"No dia 04 de abril de 2020, a Folha de São Paulo convidou alguns profissionais para fazerem uma leitura sobre a personalidade do Presidente Jair Messias Bolsonaro.
Dentre os consultados, decidi rebater os argumentos de dois professores da USP, Christian Dunker e Míriam Debieux Rosa e do psicanalista Mário Corso.
Naquele veículo de comunicação, afirmam que o Presidente tem atitudes que se enquadram numa lógica paranoica, messiânica e delirante, demonstra fragilidade e onipotência.
Contrapondo o primeiro argumento;
1- "Lógica paranóica, messiânica e delirante."
FATO: Jair Messias Bolsonaro recebeu uma facada em Juiz de Fora durante sua campanha presidencial.
FATO: Candidatos a deputados e governadores usaram o seu nome como trampolim e depois o descartaram.
FATO: Presidente da Câmara usurpou o seu protagonismo na Reforma da Previdência.
FATO: STF juntamente com o Congresso e a mídia articulam para lhe retirar o poder conquistado de modo legítimo.
FATO: Governador adultera dados da Saúde.
A Resolução nº 26, assinada em 20 de março de 2020 pela Secretaria de Segurança Pública do Governo de São Paulo, considera que qualquer cadáver, independentemente da causa da morte, “é portador potencial de infecção por Covid-19”.
FATO: Ministro escolhido por ele adia a autorização de um medicamento capaz de salvar vidas durante a pandemia da COVID-19.
Fatos, fatos, fatos!
Se o Presidente vive sob a realidade dos fatos, quem delira aqui?
Quem é o paranoico?
O Presidente tem os pés no chão, tem a cabeça ligada na realidade factual.
Delírio seria se ignorasse a grandeza dos perigos a que está exposto.
2- O Presidente demonstra "fragilidade e onipotência".
Frágil porque assume que repensou algumas de suas decisões?
Não seria tal comportamento um gesto de força e grandeza?
Frágil porque reza, ora e se ajoelha diante de altares?
Frágil porque usa palavras chulas para, concretamente, desmacarar a trama do jogo do politicamente correto?
Frágil porque recebeu cusparada na cara e não revidou?
Frágil porque chora, bate na mesa e se indigna com uma mídia que o acusa de ser o mandante do assassinato de uma vereadora?
Onipotente? Messiânico?
Seguiu todas as regras eleitorais.
Usou as redes sociais como principal meio de publicidade.
Alcançou a sua meta com gasto de
campanha no valor R$ 2.812.442,38.
Foi eleito com 57.797.847 de votos.
Puxa vida, esses dados, de fato, sugerem onipotência. Os profissionais entrevistados devem ter se espantado com esses dados.
Apesar desses feitos hercúleos, Bolsonaro é Messias, mas não é messiânico.
O nome disso é POTÊNCIA! Ele é um presidente POTENTE, por isto alcançou o topo. Foi a sua POTÊNCIA que o levou ao mais alto cargo do país.
Mais uma vez, a sua riqueza veio de dentro, de sua POTÊNCIA.
3. Terceiro e último contraponto
Dunker, em 14 de novembro de 2019, numa entrevista para a revista eletrônica Brasil de Fato, afirmou que "Bolsonaro é tirano solitário".
"Brasil de Fato" ou de boato?
De quais meios absolutistas o Presidente se utilizou até o momento?
Confiscou a sua casa?
Dividiu a sua família?
Invadiu as suas terras?
Impediu que você professasse a sua fé?
Decaptou gays?
Enforcou traficantes?
Trancafiou opositores políticos?
Monitorou o seu celular?
Controlou o seu horário de sair de casa?
Determinou quantos quarteirões você pode transitar?
Proibiu banhistas de frequentar as praias das cidades?
Bloqueou as redes sociais?
Desarmou você?
Impediu de usar o Fundo Partidário para combater a pandemia do Covid-19?
Libertou criminosos e ameaçou trabalhadores?
Não, nenhuma atitude tirânica foi tomada, portanto cai em cacos mais esse argumento.
