• Gianfranco Bellinzona
  • 28 Agosto 2020


Sobre as matérias da pandemia, meio ambiente e mudanças climáticas, os intelectuais progressistas, maîtres à penser da nossa época, proclamam ser aliados da ciência contra o suposto obscurantismo dos conservadores. 

Respaldados pela mídia militante, rotulam de anticientíficos aqueles que expressam ideias divergentes das do pensamento único “politicamente correto”.
É a antiga armadilha retorica – argumentum ad hominem - apontada pelo filosofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) no celebre ensaio Dialética erística - A arte de estar certo: denigre a imagem do opositor para prevalecer no debate e ganhar consenso.

O pensamento liberal, justamente porque aprecia o valor autentico do conhecimento cientifico, distingue com clareza a ciência da pseudociência.
A ciência não é nem progressista nem conservadora, é simplesmente progressiva porque o nosso atual conhecimento sobre a natureza é só uma mínima parte do todo conhecível.

Na historia da ciência, teorias já tidas como certas vem sendo substituídas por outras mais firmes e abrangentes. Portanto, os verdadeiros cientistas não assumem atitudes arrogantes, cientes que os resultados das pesquisas são sempre provisórios e questionáveis e a firmeza de uma teoria, mesmo quando respaldada por centenas de dados, pode ser abalada por uma só evidencia contraria.

O pensador liberal e filosofo da ciência Karl Popper (1902-1994), talvez o maior epistemólogo contemporâneo, ensinou que a marca distintiva de um asserto autenticamente cientifico é propriamente o fato de ser questionável. Toda e qualquer proposição apresentada como inquestionável pode expressar um firme convencimento subjetivo, um mito ou uma crença, mas de certo não é um asserto cientifico.

Apesar do engajamento dos intelectuais progressistas e da mídia militante, o pensamento único politicamente correto não combina com a ciência, não gera progresso e sim estagnação cultural.

*O autor é italiano, residente no Brasil e doutor em História e Filosofia.
 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 27 Agosto 2020

 

PRODUTIVIDADE ESPETACULAR

Antes de tudo é preciso que se faça um importante reconhecimento: dentre os 11 ministros do STF, Gilmar Mendes é, sem a menor sombra de dúvida aquele que mais trabalha. Mais: além de trabalhar com muita disposição e exaustivo afinco, a produtividade que Gilmar Mendes mostra como ministro da Sociedade Protetora dos Criminosos é simplesmente impressionante.

OBSESSÃO POR CRIMINOSOS

A obsessão que Mendes mostra pela INJUSTIÇA, que tem tudo a ver com um TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo, é de tal forma que poucas horas após ter ANULADO A SENTENÇA do doleiro Paulo Roberto Kurg por crimes financeiros cometidos no caso Banestado, considerado como um dos maiores PLANOS CRIMINOSOS já montados no nosso empobrecido Brasil, Gilmar Mendes, sem demonstrar o mínimo sintoma de cansaço SUSPENDEU A AÇÃO PENAL aberta pela Lava Jato de São Paulo contra o senador José Serra e sua filha, Verônica, que foram denunciados por lavagem de propina transnacional pagas pela Odebrecht nas obras do Rodoanel Sul.

ALCANCE AMPLIADO

Na prática, como informa o site UOL, "a medida amplia o alcance de liminar imposta pelo presidente da Sociedade Protetora dos Criminosos, o ministro Dias Toffoli, que em julho suspendeu 'toda a investigação' contra o tucano no âmbito da Lava Jato bandeirante, paralisando a Operação Revoada, que busca aprofundar as apurações. A decisão de Gilmar apenas amplia o alcance para todas as investigações e procedimentos contra Serra. Que tal?

NOJENTO

O curioso, ou melhor, NOJENTO, não é o silêncio dos demais ministros quanto à clara e inquestionável OBSESSÃO que Gilmar Mendes demonstra no sentido de ACABAR DE VEZ com a LAVA JATO, colocando todos os envolvidos na situação de INOCENTES e, portanto, totalmente livres de qualquer investigação.

BARROSO

Pois, ontem, enquanto Gilmar Mendes dava seguimento à sua eterna TARA POR INOCENTAR CRIMINOSOS, outro ministro, desta vez, Luís Roberto Barroso, ao participar de uma LIVE na Fundação Fernando Henrique Cardoso, disse, alto e bom som, que o presidente da República, Jair Bolsonaro DEFENDE A DITADURA E A TORTURA. Disse mais: que a sociedade tem se mostrado “resiliente” a respeito dos ataques do chefe do Executivo. Pode?

