Nivaldo Cordeiro

24/12/2008
“Mal visto mal dito”. Samuel Beckett O segundo n?o da revista DICTA&CONTRADICTA chegou ?livrarias e conseguiu a proeza de n?ficar inferior ao primeiro. N?cabe aqui um coment?o gen?co sobre o conte?amplo que carrega. Quero sublinhar apenas a transcri? da palestra dada pelo fil?o italiano Massimo Borghesi, proferida no Instituto Internacional de Ci?ias Sociais no ?mo dia 02 de outubro. A data permitiu ao fil?o ligar seu tema – o mundo ap? crise das utopias – ?rise econ?a que ent?emergia e que foi o fator determinante para a elei? hist?a de Barack Obama nos EUA. Borghesi ?rofessor titular de Filosofia Moral na Universidade de Perugia, de ?ica e Filosofia na Universidade S?Boaventura e de Hermen?ica e Filosofia na Universidade Urbaniana de Roma. Apesar de suas credenciais sua obra n?foi ainda traduzida para o portugu? A entrevista se reveste assim da maior import?ia, pois mostra a erudi? do fil?o no despojamento de uma aloca?, apresentando-se ao p?co brasileiro. V?-lo passear pelo confronto das ideologias em seus momentos de apogeu. Sua conclus?impressiona: “Em resumo, o que aconteceu de 1968 a 1989 e at?008? Passamos da utopia coletivista a um individualismo exasperado, e depois ?onsci?ia de que tanto um quanto o outro s?ideologias. ?ideologia o marxismo, ?deologia a id? de que a globaliza? traz o para? ?erra. Tudo n?passa de ideologia. Na realidade pr?ca, s?necess?os tanto o Estado como o mercado; s?necess?as tanto a na? como a abertura como a realidade supranacional, tanto a laicidade como a abertura para a dimens?religiosa, tanto a f?omo a raz? Esta ? compreens?realista, que considera as diferen? e ao mesmo tempo trabalha para traz?as a uma poss?l harmonia... Um modelo ?deol?o precisamente quando pretende simplificar a realidade, reduzindo-a ?nidade. A realidade n??ma: vive de tens?que t?de ser contidas para que n?se tornem conflitivas, para que explodam. Isso vale para as suas diversas formas, desde classes sociais e religi?at?s na?s e os estados... Por isso, pede sempre uma ‘pol?ca’ em sentido amplo, pol?ca que ? arte, n?apenas do poss?l, mas a arte de criar rela?s tranq?s entre diversas entidades contrapostas”. N?se pode discordar desse sensato ponto de vista. A palestra foi seguida por um debate em que perguntas importantes foram colocadas ao palestrante, tornando seu conte?ainda mais rico. A pergunta que eu lhe faria ? mesma que eu teria feito a Voegelin se vivo fosse: o que pensa sobre os Estado Unidos e seu papel no mundo. Borghesi, como o fil?o alem? parece enxergar a realidade mundial pelo prisma europeu, como se ainda a Europa fosse o centro gerador do poder e da economia. E, junto com essa pergunta emendaria outra, para saber a sua opini?sobre a ideologia mais s?a, consistente e persistente no meio universit?o ocidental, o materialismo ateu diverso do marxista, de vertente darwinista e positivista. Esta ?ma tem moldado a alma da intelectualidade, a ponto de, se algu?se disser crist? passar a ser encarado como um exc?rico. Borghesi relata o confronto entre anarquistas e marxistas em 1968, o fim