Bolsonaro é um homem do diálogo espontâneo, livre, franco, direto.
Usa de chistes com os mais conhecidos, brinca com as palavras, conversa com seus pares de verdade e rompe com quem entra em dissonância com o seu projeto inicial de campanha. Ele escuta os eleitores.
Um Presidente que, pela primeira vez na história do Brasil, sofre, chora e sente o que seu povo sofre, sente e chora.
Ele, no mais legítimo da palavra, REPRESENTA a voz amordaçada dos brasileiros.
Finalmente, darei um recado aos meus pares de profissão.
O bom profissional não analisa discurso, isto eu aprendi em 1990, no quinto período de Psicologia, quando atendi os primeiros pacientes durante estágio na Clínica da Universidade Federal de Uberlândia.
Nossa, eu era uma garota!
O bom profissional observa os detalhes, as entrelinhas, o que não foi dito, os gestos, o tom da voz, a lágrima contida, a alegria sofrida, as palavras soltas, gemidas, mal faladas, tremidas, cuspidas, desesperadas, honrosas, amorosas.
O bom profissional analisa o contexto em que o indivíduo está inserido.
Se amado, perseguido, ameaçado de fato ou por delírio.
Por fim, os Conselhos Federais, Regionais e as Sociedades PSIS precisam deitar-se, novamente, nos divãs para que as suas ideologias políticas não contaminem diagnósticos e não adulterem prognósticos.
Um apelo de uma profissional que não quer ver a sua classe perder a credibilidade tão duramente conquistada."
*Nara Resende, psicóloga clínica há 27 anos.
** Publicado originalmente no Facebook da autora.
AMESTRADOS
As VERDADES ditas e repetidas pelo presidente Jair Bolsonaro na entrevista que concedeu a emissora de televisão a cabo CNN, na noite de ontem, sem a menor surpresa foram, TODAS, -ENTENDIDAS e COMENTADAS- por parte do enorme exército de jornalistas/analistas AMESTRADOS, como mais um ato de destempero e agressividade do MALVADO Chefe do Executivo.
ABUTRES
Vejam que encerrada a entrevista, à exceção do comentarista político Caio Coppola, nenhum jornalista-abutre da CNN levou em CONTA JUSTA os pontos -corretamente- observados pelo presidente Bolsonaro.
Nem mesmo a parte na qual Bolsonaro se referiu à MALDOSA, CRIMINOSA E IRREPONSÁVEL DECISÃO dos 431 deputados, comandados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que jogou no colo do já deficitário Tesouro Nacional a conta dos imensos DÉFICITS FISCAIS dos estados e municípios, sem a mínima contrapartida.
SENTIMENTO DE ÓDIO
Mais: fiquei por um bom tempo com a TV ligada na CNN, na vã expectativa de que em algum momento um ou outro comunicador deixasse de lado o sentimento de ódio que, constantemente precisa ser demonstrado, em bloco, e viesse a dizer, enfim, que as matérias que vem sendo aprovadas no Legislativo fogem completamente daquilo que é exigido para enfrentar a brutal RECESSÃO ECONÔMICA que já ARROMBOU AS PORTAS do nosso imenso Brasil.
CRISE E OPORTUNIDADE
Ora, a considerar o que a maioria destes maus deputados vêm fazendo, ou o que deixam de fazer, se realmente procede que, em chinês, a palavra CRISE é composta por dois caracteres, onde um representa PERIGO e o outro representa OPORTUNIDADE, este tratamento, infelizmente, é visto e operado no nosso empobrecido Brasil de forma ANTAGÔNICA pelo SETOR PRIVADO e PELO SETOR PÚBLICO (notadamente nesta lamentável legislatura).
TRATAMENTO ANTAGÔNICO
Enquanto o SETOR PRIVADO vê as CRISES como OPORTUNIDADES para resolver problemas e dar a volta por cima, o SETOR PÚBLICO, na cabeça e nas intenções dos atuais líderes da Câmara e do Senado, e de seus seguidores fiéis, vê as CRISES como grandes OPORTUNIDADES de CRIAR PROBLEMAS, sendo que muitos deles INSOLÚVEIS ou de aumento do PERIGO.
