De Fidel Castro parece se sentir sucessor. Sua aproxima? com Cristina Kirchner ?vidente. Ch?z lidera tamb?o Brasil? Se a pergunta pode parecer descabida e ferir os brios p?ios, recorde-se que Lula da Silva sempre fez campanha para o companheiro Ch?z, o chama de democrata, faz coro com ele contra os Estados Unidos, enquanto coloca o pa?de joelhos perante os chavistas Evo Morales e Rafael Correa, al?de se acocorar diante do governo argentino. Ademais, em mat?a de estrat?a eleitoral, a usada por Lula da Silva ?em alguns aspectos, muito parecida com a do companheiro da boina vermelha: amplo uso do Tesouro nacional e da m?ina estatal, compra de votos atrav?das bolsas-esmola e propaganda enganosa intensiva de fazer inveja a Hitler. Dif?l enfrentar tal poderio. Al?do mais, exceto vozes isoladas, n?existem reais oposi?s no Brasil. Portanto, ?e se perguntar: ser?ue estamos nos encaminhando para uma ditadura disfar?a de democracia? N?seria conveniente, que os 16% enviassem um SOS a Justi?Eleitoral? Afinal, a democracia ainda ? melhor forma de governo. * Soci?a.

O Globo

21/02/2009
BRAS?IA. Ex-colega de Dilma Rousseff na luta armada contra a ditadura, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que a chefe da Casa Civil teria desempenhado papel de pouco destaque na organiza? clandestina VAR-Palmares, da qual ambos participaram no fim dos anos 60. Presa e torturada pela repress? Dilma j?elatou sua participa? no grupo. Em entrevista publicada da edi? deste m?da revista Playboy, Minc disse que a pr?andidata do PT ?ucess?do presidente Lula n?participou da mais conhecida a? da organiza?: levar US$2,6 milh?de um cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros, em julho de 1969. Minc estava entre os militantes que invadiram a casa de Anna Capriglione, suposta amante do governador, em Santa Teresa. - Posso falar com tranquilidade que ela n?participou dessa a?. Eu garanto - disse o ministro. Perguntado se Dilma liderava a organiza?, o ministro disse que os relatos sobre a atua? dela s?exagerados: - Realmente n??erdade. Numa certa ?ca n?omos do mesmo grupo, mas ela n?tinha nenhuma proemin?ia. Como ela ?ma pessoa important?ima, fala-se qualquer coisa sobre ela, que teve participa? em determinadas a?s, e realmente isso n?aconteceu. Em pelo menos tr?ocasi? Dilma afirmou n?ter participado do assalto ao cofre. Fonte: O Globo

Arnaldo Jabor

21/02/2009
O Globo - 17/02/2009 Agora...tentem explicar este quadro que Jarbas sintetiza com a clara luz de sua entrevista para um pobre homem analfabeto que descola 150 reais por m?do Bolsa Fam?a... Estamos anestesiados diante da vida pol?ca do pa? A entrevista de Jarbas Vasconcelos na revista Veja desta semana ?ma rara ilha de verdade neste mar de mentiras em que naufragamos. Precis?mos dessas palavras indignadas que denunciam a rede de mediocridade pol?ca e de desagrega? de poderes que assola o pa? do Congresso ao Executivo. De dentro de casa, Jarbas berrou: O PMDB ?orrupto!. E mostrou como esse partido nos manipula, sob o guarda-chuva do marketing populista de Lula. O que Jarbas Vasconcelos atacou j?ra voz corrente entre jornalistas, inclusive o pobre diabo que vos fala. Mas sua explos??eg?ma e incontest?l, vinda de um dos fundadores do MDB, depois transformado nesta anomalia comandada pelo Sarney, que ? l?r sereno e h?l da manuten? do atraso em nossas vidas. Duvidam? V?a S?Lu?para entender o que fez esse homem com seu jaquet?impec?l h?0 anos no poder daquele estado. Jarbas aponta: A moraliza? e a renova? s?incompat?is com a figura do senador Sarney, (...) que vai transformar o pa?em um grande Maranh? Mais que um partido, o PMDB atual ? sintoma alarmante de nossa doen?secular. Era preciso que um homem de estatura pol?ca abrisse a boca finalmente, neste pa?com a oposi? acovardada diante do ibope de Lula. Estamos aceitando a paralisia mental que se instalou no pa? sob a demagogia oportunista deste governo. O gesto de Jarbas ?mportante justamente por ser intempestivo, romanticamente bruto, direto, sem