A FOTOGRAFIA DA CORTE SUPREMA

Para quem não assistiu a -live-, eis aí, ipsis literis, o que disse o péssimo ministro Barroso: “Temos um presidente que defende a ditadura e a tortura e ninguém jamais considerou alguma solução diferente do respeito à igualdade constitucional. Em face de manifestações autoritárias, tanto pelo presidente ou por pessoas próximas a ele, inclusive evocando a época da ditadura militar, a sociedade civil reagiu a isto com vigor, condenando os ataques às instituições e levando os autores destes ataques a retirarem-nos. Embora frequentemente atacada pelo próprio presidente, a imprensa no Brasil é plural, independente e fortemente crítica do governo. Tanto este, eu diria, como dos governos anteriores. Portanto, uma coisa que acho que contribui com esta resiliência da democracia no Brasil é justamente a liberdade, independência e até o poder da imprensa brasileira”. 

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  • Fernando Fabbrini
  • 27 Agosto 2020

 

Meu pai cuidava com carinho e ciúmes do seu velho radio Pilot, um monstrengo envernizado em tons escarlates. Sintonizado na Rádio Nacional ouviu os choros de Jacob do Bandolim; sambas do Bando da Lua e acompanhou as transmissões internacionais dos jogos das Copas de 58 e 62 na voz do locutor que oscilava em meio aos chiados da estática.

Pontualmente às 8 da noite ele postava-se ao lado do Pilot para escutar “o primeiro a dar as últimas”, o seu "Repórter Esso". Viajando pelo éter, desde os pampas até os cafundós da Amazônia, os quilohertz da Nacional atualizavam milhares de brasileiros com notícias do país e do mundo. O que chegava através do rádio no timbre potente e dramático de Heron Domingues era a verdade indiscutível – e estamos conversados.

- Ouvi ontem no "Repórter Esso"!

Com a expansão das TVs, novos porta-vozes assumiram os papéis de arautos das boas e más notícias. Durante décadas os programas jornalísticos vinham revestidos dessa estranha infalibilidade; recheados de sapiência; incontestáveis nas informações que espalhavam.

- É verdade; deu no "Jornal Nacional".

Otto von Bismarck, o chanceler de ferro, ponderou que os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis. Caso vivesse hoje, o prussiano certamente ampliaria seu mote inserindo ao final, após salsichas e leis, o complemento “...e as notícias”.

Além dessa pretensa primazia, protegida num pedestal soberano, a televisão ainda criou filhotes especializados em economia, esportes, sociologia, beleza, moda, gerenciamento de riscos, medicina, psicologia, acidentes aéreos, naufrágios, sobrevivência na selva, criação de cangurus e sabe-se lá mais o quê. Tais figuras pontificavam; mantinham-se firmes, serenas e, sobretudo, muito bem pagas pelas emissoras com contratos de exclusividade.

Daí, as redes sociais surgiram e bagunçaram tudo. Umberto Eco já alertara para os milhões de idiotas que ganhariam voz pela internet. Porém, não se pode negar o lado bom da coisa: a rede abriu canais de informação, comunicação e discussão até então inéditos. As emissoras levaram um susto, sentiram o golpe e continuam atordoadas até agora. De repente, não detinham mais a exclusividade da notícia, da interpretação conveniente do fato e – pior! - do viés político-ideológico com o qual manipulavam o conteúdo em função de seus próprios interesses e dos interesses de seus anunciantes. Perderam a valiosa exclusividade, milhões de telespectadores e patrocínios vultuosos.

Feito um petardo desorientado, o estrago alcançou de tabela os especialistas em assuntos diversos da TV. Antes, tinham as agendas cheias (e bolsos idem) como convidados de honra e palestrantes em seminários, congressos, encontros empresariais, universidades, eventos diversos. Emanavam confiança, orientação e sabedoria naquilo que diziam ao microfone para a plateia atenta. Uma dessas famosas jornalistas-especialistas chegava a atender a quatro ou cinco compromissos por semana, pelos quais recebia cachês na faixa de dezenas de milhares de reais.