O CALOTE ESTÁ NO RADAR
Ora, não é necessário ser iniciado em ECONOMIA para entender, com absoluta clareza, que a PRODUÇÃO INDISCRIMINADA DE DÉFICITS PÚBLICOS, como quer e exige o imenso grupo de deputados, prejudica o país como um todo. Afinal, quanto mais endividado o país, maior a certeza de que em algum momento seus financiadores (compradores de títulos públicos) serão contemplados com um CALOTE.
Vide, a propósito o que acontece na nossa vizinha Argentina, onde o governo, sem outra saída, está propondo um desconto de 50% do valor de face dos seus títulos públicos. Com um detalhe: quem não aceitar corre o risco de ficar sem nada. Que tal?
Já próximo do fim do mandato de presidente da Associação Comercial e Empresarial de Toledo-PR- Acit em 2013, propus ao grupo que lá estava, que formássemos o que chamei na época de Rede de Entidades, uma forma de organização onde as entidades representativas da sociedade civil do município pudessem refletir com seus membros e opinar de forma relativamente rápida, sobre determinado tema que poderia afetar toda a comunidade.
A título de exemplo: ideologia de gênero e aulas de educação sexual para as crianças em nosso município, será que a maioria dos pais concordariam? Que isso fosse discutido pelos membros das organizações e houvesse um retorno para embasar a decisão do poder público local, acerca do tema.
Passados poucos anos daquela sugestão que dei, que não foi adiante, ouvi pela primeira vez do Prof. Amir Kanits as expressões “corpos intermediários” e “contrapoder”. Seriam as organizações da sociedade civil, que teriam um papel fundamental na ligação entre o indivíduo e o Estado, funcionando esses “corpos intermediários” como uma espécie de contrapoder ao grande poder do Estado.
Decisões de administradores públicos e/ou ausência de decisões, nessa crise do coronavírus, indicam claramente a falta que faz ter “corpos intermediários” com agenda clara e bem fundamentada, na defesa da comunidade, do interesse público, para se colocar como contrapoder ao poder do Estado.
A maioria absoluta dos empresários e trabalhadores no setor privado, estão sofrendo pela impossibilidade de manter empresas abertas, e o sacrifício já é, e será muito grande. E no setor público, com exceção do poder executivo, que é quem mais está trabalhando nessa crise, os demais poderes, com raras exceções, anunciaram reduções de salários para ajudar na redução de custos aos pagadores de impostos. A grande maioria de Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, Congresso Nacional, juízes, promotores, desembargadores, nada de sinalizar sacrifício direto no bolso para ajudar nesse difícil momento.
E os pagadores de impostos devem aceitar isso como normal? É assim mesmo e nada podemos fazer?
Aqui deveria entrar a força da “rede de entidades”, dos “corpos intermediários” para vermos na prática, mais justiça, mais equidade. Não é possível que todo o setor privado enfrente gigantescas dificuldades e não possamos criar instrumentos legais, uma espécie de gatilho, que possa ser acionado, para que os trabalhadores do setor público, para que políticos, também deem sua cota de sacrifício, sempre que a situação exigir e não tenhamos que depender do humor de autoridades em casos de graves crises, para que o sacrifício seja feito também por eles.
Nos quase três anos da maior recessão dos últimos cem anos, entre 2015 e 2017, praticamente nada ocorreu em termos de aperto no setor público, se comparado ao que houve no setor privado.
Claro está que, um chefe do executivo ou mesmo os legisladores, não estão lá para fazer TUDO aquilo que o povo deseja. Mas não é possível continuar aceitando como normal e legítimo, que nos três poderes da República continuem sistematicamente ignorando um dos mais básicos princípios que deveriam nortear a ação pública, que é o SERVIR, transformando o setor privado em verdadeiro escravo.