interesses e vaselinas. ?mais que uma entrevista - ?m manifesto do eu-sozinho, um ato hist?o (se ?ue ainda sobra algo hist?o na pol?ca morna de hoje). E n?se trata de um artigo de den?a moral ou de clamor por pureza: ?m retrato de como alian? esp?s e a corrup? revolucion?a deformaram a pr?a cara da pol?ca brasileira. Com suas alian? e nega?, o governo do PT desmoralizou o esc?alo! Lula revalidou os velhos v?os do pa? abrindo as portas para corruptos e clientelistas, em nome de uma governabilidade que nada governa, impedido pela conveni?ia e pelos interesses de seus aliados. ?como ser apoiado por uma m?a para combater o mal das m?as. Jarbas n?tem medo de ser chamado de reacion?o pelo pov?ou pelos intelectuais que ainda vivem com o conceito de esquerda entranhado em seus c?bros, como um tumor inoper?l. Essa palavra esquerda ainda ? ? dos intelectuais e santificaqualquer discurso oportunista. Na mitologia brasileira, Lula continua o s?olo do povo que chegou ao poder. A origem quase crist?esse mito de oper?o salvador, de um Get? do ABC, d?he uma aura intoc?l. Poucos t?coragem de desmentir esse dogma, como a virgindade de Nossa Senhora. A ?ma vez que vimos verdades nuas foi quando Roberto Jefferson, legitimado por sua carteirinha de espertalh? botou os bolchevistas malucos para correr. Depois disso, chegou o lulo-sindicalismo, ou o peleguismo desconstrutivo, que empregou mais de cem mil e aumentou os gastos federais de custeio em 128 por cento. O lulismo esvazia nossa indigna?, nossa vontade de cr?ca, de oposi?. Para ser contra o que, se ele ? favor de tudo, dependendo de com quem est?alando - banqueiros ou desvalidos? Ele p?ualquer chap?- ?cum?co, todas as religi?podem ador?o. Ele ostenta uma arrog?ia simp?ca e carism?ca que nos anestesia e que, na m?a, cria uma sensa? de normalidade sinistra, mas que, para quem tem olhos, parece a calmaria de uma tempestade que vir?ara o pr?o governante. Herdeiro da sensata organiza? macroecon?a de FH, que, gra? a Deus, o Palocci manteve (apesar dos ataques bolchevistas dos Dirceus da vida), Lula surfou seis anos na bolha bendita da economia internacional, mas n?aproveitou para fazer coisa alguma nova ou reformista. Lula tem a espantosa destreza de nos dar a impress?de que tudo vai bem, de que qualquer critica ?ontra ele ou o Brasil. Como disse Jarbas em sua entrevista, o governo do PT deixou a ?ca de lado e n?fez reformas essenciais, nem nada para a infraestrutura, e o PAC n?passa de um amontoado de projetos velhos reunidos em pacote eleitoreiro (...), e o Bolsa Fam?a, que ? maior programa oficial de compra de votos do mundo, n?tem compromisso algum com a educa? ou com a forma? de quadros para o trabalho. A ?a revolu? que deveria ser feita no Brasil seria o enxugamento de um Estado que come a na?, com gastos crescentes, inchado de privil?os, um Estado que s?m para investir 0,9% do PIB. A tentativa de moderniza? que FH tentou foi renegada pelo governo do PT. Lula fortaleceu o patrimonialismo das velhas oligarquias, e o PAC ?ma reforma cosm?ca, como a pl?ica da Dilma, que ele quer eleger para voltar depois, em 2014. O ?o projeto do governo ? pr?o Lula. Em cima dos 84% de aprova? popular, nada o comove. S? comove consigo mesmo. Lula se apropriou de nossa tradicional cordialidade corrupta para esvaziar resist?ias. Assim, ele revitalizou o PMDB - o partido que vai decidir nosso futuro! Hoje, n?temos nem governo nem oposi? - apenas um teatro em que protagonistas e figurantes s?o PMDB. E no meio disso tudo: o Lula, um messias sem programa, messias de si mesmo. Oitenta e quatro por cento do povo apoia um governo que acha progressista e renovador, quando na verdade ?ltraconservador e regressista. Nem o PT ele poupou para conservar a si mesmo. O PMDB ?ua tropa de choque, seu talib?olenga e malandro. Agora...tentem explicar este quadro que Jarbas sintetiza com a clara luz de sua entrevista para um pobre homem analfabeto que descola 150 reais por m?do Bolsa Fam?a... Vivemos um grande autoengano.