do comunismo (algo discut?l) em 1989 e a derrocada da solu? dada pelo mercado globalizado desde ent?e aparentemente esgotada com a crise atual. O fil?o se perguntou: “E quando o marxismo morre, o que fica? Permanece, como vimos, a parte negativa, que ?quela que chegou at?s nossos dias a atingiu milh?de jovens nestes ?mos anos. Se n?h?ais nada a que valha realmente a pena dedicar a vida, a ?a coisa que resta ?nriquecer e progredir sem escr?os. Isso significa, no final das contas, que s?rmanece a id? do ‘burgu?em estado puro’, um burgu?que n?tem mais nenhum interesse ideal com exce? do que enriquecer sem nenhum freio ?co ou moral”. Eu tenho a impress?que o marxismo n?morreu. Persiste, est?ais vivo do que nunca. Na boca dos governantes, da imprensa e dos professores universit?os est?empre a palavra m?ca “igualdade”, sempre seguida de “direitos”, ecos sonoros na filosofia de Rousseau. Este fil?o triunfou nos dois lados, na ribalta onde as massas propagam seus slogans marxistas igualitaristas e no sil?io murmurante das c?dras, onde as ?cas materialistas n?marxistas dominam, a come? no ?ito da rainha das ci?ias sociais, a Economia. Onde poderemos encontrar o “burgu?em estado puro” de forma mais acabada? Precisamente nas obras cient?cas dos economistas e suas fun?s maximizadoras, que carregam em si uma antropologia completamente diversa da greco-crist?supondo uma caricatura de homem que remonta a Epicuro. E tamb?no ?ito do Direito e da Ci?ia Pol?ca, em que a vis?de Locke e Kant (vale dizer, dos est?s) tomou conta. Burgu?em estado puro. Borghesi tamb?afirmou: “O ?mo elo das ideologias de 89 a cair ? id? do mercado global, que constitui o problema dos dias atuais. A atual crise do sistema financeiro americano, de 2008, p?os novamente cara a cara com o primado do pol?co, aquele fator que tinha sido esquecido. Acabou-se a era do mercantilismo: agora, todos gritam que o mercado deve ser submetido a regras e todos almejam a ‘economia real’ contra a tal ‘economia financeira’ que reinou inconteste durante todos esses anos”. Aqui temos que recuperar a cita? acima, sobre o primado da pol?ca: “Por isso, pede sempre uma ‘pol?ca’ em sentido amplo, pol?ca que ? arte, n?apenas do poss?l, mas a arte de criar rela?s tranq?s entre diversas entidades contrapostas”. Ora, a guerra tamb??ol?ca por outros meios e mesmo em tempos de paz as rela?s entre os atores sociais est?longe de serem “tranq?s”. Essa afirma? do fil?o talvez expresse menos uma an?se do que um desejo sincero. Se Borghesi estiver certo ao dizer que a ideologia cega leva ?onclus?de que, “se n?h?ais nada a que valha realmente a pena dedicar a vida, a ?a coisa que resta ?nriquecer e progredir sem escr?os”, o que fazer ent?se a crise que chegou impuser um empobrecimento generalizado e incontrolado, nos moldes de 1929? Vou lhe dizer, caro leitor: esses seguidores de ideologias, que j??v? nenhum sentido no viver, cair?na desesperan?mais radical. Um mundo assim vai se tornar demasiado perigoso, n?apenas no plano individual, mas sobretudo no plano pol?co. Um mundo assim far?ente como Hitler renascer.

