Ernesto Caruso
O idioma português está presente no Brasil desde o ano de 1500. Na Constituição da Republica de 1988, vigente, para ser respeitado e praticado, o texto é marcante e norteia como ideia central:
- “A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. (Art. 13)”.
Fator preponderante e basilar do Estado-Nação — unidade linguística — amalgamada com a identidade territorial, miscigenação, costumes e aspirações.
A importância do caput, avulta com outros pilares da Pátria, explícitos no seu § 1º, “São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais”. Inquebrantável Unidade Nacional.
Com destacada valorização, o artigo 13, foi inserido pelo Constituinte no Título II, Dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo III, Da Nacionalidade, juntamente com o artigo 12, que caracteriza o cidadão brasileiro, como natos e naturalizados. Como farol de preceito superconstitucional.
Louvado Berço esplêndido! Legado com luta e sacrifício dos nossos antepassados, inconteste vitória sobre tantos fatores adversos. Sob constante ameaça das cunhas de toda a espécie, do invasor com outras fardas, de linguagem estranha, no passado, aos calabares de sempre, doutrinadores e inocentes úteis, convictos, vendidos, gado tangido.
Além da componente Nacionalidade, há que se considerar o Novo Acordo Ortografico em vigor no país desde 2016, que advém da Declaração Constitutiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, composta de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, que tem as suas peculiaridades e dispensa modismos impostos.
A grafia correta das palavras, conforme as regras do acordo, se pode consultar no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, disponível no portal da Academia Brasileira de Letras.
Por outro, lado se reconhece que a linguagem portuguesa apresenta certas dificuldades para o aprendizado, em especial quanto à acentuação gráfica, e à grafia de palavras, que contenham por exemplo, a letra x (xis) com diversos fonemas, como de s, z, “ch”.
Acrescente-se um ensino fraco, com resultados no PISA, comparados a outras tantas nações e os do ENEM impressionam pelo número de notas zero em redação, em 2020, 87.567; 2019, 143.736; 2018, 112.559; 2017, 309.175.
Dentre outras cunhas ameaçadoras da Unidade Nacional, mais uma a surgir de modo impositivo com efervescência crescente a debater não quanto ao sexo dos anjos, mas das palavras. No bojo da desconstrução da sociedade, se procura demonstrar que a “norma culta é artificial, criada pela elite, que não respeita a diversidade, preconceito linguístico”.
As gramáticas normativas procuram ensinar a falar e escrever a língua padrão corretamente, facilitando a intercomunicação de modo que as pessoas se entendam com a necessária profundidade, consciente de que a linguagem se altera com o tempo e naturalmente.
As cobranças nas provas de ‘pegadinhas’ e minúcias são mais importantes do que saber ler, escrever e entender. São doze anos; nove anos no ensino fundamental e três no ensino médio.
Diversamente dos projetos impositivos no bojo de ideário globalista, como da ideologia de gênero, pari passu com a linguagem neutra e, sanitários mistos, constrangendo senhoras e meninas, com casos de estupros consequentes.
Preocupação e reação da sociedade com as cartilhas pornográficas, performances de homens nus com meninos (as) presentes, substituição das expressões de pai e mãe nos documentos oficiais (passaporte), por filiação 1, filiação 2, sendo que para inscrição de sexo as opções, masculino, feminino e NÃO ESPECIFICADO, inclusive para o requerente.
Como parte dessa reação o Estado de Rondônia sancionou a lei, que estabelece medidas protetivas ao direito dos estudantes ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com a norma culta e orientações legais de ensino.
No entanto, o ministro Fachin/STF decide: - “Ante o exposto, defiro, ad referedum, do Plenário do Supremo Tribunal Federal a medida cautelar nesta ação direta de inconstitucionalidade para suspender a Lei do Estado de Rondônia n. 5.123, de 2021, até o julgamento de mérito”.
Além de Rondônia, há 34 propostas que tramitam em Assembleias Legislativas do país, contra essa afronta ao ensino consagrado e legal.
Além da Constituição, na Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Nacional - LDB), que normatiza o tema de capital importância, no seu Art. 26 reza, “Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada”, atinente às características “regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos”.
No seu § 1º, consta que “Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa...”.
E no § 10, impõe: “A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação”. Importância da política de Estado e respeito à Constituição.
Observe-se que o Art. 58 da LDB, define a ‘educação especial’, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente para educandos portadores de necessidades especiais.