Vários deles tentam se adaptar como podem ao modo “streaming” de viver. O problema é que, antes, gozavam da blindagem provida pela via de mão única da televisão: falou para a câmera, transmitiu, acabou. Já agora, pelas redes, se expuseram à realidade da interação imediata. Falam e são bombardeados em segundos por internautas; devem conviver com a crítica sem filtros, “haters”, anônimos e demais personagens. E mais: a cada dia perdem a concorrência para youtubers, influencers e novas celebridades reveladas no embalo caótico - mas democrático - da internet.

Agora, todo mundo tem um celular – esta pequena e fantástica emissora que levamos no bolso. Cada cidadão ganhou voz própria e virou testemunha ocular da história, como dizia o slogan do velho "Repórter Esso".

*Publicado originalmente em O Tempo, de BH, em 20/08/20
 

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  • Luiz Pereira Lima
  • 25 Agosto 2020

 

Parece definitivo que a pandemia do coronavírus está com seus dias contados. Não poderia ser diferente. Esta, de paixão, tornou-se amor, e amor não deve terminar, sob pena de sequelas indeléveis. Boa parte da população, influenciada por parcela significativa da mídia,do receio passou ao medo e deste ao terror em relação a um novo vírus. Economias foram devastadas, entretanto a mortalidade final , dependente exclusivamente deste agente etiológico, não mostrou-se distinta das causadas por muitos outros vírus que já passaram pelo planeta.

E a política? Sempre ela, fez com que a mediocridade intelectual pudesse viscejar, oportunizou que desconhecidos do verdadeiro meio acadêmico - que exige conhecimentos sólidos de experiências pretéritas – fossem guindados as manchetes dos meios de comunicação. Inventaram um método inédito de conduta social, obrigando humanos a permanecerem escondidos, enclausurados e desfigurados pelas máscaras compulsórias. O acesso a imensidão das areias, e do próprio mar, foi negado sob pena de reclusão. Empregos foram surrupiados e o trabalho que dignifica, de modo inédito impedido. Agora o pior: as mortes não foram impedidas e o prazer da vida foi sonegado!

Descobriram que o vírus tem hábitos circadianos. Agride com maior fervor nos horários vespertinos, tendo clara preferência pelos pequenos comércios. O agente patológico não medra em supermercados e lá a população pode refugiar-se. Frequenta restaurantes à noite, evidentemente sentado em confortáveis poltronas. A atitude dos detentores do poder de controlar, e quem sabe, apoiar o prolongamento da pandemia faz ser crível o supra mencionado.

Salvo foram alguns egos revelados, que até então eram apenas conhecidos entre seus pares. Vulgarizaram o verdadeiro significado da palavra ciência, tão cara aos estudiosos. Esta era bradada com uma intimidade inaudita, até porque o desconhecimento é o matiz da ignorância. Se o vírus fosse esvanecido, o prestígio, e porque não a eventual pecúnia, poderiam estar juntamente com o agente viral sucumbindo diante da inevitável capacidade imunitária dos seres humanos.

O vírus, como nunca, teve muitos torcedores que serão responsáveis em futuro não distante, por uma morbidade social constrangedora já no alvorecer do século XXI .A história os identificará , não como torcedores do vírus, mas muito mais como verdadeiros virais adeptos.

* Luiz Pereira Lima é Professor de Medicina
 

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  • J.R. Guzzo
  • 24 Agosto 2020


O Supremo Tribunal Federal do Brasil é hoje um partido político. Abandonou, já há um bom tempo, as aparências de uma corte de Justiça, e no momento funciona praticamente em tempo integral como um escritório de despachantes que se dedica a servir os interesses ideológicos, pessoais e partidários dos seus onze ministros. O ministro Edson Fachin acha que as eleições de 2018 para presidente não foram “legítimas”, e que as de 2022 também não vão ser, porque o seu candidato não ganhou a primeira e, a menos que seja dado um golpe jurídico, não vai ganhar a segunda. O ministro Gilmar Mendes sustenta que é preciso reduzir os poderes que a lei dá ao presidente da República, como se o país estivesse num regime parlamentarista — e que é possível fazer isso sem um plebiscito ou qualquer outro tipo de aprovação popular. O ministro Luís Roberto Barroso quer escolher o sistema econômico que o Brasil deve seguir; o “liberalismo”, segundo ele, tem de ser eliminado.

