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24/03/2009
Para refletir Carta de D. Pedro Casald?ga «HOJE NÏ TENHO MAIS ESSES SONHOS», diz o cardeal O cardeal Carlo M. Martini, jesu?, biblista, arcebispo que foi de Milan e colega meu de Parkinson, ?m eclesi?ico de di?go, de acolhida, de renova? a fundo, tanto na Igreja como na Sociedade. Em seu livro de confid?ias e confiss?Col?os noturnos em Jerusal? declara: «Antes eu tinha sonhos acerca da Igreja. Sonhava com uma Igreja que percorre seu caminho na pobreza e na humildade, que n?depende dos poderes deste mundo; na qual se extirpasse pela raiz a desconfian? que desse espa??pessoas que pensem com mais amplid? que desse ?mos, especialmente, ?eles que se sentem pequenos o pecadores. Sonhava com uma Igreja jovem. Hoje n?tenho mais esses sonhos». Esta afirma? categ?a de Martini n??n?pode ser, uma declara? de fracasso, de decep? eclesial, de ren?a ?topia. Martini continua sonhando nada menos que com o Reino, que ? utopia das utopias, um sonho do pr?o Deus. Ele e milh?de pessoas na Igreja sonhamos com a «outra Igreja poss?l», ao servi?do «outro Mundo poss?l». E o cardeal Martini ?ma boa testemunha e um bom guia nesse caminho alternativo; o tem demonstrado. Tanto na Igreja (na Igreja de Jesus que s?v?as Igrejas) como na Sociedade (que s?v?os povos, v?as culturas, v?os processos hist?os) hoje mais do que nunca devemos radicalizar na procura da justi? e da paz, da dignidade humana e da igualdade na alteridade, do verdadeiro progresso dentro da ecologia profunda. E, como diz Bobbio, «?reciso instalar a liberdade no cora? mesmo da igualdade»; hoje com uma vis?e uma a? estritamente mundiais. ?a outra globaliza?, a que reivindicam nossos pensadores, nossos militantes, nossos m?ires, nossos famintos... A grande crise econ?a atual ?ma crise global de Humanidade que n?se resolver?om nenhum tipo de capitalismo, porque n??oss?l um capitalismo humano; o capitalismo continua a ser homicida, ecocida, suicida. N?h?odo de servir simultaneamente ao deus dos bancos e ao Deus da Vida, conjugar a prepot?ia e a usura com a conviv?ia fraterna. A quest?axial ?Trata-se de salvar o Sistema ou se trata de salvar ?umanidade? A grandes crises, grandes oportunidades. No idioma chin?a palavra crise se desdobra em dois sentidos: crise como perigo, crise como oportunidade. Na campanha eleitoral dos EUA se arvorou repetidamente «o sonho de Luther King», querendo atualizar esse sonho; e, por ocasi?dos 50 anos da convocat? do Vaticano II, tem-se recordado, com saudade, o Pacto das Catacumbas da Igreja serva e pobre. No dia 16 de novembro de 1965, poucos dias antes da clausura do Conc?o, 40 Padres Conciliares celebraram a Eucaristia nas catacumbas romanas de Domitila, e firmaram o Pacto das Catacumbas. Dom H?er C?ra, cujo centen?o de nascimento estamos celebrando neste ano, era um dos principais animadores do grupo prof?co. O Pacto em seus 13 pontos insiste na pobreza evang?ca da Igreja, sem t?los honor?cos, sem privil?os e sem ostenta?s mundanas; insiste na colegialidade e na corresponsabilidade da Igreja como Povo de Deus e na abertura ao mundo e na acolhida fraterna. Hoje, n?na convulsa conjuntura atual, professamos a vig?ia de muitos sonhos, sociais, pol?cos, eclesiais, aos quais de jeito nenhum podemos renunciar. Seguimos recha?do o capitalismo neoliberal, o neoimperialismo do dinheiro e das armas, uma economia de mercado e de consumismo que sepulta na pobreza e na fome a uma grande maioria da Humanidade. E seguiremos recha?do toda discrimina? por motivos de g?ro, de cultura, de ra? Exigimos a transforma? substancial dos organismos mundiais (a ONU, o FMI, o Banco Mundial, a OMC...). Comprometemo-nos a vivermos uma «ecologia profunda e integral», propiciando uma pol?ca agr?a-agr?la alternativa ?ol?ca depredadora do latif?o, da monocultura, do agrot?o. Participaremos nas transforma?s sociais, pol?cas e econ?as, para uma democracia de «alta intensidade». Como Igreja queremos viver, ?uz do Evangelho, a paix?obsessiva de Jesus, o Reino. Queremos ser Igreja da op? pelos pobres, comunidade ecum?ca e macroecum?ca tamb? O Deus em quem acreditamos, o Abb?e Jesus, n?pode ser de jeito nenhum causa de fundamentalismos, de exclus? de inclus? absorventes, de orgulho proselitista. Chega de fazermos do nosso Deus o ?o Deus verdadeiro. «Meu Deus, me deixa ver a Deus?». Com todo respeito pela opini?do Papa Bento XVI, o di?go interreligioso n?somente ?poss?l, ?ecess?o. Faremos da corresponsabilidade eclesial a express? leg?ma de uma f?dulta. Exigiremos, corrigindo s?los de discrimina?, a plena igualdade da mulher na vida e nos minist?os da Igreja. Estimularemos a liberdade e o servi?reconhecido de nossos te?os e te?as. A Igreja ser?ma rede de comunidades orantes, servidoras, prof?cas, testemunhas da Boa Nova: uma Boa Nova de vida, de liberdade, de comunh?feliz. Uma Boa Nova de miseric?a, de acolhida, de perd? de ternura, samaritana ?eira de todos os caminhos da Humanidade. Seguiremos fazendo que se viva na pr?ca eclesial a advert?ia de Jesus: «N?ser?assim entre voc? (Mt 21,26). Seja a autoridade servi? O Vaticano deixar?de ser Estado e o Papa n?ser?ais chefe de Estado. A C? ter?e ser profundamente reformada e as Igrejas locais cultivar?a incultura? do Evangelho e a ministerialidade compartilhada. A Igreja se comprometer?sem medo, sem evas? com as grandes causas de justi?e da paz, dos direitos humanos e da igualdade reconhecida de todos os povos. Ser?rofecia de anuncio, de den?a, de consola?. A pol?ca vivida por todos os crist? e crist?ser?quela «express?mais alta do amor fraterno» (Pio XI). N?os negamos a renunciar a estes sonhos mesmo quando possam parecer quimera. «Ainda cantamos, ainda sonhamos». N?os atemos ?alavra de Jesus: «Fogo vim trazer ?erra; e que mais posso querer sen?que arda» (Lc 12,49). Com humildade e coragem, no seguimento de Jesus, tentaremos viver estes sonhos no dia a dia de nossas vidas. Seguir?avendo crises e a Humanidade, com suas religi?e suas Igrejas, seguir?endo santa e pecadora. Mas n?faltar?as campanhas universais de solidariedade, os Foros Sociais, as Vias Campesinas, os movimentos populares, as conquistas dos Sem Terra, os pactos ecol?os, os caminhos alternativos da Nossa Am?ca, as Comunidades Eclesiais de Base, os processos de reconcilia? entre o Shalom e o Salam, as vit?s ind?nas e afro e, em todo o caso, mais uma vez e sempre, «eu me atenho ao dito: a Esperan?. Cada um e cada uma a quem possa chegar esta circular fraterna, em comunh?de f?eligiosa ou de paix?humana, receba um abra?do tamanho destes sonhos. Os velhos ainda temos vis? diz a B?ia (Jl 3,1). Li nestes dias esta defini?: «A velhice ?ma esp?e de postguerra»; n?precisamente de claudica?. O Parkinson ?penas um percal?do caminho e seguimos Reino adentro. Pedro Casald?ga Circular 2009