Que não é o caso da linguagem neutra que altera a gramática para diferençar o gênero entre masculino e feminino, a exigir profundo debate na sociedade e alteração, se for o caso, em respeito às normas legais e órgãos competentes para fazê-lo, o Congresso Nacional e o Executivo.
Imaginar, as necessidades desta Nação Mestiça, com sérios problemas de segurança alimentar, inflação, desemprego, com maior reflexo nas classes de menor poder aquisitivo, parafernália tributária, e, tanto alarde, face à pandemia da Covid-19, e agora, com desvio de foco, a exigir alterações nos livros didáticos (caros), gramáticas, corretores ortográficos e dicionários, nos substantivos, adjetivos, artigos, pronomes relativos variáveis, etc.
Ora, temas inclusivos e genéricos, como os de necessidades especiais, são de capital importância e previstos em lei.
A ressaltar a Língua Brasileira de Sinais (Líbras), que se encontrava meio esquecida, agora com a relevância que merece nas transmissões televisivas.
Exemplos dessa linguagem, gerada para atender à exceção e não à regra geral: “ela e ele” podem ser expressos em cinco sistemas: ‘elu’, ‘ile’, ‘ilu’ e ‘el’. Complexo.
E, “nelas e neles”, na escrita neutra, assim, ‘nelus’, ‘niles’, ‘nilus, ‘nel’.
Da expressão, “elu é ume menine’, como se visualizar, sentir, perceber a pessoa a quem se refere?
E mais algumas alterações, como, “todx” ou “meninxs”, que pode ser assim, “tod@” ou menina@s”.
Ora, tanto pode ser masculino, feminino, como outro gênero. De um comentário, “alguém que não seja nem 100% homem e nem 100% mulher.” Do grupo LGBTQIA+?
Que prefere ser. Pois, ao que consta, a diferença entre os sexos é considerada como natural e, imutável pela ciência. Não foi a sociedade que criou, como opressão ou rótulo.
Tal proposta, complica, vai melhorar o desempenho dos alunos nos testes do PISA, ENEM, nas relações humanas, no entendimento entre as pessoas?
Ou vai fazer parte da ideologia de gênero, do banheiro misto? Da perda de tempo, com essa luta de classes permanente?
Ou é mais importante ensinar e cobrar, que todos merecem respeito? Reciprocamente. Da maneira que são. Iguais perante a lei, no mérito, na punição.
Foco no aprimoramento na educação escolar e de civilidade, que tem sido desconstruída, a citar os mestres que hoje apanham de alunos e pais de aluno, descontrolados.
* Enviado ao site pelo autor.
José Antônio Lemos dos Santos
Não se trata de exaltar as guerras em episódios ou personagens especiais, mas de celebrar um herói. Heróis existem em cada lado de qualquer contenda ou disputa, assim como covardes ou traidores, a depender do lado por onde são vistos. Herói é aquele que promove ou defende a todo custo, inclusive pessoais, os valores primordiais de seu povo em todas as áreas da ação humana. Em suma, existem heróis nos esportes, na cultura popular, na saúde, na arquitetura, na política, e até nas guerras, embora estas não devessem acontecer, mas aconteçam. Covardes ou traidores são o contrário dos heróis.
Quero falar sobre Antonio João Ribeiro, hoje quase desconhecido, mas um herói brasileiro que defendeu seu país a preço da própria vida em um dos episódios mais dramáticos da Guerra da Tríplice Aliança. Nascido em Poconé (MT)em 24 de novembro de 1823, morreu em Mato Grosso do Sul, na região onde hoje é o município de Antonio João, que o homenageia com seu nome. Neste ano de 2023 são completos exatos 200 anos de seu nascimento e este é o principal motivo deste artigo.
Seu drama ocorreu quando comandava a Colônia Militar de Dourados com uma guarnição de 14 soldados, mais cinco colonos - quatro homens e uma mulher - tendo que enfrentar um cerco de 365 adversários mais equipados. Rejeitou com altivez o ultimato do inimigo para render-se, não fugindo ao embate desigual. Antes do embate enviou mensageiro ao comando superior com sua decisão de defender aquela posição brasileira, ainda que a preço da própria vida. Não se escondeu em gabinetes e foi para a linha de frente onde morreram ele, dois soldados e mais dois colonos. Os demais foram dominados.