Tibiriçá Ramaglio

21/02/2009
Num editorial intitulado Limites a Chavez, de 17 de fevereiro, a Folha de S. Paulo se referiu ao regime militar brasileiro (1964-1985) como ditabranda. Ao l?o pela primeira vez n?me dei conta da import?ia da op? do jornal. S? medida em que, no Painel do Leitor, vi a rea? furibunda dos leitores, de certos leitores em especial, percebi que estava diante de um acontecimento hist?o. Desde seu ocaso, o regime militar tem sido apresentado pela historiografia como um regime ditatorial fascista, que se imp?o pa? com genocida brutalidade, por duas d?das. Acontece que em nada se aproxima da verdade essa historiografia produzida ?pressas com o intuito de servir a objetivos pol?cos. Se o regime militar teve (e inquestionavelmente teve) car?r ditatorial, por outro lado ele apresentou diversas caracter?icas que o distanciavam de uma ditadura estrito senso, a come? pela altern?ia dos generais na presid?ia da Rep?ca. Mal e mal, havia um Congresso em funcionamento e certos casu?os que beneficiavam os interesses do Executivo n?podem ser atribu?s nem aos militares, nem ao nosso passado, como bem sabem os reeleitos Fernando Henrique Cardoso e Luiz In?o Lula da Silva. Al?disso, o Judici?o tamb?n?se rendeu por completo ao Executivo e, segundo alguns historiadores, foi o funcionamento desse poder que conteve a intensidade da viol?ia aos inimigos do regime. Enfim, como ponderou a pr?a Folha, na compara? com outros regimes instalados na regi?no per?o, a ditadura brasileira apresentou n?is baixos de viol?ia pol?ca e institucional. Gostaria de acrescentar que minha adolesc?ia decorreu nos governos Geisel e Figueiredo. Foi nesses anos que eu me aproximei do marxismo (mea culpa, mea culpa, mea massima culpa...). A repress?era terr?l? Lembro-me de que na livraria Avan? na Rua Aurora, entre a rua do Arouche e a Vieira de Carvalho, vendiam-se livremente obras como Di?o de uma campanha na Bol?a, de Che Guevara, e Esquerdismo, doen?infantil do comunismo, de L?n, apenas para mencionar dois t?los bastante significativos. A maioria dos professores de humanidades que tive no colegial eram marxistas ou simpatizantes. Ensinavam que a luta de classes era a imperatriz da Hist? e que n?havia intelig?ia fora dos horizontes da esquerda. Ou ader?os ?erdade e embarc?mos no bonde da Hist? ou nos transformar?os em empedernidos burgueses, lacaios do imperialismo norte-americano, caretas, babacas, etc., etc.. Isso tudo era dito ?claras e, ali? sem o m?mo de pudor. Em outras palavras, a dita era mesmo branda para a esmagadora maioria dos brasileiros, inclusive os de esquerda que n?estavam empenhados na derrubada do regime por meios violentos. Quando entrei na USP, em 1976, o movimento estudantil j?stava a todo vapor e n?soube de nenhum colega meu que tenha sido perseguido ou preso, salvo no brev?imo epis? da invas?da PUC. Pois bem, espero que usar o neologismo ditabranda assinale o come?de uma mudan?de paradigma nos estudos hist?os, cujos objetivos sejam resgatar a verdade e interpretar corretamente os fatos. Que isso ajude a impedir a generosa distribui? de bolsas-ditadura com o dinheiro do contribuinte e retire dos partid?os da ditadura do proletariado o discurso de que combateram em prol da democracia. Seu modelo de democracia ? Gulag. A Folha merece efusivos cumprimentos por ter empregado o ditabranda, mas os merece ainda mais pela resposta corajosa que deu ?uribunda rea? de duas figurinhas carimbadas da intelequitualidade paulista, os companheiros F?o Konder Comparato e Maria Vit? Benevides. Fa?quest?de transcrev?a: A Folha respeita a opini?de leitores que discordam da qualifica? aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifesta?s acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras p?cas que at?oje n?expressaram rep? a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua indigna? ?bviamente c?ca e mentirosa.. Comparato, Benevides, Joel Rufino dos Santos, Gofredo da Silva Telles J?r... E v?os outros que ainda n?se manifestaram, como Jos?irceu, Dilma Rousseff, Marta Suplicy, Lula, Marco Aur?o Garcia, Jos?eno?, Tarso Genro, Luciana Genro, Helo? Helena, Dirceu Travesso, enfim, a ra?toda. Parafraseando ningu?menos do que Leonel Brizola, eu chamaria a toda essa cambada de... filhotes da ditabranda! http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Estado de São Paulo

21/02/2009
Grupo radical domina 72% do territ?, onde atua como governo, faz patrulhas e julga segundo a Sharia Entre os afeg?, a sensa? ?e d?-vu. Radicais de barba longa e turbante negro circulam espalhando o terror em picapes, rifles AK-47 em punho. Imp?regras pr?as e decidem o destino dos cidad? em tribunais conduzidos por mul? com base na sharia, a lei isl?ca. Relat? publicado em janeiro pelo Conselho Internacional em Seguran?e Desenvolvimento apontou que os taleban voltaram a dominar 72% do territ? - em 2007, controlavam 54%. Isso significa que a maior parte das prov?ias funciona ?evelia do governo de Hamid Karzai e das for? de coaliz? Nelas, o pa?tem outro nome: Emirado Isl?co do Afeganist? Na minha ?a, os taleban mandam, nomeiam ju?s para aplicar a sharia e amea? matar quem ousar trabalhar para o governo, considerados infieis, disse ao Estado Ahmad Munir, que vive em Barakibarak, na Prov?ia de Logar, a apenas 50 km de Cabul. Os radicais controlam estradas, vistoriam carros ?rocura de infieis, cobram ped?o de caminh?e bloqueiam a ajuda humanit?a. Enquanto os EUA desviavam militares e d?es para derrubar Saddam Hussein, o comando do Taleban teve tempo de se reorganizar no Paquist? onde a Al-Qaeda estaria refugiada. Aderiu ao movimento pan-isl?co e se alinhou ?rganiza?, assimilando t?cas conhecidas do terrorismo internacional, mas n?vistas no Afeganist?at?ecentemente: sequestros e ataques suicidas. Beneficiados pela frustra? e mis?a dos afeg?, eles recrutaram no ano passado homens-bomba para 123 atentados. Com os sequestros, negociam a liberta? de presos e resgates milion?os. Desde a morte de Ajmal Naqshbandi , a imprensa fez um pacto de sil?io para n?prejudicar as negocia?s. A portas fechadas, fala-se em 70 ref? estrangeiros e afeg?, entre eles um conhecido jornalista americano. Analistas acreditam que o sucesso da insurg?ia se deve ?apacidade do Taleban de manter um comando central coeso. Quando as for? de coaliz?lideradas pelos EUA tiraram os taleban do poder, em 2001, eles se dividiram. O comando atravessou a fronteira e sumiu com Osama bin Laden em algum ponto das montanhas e ?as tribais entre o Afeganist?e o Paquist?- acredita-se que o l?r taleban, mul?mar, opere da cidade de Quetta. Ao longo dos anos, ele teria investido em retomar as rela?s com as tribos pashtuns, etnia dos taleban, e militantes de segundo escal?que haviam voltado a seus vilarejos. Aos poucos, transferiu armas, expertise e dinheiro a eles. Parte de seu financiamento vem do ?. Mas tamb?de doadores ?bes como os wahabitas (a ala mais radical do Isl? da Ar?a Saudita. Durante seu governo, entre 1996 e 2001, o Taleban tinha pouco contato com a pol?ca internacional, diz Waheed Muzhda, que chegou a fazer parte do Minist?o das Rela?s Exteriores dos radicais. S?via internet na minha sala e na do mul?mar. Hoje, eles se comunicam com o mundo. Os taleban atra?m aliados como os mujahedin Gulbuddin Hekmatyar e Jalaluddin Haqqani. Beneficiados com dinheiro e armas da CIA para expulsar os sovi?cos que ocuparam o Afeganist?entre 1979 e 1989, eles