Denis Lerrer Rosenfield

24/12/2008
Viagem ?maz? :: Denis Lerrer Rosenfield Visitei, no in?o de dezembro, a regi?a convite do Comando Militar da Amaz?. A viagem fez-se dentro do Programa Calha Norte, voltado para a manuten? da soberania nacional e da integridade territorial da Regi?Amaz?a e para a promo? do desenvolvimento regional. As observa?s a seguir s?de minha inteira responsabilidade e n?envolvem nenhuma das autoridades militares que fizeram parte dessa miss? O objetivo da miss?era visitar os Pelot?Especiais de Fronteira (PEFs), postos avan?os do Ex?ito nas fronteiras da Amaz?, brigadas do Ex?ito, o VII Comar (Manaus) e o Distrito Naval de Manaus, abrangendo, portanto, as tr?For?. Os locais visitados foram Manaus, Barcelos, S?Gabriel da Cachoeira, Maturac?Sucurucu e Boa Vista. A vis?a?a da regi? sobretudo na viagem ?ronteira norte em dire? ?enezuela e ?uiana, ?e completo despovoamento, com floresta amaz?a cerrada. Os Pelot?Especiais de Fronteira, no caso das visitas a Sucurucu e a Maturac?situam-se, podemos dizer, in the middle of nowhere. Se n?fossem eles, ter?os uma regi?totalmente desprotegida, que apenas poder?os dizer que se trata de terra brasileira. A soberania n??omente uma quest?abstrata de demarca? territorial, mas de efetiva presen?brasileira. Sem o Ex?ito e as For? Armadas em geral, as portas estariam abertas para que essa regi?pudesse tornar-se de outras na?s, o que, no vocabul?o atual, significa patrim? da humanidade. N?nos deixemos seduzir por esse jogo ideol?o das palavras. A presen?militar nessa regi?de fronteira ?onstitu? por em torno de 26 unidades militares, claramente insuficientes para as reais necessidades do Pa? Hoje se fala muito, a partir de um decreto assinado pelos ministros da Justi?e da Defesa, de amplia? para mais 28 PEFs, assegurando a soberania nacional nessas terras ind?nas. H?por? um componente demag?o nessa discuss? pois os pelot?existentes t?muitas car?ias. N?h?atualmente, recursos para a constru? desses novos PEFs. O que houve foi um ato de desviar a aten? do julgamento da Raposa-Serra do Sol, com o intuito de favorecer a demarca? cont?a. O Estado brasileiro nessas regi??ompletamente ausente. Ou melhor, a sua presen?se faz unicamente gra? ?For? Armadas. Toda a regi?de fronteira amaz?a se caracteriza pelos mais diferentes tipos de il?tos, do tr?co de drogas ao desmatamento, passando por contrabando de armas e garimpo. Trata-se, literalmente, da lei da selva. As fronteiras s?extremamente perme?is, pois, por exemplo, a dist?ia entre um pelot?e outro varia de 150 a 300 quil?ros. O Cimi e a Funai t?propagado a id? de que o Ex?ito n??ecess?o, pois os ?ios defendem a fronteira. Nada de mais falso. Os ?ios n?t?nenhum sentido inato de p?ia. Os ianom?s, por exemplo, vivem em pequenas aldeias, com pouco contato com os civilizados, brancos e caboclos, alimentando-se basicamente de farinha e de pouca ca? Circulam entre fronteiras e s?tutelados pela Funai e por miss?religiosas que lhes inculcam ainda mais o sentido do isolamento, da separa? e, mais recentemente, a id? de na?, distinta da brasileira. Quem defende a fronteira ? Ex?ito. O que, sim, existe s?brasileiros ?ios. S??ios que se tornaram brasileiros, o que significa, nas regi?visitadas, que se tornaram brasileiros gra? ?ua incorpora? ao Ex?ito. Nem teriam, n?fosse isso, o dom?o de nossa l?ua. N?faz o menor sentido falar de defesa do territ? nacional, de nossa soberania, sem as For? Armadas. Quem o faz, na verdade, est?azendo um jogo contra o pr?o Pa? No dizer de um membro da comitiva, s?brasileiros ?ios, e n??ios brasileiros. Os ?ios incorporam-se voluntariamente ao Ex?ito, que se torna um meio de sua integra? ao Brasil. Ganham, em suas pr?as tribos, prest?o e melhoram a sua condi? de vida. Guardam tamb?as suas tradi?s, voltando ?suas aldeias, no interior desse processo de acultura? que os faz brasileiros. ?isso que suscita a rea? da Funai e do Cimi, que t?como objetivo segreg?os e isol?os, dentro de um outro projeto pol?co. Em S?Gabriel da Cachoeira h?m batalh?completamente ind?na, de diferentes etnias. Em Maturac?o pelot??onstitu? por ind?nas de 22 etnias. Todos uniformizados e bem treinados para a guerra na selva. Segundo os comandantes militares, trata-se dos melhores guerreiros da selva. Presenciei uma cerim? militar altamente impactante. ?dif?l n?ser sens?l a ela. O local foi, em S?Gabriel da Cachoeira, uma colina que d?ara o Rio Negro. L?a tropa estava perfilada, para uma formatura, com a presen?do comandante militar da Amaz?, o general Heleno. Fazia parte do ritual cantar o Hino Nacional. Naquele ermo do mundo, os soldados ind?nas cantavam o hino a plenos pulm? numa ades?pouca vezes vista. ?como se sua alma falasse atrav?desse canto, dessas palavras, numa irmandade que conferia a todos os presentes uma mesma uni? uma uni?nacional. Os brasileiros ind?nas s??ios aculturados, que se sentem brasileiros. Terminam se identificando com os caboclos, que s?o resultado da miscigena? de brancos com ?ios. O caboclo ? nativo da regi?e termina servindo, para o ind?na, como modelo de integra? ao mundo n?ind?na. ?um equ?co conceitual opor ?ios aos brancos, dentro de uma regi?que j? o produto de um processo de acultura? e, sobretudo, de miscigena? racial, com casais constitu?s de diferentes ra? e etnias. O caboclo ?ruto de todo o processo hist?o brasileiro. Os que se op??cultura? e propugnam pelo isolamento visam, na verdade, a se opor a todo o processo hist?o que resultou na Na? brasileira. * Professor de Filosofia na UFRGS