Paulo Ricardo Cauduro Oliveira

24/03/2009
Senhor Diretor de Reda? N?fosse um amigo ter-me chamado a aten?, eu teria deixado de ler a cr?a do jornalista David Coimbra na edi? de sexta-feira pr?a passada. A surpresa que esse amigo me demonstrou foi t?grande e seu apelo t?ingente que catei o jornal e me obriguei a ler o texto. Confesso que o abalo provocado em mim n?foi menor. J?onhec?os h?lgum tempo as simpatias pol?cas do bom David, mas duvid?mos que fosse um petista t?fervoroso a ponto de sacrificar a verdade e as evid?ias emp?cas (sen?judiciais) em nome de sua f?artid?a. Agora temos certeza. Sua afirmativa de que a corrup? no PT ?iferente, n?tem por objetivo a locupleta? deixou-me boquiaberto. Depois de vencido meu breve epis? de estupefa?, veio-me ?ente a impoluta figura do ex-Ministro Luis Gushiken, em entrevista dada ?V, anos atr? e da indument?a incorrupt?l que trajava aquele honesto servidor p?co. Sua camisa, branca como a neve, de corte irretoc?l, brilhava com aquele brilho inconfund?l dos tecidos de alt?ima qualidade. Os suspens?s tinham o refinado aprumo dos artigos comprados em boutiques exclusivas. A gravata era daquelas que se v? em revistas de moda italianas, de um bom gosto irrepreens?l. E os ?os - ah, os ?os! - reluziam dezoito quilates do mais puro ouro em seus bem torneados e corretos aros. Que modelo de eleg?ia! E esse senhor - quem diria? - era at? dia de ontem um dirigente sindical barbudo, maltrapilho e mal-remunerado da maltratada periferia industrial de S?Paulo. Campe?de agita?s ?esta da CUT e do sindicato dos banc?os. Ser?ue por sua casual associa? ao Sr. Daniel Dantas, esse senhor teria descoberto o milagre da multiplica? dos p?? Era de o bom David conferir ... O petista, se rouba, o faz para alcan? sua meta pol?ca nos disse o colunista em sua cr?a, e acho que nesse particular ele est?oberto de raz? Se n? como explicar as dezenas de car?imos outdoors que a Senadora Ideli Salvatti mandou estampar por toda a BR 101, com sua foto em tamanho gigante, agradecendo ao Presidente Lula por aquela obra?( Passados alguns meses se ficou sabendo que tinham ocorrido desvios nas verbas enviadas pelo governo federal a uma associa? sindical de Santa Catarina da qual a ?lita Senadora era dirigente). A meta pol?ca da senadora foi sem d?a alcan?a. Isso ningu?poder?egar. Fato que fica um tanto nebuloso nesse honest?imo idealismo petista ? fato de o sr. Lulinha, filho de nosso sempre popular Presidente, haver transitado do cargo de tratador de macacos do zool?o de S?Paulo a rico empres?o, s? da Rede Bandeirantes e latifundi?o nos grot?setentrionais do Brasil. E de o Vav?uerer cobrar para botar gente vis-?is com nosso supremo mandat?o. A? teoria do roubo por idealismo fica - convenhamos - um tanto prejudicada. Tamb?o fato de o sr. Silvinho Pereira ter-se envolvido com uma empreiteira que presta servi? ?etrobras e dela haver recebido uma caminhonete Land Rover zero quil?ro parece n?se encaixar muito bem nessas teorias davidianas. Nem o assassinato do prefeito de Santo Andr?Celso Daniel, que at?oje n?foi poss?l elucidar. Mas, a?teria sido, talvez, porque o crime praticado pelos petistas n?tenha sido peculato, concuss? explora? de prest?o ou tr?co de influ?ia, mas homic?o mesmo, doloso e qualificado. Ao final da leitura, cheguei a uma poss?l conclus? a Velhinha de Taubat?simp?ca personagem criada pelo tamb?petista Luiz Fernando Ver?imo, havia ressurgido nas p?nas de Zero Hora. S?e desta vez muito mais mo? mais alta, mais bonita e mais ing?a. E gostando de mulher e futebol. N?? m?mo? Como essa vida nos enche de surpresas, n?? Um grande abra? PAULO RICARDO CAUDURO DE OLIVEIRA

Érico Valduga, em Periscópio

24/03/2009
Um em cada tr?eleitores considera ruim e p?imo o desempenho de quem ele elegeu para o ?o poder de Estado que representa todos os cidad? Aponta o Instituto Datafolha, na pesquisa da semana passada, que 37% dos brasileiros consideram ruim ou p?imo o desempenho do Legislativo, no caso o Congresso. Entre os mais escolarizados o percentual sobe para 47%, o que permite concluir-se que um em cada dois cidad? reprova o comportamento dos eleitos para represent?os. Mas, prezados leitores, fiquemos com o dado principal, que engloba todas as regi?do pa?e faixas de idade, escolaridade e renda. Por ele constatamos que, com sobras, um em cada tr?eleitores reprova o procedimento dos eleitos para o Congresso. Eleitos, observe-se, pelos mesmos de quem os pesquisados s?amostra. Anote-se, ainda, que o ?ice n?variar?uito se o objeto da consulta forem as Assembl?s Legislativas e as C?ras Municipais. Algu?argumentar?como, ali? o fizeram os t?icos do instituto paulista, que os n?os mostram a influ?ia dos ?mos esc?alos, o castelo n?declarado, a mans?escondida e o pagamento de horas extras indevidas, entre outros. Pode ser, mas a reprova? n??e hoje, porquanto tem origem no sistema de escolha que leva ao produto final. N?se pode nunca esquecer que o eleitor escolhe quem vai eleger. E a?st? quest? por que o eleitor n?escolhe bem? Por dois motivos principais, e o primeiro ?ue a atividade pol?ca, como infelizmente se apresenta na atualidade, cheira mal, e afasta dela cidad? que n?concorrem a mandatos porque discordam da forma como estes mandatos s?disputados no nosso sistema eleitoral. O segundo decorre do primeiro: o mandato passou a se confundir com um bom neg?, bem remunerado e que retribui com empregos p?cos o apoio eleitoral. Ao contr?o de um comerciante, industrial ou profissional liberal, que batalha diariamente para firmar sua marca e pagar seus empregados, o parlamentar precisa apenas eleger-se, pois, na reelei? a vantagem que leva sobre os novatos ?mensa, custeada por recursos da sociedade. Logo, vale tudo para eleger-se, e quase tudo para reeleger-se, mesmo se isto contribuir para deixar o interesse p?co e o eleitor em segundo plano. Quando o quadro mudar?Quando for modificada a forma de escolha, atrav?de um sistema que reduza os gastos dos pleitos e aproxime os eleitos dos eleitores. A?ome?ia a mudar.

