• Érika Figueiredo
  • 07 Janeiro 2021

 

Érika Figueiredo

É preciso tempo, calma, dedicação e autoconhecimento

A palavra vocação é derivada do latim vocare, que significa chamar. Vocação é uma tendência, uma inclinação, uma habilidade que o indivíduo tem. Toda pessoa é talentosa em alguma coisa, tem um talento especial, que é só seu, e poderá se manifestar , em algum momento da vida.  

Essa vocação, no mundo atual, no qual não mais estamos acostumados a prestar atenção aos sinais, à natureza ou a voz de Deus, é mais difícil de ser identificada, e seja ela profissional, social, religiosa ou familiar, muitas vezes é desperdiçada, por seu portador, que não conseguiu percebê-la.

O vazio existencial que se observa nas pessoas, hoje, advém, em grande parte, do não desenvolvimento de suas habilidades individuais. Muito embora um dom seja algo tão único e importante, que transforma toda a nossa existência, quando extravasado, o ser humano não é mais direcionado para identifica-lo, o que gera dor, frustração, e a falta de sentido para a vida.

Acredito que a essência da palavra vocação, que seria um chamado irrefutável, algo do que não se conseguia fugir, na realização de um dom, perdeu-se nos dias atuais. Não há, nos indivíduos, uma percepção acerca de suas vocações, e o respeito a esse chamado que vem da alma. Todos estão tão preocupados com a realização de propósitos absolutamente afastados da essência do ser, como enriquecer, ter um corpo sarado, parecer mais jovem, etc, que não param para escutar esse apelo...

Acontece que Deus nos deu a vida para a realização de missões individualizadas, pessoais e intransferíveis. Apenas de posse desse entendimento, o ser humano é capaz de desenvolver-se plenamente, e sentir-se gratificado, realizado e especial, ao longo de sua existência, por meio do desenvolvimento dos talentos que recebeu.

Percebo esse como um dos maiores problemas da modernidade, e algo sobre o que, infelizmente,  as pessoas sequer param para refletir. Mas como descobrir seu dom, sua vocação? Primeiramente, é preciso saber que os dons nem sempre vêm como um chamamento claro.

Os gregos sabiam disso. E tratavam de treinar seus jovens, a partir dos onze anos de idade, no desenvolvimento de suas habilidades, para que daí aflorassem os talentos de cada um. Eles tinham, como base da formação do ser, a filosofia, para o aprimoramento individual moral e a identificação do propósito de vida.  

 Essa educação inicial, a qual formava o caráter e desenvolvia a personalidade dos jovens, era fundamental para permitir que o indivíduo expandisse seus horizontes e  para que se conduzisse no mundo. Uns seriam artistas, outros, guerreiros, outros tantos, negociantes, alguns, líderes, sacerdotes. Mas a vocação estava ali, a nortear as escolhas, fazendo um chamado, que eles estavam para ouvir.

Entretanto, as facilidades da vida moderna, o afastamento do ser humano da natureza e da religião, da família e da educação integral, tal qual aplicada pelos gregos, fez com que a busca do propósito de vida fosse negligenciada, geração após geração, e a ordem interna do homem fosse inexoravelmente corrompida, por meio dos pequenos prazeres, da satisfação imediata das necessidades, o que leva a um distanciamento cada vez maior de sua essência.

Mas afinal, como alguém pode descobrir os próprios talentos, desenvolver seus dons e habilidades, buscar o sentido de sua existência, nos dias de hoje? Já que somente para algumas poucas pessoas, o chamamento vem em alto e bom som, como o homem médio pode identifica-lo?

Acredito que a única forma é por meio da educação e da auto-contenção. Somente por meio do conhecimento ( de si mesmo e do mundo ao seu redor), e do refreamento dos instintos (tão exacerbados hoje em dia), de prazer imediato e satisfação garantida, poderá o indivíduo identificar talentos e inclinações, e com paciência e dedicação, desenvolvê-los.

O imediatismo e a urgência dos dias atuais, a fuga da frustração e a vida voltada para o mundo exterior, não permitem que se busque, com calma e cuidado, o que nos fala mais alto ao coração. É preciso tempo, calma, dedicação e autoconhecimento. Menos ansiedade. Mais silêncio.