Percival Puggina

23/12/2008
Presumo que seja mania meio comum de quem escreve essa que me faz ler os textos alheios dando ?frases a forma que eu lhes daria se fosse expressar a mesma coisa. Tal cisma tem duas utilidades: serve para identificar, pelo gabarito da gente, claro, o bom autor (aquele que a gente l?om a convic? de que jamais conseguir?screver t?bem assim) e aquele cujas obras a gente abandona nas primeiras p?nas porque seria necess?o reescrever tudo. Esse vi?da an?se liter?a est?resente, inclusive, quando leio os Evangelhos. ?do que trato aqui. Um pouco menos em S?Jo? no qual se percebe, vez por outra, um cuidado com a forma da frase, nos outros tr?evangelistas ressalta uma simplicidade quase contradit? com o imenso valor do empreendimento liter?o a que se dedicaram. Palavras que seriam lidas por bilh?de pessoas; frases recitadas diariamente por milh?de l?os, atrav?dos s?los; textos que seriam exaustivamente copiados a m? depois impressos e reimpressos em todos os idiomas da terra e que se converteriam nas palavras mais lidas da literatura universal, soam como de fato s? simplic?ima narrativa de eventos sublimes. Ou seja, o excelso est?o conte? naquilo que ?xpresso, no fato relatado, e em parte alguma se percebe a vaidade do autor, o orgulho de quem quer que sua obra seja apreciada. Ou, menos ainda, a inten? do autor de fazer com que suas palavras contribuam para atribuir valor ao fato. Em outras palavras: nada do “Puxa vida, como Mateus escrevia bem!”; ou ent? “Olha que beleza esta sacada de Marcos!”; nem tampouco, “N?sei se Lucas era bom m?co, mas escreve bem pacas!”. Toma, Puggina, que isto te sirva de corretivo para essa mania de esmiu? os textos alheios... Leia os evangelhos, leitor. Examine-os sob esse ponto de vista. Perceba como as frases s?simples, isentas de efeitos liter?os e, de modo muito inusual, totalmente despidas de qualificativos. Creio que se relacion?emos todos os adjetivos usados pelos quatro evangelistas, eles formariam uma lista muito pequena. Aparecem t?somente para caracterizar uma rela? positiva ou negativa com as virtudes. Nunca como forma de tornar o texto mais ou menos enf?co. Depois de muitas leituras andadas e medita?s feitas, conclu?ue sob o ponto de vista liter?o os evangelhos espelham a simplicidade divina do amor. Simples, tamb? s?as crian?. Complexo e complicado torna-se o homem pelo pecado. N?creio que haja express?maior dessa singeleza divina do que o momento em que Deus toma nas m? a caneta da hist? e escreve o nascimento de Jesus. Num perdido recanto da pequena Bel? Numa manjedoura. Envolto em panos. Apenas uma estrela concedendo a divina assinatura ?ele evento. A infinita dimens?do fato parece abissalmente distante da simplicidade das circunst?ias, dissonantes de seu significado hist?o. ?por isso que o pres?o, como representa? do nascimento de Jesus, mais do que a qualquer adulto, ?s crian? que encanta. Enfim, a simplicidade divina se faz muito vis?l nas imagens e na mensagem do Natal. C?ntre n?chega a ser constrangedora a quantidade de adjetivos que, mesmo sem eu o querer, recheiam este texto para expressar, minimamente, o que pretendia dizer aos meus leitores quando lhes desejo um Feliz Natal!