Rivadávia Rosa

24/03/2009
DIANTE DA CRISE BANCRIA originada pelos empr?imos subprime nos EUA – os coveiros de plant?propalam reiteradamente a fal?ia do MERCADO e do CAPITALISMO. A DERROCADA DO CAPITALISMO – paradoxalmente foi profetizada pelo historiador, economista, fil?o da hist? e militante pol?co, Karl Marx (por 25 vezes) – momento em que o regime capitalista seria paralisado por suas contradi?s e cederia lugar a outro regime, no caso socialista. ESSA VISÏ ?etomada atualmente pela m?em?ca de alguns economistas de vi?socialistas tomados por um extremo assanhamento com a possibilidade/desejo de realiza? dessa profecia marxista da inelutabilidade da crise geral do capitalismo. O que n??ovidade: “O piedoso desejo de alguns economistas europeus de que haver?m colapso espetacular nos Estados Unidos — e n?uma crise de reajustamento — e que esse colapso importar?o coup de gr? no capitalismo provavelmente n?se concretizar?n?obstante a pol?ca americana e as grandes possibilidades que, sem d?a alguma, se escondem no futuro imediato”. SCHUMPETER, JOSEPH A., in PREFCIO DA 3a. EDI?O INGLESA, 1949, de Capitalismo, Socialismo e Democracia. Cambridge, Massachusetts - Abril de 1949. A ‘l?a’ dos economistas de vi?socialista – incluindo-se os devotos/interpretes do ‘profeta’ fundador da ‘verdade’ – KARL MARX – os marxistas, marx?os e marxianos – ?ncidir e reiterar na superioridade mental do ‘pai fundador’ – e assim, julgar/declarar-se peremptoriamente mais economista que os economistas, mais cient?co que os puros cientistas – embora n?demonstrem nada do que dizem e pensam ser a VERDADE ABSOLUTA e, ai de quem discordar, embora os fatos digam o contr?o. MAS O GRANDE PARADOXO ?A DETURPA?O IDEOL?ICA do ‘profeta’ mediante o ‘esquecimento’ de que no Manifesto Comunista, est?vidente que as virtudes da burguesia vinham do fato dela ter aumentado os meios de produ? em um s?lo mais do que a humanidade fizera em mil?os. S?virtudes revolucion?as ou construtivas que Marx, de certa maneira, exaltava. Em O Capital, essa id? reaparece e pode-se dizer que uma das caracter?icas, para Marx decisivas, do regime capitalista ?ua ess?ia revolucion?a: “A grande ind?ia criou o mercado mundial preparado pela descoberta da Am?ca. O mercado mundial acelerou prodigiosamente o desenvolvimento do com?io, da navega?, dos meios de comunica?. Esse desenvolvimento reagiu por sua vez sobre a extens?da ind?ia; e ?edida que a ind?ia, o com?io, a navega?, as vias f?eas se desenvolviam, crescia a burguesia, multiplicando seus capitais e relegando a segundo plano as classes legadas pela Idade M?a. Vemos pois, que a pr?a burguesia moderna ? produto de um longo processo de desenvolvimento, de uma s?e de revolu?s no modo de produ? e de troca”. (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, - in Manifesto do Partido Comunista, 1848) COM EFEITO - O CAPITALISMO n?aceita como decisiva uma modalidade qualquer de organiza? do trabalho ou de modo t?ico de produ?. EMBORA O ULTERIOR DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO e das pr?as condi?s sociais do operariado – contradigam toda a ‘fraseologia falaciosa’ socialista fundada na ‘hist?a’ luta de classes do proletariado contra a burguesia, parece que eles esperam o caos – para a vinda do ‘para? terrestre’. ESSA PERVERSÏ DO ENTENDIMENTO – leva os ‘revolucion?os’ – contra toda a evid?ia – a se considerarem os representantes do altru?o, do progresso, da justi? dos pobres, da honestidade, da democracia, da ?ca, da transpar?ia – ou seja, o SUPRA SUMO DO BEM; enquanto que os que se lhes op?– s?a encarna? da rea?, da iniq?de, da desonestidade, do ego?o, do direitismo, ‘neoliberalismo’ e outras denomina? previamente satanizadas – em s?ese – o MAL. POR? - A SENSIBILIDADE social e o desejo humanit?o por si s?o s?suficientes para resolver os problemas da HUMANIDADE, posto que insol?s em forma coletiva. Todos os pais dos povos que o tentaram somente trouxeram a trag?a e a fome. O GOLPE BOLCHEVISTA, mais conhecido como Revolu? de Outubro de 1917 – disseminado como um v?s por dois ter? da humanidade e depois acometido de fal?ia m?pla de seus ?os e institui?s – representou na realidade uma forma de oposi? ?odernidade representado pelo avan?da t?ica, da m?ina, da industrializa? – sob a promessa de realiza? da igualdade, da fraternidade, o fim das diferen? entre os homens – enfim um mundo em que desapareceriam as desigualdades. O SOCIALISMO, vulgarmente conhecido como comunismo somente inspirou e promoveu, na pr?ca trag?as sociopol?ca e econ?as – atrav?de revolu?s delirantes e tresloucadas – perseguiu, torturou e assassinou dissidentes, aniquilou as liberdades p?cas, criou campos de concentra?, os Gulags, pris?de trabalho for?o, estimulou e organizou o terrorismo de Estado, imp? regime totalit?o onde chegou ao poder. Estima-se que desde a O Golpe Bolchevique de Outubro de 1917 foram assassinados cerca de 120 milh?de homens, mulheres e crian? inocentes, pela a? (des) humana. NA CRISE ATUAL INERENTE AO CAPITALISMO – ?ropalada a heterodoxia capitalista supostamente apoiada em JOHN MAYNARD KEYNES – no que imaginam que intervir com grandes volumes de recursos financeiros no mercado – renegam o capitalismo. com essa posi? ignoram duas grandes verdades centrais do CAPITALISMO atual: a interven? do Estado na economia como est?fazendo grande parte dos pa?s ocidentais, longe de ser anticapitalista ?pr?pitalista’; e a interven? ?o mesmo tempo keynesiana e pr?pitalista na medida em que nos anos trinta do s?lo passado (Grande Depress? – a ‘interven?’ n?foi para ‘sepultar’ o capitalismo – mas para salv?o mediante uma reforma, que pelo relativo acerto de ent?– o economista ingl?deixou de ser considerado um heterodoxo para converter-se em s?olo mesmo da ortodoxia, justamente capitalista. KEYNES – foi essencialmente um economista ‘antic?ico – na medida em que nos tempos de bonan?– seu conselho foi de diminuir o gasto p?co e economizar em previs?aos tempos dif?is; nos tempos dif?is – seu conselho foi de aumentar o gasto p?co para salvar a atividade econ?a privada e os empregos ainda que a custo de deficit or?ent?o (estatal). POR? NOS PA?ES – especialmente latinos americanos – tivemos com a boom econ?o do in?o do s?lo, que precedeu a crise – muita festa, viagens regada com gastos excessivos e desperd?o do dinheiro p?co. COM EFEITO - OS GASTOS DESMEDIDOS nos tempos de bonan?– numa verdadeira orgia do dinheiro p?co, lembra a f?la da cigarra e da formiga – e o foi simplesmente para ganhar elei?s e, agora diante do deficit p?co – n?tem mais ‘caixa’ para continuar o controle do sistema pol?co, movido a recursos p?cos. o certo ?ue nos TEMPOS dif?is – os Estados respons?is gastam excessivamente, por?n?para mudar, mas para salvar o ‘mercado’, isto ? CAPITALISMO. VRIOS GOVERNOS LATINO AMERICANOS – depois de debocharem da crise - desvalorizaram sua moeda para se manterem competitivos no mercado global; outros como a Argentina – tem contribu? para diminuir ainda mais a confian?no mercado, acelerando a inseguran?jur?ca – ao confiscar fundos privados, estatiza? de empresas privadas, tentativa de confisco no campo, desestimulando a produ? prim?a; ou o motor da revolu? bolivariana acionado na Venezuela com o boom petrol?ro que n?tem servido sen?para exportar a revolu? para os incautos hermanos da Bol?a, Equador, Paraguai, El Salvador ....; um outro seguia na marolinha descompromissada com a realidade ... MAS TODOS CERTAMENTE n?desconhecem que a m?invis?l - s?todas as m? que operam espontaneamente no mercado – e o que distorce a atividade econ?o-financeira s?justamente a efetiva aplica? dos marcos regulat?s (LEIS), assim como a interven? indevida do Estado, muitas vezes monitorado por interesses corporativos esp?s, t?co do Estado macr?o que com a m?esperta, retira dos pobres que diz defender e privilegia os amigos do rei, desestimulando a livre concorr?ia, a competitividade e os neg?s l?tos. ESSES DEFINITIVAMENTE n?operam como heterodoxos – justamente por n?serem keynesiano – e por n?terem compreendido ou fingirem que n?- o esp?to essencialmente capitalista do keynesianismo. O CAPITALISMO – queiramos ou n?? ?a forma de promover o bem estar humano - justamente porque ?a ess?ia do capitalismo a liberDade individual; o aumento crescente da oferta de bens, servi? e explora? dos recursos naturais; divis?do trabalho; tend?ia a igualdade da taxa de lucro – ou taxa de retorno sobre o capital entre todos os ramos da economia; economia de mercado que ? que ? CAPITALISMO – com a propriedade privada dos meios de produ? que opera em benef?o de todos, dos n?propriet?os, tanto quanto dos propriet?os; e outras vantagens como a pr?a heran?que ?stimuladora do aumento do capital. o capitalismo – s?de ser entendido e aplicado como LIBERDADE ECON?ICA e Estado de Direito com justi?independente, prote? ao direito de propriedade e cumprimento dos contratos - o que nunca existiu especialmente em nossas plagas. O CERTO ?ue atrav?dessas institui?s alguns pa?s cresceram, prosperaram e enriqueceram sua popula?, enquanto os sistemas que se op?ao capitalismo s?economias socialistas de privil?os e, por isso faliram. O Capitalismo – com todas as mazelas – ? maior agente revolucion?o da hist? – gerado e gerador na revolu? produtiva e tecnol?a – triplicou a expectativa de vida entre 1700 – 2000; e reduziu a pobreza nos pa?s capitalistas. RESUMINDO - a verdadeira revolu? ? capitalista – justamente em decorr?ia da PROPRIEDADE INDIVIDUAL que ? ?a que gera prosperidade e riqueza e, por ser um sistema aberto ?ass?l de auto corre?.