se uniram contra a ocupa? americana. Com bons contatos no mundo ?be, Haqqani seria o elo dos radicais com a Al-Qaeda . O mujahedin ?cusado de recrutar e treinar cerca de 2 mil terroristas estrangeiros para a jihad no Afeganist? com a ajuda do servi?secreto do Paquist? Mesada Al?de um mercado para seus produtos, o Paquist?tem no Afeganist?a rota para a sia Central. O fim do Taleban significaria o fim da mesada americana, disse ao Estado um diplomata ocidental em Cabul. No rastro do avan?dos taleban, parte do governo considera negociar com os radicais. Os analistas s?c?cos. Primeiro, porque, desmoralizado e sem o controle da seguran? Karzai est?uma posi? desfavor?l de barganha. Depois, porque os radicais exigem a sa? das for? estrangeiras e, com eles, os d?es da CIA. Para analistas, a sa? das for? estrangeiras levaria o pa? no curto prazo, a uma guerra civil, como ocorreu quando os russos sa?m. Sem um governo central forte e armados at?s dentes, os mujahedin viraram-se uns contra os outros. Os intensos ataques entre 1992 e 1996 deixaram milhares de mortos e um v?o rapidamente preenchido pelos taleban - filhos de refugiados do regime sovi?co, tirados de suas fam?as e treinados nas madrassas da fronteira do Paquist?para a jihad contra os invasores. Cansados dos conflitos e afundados na mis?a, os afeg? aceitaram os jovens religiosos, que prometiam restabelecer a ordem. A ret?a ainda hoje encontra eco. Frustrados com a corrup? do governo, a falta de ajuda e a incapacidade das for? de coaliz?de defend?os, muitos afeg? acreditam que a ordem imposta pelos taleban ?elhor do que nenhuma. E a hist? se repete. 30 ANOS DE VIOL?CIA 1979 - URSS invade o Afeganist? Acusado de colaborar com os EUA, presidente Hafizullah Amin ?xecutado 1980 - Babrak Karmal, aliado de Moscou, assume; mujahedin (combatentes isl?cos), armados pela CIA, aumentam ataques 1986 - Karmal ?ubstitu? por Mohamad Najibullah 1989 - Sovi?cos retiram-se do pa? mas conflitos continuam 1992 - Najibullah cai; mujahedin se dividem e o Afeganist?mergulha em uma guerra civil 1996 - Taleban toma Cabul e institui governo isl?co 1998 - Washington bombardeia supostos ref?s da Al-Qaeda - acusada por atentados contra embaixadas dos EUA no Qu?a e Tanz?a - no Afeganist? 1999 - ONU imp?mbargo para for? Cabul a entregar Osama bin Laden Mar?de 2001 - Talebans destroem est?as gigantes dos Budas de Bamiyan Setembro de 2001 - Ahmad Masood, l?r da oposi? ao Taleban, ?ssassinado. Ap?taques de 11/9, EUA e Gr?retanha atacam Afeganist? Dezembro de 2001 - EUA ocupam Cabul e o Taleban cai; Hamid Karzai assume o poder 2004 - Nova Constitui? ?provada; Karzai ?leito presidente com 55% dos votos 2005 - Pa?realiza pela primeira vez elei?s parlamentares e provinciais 2006 - Otan assume o controle da seguran?em todo o pa? 2007 - L?r taleban Mullah Dadullah morre em combate 2008 - Taleban libertam 350 insurgentes de pris?em Kandahar; ataque suicida mata 50 na Embaixada da ?dia 2009 - Obama nomeia Richard Holbrooke seu enviado para regi?e pede nova estrat?a para guerra; Taleban ataca tr?minist?os, matando 27 Veja tamb? no site do jornal: Afeganist?se converte na guerra de Obama Que os EUA preparem os caix?para seus soldados Taleban imp?eu Emirado Isl?co afeg? ?io garante 30% do PIB do Afeganist? V?o flagela refugiados em Cabul Mulheres afeg?vivem ?ombra das tradi?s tribais Os cen?os da guerra que Obama travar?o Afeganist? Fonte: O Estado de S. Paulo

José Nêumanne

19/02/2009