Nahum Sirotsky

23/12/2008
Opresidente do Egito convida Tzipi Livni, ministra do Exterior e l?r do Partido Kadima de Israel, para um in?to encontro no Cairo. S?fortes os ind?os de que o atual impasse com a Frente de Resist?ia Isl?ca, o Hamas, que domina na Faixa de Gaza, chegou a uma encruzilhada: ou se renova o cessar fogo, com garantia de que acabar?os ataques de Qassams contra Israel, ou haver?scalada cuja profundidade e viol?ia seriam imprevis?is. Mubarak, l?r do maior pa??be, quer evitar o choque. Livni, como l?r do Kadima, insiste que ?briga? inescap?l de governos a defesa de seus cidad?. Os Qassam devem receber respostas compat?is se continuarem atacando Israel. Ehud Barak, ministro da Defesa, persiste em sua posi? de que ainda n?justificam a?s radicais. Ehud Olmert, chefe de governo interino, parece concordar com Barak, o tamb?l?r do Partido Trabalhista. As elei?s gerais para a renova? do Parlamento e forma? de um novo governo ser?em fevereiro. Em meios que julgam compreender Mubarak o convite ?nterpretado como significando que pensa que o Kadima( Para a Frente) ser?ajorit?o e Livni a chefe do novo governo. Mubarak ? mais experiente l?r pol?co do mundo ?be. A l?r israelense, soube-se, recebeu o convite em telefonema do Ministro do Exterior do Egito no domingo. Ir?a quinta. Desde a inaugura? do centro tur?ico de Sharm El Sheik, preferido para reuni?internacionais, ? primeira vez que o governo do Egito chama ao Cairo com significado s?mpreens?l de que h?ressa para que o cessar-fogo seja renovado e que seja duradouro. O “Haaretz”, principal jornal israelense, disse em seu site que em consulta com seus companheiros de partido Livni decidiu como imut?l a necessidade de derrubar o Hamas do poder que tem em Gaza. Pela amea? que representa ao Sul de Israel e, pela divis?da ?a onde dever?urgir o Estado palestino unit?o independente em dois, mais obst?lo a uma solu? do conflito com quem se est?egociando. O Hamas imagina um Estado palestino isl?co fundamentalista, um Estado sob leis da religi?mu?mana. O Egito tamb?repele e rejeita tal hip?e que amea?o car?r secular do seu sistema pol?co. A Oposi? mais forte a Mubarak feita pela Fraternidade Mu?mana, movimento originado no Egito que deu origem e inspirou todas as organiza?s mu?manas radicais existentes, inclusive as que recorrem ?t?cas terroristas. O Kadima teria decidido que Israel pode aguardar o dia da derrota do Hamas adotando t?ca de dissuas?( deterrence power) que conven?e que n?vale a pena provocar as For? Militares e outros meios dos quais disp?Em termos mais simples, ?ceit?l conviver com um Hamas que n?agrida a popula? israelense. Parece poss?l evitar o choque num entendimento que ignore condi?s que o Hamas tenta impor como a extens?do cessar-fogo ?isjord?a, regi? onde preside o Fatah, e, por ?o, e importante motivo. O Hamas deseja for? Israel a reconhec?o como poder sob toda a regi?palestina, reconhecer sua exist?ia como legal o que, para come?, recusa ao Estado judeu. Essa condi? contraria aos interesses mais fundamentais da afirma? da legalidade do Fatah em conflito com o Hamas. Complicado? Muito. Enquanto se fala n?se luta, ensina a hist?. Mas tudo e todos estariam prontos para a melhor ou a pior das hip?es. Ganhar tempo ou agir j? Existe at?umor em meios diplom?cos de que o Cairo tentaria uma sa? com a garantia de tropa internacional servindo de anteparo. Os pr?os dias dar?a resposta cujas repercuss?ser?sentidas no Brasil pois pioram ao aliviam sua influencia sobre a Crise.