Então, nesse ano de 2021, o que desejo aos meus leitores, é isso. Que descubram e desenvolvam seus dons, e assim concretizem a missão que Deus lhes destinou, aqui na Terra. Somente assim, é possível encontrar prazer, satisfação e realização na vida. Somente desse modo, pode-se servir a si, a Deus e aos outros, sem a sensação de inadequação, que hoje povoa as mentes e os corações aflitos das pessoas.

A paz advém da sensação de missão cumprida. Viver é melhor que sonhar. Decidir é melhor que se omitir. Realizar sua essência, sua vocação e seu propósito nessa vida é o que você deve almejar. E nada, absolutamente nada que seja feito, neste sentido, é desperdício de tempo.

Esteja certo de que muitos irão tentar te dissuadir! Mas a maior parte das pessoas que te critica, te boicota, te desencoraja e te aponta o dedo, não realizou, efetivamente, nada de que se orgulhe nessa vida. Siga seu dom, obedeça seus instintos, trabalhe duro e com afinco, para realizar seus talentos. Ouça a voz que grita para você, mas que o barulho do mundo silencia.

“Eu prefiro na chuva caminhar, do que nos dias tristes, de frio, em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, do que em conformidade viver”. Martin Luther King

FELIZ ANO NOVO!

Publicado originalmente em Tribuna Diária (04/01/2021)

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  • Gustavo Corção
  • 07 Janeiro 2021

 Gustavo Corção

O mundo frequentemente pretende nos insinuar como boa, até como excelente, a filosofia do fato consumado, pela qual, graças à ação dissolvente ou lubrificante do hábito e da repetição, passamos a considerar com naturalidade aquela mesma coisa que nos provocaria gritos de repulsa ou de susto se não fosse apresentada de repente, nua e crua. Vejam, por exemplo, o comunismo. Querem que o aceitemos, pela simples razão de estar aí, diante de nós, os cronistas e pensadores bem inseridos no artigo do dia que a História lhes inculca, uma ausência de sensibilidade, uma ausência de reação, sob pena de sermos apontados como reacionários. O Sr. Foster Dulles era um reacionário porque continuava a ver no comunismo um mal, e não um simples fato histórico.

 Por outro lado, a mesma História que oficializa o comunismo e que apresenta como coisa natural a cortina de ferro, e outros fenômenos semelhantes, coloca no banco dos réus um conjunto de fatos que durante muitos anos foram considerados tão simples e naturais como o ato de beber água ou comer pão. Refiro-me ao colonialismo. Está em moda, ao mesmo tempo, ser benevolente, progressista em relação ao comunismo e intolerante em relação ao colonialismo. Um curioso exemplo desse manequim intelectual nos é dado pelo último volume de “Histoire Génerale des Civilisations” editada pelas Presses Universitaires de France, e dirigida por Maurice Crouzet, que neste último tomo, relativo à época contemporânea, é também o principal redator. No capítulo dedicado à revolta dos povos dominados pelas potências ocidentais, que ocorreu depois da guerra, o autor diz o seguinte: “A influência da URSS e, desde 1949, o exemplo chinês, não pode ser subestimada; a URSS, para o problema das relações entre os povos de desigual desenvolvimento econômico e cultural, achou uma solução fundada sobre a igualdade diante da lei, sobre a ausência de qualquer preconceito racial e de qualquer discriminação, e sobre uma política de rápida promoção econômica e intelectual que confia aos autóctones competentes as responsabilidades mais elevadas e visa a apagar todos os vestígios de relação de dominante a dominado; além disso, todas as vezes que surgiu diante da ONU um conflito entre as potências coloniais e as colonizadas, a URSS dá regularmente seu apoio aos povos de cor, enquanto as democracias ocidentais usam a coação e a força armada para manter os colonizados em obediência. Assim, para os povos dominados, a URSS e a China simbolizam a liberação, enquanto a democracia de tipo ocidental aparece como símbolo de dependência dos povos colonizados; as democracias liberais são as primeiras a confirmar esse juízo dos povos coloniais, porque os movimentos nacionalistas são sistematicamente denunciados como movimentos comunistas”.