Rafael Vitola Brodbeck

24/03/2009
Nas ?mas semanas, um vendaval de cr?cas ?greja Cat?a tomou conta dos principais notici?os. Sem nem ao menos conhecer em profundidade os assuntos abordados, muitos, inclusive conhecidos formadores de opini?e pessoas importantes na administra? p?ca, desfilaram um ros?o de ataques n?a id?s, mas a pessoas, em uma demonstra? de puro preconceito. Justo eles que acusam a tudo e a todos de preconceituosos... Come? com o caso Williamson, bispo da Fraternidade Sacerdotal S?Pio X. Fundada por D. Marcel Lefebvre – cujas diverg?ias para com o Papado, e dificuldades em entender e conciliar o Vaticano II com o “Magist?o anterior”, o levaram a uma crise, cujo ?ce foi a sagra? episcopal de Richard Williamson e mais tr?Bispos, em Econe, no ano de 1988, sem o devido mandato apost?o (autoriza? do Papa) –, a FSSPX teve retirada, por Bento XVI, a excomunh?aplicada automaticamente por conta da referida sagra? fora dos tr?tes can?os e em desobedi?ia ao Sumo Pont?ce. Pois bem, a Igreja achou por bem perdoar a pena imposta para iniciar um di?go mais aprofundado com os membros daquela fraternidade, sem esconder seu desejo de fazer com que eles aceitem o Conc?o. N?mudou a Igreja; o que mudou foi a abordagem. Ora, na ocasi? a m?a desencavou um v?o, gravado meses antes pela TV sueca, em que D. Williamson, durante uma entrevista, negou a exist?ia de c?ras de g?nos campos de concentra? nazistas, bem como afirmou n?ser na ordem de seis milh?o n?o de judeus mortos por Hitler, e sim, em suas palavras, “dois ou tr?mil.” Foi a oportunidade que setores da imprensa internacional encontraram para mover seu ? ?greja: acusaram o bispo de partid?o do nazismo, envolveram o Papa na hist? toda (como se, ao reabilitar os seguidores de Lefebvre, estivesse dando aval ?bobagens de um de seus bispos), e ainda deram mais destaque ?desastradas declara?s de Williamson do que ao grande acontecimento que foi a retirada de sua excomunh?e de seus companheiros na FSSPX. Apesar da pol?ca de seus argumentos e mesmo de sua irrealidade hist?a, temos de colocar os pingos nos is. Williamson n?foi antissemita em seus coment?os, n?disse que os judeus n?foram v?mas. Apenas externou uma opini?– errada, ?laro, mas l?ta – de que n?teriam sido tantos os mortos. Se uma pessoa qualquer emitisse uma opini?igualmente acerca de outro fato hist?o, no m?mo seria contraditada gentilmente pelos especialistas. Mas um bispo cat?o, falando de judeus, n?tem direito a dizer o que pensa, e a ele ?eservada a suprema antipatia p?ca. Enfim, a retirada das excomunh?nada teve a ver com o que pensa ou deixa de pensar Williamson acerca dos judeus ou do nazismo. Em outra ocasi? foi a vez de D. Jos?ardoso Sobrinho, OCarm, arcebispo de Olinda e Recife, violentamente agredido em sua honra pelos mais variados setores da sociedade, inclusive alguns ditos cat?os, simplesmente pelo fato de repetir o que a Igreja ensina: aborto ?ecado e, al?disso, delito can?o punido com excomunh?autom?ca. Todos, sem sequer ter o mais b?co conhecimento teol?o, se arrogaram o direito de criticar o prelado. Sem embargo, n?foi D. Jos?uem excomungou os m?cos e a m?da menina de nove anos, estuprada pelo padrasto, cuja gravidez foi interrompida por um procedimento abortivo. A excomunh??utom?ca nesses casos. Fale ou n?fale D. Jos?queira ou n?queira o m?co, a excomunh?ocorreria, pois independe do pronunciamento do arcebispo. N?faltou quem, no epis?, teve a mal?a de, mentirosamente, sustentar que para D. Jos? estupro da menor n?era pecado, apenas o aborto. Canalhice! D. Jos?oi claro: estupro e aborto s?ambos pecados mortais. Apenas que o aborto ?revisto, no C?o de Direito Can?o, como delito, al?de pecado. Simples. Cristalino. S?o enxerga quem est?mpregnado dos mais baixos pr?ulgamentos em rela? ?greja Cat?a. Enfim, agora em sua visita ?frica, foi a vez do Papa sofrer duros golpes, ao expor, mais uma vez, o ensino cat?o de que o uso de preservativos ?ecado, pois desvincula, no sagrado ato de amor de um casal, os fins procriativo e unitivo. Clamaram esses tolerantes (que toleram tudo menos a Igreja, a qual acusam de intolerante, em um proposital paradoxo) pela culpa da religi?cat?a pelo aumento do n?o de infectados pelo HIV, ao proibir a camisinha. Suprema incoer?ia e, ouso dizer, imbecilidade. Ora, a Igreja pro? n?s?camisinha como o sexo antes e fora do casamento. Ent?aqueles que n?obedecem a Igreja em um ponto (fazendo sexo pr?u extra-matrimonial, ou mesmo t?rela?s homoer?as), deixam de usar camisinha por obedi?ia ?esma Igreja? Como pontificou um amigo: “Se as pessoas obedecessem ?greja, n?fariam sexo n?matrimonial em primeiro caso. Ignoraram a Igreja na hora do sexo, mas na hora de botar uma camisinha: ‘N? a Igreja n?deixa!’” ?por essas e outras que est?erto Luiz Felipe Pond?em seu artigo do dia 23/03, na Folha de S?Paulo: “Outro fato que torna esse debate viciado ? preconceito contra a Igreja Cat?a, ali? o ?o preconceito aceito pelos ‘inteligentes’. Da? desfile de express?banais como ‘Inquisi?’, ‘Idade M?a’ ou ‘trevas’. Puro senso comum. A Igreja n??st?a. Est?o ?uem pensa que ela o seja.” A ningu?se permite o preconceito, mas os que primeiro bradam contra ele s?os mais preconceituosos em rela? ao catolicismo. A ningu?se permite a intoler?ia, salvo quando ela ?irigida ?greja. Realmente, como no Imp?o Romano, nas invas?germ?cas e vikings, em certos momentos do Medievo, nas Revolu?s Francesa e Russa, no absolutismo e no iluminismo, a Igreja Cat?a ? saco de pancadas. Contra ela tudo ?ermitido. * Delegado de Pol?a em Itaqui e articulista