Hélio Mazzolli

23/12/2008
O principal problema do Brasil est?a sua pol?ca fiscal. Continua-se gastando mais do que se arrecada. E a arrecada? tem avan?o em rela? ao PIB (Produto Interno Bruto), sugando mais de um trilh?de reais por ano do setor privado. E uma parte bem pequena ?ransferida para consumo das fam?as (educa?, sa?e previd?ia). Foi uma pena que em 2005 tenha sido vetada pela Ministra Chefe da Casa Civil o projeto do Palocci de zerar o d?cit p?co federal. Foi considerada uma id? “rudimentar”. O governo brasileiro despreza o d?cit. S?uncia ao povo o super?t prim?o, deixando para os mais capazes a procura da realidade nos sites da Uni? A d?da da Uni?que estava em R$ 87,8 bilh?em 1984 passou a R$ 419,9 bilh?em 1988 e R$ 1.103,0 em 2002. Em setembro deste ano atingiu R$ 1.745,5 bilh? Inclui-se R$ 410,4 bilh?a D?da em poder do Banco Central. Como diz o prof. Bergamini ? mais grave das d?das. Tamb?conhecida como vale de caixa, sendo na verdade d?da n?absorvida pelo mercado financeiro, sendo carregada ilegalmente pelo Banco Central do Brasil. Na verdade aumento disfar?o de base monet?a. Esta anomalia econ?a somente existe no Brasil onde o Banco Central ?ubordinado ao Poder Executivo. Quando os federais anunciam resultados da previd?ia social omitem as despesas dos benef?os pagos aos servidores p?cos federais. At?etembro esse benef?os somam R$ 58,2 bilh? Em 2007 atingiram R$ 55,4 bilh? E s?recadaram R$ 8,3 bilh?nesse ano e R$ 7,1 bilh?em 2007. O total do d?cit previdenci?o federal chega a mais de 3% do PIB. Quase R$ 100 bilh?por ano. Somando os Estados e Munic?os, iremos a mais de 6%. O or?ento p?co ?ma fic?. O que ?ublicado n?ser?xecutado porque o poder executivo pode usar at?0% das verbas para os fins que quiser. Enfim ?ma heran?cruel que se est?eixando para as futuras gera?s. Se os jovens apreenderem a votar poder?fazer com que os dominantes de hoje comecem a pagar a conta. * Economista – E mail mazzolli@terra com.br 22/12/2008.

Gilberto Simões Pires

23/12/2008
O pronunciamento que o presidente Lula fez ontem, em Rede Nacional de emissoras, antes de sofrer qualquer tipo de cr?ca precisa ser melhor compreendido. Para tanto ofere?algumas observa?s: Lula, como se sabe, ?onsiderado um verdadeiro mago da comunica?. Com tal usou o velho expediente dos empres?os do futebol, que para despertar interesse dos clubes e valorizar o atleta que representam, o neg? ?ostrar um v?o onde s?nstam os melhores lances. Lula fez exatamente isto, ontem. Fez compara?s com o Brasil que tentou afundar com a ideologia est?a de seu partido, e de maneira esperta se declarou como o grande g?o respons?l pelo bom per?o que passou a nossa economia at?utubro deste ano. Ali? o n?os mostrados pararam naquele m?(melhores lances). Lula criticou sem parar a bolha financeira global. Mas n?citou em momento algum que a mesma bolha global ?ue foi a grande respons?l pelos bons resultados colhidos pelo pa? com a valoriza? fant?ica das commodities que produzimos. Lula tamb?n?fez refer?ia alguma ?origens do programa econ?o que adotou. Nunca diz que o mesmo foi montado pelo governo anterior, ao qual s?u andamento. Qualquer crian?sabe, de cor e salteado, que tudo aquilo que est?os salvando hoje de uma maior cat?rofe, o PT foi contra. Votou NÏ, sempre. Em bloco. Lula, como se viu e ouviu, s?lou dos bons resultados colhidos no seu governo. Foi ele quem fez os gols. Este tipo de discurso, al?de servir para animar os brasileiros, que precisam de est?los para enfrentar a crise, leva tamb?muita gente a ficar convencida de que problemas econ?os est?localizados no mundo desenvolvido. Um verdadeiro mago, n?