A mensagem enviada foi interceptada pelos inimigos. Tão eloquente era o seu texto que mesmo próximo do enfrentamento em luta sangrenta, ficou gravada mesmo na memória dos adversários que a leram, saltando de um texto em um papel dado como extraviado para a história das grandes epopeias brasileiras. Os bravos reconhecem seus iguais e se respeitam mesmo estando em lados opostos. E assim foi.
Em 1980 o Exército Brasileiro consagrou o Tenente Antonio João Ribeiro como um de seus Patronos e construiu na Praia Vermelha, onde se encontram dois dos mais importantes centros de formação militar do Brasil, a Escola de Comando e Estado Maior do Exército e o Instituto Militar de Engenharia, um monumento em homenagem aos combatentes da Guerra do Paraguai tendo em posição de destaque a figura do ilustre mato-grossense e sul-matogrossense, o poconeano Tenente Antonio João Ribeiro representado no momento em que seu corpo se curva para trás alvejado de morte.
A mensagem enviada a seus superiores e interceptada pelos adversários, era pequena no tamanho e grande no significado. Segundo o site do Exército Brasileiro ela extravasava o inarredável sentimento do dever militar, expresso nas poucas palavras ali colocadas pelo bravo tenente:” Sei que morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha Pátria”. Vai, de fato, para além do dever militar firmando-se na linguagem cívica brasileira como expressão simbólica da afeição extrema da cidadania pelo seu berço pátrio diante de quaisquer tipos de ameaças que sobre ele paire.
* O autor é arquiteto e urbanista, é professor aposentado.
Alex Pipkin, PhD
Conheço algumas pessoas que não acordam com o humor nas alturas.
E daí? Que mal há nisso?
O cinismo não passa de uma externalização do vício como virtude, do tipo daqueles que idolatram e verbalizam como matracas a expressão “gratidão”!
Ademais, embora nada possa ser mais importante do que o indivíduo “único”, somos todos diferentes!
Confesso que me enquadro no time das pessoas que despertam no estilo da obsoleta válvula.
De acordo com alguns, sou dotado de um defeito - para ser econômico - congênito: sou um pessimista. Ou talvez um realista convicto.
Mais ainda nesse momento verde-amarelo. Que desagradável!
Mas como não ser pessimista com esse bando de ladrões incompetentes, mentindo pelos cotovelos?
Sou um sujeito mediano, porém, longe de ser um mal informado para acreditar nesses estúpidos e farsantes, com suas teses e ações risíveis e destruidoras.
A turma do amor, convenhamos, além de ser extremamente maliciosa, utiliza com primor o embuste de promover e dizer exatamente o contrário daquilo que pensa e, de forma mais importante, do que faz.
Já notaram que agora são as tais de união, de construção e, seguramente, as palavras de ordem dos “guerreiros da simulação e do roubo”: igualdade e justiça social.
Minha preferida, evidente, é liberdade, mas a de fato.
Claro que muitos desses ineptos não sabem e/ou dissimulam para locupletarem-se, que indivíduos livres não são iguais, e indivíduos iguais não são livres. Biologia na veia.
Pois eu ligo a televisão e não consigo me desvencilhar de uma palavra dita com a mesma frequência e intensidade da enfadonha “gratidão”: “democracia”.
Admito que outro atributo que não exerço total controle sobre o meu ser - embora tenha exercitado e muito - é a chatice.
Putz, mas não é mais possível suportar esses incompetentes aludindo a “democracia”, por óbvio, a deles.
A democracia deles, segundo meu entendimento, significa realmente cleptocracia.
À democracia que arrotam é mais ou menos aquela que verbalizam para ludibriar a maioria dos tupiniquins mal formados e/ou informados. Os objetivos são singelos: enganar e gatunar.
Esse governo eleito professa absurdamente a (des)arte de enfatizar os vícios do coitadismo ao invés das virtudes do desenvolvimento e do progresso para todos.
A democracia da falsa igualdade acaba por conduzir a todos para a miséria da pocilga.
Eles fingem e fraudam para iludir essa maioria de incautos do pau brasil, e eu já disse que para otário ainda tenho que caminhar uma longa distância.
Não dá para recomeçar o mundo do zero, o que é factível é factualmente dar igualdade de oportunidades para todos, muito embora e rapidamente, a diferenciação naturalmente se imporá. Repito: somos distintos, dotados de diferentes atitudes, habilidades e planos de vida.