Correio Braziliense

24/03/2009
(Correio Braziliense, 23 de mar?de 2009) N?passa de 10% a percentagem de pa?s com Produto Interno Bruto (PIB) equivalente ao que o mercado internacional de drogas il?tas movimenta anualmente: US$ 320 bilh? O dado ?xemplar da dimens?do problema, ainda mais preocupante neste momento de crise econ?a, com os Estados nacionais enfraquecidos, grandes institui?s em ru?. ?terreno f?il para a aterradora ascens?do narcotr?co, seja por meio da corrup? de autoridades e poderes institu?s, seja pelo caminho da for?e da viol?ia. Nesse cen?o, tomam vulto propostas em defesa da legaliza?, sob o pretexto de que a arrecada? de impostos e a economia com os gastos da pol?ca repressiva ajudariam a reerguer as economias. Ledo engano. ?simplista imaginar que legalizar a produ?, a venda e o consumo far?essa ind?ia um mercado do bem. Tamb??implista considerar fracassada a pol?ca de repress?aos entorpecentes por ela n?vir obtendo os avan? esperados. Talvez, ao contr?o, falte justamente mais empenho. Igualmente simplista ?riar dicotomia no combate ?drogas, como se a solu? fosse optar entre a via do enfrentamento policial e militar e a das pol?cas de redu? de danos. Antes de serem exclusivas, essas s?sa?s complementares. Portanto, for??duas: apoio ao consumidor, para livr?o dos efeitos perversos dos entorpecentes, e cerco sem tr?a aos traficantes — sem a hipocrisia de fingir-se persegui-los enquanto se corre atr?dos narcod?es. Afinal, a quest??o mesmo tempo de seguran? de sa?p?ca, social, econ?a e pol?ca. Em 1998, as Na?s Unidas aprovaram resolu? a favor de “um mundo livre das drogas”. A meta ambiciosa era eliminar ou reduzir significativamente a produ? de coca?, maconha e ? at?008. Os resultados ficaram muito aqu? Em vez de desistir e render-se ?ealidade, a ONU acaba de confirmar a postura idealista. Na reuni?anual da Comiss?de Narc?os, realizada duas semanas atr? em Viena, manteve a meta para o pr?o dec?o. Desde ent? ?cusada de ilusionista. Alega-se que, ao frustrar expectativas, a organiza? cai no descr?to. Por essa interpreta?, a pr?a ONU — criada h?ais de seis d?das para promover no mundo a paz, a seguran? o progresso social e o respeito aos direitos humanos — ?mensa ilus? Realista, o chefe do Escrit? das Na?s Unidas Contra a Droga e o Crime (UNODC), Antonio Mar?Costa, reconhece ter havido “danos muito significativos” nos ?mos 10 anos, mas adverte: “?preciso uma mudan?contra o crime, n?a favor das drogas”. Na opini?dele, a dificuldade encontrada n?significa que se deva desistir do combate. “Suspender os controles sobre o uso de drogas seria uma ren?a c?ca do Estado ?ua responsabilidade de proteger a sa?dos cidad?.” Merece reflex? ainda, outra frase do funcion?o: “As drogas s?ilegais porque s?prejudiciais, n?s?prejudiciais por serem ilegais”. Por fim, viciada ou consumidora eventual, cerca de 5% da popula? mundial carece de aten? especial ou tratamento m?co. J?os respons?is por 200 mil mortes anuais n?pode restar sa? que n?seja responder pelos crimes.

José Nêumanne

24/03/2009
As den?as do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), primeiro em entrevista ?eja e depois em discurso na tribuna do Senado, n?trouxeram novidades de monta: qualquer brasileiro medianamente informado sabe (e sempre soube) que a corrup? campeia na gest?p?ca brasileira. E que o partido do parlamentar est?onge de ficar acima de qualquer suspeita nesse particular. No entanto, elas representam um divisor de ?as na pol?ca brasileira, n?pelo impacto que produziram, mas pela demonstra?, na pr?ca, de que a banaliza? do furto qualificado dos agentes p?cos n?desperta mais a ira de ningu? nem sequer a falsa indigna? dos acusados. Antes de Jarbas Vasconcelos (AJV), o gestor p?co acusado fazia um escarc? amea?a processar o denunciante na Justi?e contava com a inefici?ia e a lerdeza desta para deixar o esc?alo esfriar at?enecer. Agora a acusa? j?asce morta, na base de isso n??omigo, e da?e da?ou, ent? sou, mas quem n?? J??muito longe os tempos do moralismo udenista. Consta do anedot?o pol?co o aparte do getulista conhecido pela liberalidade com que lidava com os recursos p?cos em proveito pr?o a um discurso do colega deputado Carlos Lacerda na C?ra: Vossa Excel?ia ?m ladr?da honra alheia, disse. E o tribuno rebateu na hora: Ent? fique tranquilo, pois nada tenho a roubar de Vossa Excel?ia. Hoje a honra n?vale nem sequer como falso argumento de palanque. Pois o eleitor reelegeu com ampla margem um governo que institucionalizou a compra do apoio parlamentar no Congresso por um esquema descrito em detalhes pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) no livro Nervos de A? Este caiu no esquecimento, assim como o esc?alo do mensal? nele descrito, sob o falso argumento de que o autor n?era tamb?uma flor que se cheirasse. Se isso fosse verdade, a dela? premiada n?faria tanto sucesso l?ora e aqui mesmo, onde acaba de levar para a cadeia uma tenente-coronel da Pol?a Militar de S?Paulo. At?or escrever com conhecimento de causa, Roberto Jefferson deveria ter sido lido e levado em considera?. Pior ?ue se foi tamb?o tempo em que o falso moralismo da esquerda interessada no que restava de decoro no inconsciente coletivo do eleitorado nacional pelo menos for?a os governantes a tomarem um m?mo de cuidado na manipula? do or?ento. Caiu no buraco negro da insensibilidade moral generalizada a li? dada pelo juiz da 17.ª Vara Federal de Bras?a, Moacir Ramos, na senten?em que inocentou a c?a do setor de telecomunica?s do governo tucano anterior da corrup? grossa na privatiza? das telef?as de que foi acusada h?1 anos por l?res do PT e da CUT. O magistrado inocentou o ex-ministro das Comunica?s Luiz Carlos Mendon?de Barros, o ex-presidente do BNDES Andr?ara Rezende, o ex-diretor do mesmo banco Jos?io Borges e o ex-presidente da Anatel Renato Guerreiro - afastados do governo pelo chefe de ent? Fernando Henrique Cardoso. O juiz tamb?perguntou, referindo-se aos acusadores Aloizio Mercadante, Vicente Paulo da Silva, Ricardo Berzoini e Jo?Vaccari Neto, do PT e da CUT: Se havia preocupa? com a apura? dos fatos, por que esses nobres pol?cos n?interferiram junto ao governo atual para que fosse feita a investiga? das s?as den?as que apontaram na representa? que fizeram ao Minist?o P?co? N?consta que algum deles tenha respondido. Talvez seja exagerado sentir saudades daquele tempo em que um presidente da Rep?ca demitia auxiliares de confian? n?por hav?a perdido, mas apenas para ser fiel ao velho preceito da Roma antiga segundo o qual o gestor do patrim? coletivo deve ser tratado com o mesmo rigor que C?r dispensou ?r?a mulher: N?basta ser honesto, ?reciso parecer honesto. Mas ?til e l?to lamentar que o falso moralista de ontem se tenha transformado, como parte do PT se transformou, em usu?o comodista da lerdeza do Judici?o, a pretexto de recorrer, de forma desavergonhada, ao conceito tamb?romano do benef?o da d?a para o acusado por algum delito. Exemplar nesse sentido ? apoio que o presidente Luiz In?o Lula da Silva tem insinuado ao deputado Antonio Palocci (PT-SP) na campanha de 2010 para o governo do maior Estado da Federa?. Premido a demiti-lo do Minist?o da Fazenda por este ter sido acusado de alguns crimes, entre os quais a quebra do sigilo banc?o de um caseiro que o havia visto frequentando uma luxuosa casa suspeita, o chefe do governo conta com a magnanimidade do Supremo Tribunal Federal para lan?lo ao segundo posto de maior poder na Rep?ca. Foi isso, pelo menos, que ficou claro na declara? a respeito dada por outra pretendente ao posto, a ex-prefeita da capital Marta Suplicy. Com o mesmo pragmatismo com que se livrou de seu czar econ?o, pondo no lugar dele um companheiro muito menos capaz, Lula agora v?ele o nome ideal para governar o Estado de S?Paulo. De volta a nosso divisor de ?as, Jarbas Vasconcelos, a explica? para tudo isso a?ode estar na conclus?com a qual ele resumiu sua recente contribui? ?onstata? da amoralidade generalizada vivida no Brasil. A impunidade estimula a corrup?, disse o senador, para quem a falta de puni? gera mais e novas irregularidades. Se o governador, o senador e o deputado s?corruptos e nada acontece, as pessoas logo pensam que tamb?podem fazer corrup?. E quem n?gosta de uma corrup?zinha? Parece que chegamos ?ealiza? da profecia de S?io Porto, o Stanislaw Ponte Preta: Ou nos locupletemos todos ou restaure-se a moralidade. Como n?h?estaura? de moralidade ?ista, nem prevista, tudo indica que chegamos, afinal, ?emocratiza? da corrup? que agora agora virou ampla e geral, embora ainda restrita. * Jornalista e escritor, ?ditorialista do Jornal da Tarde