Por fim, seria ingenuidade imaginar que os detentores do poder público e de tudo o que com ele vem, incluindo privilégios, abrirão mão por livre e espontânea vontade desses desequilíbrios tão profundamente arraigados nas estruturas públicas. Isto somente se conseguirá pelas ações das organizações da sociedade civil, que, não importando sua natureza, buscando entender suas responsabilidades além das razões que as originaram, buscando entender quais princípios e valores fundamentam uma sociedade justa e desenvolvida, procurem unir forças a ponto de exercer o tão esperado contrapoder ao poder do Estado, dando mais equilíbrio, harmonia e confiança nas relações entre indivíduos e o Estado.
* Edésio Reichert é pequeno empresário no Paraná.
Como já sabemos, o Brasil vivenciou uma epidemia de zika que resultou em um grande número de transmissões congênitas, onde o vírus passa da mãe para o bebê. Até 2019 foram confirmados 3,3 mil casos de crianças nascidas com microcefalia, malformação neurológica decorrente da infecção causada pelo vírus, um quadro assustador, principalmente, por apresentar, a grande maioria dos casos, em regiões de população humilde.
Devido a essas circunstâncias, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, sancionou a Lei 13.985 de 2020 no dia 7 de abril, garantindo que essas crianças passassem a receber uma pensão vitalícia de um salário mínimo. Caso resolvido? Nem tanto...
Em meio a uma das piores crises já vistas no país, o presidente do STF, Dias Toffoli, resolveu marcar para o dia 24 deste mês o julgamento da ADI 5581, cancelado em maio de 2019 e que agora retorna como uma facada no coração daqueles que prezam pela vida humana. Novamente, o movimento abortista ressurge por meio dos juízes togados, buscando uma brecha para implementar em nosso país a cultura da morte. Ao liberar o aborto de bebês com microcefalia, abre-se um enorme precedente para o aborto em outras situações de malformação.
"As consequências da aprovação da ADI seriam desastrosas, como permitir o aborto eugênico de crianças com microcefalia, assim como outros tipos de deficiência... A brecha que isso pode dar para o Brasil se tornar um país como a Islândia, onde 100% dos bebês diagnosticados com síndrome de down, ainda no útero, são abortados no país." Dep. Federal Diego Garcia, Ag. Câmara, 25/03
Um ato que contraria a vontade da maioria da população, que há muito se manifesta em prol da vida, repudiando o assassinato de seres inocentes. Lembrando que prática do aborto matou mais de 42 milhões de crianças apenas em 2019, se tornando a principal causa de morte no mundo segundo o serviço de rastreamento Worldometers, cujos cálculos se baseiam nas estatísticas divulgadas pela OMS.
Presidente em plena batalha contra o coronavírus considera seriamente demitir o médico comandante da batalha que tem sobrenome italiano e que, no julgamento de muitos, está fazendo um bom trabalho.
A oposição prepara-se para fazer um escândalo com a demissão do tal médico. O pomo da discórdia é reabrir ou não a atividade econômica do pais, levantando paulatinamente a quarentena de certas atividades em áreas do pais onde a pandemia não existe ou é muito pequena.
O governador do estado epicentro da pandemia, que faz oposição ferrenha ao Presidente, está de tocaia esperando o momento de dar-lhe o bote.
Em alguns estados, populares fazem protestos pelo fechamento da economia.
Se eu pedir a você leitor que ponha nomes nos protagonistas da história acima, seria assim:
Presidente : Bolsonaro
Médico comandante da batalha: Mandetta
Estado do epicentro: São Paulo
Governador do estado: João Doria
Beleza, mas se eu traduzir a história, palavra por palavra, para o Inglês, ou seja, exatamente a mesmíssima história e entregar o texto para um anglofônico, a resposta muda para:
Presidente : Trump
Médico comandante da batalha: Fauci
Estado do epicentro: N. York
Governador do estado: Andrew Cuomo
Como pode uma situação como essa colocar na mesma , na exatíssima mesma história dois países tão diferentes como Brasil e USA?
Mas essa pergunta se soma a muitas outras coincidências que se acumulam desde 2018.
Jorge Abeid, Ph.D.