 Há nesta passagem um grosseiro erro filosófico para o qual chamo a atenção do leitor, por estar na moda e por já tê-lo encontrado em textos onde sua presença é menos justificável do que no grosso tomo redigido por um francês esquerdizante. Rata-se do emprego equívoco do termo e do conceito de liberdade. Para o autor daquela passagem, como para tantos cronistas de nossos dias, a noção de liberdade aplica-se primordialmente a nações, povos, raças, e secundariamente a pessoas. Ora, isto é um erro, e grosseiro. O conceito de liberdade, como o da inteligência, vontade, e tantos outros, se aplica propriamente e diretamente a indivíduos humanos, a pessoas; e é somente depois de bem firmada essa prioridade, que se poderá aplicar aos grupos raciais ou nacionais, o conceito analógico, derivado daquele que diz respeito aos valores realizados na pessoa humana. O que precisa ser liberado é o Homem e não o bloco árabe ou a raça amarela. Se a libertação de algum grupo, em dada conjuntura histórica, vem servir o ideal último de elevação humana e de mais ampla liberdade, entende-se que tal emancipação seja ardentemente desejada por quem tiver em alta estima os valores humanos e pessoais. Mas não se entende que um regime escravizador de seus próprios habitantes seja apontado como libertador de povos.

 Além disso, cumpre notar um outro erro filosófico que também se insinua nas proposições do tipo daquela que estamos analisando, e que consiste em tomar um povo, uma nação, como uma forma substancial tão definida e tão bem arrematada como a forma de um gato ou de um homem. Fala-se hoje, nos meios nacionalistas, como se as nações fossem entidades orgânicas, monstros dotados de certa imanência vital, ou até como se fossem pessoas. E essa hipostasiação dos grupos nacionais chega frequentemente ao nível das conversas em que se ouvem em salão de barbeiro, e em que o comentarista de política internacional diz coisas assim: “Então a Inglaterra virou-se para a França e disse...”. Há um erro filosófico semelhante a esse primarismo em quase todas as proposições em que se encontra a famosa fórmula de autodeterminação dos povos. Mas onde é que começa e onde é que acaba o contorno de um povo? E onde é que começa o monstro terrível que é o OUTRO povo? Se respeitamos o critério histórico que aponta uma unidade nacional como um fato da conjuntura, se por exemplo Brasil é o que a história fez que o Brasil fosse, então não vejo porque não seguir o mesmo critério quietista que reconheceria o direito da Inglaterra sobre as Índias.

 Também não podemos definir uma nação em termos de raça sem ficarmos obrigados a denunciar quase todas as unidades políticas do mundo presente. Uma nação não é uma natureza, do mesmo modo que é um animal ou um homem. É uma forma acidental. É uma unidade política criada por um consenso, por uma unidade interna, e portanto definida em última análise em termos de consciência pessoal e de dimensões humanas. A independência de uma nação só deve ser desejada ou definida por homens sensatos em termos da independência de seus habitantes e do estado de maturidade de um unânime desejo interno dessa independência nacional. Vê-se pois, que a famosa autodeterminação dos povos só forma sentido e só pode ser pronunciada por quem crê na autodeterminação do homem, por quem preza a vertical do espírito, por quem professa a essencial liberdade da alma humana. E por aí se percebe o ridículo daquela passagem do historiador francês que, com a maior seriedade do mundo, fala na ação libertadora da URSS.

 Há naquela passagem citada, e nas congêneres, uma curiosa contradição, além dos erros filosóficos já apontados: a URSS é elogiada em termos de justiça, isto é, em termos que significam a mais categórica e formal reprovação de toda a sua doutrina. Eu, se fosse comunista, ficaria furioso com que viesse atribuir-me intenções de justiça ou aspiração de liberdade. O elogio tem suas regras sutis. Quem quer elogiar o salteador deve gabar a destreza de sua mão e sobretudo a ausência de qualquer escrúpulo. Quem deseja agradar o elegante deve escrever essas coisas que vêm nas colunas sociais e que teriam gosto de desaforo para quem não estiver bem instalado nas regras da boa vida. Os seguidores ou simpatizantes desse esquerdismo que pensam ser a regra de ouro do futuro não parecem perceber que o materialismo ateu deve ser acompanhado de certas consequências duras. Em um ensaio sobre o humanismo de seu existencialismo, Sartre queixava-se, e com muita razão, do ateísmo burguês que continua a usar as mesmas categorias verbais usadas no tempo em que ainda estava vivo o Criador de todas as coisas. É quase com piedade, quase graças a Deus, que esses ateus são ateus. Assim também são esses comentaristas que não gostavam de Foster Dulles, que não gostam de Adenauer e que certamente não gostaram das lágrimas de Eisenhower. A admiração deles está volta para o Oriente, de onde eles pensam que está vindo o mundo de amanhã. Olham enternecidamente para o casaco de Mao-Tse-Tung, que lá para eles deve ter força de símbolo, e símbolo de esperança.