Não importa saber, realmente, se as eleições de 2018 vão ser mesmo anuladas e se o STF vai declarar vago o cargo de presidente da República. Também não vem ao caso perder tempo tentando adivinhar se o Brasil vai acabar com o regime presidencialista no tapetão — ou se os ministros baixarão uma liminar mandando adotar o socialismo na economia nacional. Nada disso está no mundo das coisas que são possíveis na prática e neste momento. O que é preciso registrar é a interferência aberta, abusiva e inconstitucional do STF na política brasileira, e o uso das suas funções legais como tribunal de Justiça para favorecer os propósitos das forças que hoje se colocam contra o governo federal. Essa conduta não sai de graça. Agride diretamente o Estado de Direito, o império da lei e a democracia no Brasil. Como resultado, a principal corte de Justiça brasileira é hoje, pela deformação patológica que lhe está sendo imposta por seus ministros, o principal fator de instabilidade política, econômica e social deste país.

“O STF está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo”, disse dias atrás o ministro Marco Aurélio Mello. “Isso não é sadio. Não sei qual será o limite.” Quem está falando isso não é nenhum “blogueiro de direita” ou militante “contra a democracia”, desses que o ministro Alexandre de Moraes persegue com batidas policiais, apreensão de celulares e censura do que dizem nas redes sociais. É um ministro; supõe-se que o presidente Dias Toffoli e seus outros colegas não vão abrir uma investigação secreta contra o homem. Se ele, Marco Aurélio, não sabe qual é o limite, imagine-se então nós outros. Onde vai parar esse negócio? Não há precedentes, na história brasileira, de um tribunal supremo que tenha se comportado de forma tão abertamente ilegal quanto esse, nem abusado tanto dos poderes que a lei lhe confere, nem agido como uma organização política. Nunca tendo acontecido isso antes, também não dá para saber o que vai acontecer agora.

Fachin, como a maioria dos outros dez ministros, não aceita o Brasil como ele é.
O que se tem de concreto são os fatos. O mais recente deles é o surto de manifestos do ministro Fachin a respeito de como o Brasil deveria ser governado, e por quem — e as suas sentenças de condenação contra o povo brasileiro, que ele considera uma gente insatisfatória, desprovida de virtudes cívicas e incapaz de votar direito para presidente da República. De acordo com o ministro, a eleição de 2018, que escolheu o atual governo, está com problemas. O ex-presidente Lula, segundo Fachin, tinha de ter sido candidato; o sujeito oculto da frase é que ele não participou porque foi uma vítima de “perseguição política”. A candidatura de Lula, que na ocasião estava preso num xadrez da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, teria “feito bem à democracia” e reforçado “o império da lei”. Como assim — “império da lei”? É o contrário: Lula não foi candidato, justamente, porque naquela ocasião a lei estava valendo. No caso, a Lei da Ficha Limpa, que proíbe que condenados pela Justiça em segunda instância como Lula (que, na verdade, acabaria sendo condenado em três) se candidatem a cargos públicos.

O que o ministro Fachin faz é mais do que uma falsificação da realidade. Ele está dizendo, simplesmente, que a eleição presidencial de 2018 não foi legítima. Se um candidato, de acordo com a sua opinião, foi “impedido” de concorrer, então a eleição não vale. Fachin não apresentou nenhuma sugestão prática sobre o que fazer a respeito desse problema. Tira o presidente do palácio? Deixa, uma vez que ele está lá mesmo? Não se sabe. Mas o ministro já avisa que a eleição de 2022 também pode estar “comprometida”. Pelo que se pode deduzir do que falou, Jair Bolsonaro teria laços “com milícias”, não condenou “atos de violência cometidos no passado” e faz a democracia viver “riscos”. Na sua opinião, o governo estaria fazendo nas intenções o que o STF faz todos os dias na prática: valer-se da legalidade para destruir o Estado de Direito. Para completar, o ministro diz que o povo brasileiro é culpado de “alienação eleitoral”. Nas últimas pesquisas de opinião, o presidente teve índices de aprovação muito altos — e Fachin acha que ser a favor de Bolsonaro é ser alienado. O eleitorado, em suma, não tem qualificação para eleger o presidente da República e se Bolsonaro ganhar em 2022 a eleição não pode valer.