N??e hoje que o presidente Luiz In?o Lula da Silva abusa da licen?especial que o Pa?e o mundo lhe d?para cometer gafes e as transforma em frases e epis?s pitorescos que aumentam seu prest?o com eleitores, ricos ou pobres, que n?d?a m?ma para isso. A lembran?da m?nordestina nascida analfabeta, coitada, e o deslumbramento com a cidade que n?parecia africana se tornaram registros folcl?os a provocar risos de folgaz?impatia. Mas desde que uma pesquisa lhe deu 84% de popularidade e 75% de aprova? a seu governo, se fez alguma obra importante para consertar a indigente infraestrutura nacional ou algo de not?l no combate ?iol?ia, ao tr?co de drogas e ?orrup?, grandes problemas que parecem se eternizar, ningu?sabe, ningu?viu, o homem tem extrapolado. A desfa?ez com que Sua Excel?ia se desloca pelo Pa?de palanque em palanque carregando a pr?a candidata na disputa presidencial de 2010 ??ca e not?. O p?plo de Dilma Rousseff mataria de inveja os demagogos de antanho, useiros e vezeiros inauguradores de pedras fundamentais de obras inacabadas. Dia destes, ela foi a S?Leopoldo (RS) inaugurar o in?o da obra de uma estrada para Novo Hamburgo. E dali foi a Novo Hamburgo, onde subiu num palanque para comemorar a perspectiva de obra da mesma estrada para S?Leopoldo. Antes disso, a candidat?ima compartilhou com o chefe e patrono os lados extremos de um cartaz com um espa?no meio, usado por um fot?fo de Goi?a para produzir fotomontagens, nunca antes t?disputadas, com prefeitos do Brasil inteiro. A fila se comparava ?dos postos de INSS e hospitais p?cos e o pre?era m?o para o resultado final: R$ 30, 8 mil vezes menos que o que se calcula que tenha sido gasto dos cofres da vi?no grande convescote municipal da semana passada na capital federal: R$ 240 mil. Na tal fila se viveu o epis? mais esclarecedor sobre a rela? entre representantes e representados numa democra?a como a no?, em que a participa? popular se resume ?da ?urnas para escolher qual entre os nomes do card?o preparado pelos caciques partid?os ?apaz de seduzi-lo e abandon?o. O prefeito petista de Timbira, do Maranh?dos Sarneys, Raimundo Nonato Ponte, informou que mandar?scanear a foto em que fingia estar com o presidente e a candidata do PT para provar a maledic?ia de seus advers?os que o acusam de n?ter o prest?o de que se gaba com no? guia m?imo. A cena ?m s?olo exato do jogo de me engana que eu gosto eleitoral, reproduzido depois pelo presidente, ao mostrar sagrada (e talvez sincera) indigna? contra a pequenez da imprensa que confundiu aquele prof?o encontro dos prefeitos com o chefe da Na? com um mesquinho com?o. Talvez Lula pense de fato que serve ?a? dizendo ?mulheres dos prefeitos, que os acompanhavam, que est?a hora de o Brasil ser governado por uma delas e que seria melhor que ningu?entendesse isso como propaganda direta de uma candidata que ainda n?pode s?o. Mas imaginar que o respaldo popular baste para fazer de pedra p??ma sensa? de megal?a inimputabilidade, concedida pela Constitui? a menores e ?ios, mas n?aos homens p?cos. Ainda n? No referido convescote municipalesco, o presidente mostrou-se ?imo de valores no mesmo grau da pr?a familiaridade com a gram?ca. N?ortaremos o batom de dona Dilma, o meu corte de unhas, mas n?cortaremos nenhuma obra do PAC, afirmou, sem saber que estava reduzindo sua ?a plataforma administrativa ao que ela ?esmo: uma interven? cosm?ca. Nesse pronunciamento, que se tornou hist?o por nunca antes um presidente ter insultado tanto a intelig?ia da plateia, ele ainda cometeu o desplante de se dirigir a um advers?o, o prefeito de S?Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para manipular dados estat?icos de maneira inesperada at?ara sua lavra. Ao dizer que 10% da popula? do Estado mais rico da Federa?, S?Paulo, governado pelo principal candidato da oposi? ?isputa de 2010 para a Presid?ia, Jos?erra (do PSDB), ?nalfabeta, quando, na verdade, moram em S?Paulo 4,6% dos analfabetos do Pa? ?ice inferior ??a nacional, Lula deixou no ar uma d?a: se n?sabe sabe distinguir 4,6 de 10 ou se falsificou o dado para obter proveito pol?co pr?o. Qualquer resposta a esta quest?trope?numa conclus?pior: a da pr?a inutilidade. Tenha dificuldade para compreender um dado comezinho da realidade ou facilidade para falsificar estat?icas, o presidente de no? Rep?ca se beneficiaria da banaliza? da amoralidade, comprovada pelo fato de ningu?se ter espantado com o senador Jarbas Vasconcelos (PE) ter dito ?eja que a maioria de seus colegas do PMDB se especializou em manipula? de licita?s, contrata?s dirigidas, corrup? em geral. E mais at?ue da ignor?ia do l?n das favelas ou dos condom?os de luxo, tira ele vantagem da concupisc?ia da classe pol?ca, incapaz de um vagido de civismo. Faltam ?posi? autoridade moral, capacidade gerencial e desapego pessoal at?ara expor os disparates que o presidente tem disseminado desde que os 84% de uma pesquisa de credibilidade duvidosa retiraram dele qualquer no? de risco. Com o DEM perdido nos desv? do castelo de um corregedor incorrig?l e a coragem c?ca dos tucanos reduzida aos rodeios ret?os do ex-presidente Fernando Henrique, enquanto os pretendentes ao trono, Jos?erra e A?o Neves, fazem de tudo para n?perturbar El Rei, este nada de bra?as ao iniciar uma campanha que a lei pro?, mas a Justi? s?eocupada em aumentar os vencimentos de seus membros, tolera. E a oposi? se limita a invejar. * Jornalista e escritor, ?ditorialista do Jornal da Tarde

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19/02/2009
‘Hamas’ pide la vuelta de Espa?Al-Andalus) a manos musulmanas Publicado por Yolanda Couceiro Mor?9 Enero 2009 El brazo juvenil de Hamas reclama que «Al-Andalus», al que llama «para? perdido», vuelva a manos de los musulmanes. Lo hace en su publicaci?n Internet cuyos contenidos se centran en el «martirio», es decir, atentados suicidas, y la «resistencia». El texto no ha pasado inadvertido para los servicios de inteligencia espa?s. La misma pretensi?obre Al-Andalus ten? los terroristas del 11-M, como lo recoge un v?o que hab? grabado y que fue recuperado entre las ruinas del piso de Legan? Hamas cuenta con una fracci?uvenil llamada «Al Fateh» -«El Conquistador»- que dispone de un ?no de expresi?irigido a los «j?es constructores del futuro». Pues bien, esta publicaci?en su n?o del pasado 15 de diciembre, incluye un escrito sobre ‘Al Andalus’, territorio que obsesiona a los islamistas radicales por cuanto supone para ellos el punto de inflexi?ist?o a partir del cual se produce la decadencia del mundo isl?co y el inicio de una «intolerable humillaci?or parte de Occidente hacia el Islam». Osama Bin Laden no dej?gar a la menor duda cuando, en uno de los comunicados tras el 11-S, manifest?xtualmente: «No podemos permitir que en Palestina ocurra lo mismo que en Al Andalus». En el texto de «Al Fateh», Sevilla se convierte en narradora de una versi?ist?a que concluye con la reclamaci?ara el mundo musulm?de «Al Andalus». Y, en este sentido, afirma: «Os ruego, queridos m? que me llam? -dice Sevilla en el escrito- para volver con las dem?ciudades del para? perdido a las manos de los musulmanes, para que reine la felicidad en mi tierra y me visit?». El texto publicado por la rama juvenil de Hamas, organizaci?ue est?ncluida en el listado de la Uni?uropea y de Estados Unidos de bandas terroristas, comienza de la siguiente manera: «Soy la ciudad de Sevilla, la novia de la tierra de Al-Andalus. Antes fui la capital del Reino de Sevilla, comunicada con el Atl?ico a trav?del r?Guadalquivir. Llevo sobre mi cuello la bufanda del r?m?hermoso, que gana en belleza al ?frates, al Tigris y al Nilo, y donde navegan los barcos de paseo y de pesca unas 24 