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24/03/2009
El nuevo presidente norteamericano debe intentar el cambio pac?co de la isla hacia una democracia estable, con respeto a los derechos humanos y que pueda ser razonablemente pr?ra en el futuro Washington debe plantearse siempre una pregunta: ¿impulsa a los cubanos hacia la democracia y hacia la apertura econ?a o contribuye a consolidar en el poder a una oligarqu?autoritaria que se reparte abusivamente las rentas del pa? Qu?onflicto cubano le deparar?l destino al presidente Barack Obama? Alguno habr?Sin duda, ser?na etapa de riesgos y de oportunidades. Probablemente, durante su mandato morir?idel Castro y se abrir?n momento propicio para contribuir a enterrar la dictadura cubana y a tratar de impulsar una transici?ac?ca hacia la libertad, como la que vivieron los pa?s de Europa del Este tras el derribo del Muro de Berl? con el objeto de que en Cuba se entronice una democracia pac?ca y pr?ra con la cual tener buenas relaciones. Para eso, Obama y su secretaria de Estado, Hillary Clinton, van a necesitar suerte, sentido com?flexibilidad y car?er. Obama, pues, tampoco debe hacerse ilusiones con relaci? Cuba. Diez presidentes antes que ?han tenido conflictos con el r?men de los hermanos Castro. Sin embargo, es probable que durante sus primeros cuatro a?de mandato las cosas comiencen a modificarse dentro de la isla. El punto de partida de esos cambios pudiera ser la muerte de Fidel Castro. Se sabe que la mayor parte de la estructura de poder quisiera una reforma profunda, pero el viejo comandante, tercamente estalinista, lo impide. Esta observaci?s importante: mientras Fidel Castro viva, cualquier concesi?ignificativa que el Gobierno de Obama le haga a La Habana es contraproducente. Ser?nterpretada como Fidel Castro tiene raz? no hay que hacer ning?ambio sustancial a nuestro modelo totalitario. Sin embargo, en el momento en que desaparezca Washington debe hacer un gesto de buena voluntad, incluso a Ra?astro, como una se?de aliento a las fuerzas reformistas, con el mensaje expl?to de que Estados Unidos est?ispuesto a ayudar generosamente a los cubanos para transformar el pa?en una democracia pac?ca y razonablemente pr?ra. Para el Gobierno de Obama ? debe ser el objetivo: el cambio pac?co de Cuba en una democracia estable, con libertades y respeto por los derechos humanos, dotada de un aparato productivo que les permita a los cubanos vivir en su pa?sin tener que emigrar ilegalmente a Estados Unidos. Una naci?emejante a Costa Rica, con buenas relaciones con sus vecinos y con Estados Unidos, que, lejos de expulsar a su poblaci?or falta de oportunidades, sea capaz de absorber a los millares de exiliados que regresar? a Cuba si las condiciones de vida fueran aceptables. Ese objetivo conduce a descartar cualquier tentaci?e pactar en Cuba con una tiran?como la china o la vietnamita, con una cleptocracia como la rusa, o con una dictadura militar. Durante casi todo el siglo XX Estados Unidos jug? carta de nuestro hijo de p…, y le dio un p?mo resultado. Washington qued?talmente desacreditado por predicar la democracia y proteger las dictaduras. Tras Somoza, vinieron los sandinistas. Despu?de Batista lleg? comunismo a Cuba. No tiene sentido revivir esa estrategia otra vez. ¿Qu?uede hacer Obama para estimular los cambios? Hay varias medidas: reducir gradualmente las sanciones econ?as si la dictadura excarcela presos pol?cos o alivia la presi?obre los disidentes; elevar el rango de la representaci?iplom?ca a la categor?de embajada; facilitar intercambios deportivos y acad?cos. Pero ante cualquier iniciativa, Washington debe plantearse siempre una pregunta: ¿impulsa a los cubanos hacia la democracia y hacia la apertura econ?a o contribuye a consolidar en el poder a una oligarqu?autoritaria que se reparte abusivamente las rentas del pa? Si es lo segundo, no vale la pena intentarlo. Poco antes de su discurso del primero de enero, profundamente antiamericano, Ra?astro, entonces en Brasil, insisti?blicamente en su deseo de hablar con el presidente Obama. ¿Por qu?¿Qu?e propone? Tiene tres objetivos en la manga: acceder a cr?tos blandos para importar productos americanos, pese a la bien ganada fama de insolvente que padece el Gobierno; atraer a cientos de miles de turistas estadounidenses, y la excarcelaci?e cinco de los catorce esp? cubanos capturados en 1999 por el FBI -nueve de ellos se declararon culpables, pactaron con jueces y fiscales, recibieron condenas muy leves y ya est?discretamente integrados en el mundo americano-. Con los dos primeros objetivos alcanzados, Ra?astro liquidar?pr?icamente lo que queda del embargo. Con el tercero, contentar?a Fidel Castro, quien est?mpecinado en no morirse hasta que no regresen a Cuba sus agentes m?duros. Naturalmente, pese al clamor general en demanda de cambios pol?cos profundos, ni Fidel ni Ra?iensan abrir los m?enes de participaci?e la sociedad cubana. Por eso es tan acertada la cr?ca de Pablo Milan? que recientemente declar?e no conf?en ning?irigente cubano que tenga m?de 75 a?. Los Castro creen que todo lo tienen atado y bien atado. S?que eso casi nunca es cierto. Europa Sur Espa?Infosearch: Jos?. S?hez Analista Director Dept. de Investigaciones La Nueva Cuba Marzo 22, 2009 Fonte: La Nueva Cuba