É um espetáculo simultâneo de autoritarismo, pregação a favor de um golpe de Estado e desprezo explícito pelo povo brasileiro — a quem Fachin acusou de apatia e de contribuir para o que considera ser uma “bárbara progressão de desconfiança no regime democrático”. Não ocorre ao ministro perguntar por que, afinal, existe essa desconfiança em relação à democracia — e, especialmente, se a sua conduta, e a conduta dos seus colegas de STF, não tem nada a ver com isso. Como poderia ser diferente? Fachin, como a maioria dos outros dez ministros, não aceita o Brasil como ele é; quer, na condição de “editor” que lhe foi dada pelo colega Dias Toffoli, criar um modelo de país e encaixar nele o Brasil que existe; quer escolher o que o povo deve pensar, e em quem ele deve votar. Gente assim é capaz das coisas mais esquisitas. As presentes lamentações de Fachin têm como fato gerador a decisão de um comitê da ONU, que não tem autoridade para mandar num carrinho de pipoca, decretando que a Lei da Ficha Limpa não valia e que Lula tinha de ser candidato em 2018. O ministro ficou a favor desse disparate — e perdeu por 6 a 1 na reunião que manteve a validade da lei brasileira no Brasil e o veto a uma candidatura ilegal. Pior que isso, num plenário de sete votos, só mesmo perdendo de 7 a 0; mas Fachin acha que todos os outros estão errados e só ele está certo.

Em matéria de desrespeito por parte da população, o STF não pode piorar

Não adianta nada ficar dizendo que “respeita” a decisão; se ele de fato respeitasse não estaria dizendo por aí as coisas que diz. Mas o Supremo de hoje é isso mesmo. O que esperar de uma corte de Justiça presidida por um cidadão que foi reprovado duas vezes seguidas no concurso público para juiz de direito e, portanto, considerado oficialmente incapaz de ocupar um cargo de magistrado? Esse mesmo tribunal parece envolvido em atingir a meta de 100% de aproveitamento nas sentenças que dá para tirar bandidos ricos da cadeia. O ministro Moraes conduz há quase um ano e meio um inquérito inteiramente ilegal contra militantes políticos e jornalistas de direita; mas a ministra Cármen Lúcia não quer que o Ministério da Justiça investigue suspeitos de praticar banditismo político de “esquerda”. Quer dizer: o STF, na vida real, persegue os amigos do governo e protege os seus inimigos. É o modelo de imparcialidade da Justiça em vigor no Brasil contemporâneo.

O Supremo Tribunal Federal é hoje a entidade pública mais desprezada do país. Em matéria de desrespeito por parte da população, não pode piorar, da mesma forma que o morto não pode morrer mais do que já morreu. Como diria o ministro Marco Aurélio: “Não é sadio”.
 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 24 Agosto 2020

 

O desejo de igualdade impossível da visão esquerdizante, estatista, é genuinamente uma ânsia de que o outro, aquele que se prepara, se esforça e produz, tenha que ser forçosamente nivelado para baixo.

O sofrimento adora companhia e é o pilar da mentalidade socializante, que se baseia em sentimentos negativos de frustração, de ressentimento, de inveja e de ódio.

Nada mais atual e verdadeiro!

As castas estatais, sobretudo o Judiciário, demonstram todo o seu ódio pelos comuns e sua completa insensibilidade em relação a calamitosa situação econômica e social em que se encontra a grande massa dos cidadãos brasileiros.

Não importam os outros, "eu quero meu salário integral, meus direitos adquiridos, meus penduricalhos, e mais, quero aumento salarial"!

Essa mentalidade narcisista, do egoísmo e do perverso mecanismo da estabilidade do emprego, literalmente matou a sociedade brasileira; somos reféns passivos de uma Constituição corporativista que concede direitos, porém se mostra despreocupada com aqueles que criam a riqueza e que coercitivamente tornam-se obrigados a sustentar tais castas.

O peso desse gigante Estado privilegiado tornou-se insustentável!

O próprio sistema perverso e contra os empreendedores e a produção fará ruir não só a vida dos reles tupiniquins, como o observado, como também da própria linhagem das elites estatais.

Essa hora já chegou; eles disfarçam não perceber, a la Freud, a compulsão, a repetição mortífera, entretanto eles seguem cavando a própria sepultura, o surto mental cega quanto aos limites para aquilo que seguramente tem um fundo!

Pois bem, as consequências do sonho lunático desses JUSTICEIROS DA INJUSTIÇA serão trágicas e dramáticas para TODOS OS BRASILEIROS.

O futuro breve mostrará inexoravelmente; quer apostar?

 

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