millas, bajo los ?oles y el canto de los p?ros». «Los ?bes musulmanes liderados por el h?e Musa Ibn Nusair me conquistaron despu?de cercarme durante un mes en Chaaban (mes del calendario musulm? del a?4. El a?7, el Gobernador de Al-Andalus, Ayoub Ben Habib Allujmi, traslad? capitalidad a mi hermana C?ba. Abdul Rahman Al Awsat construy? a?14 la primera gran mezquita sobre mi tierra». «El a?16 me atacaron y me quemaron la mezquita pero mis hijos les vencieron despu?al norte, en Toledo, con sus valientes fuerzas. El a?84 estuvimos mi hermana C?ba y yo en manos de los Almor?des. El a?49 termin? ?ca de los Almor?des y comenz? ?ca de los Almohades, que me convirtieron en la capital de Al-Andalus. En el mes de Chaaban del a?46 me cercaron las fuerzas de Fernando III pero no pudieron conquistarme antes de un a? cinco meses gracias a mis murallas y mis fortalezas. Con eso termin? edad dorada de los musulmanes que me perdieron, pero all?uedaron las huellas de su civilizaci?omo testigo de la avanzada cultura musulmana en mi tierra. Entre mis famosos se encuentran Ibn Ruchd Al Fakih, Ibn Al Arabe Al Muhaddess, y el juez Ayyad Ibn Musa, y Abu Bak¥n Khair. Os ruego, queridos m?, que me llam? para volver con las dem?ciudades del para? perdido (Al-Andalus) a las manos de los musulmanes, para que reine la felicidad en mi tierra y me visit?, ya que soy la novia de la tierra Al-Andalus». Los terroristas del 11-M tambi?se refirieron a Al- Andalus. Lo hicieron en un v?o que fue recuperado tras la explosi?egistrada en el piso de la calle Carmen Mart?Gaite de Legan? En ? un individuo encapuchado se refiere a Espa?omo «Al Andalus» y dice: «Por ello ha decidido la brigada que se encuentra en Al-Andalus no salir de aqu?asta que no salgan sus tropas de las tierras de los musulmanes de manera inmediata y sin condiciones. Si no lo hac? en el plazo de una semana a partir de la fecha de hoy (27/3/2004) continuaremos nuestra Jihad hasta el martirio en la tierra de Tarek ben Ziyad»… «Conoc? la cruzada espa? contra los musulmanes y no hace tanto tiempo de la expulsi?e Al-Andalus y los tribunales de la Inquisici?

Érico Valduga, em Periscópio

19/02/2009
Desde quando deixar de cumprir a lei pode ser considerado um atributo em um gestor p?co? ?este comportamento que seria sugerido ?ona Yeda “Deputados aliados dever?sugerir ?overnadora que levante a bandeira branca e permita a derrubada do veto. Argumentam que seria um sinal de grandeza do Pal?o Piratini”, escreve um colunista de jornal local, que recebeu e publicou a informa?. ?imposs?l, mesmo no estado em que encontra a pol?ca no ch?farroupilha, que parlamentares tenham a aud?a de propor ao chefe do Executivo que engula o que disse e fez, no cumprimento da norma legal que manda descontar os dias n?trabalhados de funcion?os p?cos. Aqueles de voc? prezados leitores, que estudaram latim sabem que lei vem de ligare, aquilo que liga os homens em sociedade, estabelece comportamentos para que a vida em comum seja poss?l. Se a liga que une os homens que vivem em um mesmo espa?f?co ? lei, esta deve ser produto de um comportamento que precisa ser regulado, e, uma vez regulado, cumprido. Ou a lei revogada, por inepta. No caso, o Supremo Tribunal Federal decidiu (refresquem a mem? em Not?as, abaixo), a partir da interpreta? de disposi? da Constitui?, que n???to ganhar sem trabalhar, tanto na iniciativa privada como no servi?p?co. Logo, a sugest?que seria encaminhada por deputados aliados n?pode existir por il?ta, e ainda por corresponder ?utodesmoraliza? do autor da norma. E mais: grandeza para beneficiar quem tenta, com afinco goebelliano, pespegar-lhe adjetivos como corrupto, violento, mentiroso, autorit?o e destruidor do patrim? de todos?