José Maria e Silva

24/03/2009
“A revolu? ?i?a, ?riadora de vida, ainda que, para cri?a, seja obrigada a deter vidas que pro?m a vida.” Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido, defendendo os fuzilamentos sum?os comandados por Che Guevara e Fidel Castro Com quantas vidas se faz uma ditadura? Na bel?ima novela de John Boyne, O Menino do Pijama Listrado, essa pergunta ?espondida pelo espanto de Bruno, um menino de nove anos.. Sempre que ele se surpreende com o mundo do F? ?ua volta, seus olhos se arregalam, sua boca faz o formato de um O e seus bra? caem ao longo do corpo. A obra, uma elegia ?noc?ia da vida que n?sabe da morte, deveria ser lida — e meditada — pelos 3.949 intelectuais que, at?gora, assinaram um manifesto contra a Folha de S. Paulo, repudiando o editorial “Limites a Ch?z”, publicado em 17 de fevereiro ?mo, no qual a ditadura militar brasileira ?ndiretamente chamada de “ditabranda”. O Menino do Pijama Listrado (o livro, n?vi o filme) demonstra, metaforicamente, a abissal diferen?entre um regime autorit?o (circunscrito ?sfera pol?ca) e um regime totalit?o (que permeia todas as inst?ias sociais). As primeiras rea?s ao editorial da Folha partiram da soci?a Maria Vict? Benevides, professora da Faculdade de Educa? da USP, e do advogado F?o Konder Comparato, professor aposentado pela mesma institui?. Esquecendo-se que a universidade que representam arrasta at?oje um cad?r insepulto (o do estudante de medicina morto num trote em 1999), Benevides e Comparato encenaram uma indigna? que jamais sentiram diante das quase 100 mil mortes perpetradas pela Trindade Cubana (Fidel, Guevara e Ra?astro) — 17 mil na boca dos fuzis, em execu?s sum?as, e 80 mil nos dentes dos tubar? em fuga para os Estados Unidos. Como a Folha de S. Paulo chamou a aten? para essa d? moral de Benevides e Comparato, lembrando que eles jamais protestaram contra a ditadura cubana, os dois intoc?is uspianos se sentiram feridos e, em resposta, fizeram o que os intelectuais de esquerda mais sabem fazer quando s?pegos sem argumentos — conclamaram o rebanho para um manifesto. O inef?l Antonio Candido, decano dos intelectuais de esquerda, encabe?o rep? ?olha, que tamb?conta com figuras como o indefect?l Emir Sader, intelectual que, diante de Che Guevara, cai de joelhos por terra, parafraseando a missa: “Guevara, eu n?sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma s?lavra e serei salvo”. Quem duvida que Emir Sader ?apaz dessa ora? diante do guerrilheiro argentino, leia o que ele escreveu num artigo publicado em Carta Maior: “N?vou gastar palavras in?s para falar do Che. Basta reproduzir algumas das suas frases, que selecionei para o livro Sem Perder a Ternura”. Tamb?diante de Marx e Fidel, Sader emudece: “O que falar de Marx que permane??ua altura? O que escrever sobre Fidel?” Se o ensino superior no Brasil, p?co e privado, n?fosse mero aparelho ideol?o da esquerda, Emir Sader jamais teria virado doutor em ci?ia pol?ca pela USP e professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, al?de orientador de teses e disserta?s. Sem d?a, estaria at?oje tentando passar no vestibular e sendo reprovado sempre, por n?ter argumentos para retratar personagens da hist?. Que universidade isenta aceitaria um aluno que, ao ouvir falar de Marx, Guevara e Fidel, n?fosse capaz de articular uma s?lavra e se comportasse feito os silv?las do Anhang?, embriagado pelo ?ool incandescente da revolu?? J?maginaram se um intelectual de “direita” dissesse n?ter palavras diante de Karl Popper? Seria acusado de ignorante e charlat? Emir Sader ?m paradigma da universidade brasileira. Ele ? prova cabal de que, por tr?da cantilena de “produ? do conhecimento”, o que h?os mestrados e doutorados do pa??ma usina de produ? de marxismo e derivados. Estou plenamente convicto de que a universidade brasileira n??olu? para nada — ela ?arte essencial do problema. As principais mazelas do Brasil s?fomentadas artificialmente pela universidade, que, desde a d?da de 50, na ?ia de criar um novo mundo, especializou-se em destruir o existente. Isso fica muito claro quando se estuda a origem social dos guerrilheiros que pegaram em armas contra o regime militar. Eles vieram, em sua maioria, das universidades. N?tinham o menor apoio popular. Como ?ue o povo podia apoiar um bando de tresloucados que, de arma em punho, pregavam a derrubada de uma ditadura imagin?a? Porque at? final de 1968, com a edi? do AI-5, s?via ditadura na imagina? dos universit?os. Foi exatamente durante os propalados “Anos de Chumbo” que o Brasil viveu uma das maiores efervesc?ias culturais de sua hist?, com os festivais, a imprensa alternativa, a Tropic?a, o Cinema Novo, Chico e Vandr?Caetano e Gil. Ao contr?o de Cuba, onde Chico Buarque seria fuzilado ou condenado a 20 anos de pris?se falasse mal de Fidel Castro, no Brasil, o m?mo que lhe aconteceu foi ser admoestado pelos militares, o que lhe garante at?oje uma conta banc?a maior do que seu indiscut?l talento. Num ambiente assim, existe alguma raz?plaus?l para se pegar em arma ou at?ara se perpetrarem atentados terroristas, como fizeram muitos grupos guerrilheiros? Obviamente, n? Em toda guerra, os primeiros sacrificados s?os inocentes, portanto, a op? pela luta armada para derrubar um regime s? justifica quando esse regime ?anguin?o e opressivo, incidindo sobre toda a vida social e n?apenas sobre a esfera pol?ca. Era o que acontecia na terra do Menino do Pijama Listrado, da? Levante do Beco de Vars?, em 1943, quando judeus desesperados — n?tendo sen?uma morte horrenda como alternativa — preferiram abreviar a vida numa luta suicida contra as tropas nazistas. Mas esse n?era o caso do Brasil dos militares. Aqui, os guerrilheiros eram homens e mulheres bem nascidos que, por puro esp?to de aventura, jogavam fora o futuro como m?cos, engenheiros e advogados e se arvoravam a libertadores da p?ia, sem notar que a maioria esmagadora da popula? — provavelmente mais de 90 por cento — n?se sentia oprimida nem pedia para ser libertada. Pelo contr?o, o regime instalado em 1964 teve forte apoio popular e quando come? a ser repudiado nas urnas, em 1974, com a expressiva vit? do velho MDB, esse rep? era mais de car?r econ?o que pol?co. A infla? estava recome?do e os pobres votaram contra a “carestia”, que ?omo chamavam a infla? na ?ca. J?screvi repetidas vezes, mas a ocasi?me obriga a escrever de novo: quem acha que no Brasil houve uma ditadura sanguin?a, totalit?a, nos moldes nazistas (?ssa a vis?que se tem dos militares nas escolas) deve ler Pedagogia do Oprimido, o panfleto de auto-ajuda marxista do pedagogo Paulo Freire. Esse livro — que faz uma defesa expl?ta da luta armada e santifica Che Guevara, Fidel Castro e Mao Ts?ung — foi publicado em pleno ano de 1970, no Rio de Janeiro, pela Editora Paz e Terra, ligada aos padres da Teologia da Liberta?. Em 1981, Pedagogia do Oprimido j?stava na 10ª edi?. Um verdadeiro best-seller, levando em conta que n??m livro comercial e o Brasil tinha muito menos estudantes universit?os do que tem hoje. Ora, se o regime militar foi o per?o “mais sombrio da