 E é nessa viscosidade intelectual que temos de viver e lutar se quisermos praticar a teimosia de resistir, de defender os valores fundamentais que dão sentido a todas as outras palavras e frases com que se enchem as colunas de jornais e as páginas de livros.

*Transcrito de https://permanencia.org.br/drupal/node/459

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 06 Janeiro 2021

Gilberto Simões Pires

       

COISAS...

Dias atrás, mais precisamente no apagar das luzes de 2021 (29/12) escrevi um editorial no qual dei conta de algumas COISAS que, CERTAMENTE (não se trata, portanto, de vãs especulações), VOLTAM COM O PT NO GOVERNO, a saber:

1- IMPOSTO SINDICAL;

2- INVASÕES DO MST e/ou MTST;

3- INCHAÇO DO ESTADO;

4- CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL; e,

5- ALIANÇAS COM DITADURAS. 

A INTERROMPIDA OBRA DE DESTRUIÇÃO

Pois, ontem, 04, para não deixar a menor dúvida do quanto o PT está realmente disposto a dar continuidade à OBRA DE DESTRUIÇÃO do nosso empobrecido Brasil, que foi interrompida em 2016 com o impeachment da Dilma Petista Rousseff, a presidente do PT Gleisi Hoffmann postou uma clara mensagem nas redes sociais anunciando como -NOTÍCIA ALVISSAREIRA- a REVOGAÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA DA ESPANHA. Feliz da vida, a petista aproveitou a deixa para DEFENDER A REVOGAÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA em vigor no Brasil desde 2017. Que tal?

LULA GARANTIU

Extremamente entusiasmado com a iniciativa do presidente espanhol -o socialista Pedro Sanchez-, o candidato petista Lula da Silva não só aplaudiu como -GARANTIU- que fará o mesmo no Brasil, caso venha a ser o escolhido para presidir o Brasil. Mais: Lula e Gleisi estão convencidos de que a -reforma- sancionada, em 2017, pelo então presidente Michel Temer, precarizou trabalho e não criou empregos. Pode? 

CAMINHO PARA O ABISMO

A propósito, na segunda-feira (3), Gleisi já havia postado um texto nas redes sociais no qual defende -a exaustão-, também como NOTÍCIA ALVISSAREIRA, a REVOGAÇÃO DA PRIVATIZAÇÃO DE EMPRESAS DE ENERGIA NA ARGENTINA. Com uma cajadada só, Gleisi aproveitou as DUAS NOTÍCIAS -espanhola e argentina- para INFORMAR, alto e bom som, que -JÁ TEMOS O CAMINHO-. Na mais pura realidade, o VERDADEIRO CAMINHO PARA O ABISMO! 

MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA

Como se vê, com muita clareza, não são apenas CINCO COISAS QUE, CERTAMENTE, VOLTAM COM O PT NO GOVERNO. São, pelo visto, um número INCONTÁVEL de COISAS RUINS, todas elas de alto grau de DESTRUIÇÃO. Todas, vale lembrar, bem de acordo com o que reza na CARTILHA DO FORO DE SÃO PAULO e que foram religiosamente respeitadas e implementadas através da terrível MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA durante, principalmente, o governo Dilma. 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 06 Janeiro 2021

 

Alex Pipkin, PhD



A estrutura basilar que suporta uma sociedade educada, civilizada, culta, verdadeiramente progressista, e econômica e socialmente desenvolvida é a educação. Não deveria haver dúvidas.

Nesta base, semeiam-se as ideias que serão as políticas de amanhã.
Pragmaticamente falando, uma grande maioria de países logrou sair da armadilha da renda baixa e média-baixa, no exato momento em que investiu na transformação efetiva na educação, e em todos os seus níveis. A Coreia do Sul é um exemplo clássico.