Tibiriçá Ramaglio

22/12/2008
Perto dele, a velhinha de Taubat?eria considerada um ?ne do ceticismo. Em mat?a de f?nada se compara ?o comunista do Tatuap?Naturalmente, Lu?Fernando Ver?imo jamais falar?ele, mas ele existe e est??no cora? da Zona Leste, usufruindo tranquilamente a bolsa-ditadura, a que faz jus por ter passado tr?dias em cana por alcoolismo e arrua? nos idos de 1969. Seu passatempo preferido? Proselitismo virtual. Passa os dias a repassar emails que difundem a ideologia esquerdopata-petista a uma seleta confraria de intelectuais de pijama, que comp? seu mailing. Seus emails celebram os avan? sociais do governo Lula, comemoram os discursos de Hugo Chavez contra o imperialismo e passam ?rente correntes de ora?s ecum?cas pela sa?de Fidel Castro e da m? de L?n, criadas por ep?nos de frei Betto e dom Leonardo Boff. Hoje, por exemplo, o comunista do Tatuap?st?ibrando com as not?as de que Oliver Stone vai rodar um document?o sobre o inef?l presidente da Rep?ca Bolivariana de Venezuela e que um cineasta alem?pretende levar adiante um projeto de Eisenstein para fazer uma adapta? cinematogr?ca de Das Kapital. N??ara menos. A produ?, com dura? estimada em dez horas - j?maginou se a avant-premi? em Havana for precedida por um discurso de Fidel? - ?ma composi? fria de imagens paradas, seq?ias documentais e encenadas, entrevistas e imagens gr?cas – tudo mergulhado numa torrente musical que leva ?bstra? do pensamento, descreve o seman?o Die Zeit. O projeto original de Eisenstein era o de construir um filme sem uma narrativa linear, filmes com bolas, como astros e planetas, que se movem com liberdade no espa?e cuja gravita? leva a dramaturgias circulares. ?ou n??e levar qualquer comunista p?oderno ao orgasmo? Para compreender essa futura obra-prima, a Universidade de S?Paulo j?st?riando um curso de p?radua?, num conv?o com a Universidade Livre do Movimento dos Sem-Terra. Os interessados podem obter mais informa?s na j?amosa fefel?e, no Gulag do Butant? http://observatoriodepiratininga..blogspot.com

Nahum Sirotsky

22/12/2008
de Tel Aviv O governo interino de Israel discute uma estrat?a para a continuada chuva de m?eis de v?os tipos sobre Regi?Sul do pa? ap? interrup? do cessar-fogo. ?estrat?a, pois a t?ca adotada, que inclu?opera?s a?as tendo como alvo supostas baterias de Qassams, manuten? do cerco a Gaza e um per?o de compromisso de calma intermediado pelo Egito n?produziram resultados satisfat?s. Tem-se uma met?ra do dilema do ovo e da galinha: rea?s aos Qassam s?sultam em mais Qassam e mais rea?s israelenses. Na Faixa de Gaza, de cerca de 400 quil?ros quadrados, vivem bem apertados bem mais de um milh?de palestinos. O n?o exato ?stimado e palpitado, pois h?uito que n?se realiza um recenseamento. Boa parcela da popula? sobrevive h?0 anos com programa de assist?ia a refugiados. Em tempos mais tranq?s fornecia m?de-obra para o trabalho nas fazendas coletivas. Israel tentou entregar Gaza aos eg?ios e aos jordanianos. A responsabilidade foi recusada. N??ip?e a ser considerada. A Regi?Sul de Israel abrange o deserto do Neguev, cerca de dois ter? de todo o territ? do Estado judeu, com Eilat, cidade tur?ica e porto para o Mar Vermelho no extremo sul. Do outro lado do golfo, a cidade tur?ica e porto jordaniano de kaba. Clima de moderado a quente sempre. Mar de l?idas ?as, ideais para mergulhadores. Vem gente de todos os cantos do mundo. O deserto ?ma paisagem de selvagem beleza. O Sul cont?cidades de estrat?ca import?ia para Israel. A popula? relativamente grande reclama medidas de defesa mais rigorosas. ?sem d?a angustiante viver sob as explos?dos Qassams que fazem barulho infernal e assustador. N?deve ser agrad?l a vida dos palestinos de Gaza com as r?icas israelenses. Em democracias cabe ao poder pol?co decidir quest?de guerra e paz. Guerra ?uest?de custos materiais, humanos, pol?cos. D?as quanto a resultados. Nunca uma decis?simples. O atual governo de Israel ?nterino, pois o primeiro-ministro ?emission?o. Elei?s gera is acontecer?em fevereiro. O governo atual n?tem mandato expl?to da maioria do povo para a?s mais radicais e a quest?de Gaza ?oliticamente delicada. A Faixa ?overnada pela Frente Isl?ca de Resist?ia, Hamas, que est?m conflito com o Fato secular com cujo l?r, Abu Mazen, discute-se a hip?e da paz n?alcan?a em 60 anos da exist?ia de Israel. Mas, al?dos palestinos de Gaza, urge considerar poss?is rea?s da massa de muitas dezenas de milh?de ?bes mu?manos e persas educados no ? Israel. Todas as poss?is e imagin?is complica?s ter?de ser examinadas pelo Gabinete de um pa?de menos de sete milh?de habitantes. Os israelenses sob fogo, por? querem uma solu?. Qual ser?A diplomacia internacional est? pleno vapor , empenhada em evitar a escalada com suas inevit?is e tr?cas conseq?ias. Consta que recolheu sinais de que ?oss?l ter sucesso. Seria provavelmente o melhor para todos.