A questão principal sempre se aloja na mesma tecla: a dos incentivos institucionais, que por aqui estão de cabeça para baixo.
Um governo “do bem e democrático”, meu juízo, deveria prover os incentivos adequados para que as pessoas pudessem, por conta própria, melhorarem e sentirem-se donas de seus destinos. Porém, a vasta maioria desses politiqueiros se nutre do ciclo vicioso da dependência criada.
Qual é a ordem do dia vermelho? O tal do abstrato coletivo, a mentira da igualdade de resultados, e a corrupta justiça social.
Não aguento mais ouvir, ver e ler sobre essas tais de democracia e de justiça social.
Pior, nem posso desejar e recomendar que esses incompetentes trabalhem.
Gilberto Simões Pires
SOB VELHA E CORRUPTA DIREÇÃO
O nosso pobre e sofrido Brasil, depois de quatro anos de forte tratamento regenerativo, sob os cuidados de uma equipe técnico-patriótica que não mediu esforços para tentar recuperar, com razoável sucesso, boa parte do tecido CORROMPIDO pelos governos anteriores, notadamente, e principalmente, durante o período 2003 a 2016 governado pelo PT de Lula e Dilma, eis que, por vontade explícita do TSE e do STF com apoio irrestrito e incansável do CONSÓRCIO formado pela MÍDIA ABUTRE, o país, desde ontem, 01/01/2023, voltou a ser administrado pela VELHA E CORRUPTA DIREÇÃO.
FIM DO BRASIL
Pois, para marcar o reinício do programa -FIM DO BRASIL-, interrompido em 2016 com impeachment da tenebrosa Dilma Petista, o corrupto ex-condenado, com a sua implacável caneta em punho, tratou de assinar as PRIMEIRAS (de tantas) MEDIDAS voltadas diretamente às DESTRUIÇÕES de tudo de bom que foi CONSTRUIDO, a duras penas, ao longo dos últimos quatro anos.
CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS
Como se vê, com enorme clareza e percepção, o PT e seus 16 partidos aliados pretendem cumprir à risca (com muito afinco) as PROMESSAS feitas durante a campanha eleitoral. Como todos, desde sempre, se mostram plenamente alinhados, de corpo e alma, com o receituário imposto pela CARTILHA COMUNISTA elaborada com cuidado pelo FORO DE SÃO PAULO, a ordem é promover a VOLTA IMEDIATA DO NOSSO PAÍS AO LUGAR DE ONDE NUNCA DEVERIA TER SAÍDO, qual seja a de líder econômico e social do COMUNISMO SULAMERICANO.
POSSIBILIDADES AO NOSSO ALCANCE
Dentro deste ambiente fétido, onde não há lugar para a LIBERDADE, as nossas ESPERANÇAS só têm sentido se estivermos realmente dispostos a lutar pelo que foi perdido. O horizonte do tempo mostra duas possibilidades: uma, que pode ser mais rápida dependendo da vontade maciça do povo brasileiro, é a concretização do -FORA LULA! IMPEACHMENT JÁ!-; outra, é reunir todas as forças para poder, enfim, ser possível desejar a todos os brasileiros de bem, um -FELIZ 2026!-. O fato é que precisamos espantar de vez o REGIME COMUNISTA que desde ontem já está ativo no nosso Brasil.
GOLPE E CONTRAGOLPE
Ainda que a MÍDIA ABUTRE não mostre mínimo interesse em esclarecer, vale sempre frisar, como bem postou o pensador Roberto Rachewsky, que
1- O GOLPE- FOI DADO PELO STF AO RASGAR A CONSTITUIÇÃO NAQUILO QUE É MAIS SAGRADO: A LIBERDADE; e,
2- O CONTRAGOLPE, com o apoio da FFAA, foi um SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO.
Assim, a -LUTA PELA LIBERDADE -vai se dar no CONGRESSO NACIONAL. É lá que estão os nossos GUERREIROS (eleitos para tanto), gostem ou não deles.
Alex Baur
Já havia sido anunciada a presença do ditador venezuelano Nicolás Maduro na posse de Lula. Oficialmente. O Brasil suspendeu a proibição de entrada do regime de tortura de esquerda, que obrigou sete milhões de pessoas a fugir, especialmente para a ocasião comemorativa.
Apenas Jorge Rodríguez, presidente do parlamento fantoche venezuelano, compareceu. Ele também é irmão de Delcy Rodríguez, vice-ditador de Maduro. Afinal.