Não parece existir possibilidade lógica de alcançarmos desenvolvimento econômico e social sem a discussão profusa e o alcance de aderência aos princípios seculares que conduzem as nações ao aumento de produtividade e as inovações no modo de pensar, e de fazer mais, melhor, mais rápido, com menores custos e, principalmente, pela descoberta e materialização de novas formas de produzir e ofertar produtos, serviços e experiências inovadoras com utilidade.

Recursos herdados de Deus e da natureza são importantes, porém esses encolhem ou extinguem-se. Mais fundamental ainda são os recursos e as capacidades que são criadas pelo talento e pela engenhosidade das ideias e do esforço inovador humano.

Tomando-se o segmento da educação universitária, toda vez que aludo a questão do fosso das ideias coletivistas e contraprodutivas que estamos submetidos, pela abissal ditadura do pensamento esquerdizante, surgem vozes de “especialistas” e outros entendidos em distintas áreas do conhecimento, a fim de alertarem-me de que “talvez eu esteja exagerando”.

Sorte que sou avalizado por vários Maracanãs lotados, de professores que confirmam - e sofrem - dessa mesma percepção minha.

Não me deixo abalar pelos “da casa”, visto que minha própria experiência de 30 anos no ensino universitário, e em formações em cursos de mestrado e de doutorado, ensinaram-me que a jovem e a velha elite educacional “progressista” é imune e intolerante as ideias e aos objetivos dissonantes de suas convicções bondosas, equivocadas, e acima de tudo, quiméricas.
O ataque ao pensamento amplo e à liberdade de expressão daqueles que pensam distintamente desses, dá-se em todas as áreas do conhecimento, inclusive na minha área, em gestão e negócios.

Todos aqueles que têm convicção, estudo e conhecimento das ideias comprovadas que movem o mundo para frente, e se opõem aos falsos progressismos da turma de justiceiros sociais da bolha do “tudo é permitido”, mais cedo ou mais tarde serão calados, isolados e afastados do doce e quente mar vermelho dos iguais.

Fique “tranquilo”, não se trata de uma questão de conhecimento e de experiências acadêmicas e de mercado robustas, é a singela rixa de não pertencer ao clube inglês da igualdade e do pensamento mágico, ideologizado e improdutivo.

Não tenho os fatos e os dados “científicos” no Brasil, mas pesquisas nos Estados Unidos apontam que a desproporcionalidade de “progressistas justos” versus conservadores e liberais é de 32 vermelhos e rosados para cada conservador/liberal.

Não há como promover uma mudança transformacional com desequilíbrio tão abusado.

Os conservadores foram e continuarão sendo exorcizados dos ambientes acadêmicos.

A pureza e o romantismo dos “bondosos de Iphone”, transformam-se em fúria quando seu “esprit de corps” é confrontado pelos pensamentos divergentes e, especialmente, quando esses são embasados no conhecimento, na lógica e nas experiências comprovadamente bem-sucedidas.

Como não miro possibilidades de alteração deste triste panorama no curto e no médio prazos, sou pessimista quanto ao nosso futuro; na verdade um realista lógico.

A universidade, que significa totalidade, deveria ser um espaço de pensamento e estudo desta totalidade, não um confortável lugar dos iguais para fazer aquilo que sabem: doutrinar.

A universidade tem se constituído numa vasta plantação das sementes do rancor e da discórdia, por sua predisposição ao coletivismo que logicamente conduz à demagogia e a uma intolerância que se transforma numa fobia da liberdade de pensamento e do próprio mundo.

Atualmente, os alunos são “ensinados” a serem exploradores de caverna de suas próprias identidades, o que retira-lhes toda a curiosidade e as possibilidades do mundo que existe fora de suas cabeças.

Enfim, meu realismo tem sido inócuo, porque a doença no afrodisíaco paraíso universitário se alastra: a hipertrofia ingênua da personalidade de jovens idealistas e inexperientes se agiganta com o “moderníssimo” fenômeno da retração intelectual.

E o país? A gente vê depois...

Afinal, somos o país do futuro - que nunca chega!

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  • Vitor Bertini
  • 01 Janeiro 2021

Vitor Bertini

 

2020, EU PRECISO ESCREVER 

Hoje eu preciso escrever; e na escrita que choro, o abraço que não posso,

as mãos que não alcanço.