Grupo Guararapes

22/12/2008
www.fortalweb.com.br/grupoguararapes No dia 18 de dezembro ?mo, quando lan? a j?nunciada Estrat?a Nacional de Defesa, o presidente da Rep?ca, nos seus arroubos de orat? inconseq?e, em lugar de incentivar as For? Armadas a continuarem no cumprimento sagrado de defesa da P?ia – principais respons?is pela execu? do planejamento lan?o -, ofende, levianamente, os militares, quando diz, com a maldade e a inconveni?ia de sempre – como fez como aludiu a um “bando de generais” – que “?reciso repensar o papel de Ex?ito, Marinha e Aeron?ica na sociedade, efetivamente os inserindo como cidad? brasileiros”. (Portal Terra). E ainda para machucar, disse, como se n?fosse, nem acontecesse, que “Militar tem que ser visto n?apenas como um soldado, mas como um cidad?brasileiro cumprindo uma miss?constitucional. Queremos a Integra? entre For? Armadas e sociedade brasileira, sem distanciamento - observou. - Estamos cumprindo uma etapa extremamente importante do papel n?apenas das For? Armadas, mas do Minist?o da Defesa”. (Jornal do Brasil). O presidente da Rep?ca precisa ser policiado por seus assessores – s?“assessores” ou “aspones”? Ser?ue eles n?conhecem o pensamento de Christian Jacq:– “O que sai da nossa boca pode sujar-nos”. N??oss?l que S Exa sempre saia por a?alando bobagens e colocando o governo em situa?s desagrad?is. Os militares, das tr?For? Armadas, e os civis que comp?o Grupo Guararapes repudiamos constrangidos, este “belo” e ofensivo presente de Natal, dado aos militares pelo presidente – o presidente “como nunca houve” que mais maltratasse os militares das For? Armadas. Procura-se, at?em respeito ?ierarquia, entender-se a situa? de pouca cultura do Comandante em Chefe, mas h?imites que, ltrapassados, colocam os cidad? fardados em situa? melindrosa. Da? nosso protesto e deixamos aos que nos lerem decidir quem ?ou n? verdadeiro cidad?brasileiro. As For? Armadas primam pela honra, pela seriedade, pela compet?ia, pela verdade, pelo combate ?entira, servindo ao Brasil desde a Paz, trabalhando e construindo estradas, levando ?a aos que t?sede, vigiando nossas fronteiras, n?admitindo roubo nos seus quadros, batalhando pela educa? no Pa? com os melhores col?os do ensino m?o (Col?os Militares) e do ensino superior (IME E ITA, escolas de excel?ia), com seus meios hospitalares e outros, cuidando da sa?de seus componentes e dos destes dependentes, e inclusive de ind?na e civis necessitados. Foram os engenheiros militares que permitiram o desenvolvimento da siderurgia nacional, que fizeram a Embraer, o levantamento topogr?co brasileiro, e deram grande contribui? para o desenvolvimento de nossa ind?ia automobil?ica. E t?servido, at?no combate ao crime organizado. E tudo indica que o v?fazendo, j?como leg?mos cidad? brasileiros. Talvez o nosso presidente, por uma defici?ia pessoal, n?tenha compreens?da gravidade do que foi exposto acima. Seria bom que olhasse para dentro de casa, dentro de seu governo, para verificar se l??est?muitos que participam diuturnamente de atividades il?tas, como as muitas que t?servido de esc?alos nacionais, que deveriam ser realmente corrigidos e inseridos como cidad? brasileiros, pois como tais n?se t?portado. Julgue-se quem n?s?verdadeiros cidad? brasileiros. Os componentes das For? Armadas ou muitos dos membros do governo do presidente?