nossa hist?”, como dizem os intelectuais de esquerda, como se explica o sucesso editorial de uma obra que o combatia? Em Havana seria poss?l publicar um livro do g?ro contra Fidel Castro, o santo fardado de Buarques e S?res? Mas nem ?reciso recorrer ?itadura cubana para demonstrar que os intelectuais brasileiros mentem descaradamente quando dizem que o regime militar de 64 foi uma ditadura sanguin?a. A pr?a hist? recente do Brasil — contada mentirosamente por eles — mostra a contradi? em que incorrem. ?s?mparar a “Revolu? de 30” com a “Ditadura Militar” (ponho as express?entre aspas para remeter ao modo como os dois per?os costumam ser chamados nos livros de hist?). Qual a diferen?entre os dois per?os? A rigor, nenhuma. Salvo o fato de que Get? Vargas era um ditador civil, obviamente apoiado por militares, porque toda ditadura precisa de armas.. Sob o ponto de vista da repress? Vargas foi muito pior do que os militares. O seu per?o, sim, foi literalmente “anos de chumbo”. Enquanto os militares procuraram preservar as institui?s, garantindo elei?s legislativas e a independ?ia do Judici?o, Vargas centralizou todos os poderes em suas m?, destituindo governadores e nomeando interventores em seu lugar. S?Paulo se rebelou, na chamada Revolu? Constitucionalista de 32, e Vargas bombardeou o Estado — o epis? mais sangrento da hist? brasileira no s?lo passado, apesar de ofuscado pela prefer?ia dos intelectuais pela Guerrilha do Araguaia. Todavia, mesmo quem n?pegava em armas, n?ficava ileso. O escritor Graciliano Ramos, individualista nato, incapaz de arregimentar qualquer movimento pol?co, acabou sendo preso durante quase um ano, num pres?o comum, sem julgamento. Seu ?o crime: escrever o romance S?Bernardo, entre outros escritos tidos como comunistas. Bem que merecia, mas n?teve indeniza? alguma pelo arb?io de que foi v?ma. Ao contr?o dos fanfarr?que pegaram em armas contra os militares, o Velho Gra?tinha vergonha na cara. Se a sanguin?a ditadura de Get? Vargas merece, nos livros de hist?, o ep?to de “Revolu? de 30” (justificadamente, por sinal), por que os governos militares n?podem ser chamados de “Revolu? de 64”, levando em conta que tamb?mudaram a face do Brasil? Vargas j?ra ditador desde o in?o de seu governo, antes mesmo da implanta? do Estado Novo, em 1937, quando a tresloucada Intentona Comunista de 35 levou ao recrudescimento do regime. J?s militares s?ram verdadeiramente ditadores a partir de 12 (13) de dezembro de 1968, quando editaram o AI-5, obrigados pelos atos de terror da esquerda armada, treinada e financiada por Fidel Castro e aben?da por intelectuais como Paulo Freire. Mesmo assim, foi uma ditadura cir?ca, circunscrita aos inimigos declarados do regime. Tanto que n?chegou a matar nem 500 pessoas, como reconhecem os pr?os autores de esquerda nos balan? que fizeram do per?o. As v?mas inocentes, em sua maioria, tombaram por terem sido usadas como escudo pelos advers?os do regime. Um dos argumentos de Maria Victoria Benevides para criticar o editorial da Folha ?ue n?se mede ditadura com estat?icas: “Quando se trata de viola? de direitos humanos, a medida ?ma s? dignidade de cada um e de todos, sem comparar ‘import?ias’ e estat?icas”. Em artigo publicado, na ter?feira, 24, o jornalista Fernando de Barros e Silva, editor de Brasil da Folha, corrobora a tese da soci?a: “Algumas matam mais, outras menos, mas toda ditadura ?gualmente repugnante. Devemos agora contar cad?res para medir n?is de afabilidade ou criar algum ranking entre regimes b?aros?” Claro que devemos — respondo eu. Todo crime s? iguala em repugn?ia para aquele que ?ua v?ma, mas para quem o analisa de fora, especialmente se esse algu?for um historiador, h?ma enorme diferen?entre matar 100 pessoas ou matar 100 mil. Se Hitler tivesse matado apenas uma centena de judeus, o nazismo seria a encarna? do mal no imagin?o do mundo contempor?o? S?o v?ue ditadura tamb?se mede com estat?icas aqueles que t?medo dos n?os. Ao ver que nenhuma ditadura capitalista at?oje conseguiu igualar os mais de 100 milh?de mortos do comunismo no mundo, a esquerda inventou esse argumento falacioso de que uma s?rte perpetrada por uma ditadura diminui toda a humanidade, como se o homem-massa da revolu? marxista tivesse lugar na poesia metaf?ca de John Donne. Justamente a esquerda, que n?faz conta do individuo de carne e osso, s? massa de manobra da revolu?. O regime militar n?apenas matou muito menos gente do que outros regimes autorit?os — tamb?foi capaz de criar um modelo de ditadura que deveria ser exportado. Toda ditadura costuma ser encarnada por um homem s?ue se torna escravo do poder que concentra, perdendo inclusive os freios morais. Da? profus?de ditadores s?cos, pessoalmente sedentos de sangue humano. No Brasil isso n?ocorreu. Os militares criaram uma esp?e de ditadura institucional, em que o poder n?era encarnado por nenhum homem, mas pela institui? — as For? Armadas. Nem o principio federativo foi quebrado num primeiro momento, como ocorreu de imediato com a ditadura de Get? Vargas. Antes do recrudescimento da luta armada, ainda houve elei? para governadores e, mesmo depois que elas foram suspensas, o legislativo continuou funcionando. Essa quase normalidade institucional propiciou at? surgimento e fortalecimento de uma oposi? que jamais houvera em toda a hist? do Brasil — a oposi? institucional, criada e mantida pelas pr?as entranhas do Estado. Boa parte do chamado movimento social — que hoje alimenta o PT e demais partidos de esquerda — come? a ser constru? gra? a esse processo de institucionaliza? do pa?gestado pelos militares. Come?do pelas pr?as universidades federais — cobras a quem os militares deram asas. A Reforma Universit?a feita pelos militares em 1968 profissionalizou o ensino superior no pa? instituindo antigas reivindica?s da pr?a comunidade acad?ca, como dedica? exclusiva de docentes, introdu? de vestibular unificado e implanta? de mestrados e doutorados. Valendo-se dessa estrutura, os intelectuais de esquerda se infiltraram nas universidades e, a partir delas, forjaram em todo o pa?um movimento social de proveta, destinado n?a resolver problemas, mas a foment?os. Um exemplo s?os quase 50 mil homic?os que ocorrem anualmente no pa? Eles decorrem, em grande parte, da irresponsabilidade doentia dos intelectuais brasileiros, que, ?or?de pressionar o Congresso Nacional, levaram ?ompleta lassid?das leis penais, hoje irrevers?l, j?ue a mentalidade pueril da esquerda parece ter contaminado at?s ministros do Supremo. N?? toa que o ministro Gilmar Mendes deixa entrever que, a qualquer momento, pode soltar nas ruas 189 mil dos cerca de 440 mil presos do pa? muitos deles homicidas e estupradores. A?sim, teremos um verdadeiro genoc?o da popula? indefesa, em parte porque a esquerda, com o objetivo de demonizar os militares, transformou o falacioso conceito de direitos humanos num dogma divino. Como se v?a criminaliza? paran? dos militares s?ende a um objetivo — esconder que os intelectuais de esquerda forjaram um pa?muito pior que o deles. Publicado no Jornal Op?, de Goi?a, em 1º de mar?de 2009.