Hoje eu preciso escrever; e no canto do pássaro que canta só, triste,

me afastar por amor.

Hoje eu preciso escrever; longe te ver, sentir, saudade de gente

que amo sem conhecer.

Hoje eu preciso escrever; na mão que abana, no olhar que busca, na lágrima que brota,

nas crianças, a esperança.

Hoje eu preciso escrever; rezar perdão pelo que não sei, pelo que fiz

e pelo que não pude fazer.

Hoje eu preciso escrever;  pelos beijos que, tenho certeza, ainda darei – em ti, meu amor,

e em todos vocês.

HOJE, O TEMPO

Amado sempre será quem percebe meu passar; o agora que já vai,

o amanhã que virá.

Amado sempre será quem acolhe meu passar; ontem, lembrança,

amanhã, esperança.

Amado sempre será quem se encanta com meu passar; na vida que fiz, sorte, amanhã, norte.

2021, EU PRECISO CANTAR

Hoje eu preciso cantar; e no canto do meu dizer, o abraço, o riso aberto,

as mãos que vou poder.

Hoje eu preciso cantar; e no verso do pássaro que saúda a manhã, alegre,

despertar meu amor.

Hoje eu preciso cantar; perto te ver, sentir, tocar, juntos,

sorrir e chorar.

Hoje eu preciso cantar; no gesto que afirma, no olhar que diz vem,

na vida que nasce, sempre, a esperança.

Hoje eu preciso cantar; rezar gratidão pelo que não entendo, pelo que não sei,

e pela certeza do que virá.

Hoje eu preciso cantar; por todos beijos que darei em vocês e nos seus, amores meus,

neste singelo Feliz 2021.

 

* Publicado originalmente em  https://ahistoriadasexta.substack.com

 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 30 Dezembro 2020

Gilberto Simões Pires

           

INÍCIO DE UMA NOVA DÉCADA

Segundo informa a Real Academia Espanhola, a entrada de 2021 marca o início de uma nova DÉCADA. Pois, sem entrar no mérito desta DISCUSSÃO CIENTÍFICA, desde já deixo bem claro que depois das agruras que marcaram o ano de 2020, muito me agrada a afirmação da RAE. Mais: confesso que estou colocando todas as FICHAS no ano de 2021, que inicia na próxima 6ª feira. 

ESTRELA DE 2021

Se o ASTRO DE 2020, no mundo todo, foi o CORONAVÍRUS, a ESTRELA DE 2021, por antecipação, é a VACINAÇÃO EM MASSA, que ao ser concluída promete acabar de vez com os MITOS E VERDADES no que diz respeito ao uso obrigatório de máscaras, da obediência ao distanciamento individual (e não social) e ao uso demasiado do álcool em gel.

MARCOS REGULATÓRIOS

Sob o aspecto ECONÔMICO, se for levado em conta apenas os MARCOS REGULATÓRIOS - já aprovados e/ou que em breve serão aprovados- isto por si só garante que a NOVA DÉCADA será extremamente PROMISSORA. Algo, diga-se de passagem, jamais visto no nosso país, a considerar que em matéria de INFRAESTRUTURA falta quase tudo no nosso empobrecido Brasil.  

BRASIL DO FUTURO

Mais: admitindo que os novos presidentes da Câmara e do Senado resolvam dar efetiva celeridade quanto 1- às REFORMAS TRIBUTÁRIA E ADMINISTRATIVA; 2- à privatização da Eletrobrás; 3- à independência do Banco Central;  e, 3- aos marcos regulatórios do gás natural e da cabotagem (aprovados por uma das Casas Legislativas, mas ainda falta o aval da outra), aí já teremos uma base extraordinária de lançamento do BRASIL DO FUTURO . 

LEILÕES JÁ AGENDADOS

Somando tudo isto com a fantástica AGENDA DE LEILÕES montada com muito afinco pelo ótimo ministro Tarcísio de Freitas, da INFRAESTRUTURA, a probabilidade de que o ano de 2021 venha a ser um GRANDE ANO para o nosso Brasil é simplesmente IMENSA. Portanto, sem medo de errar, aposto todas as FICHAS NESTA NOVA DÉCADA que se inicia.   

 

*Publicado originamente em Ponto Crítico, edição de 28/12/2020

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