Coincidentemente, a recepção oficial do emissário de Maduro na gigante da TV Globo, amiga de Lula, coincidiu com o intervalo comercial. Tanto que muitos brasileiros perderam a reabilitação da ditadura.
Lula deveria ter percebido que a presença de Maduro seria um pouco demais. Durante a campanha eleitoral, Lula se apresentou como o salvador da democracia. Teve proibida na Justiça a publicação de fotos que o mostrassem em um abraço íntimo com caudilhos de esquerda e velhos companheiros como Daniel Ortega, os irmãos Castro, Hugo Chávez ou, claro, Maduro.
A posse de Lula em 1º de janeiro teve como tema "União e Reconstrução" - unidade e reconstrução. Isso soa bem. Na verdade, seus discursos inaugurais foram puro veneno.
No mesmo fôlego em que o novo presidente do Brasil clamava por unidade e reconciliação nacional, ele literalmente acusou seu antecessor Jair Bolsonaro de "fascismo", "genocídio" e "terrorismo", "barbárie" e "estupidez", a "tirania " ou "mentiras" (notícias falsas).
Os discursos de uma hora de Lula podem ser reduzidos a uma mensagem central: o demagogo de direita Bolsonaro dividiu e destruiu o Brasil! É a mesma melodia que a esquerda global tem pregado em uníssono com a mídia nos últimos cinco anos.
Internacionalmente, essa retórica pode ter pegado. Mas cerca de metade dos brasileiros não caiu na desajeitada inversão da realidade de Lula. Eles votaram em Bolsonaro.
Lula também insulta metade das pessoas a quem se refere. Dificilmente alguém mudará de ideia por causa das tiradas de ódio. Na verdade, a maioria se sentirá justificada.
Para Lula e seus seguidores, isso não é uma contradição. De acordo com a compreensão marxista da democracia, somente o partido representa os interesses do povo. Quem se opõe ao partido é inimigo do povo - e, portanto, não pertence mais ao povo.
Em um primeiro ato oficial, Lula voltou a restringir a posse legal de armas liberalizada por Bolsonaro. Em segundo lugar, ele aumentou o número de ministérios por decreto de 23 para 37. Em terceiro lugar, ele quer reverter a privatização de estatais não lucrativas iniciada por Bolsonaro.
Além das razões ideológicas, há razões sólidas para isso: Lula só tem minoria no parlamento. Ele precisa desesperadamente de cargos estatais para recompensar os aliados e mantê-los felizes.
Claro, é um veneno para a economia. Mas se as coisas correrem mal, o culpado já está claro: foi seu antecessor que arruinou o Brasil.
Jair Bolsonaro se despediu dos Estados Unidos no réveillon. Supostamente apenas por trinta dias. Talvez para sempre. Na América do Sul, é apenas um pequeno passo entre insultar um oponente político e prendê-lo. No passado, o trabalho sujo era deixado para os militares. Hoje, os juízes politizadores são os responsáveis por isso. Eles já deram a Lula um valioso apoio durante a eleição.
*Alex Bauer é um jornalista e escritor. O artigo acima foi publicado no suíço Die Welt Woche.
Tô fazendo freela de foto em um buffet infantil. Eis que escuto essa conversa entre dois meninos (acho que) de 6 anos:
- Você conhece o Dudu (aniversariante) de onde?
- Não conheço, minha mãe trabalha aqui e ela me traz em todas as festas.
- Que legal! Mas seu pai deixa você vir todo dia?
- Meu pai trabalha entregando pizzas na pizzaria, à noite. Aí, ele não pode ficar comigo.
- Você gosta mais do trabalho do seu pai ou da sua mãe?
- Ah, não sei, porque meu pai ganha pizza de graça e eu como. É muito legal.
- Noooooossa, eu queria comer pizza todo dia. Meu pai é médico de pessoas e minha mãe é médica de dente. Muito chato.
- Chato mesmo, mas você pode ir na minha casa comer pizza, se quiser.
- Eu quero.
- Se você quiser, leva um currículo do seu pai, eu peço para o meu pai entregar para o chefe dele lá na pizzaria. Ele fez isso pro meu tio.
- O que é currículo?
- É um papel de perdir emprego.
- Tá, vou falar pra ele.
Nenhuma criança nasce preconceituosa, arrogante ou elitista. Elas se tornam.”
* Reproduzido da página do jornalista Ricardo Amorim no Facebook