ASCE member
Era só uma dica em forma de piada. No entanto, a recomendação dos jornalistas experientes aos repórteres calouros fez história: “cachorro morder a moça não é notícia. Mas, se a moça morder o cachorro, vira manchete”.
Me lembro dessa frase cada vez que leio matérias sobre a Covid-19 nos jornais e sites – coisa que faço cada vez menos. E me pergunto: até que ponto o exagero e o sensacionalismo ainda servem ao jornalismo de hoje? É uma questão delicada, sobretudo nesses tempos de fake news e sobrecarga de informações.
Sobre o assunto, venho trocando ideias com editores e repórteres de meu círculo de amizades. Como não sou jornalista - apenas um cidadão que gosta de escrever -, ouço deles análises mais precisas e confiáveis. Unânimes, afirmam que a notícia boa, a trivial, não chama atenção. O bicho homem definitivamente não valoriza o cotidiano banal, sem sobressaltos. Por outro lado, a versão alarmista arrepia a pele do leitor e gera uma pandemia de comentários.
No passado, o jornal “Notícias Populares” mantinha-se fiel à linha editorial assustadora e debochada, publicando manchetes que entraram para o anedotário. “Aluno é expulso por causa do chulé”; “Kombi era motel na escolinha do sexo”; “Mulher dá à luz a tartaruga”; “Exorcista tira cobra da barriga da velha"” são algumas do jornal do qual se dizia pingar sangue, se torcido. A notícia em si era vaga e o texto da matéria sempre amenizava o fato. Mas, missão cumprida: outro exemplar já fora vendido ao curioso transeunte.
Dias atrás um jornal publicou reportagem com uma intensivista do Hospital João XXIII, instituição de Belo Horizonte com louváveis serviços à comunidade. O repórter pinçou uma frase dita pela moça na entrevista: “mal consigo beber água”, referindo-se à rotina exaustiva no atendimento às vítimas da Covid-19. E usou-a no título.
Horas depois, a Fundação Hospitalar de Minas Gerais divulgou nota. Entre outras informações, ficamos sabendo que não havia, até aquele momento, nenhum paciente internado no João XXIII com suspeita de Covid-19. O acolhimento dos casos suspeitos, como de praxe, estava sendo feito em outra unidade da capital, preparada especialmente. A nota informava ainda sobre o número de leitos disponíveis e dados – estes sim - de interesse geral, além de esclarecer que “profissionais da rede que trabalham na linha de frente (...) são constantemente treinados, inclusive na paramentação e desparamentação. E mais: “os equipamentos da profissional que aparecem na foto da matéria não condizem com a orientação do Hospital (...) estabelecida pelo Ministério da Saúde”.
A notícia foi retirada do portal. Com certeza, reconheceram a lambança do repórter ao direcionar a reportagem - sabe-se lá com qual intenção. Faltou um pedido de desculpas aos leitores.
A internet e as redes mudaram tudo no acesso à informação. A ansiedade dos repórteres pelo “furo” pode ocultar a busca de visibilidade nesse novo cenário concorridíssimo ou a necessidade de aplausos da respectiva claque ideológica. Incapazes de se aterem ao fato principal, alguns afogam-se no redemoinho do supérfluo. Outro dia li num dos maiores sites de notícias do país: “Mortos nos EUA em 24h equivalem às vítimas de quedas de 10 Boeings”. Uau! Que criatividade! Imaginei o cara, afoito, pesquisando no Wikipedia sobre quantos passageiros cabem num Boeing, fazendo contas até chegar ao número comparativo.
Ah, é assim? Então, ficou incompleta a notícia. Faltou dizer, por exemplo, qual o modelo de Boeing: o novo 777? O tradicional 737? O antigo Jumbo? E também explicar qual fenômeno meteorológico devastador ou falhas mecânicas causariam os desastres simultâneos – no caso, informações jornalísticas imprescindíveis para esclarecimento do leitor e enriquecimento de sua cultura aeronáutica.
* Enviado pelo autor. Publicado originalmente em O Tempo de Belo Horizonte.