• Alex Pipkin, PhD
  • 29 Maio 2025


Alex Pipkin, PhD

O Brasil assiste, mais uma vez, a um espetáculo político em que a irresponsabilidade se disfarça de virtude. Sob o comando do lulopetismo, o país caminha a passos largos rumo ao abismo fiscal, embalado por promessas que encantam, mas arruinam. A trupe no poder mente com naturalidade e governa com incompetência.

A tão propagandeada reforma fiscal, por exemplo, é vendida como um avanço. Na prática, trata-se de mais um pacote ideológico travestido de política pública. É a típica solução da esquerda: mais gastos, mais obrigações para o Estado, mais rombo nas contas, mais ilusões para o povo. O compromisso histórico de distribuir benesses sem lastro financeiro, especialmente sob o pretexto de “corrigir desigualdades”, continua sendo o combustível de uma máquina que só sabe queimar recursos - e expectativas.

O Estado, como se sabe - ou se deveria saber -, não gera riqueza. Ele arrecada. E quando essa arrecadação passa a ser um fim em si mesma, quem sangra é o setor produtivo: empresários, trabalhadores, consumidores. O que o lulopetismo chama de justiça social, na prática, é espoliação disfarçada. Especialmente dos mais pobres, que pagam a conta em forma de inflação, desemprego, serviços públicos precários e oportunidades que evaporam.

O setor privado, sufocado, reage como qualquer organismo agredido, recuando. Emprega menos, investe menos, inova menos. A máquina pública, por sua vez, continua inchando, exigindo mais tributos, mais regulamentações, mais controle. O que falar da “Justiça de Nárnia” verde-amarela?!

A verdadeira reforma que o país precisa ou seja, cortes graduais de impostos, desburocratização, estímulo ao investimento produtivo, não é sequer considerada.

A insistência do lulopetismo em políticas fracassadas lembra um médico que, diante de um tratamento que adoece o paciente, aumenta a dose. Se o remédio mata, a ideologia exige dobrar a receita. O paciente que aguente. Isso não é política pública. É fé cega em dogmas estatistas, já testados e reprovados mundo afora.

Enquanto isso, a elite do funcionalismo segue intocada. Os benefícios estatais continuam crescendo. A conta não fecha, mas a propaganda, essa nunca falha. O desgoverno prefere manter sua narrativa viva a encarar a realidade. Quando os resultados gritam o fracasso, eles não recuam. Triplicam a aposta!

Resultado previsível: estagnação e pobreza. A conta sobra para quem trabalha, produz e acredita. Está na hora de parar de aplaudir o ilusionismo e começar a exigir seriedade. O cadáver político do lulopetismo já está no caixão, só falta enterrar.

Com isso, surge a oportunidade histórica de enterrar, junto, o velho populismo estatista e abrir espaço para um novo ciclo liberal.

Um projeto em que o setor privado volte a ser protagonista, a produção seja incentivada e o mérito, não o compadrio político, guie o crescimento. Antes que restem apenas as cinzas.

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  • Eguinaldo Hélio de Souza 
  • 29 Maio 2025

 

Eguinaldo Hélio de Souza 

Todos os regimes que descaem para o absolutismo vão entrando logo

a contrair amizades suspeitas entre os jornais.

Rui Barbosa

            Jornalistas do fã clube do Lula, que o ajudaram a sair da cela e chegar ao planalto, que colocaram o dedo sobre o dedo do STF para influenciar a balança, que passaram um pano insuficiente para tantos absurdos do governo, agora se mostram indignados como se não fossem os pais da criança.

Tinham lado e isso estava muito claro. Perseguiram Bolsonaro e todos e seus aliados e isso estava muito claro. Não cumpriram o seu papel e isso estava muito claro. Ao invés de fazer jornalismo, mostrando o erro, lamentam a “munição para a extrema-direita” e ficam dando conselhos sobre o que o governo deveria fazer, como se esse fosse seu papel.

Ninguém sabe se por ideologia ou pix, ou ambos, o fato é que há muito tempo Jornal Nacional e Fantástico, com seus parceiros ou cúmplices, tornaram-se piores que o Pravda soviético e o Gramma cubano. Além de falar para encobrir e anunciar para desinformar, atacam as redes sociais por fazerem muito melhor, com mais fidelidade e de graça, o que eles deveriam estar fazendo.

Agora que já está muito difícil negar o elefante cor-de-rosa na sala das porcelanas, aqui e acolá, algumas das principais vedetes do circo lulista dão ares de indignação. Comprometeram sua credibilidade em seu pacto com o diabo e agora, talvez por abstinência de verba pública ou para tentar salvar o que restou de sua imagem desfigurada, fazem tímidas críticas.

Se a imprensa for mesmo o quarto poder, então estamos experimentando há um bom tempo os podres poderes do quarto poder, que podendo ser instrumento para equilibrar a balança, escolheu ajudar com dois pesos e doze medidas.

Desde o “candidato, o senhor não deve nada à justiça” do Bonner, até o “você vai voltar a comer picanha” da Daniela Lima, emblemas de um jornalismo prostituído, tudo o mais sempre fedeu a puxa-saquismo do mais infame.

Mas eles não pagarão a conta, não a conta integral. A parte maior cabe aos cidadãos comuns, até mesmo aos idosos aposentados e os vulneráveis.

Sim, a imprensa tem grande poder. E com grandes poderes, vem grandes responsabilidades. Ou grandes irresponsabilidades.

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 27 Maio 2025

Gilberto Simões Pires

ÓPIO DO POVO

Por mais que KARL MARX, considerado -PAI DO MANIFESTO COMUNISTA, considerasse a RELIGIÃO como O ÓPIO DO POVO -. e como tal, funcionava como -ANESTÉSICO- para diminuir o sofrimento enfrentado pelos trabalhadores, hoje, esta ideia MARXISTA se mostra muito mais apropriada ao FUTEBOL. Se ainda havia alguma dúvida a respeito, a histeria que tomou conta da MÍDIA ESPORTIVA, com a chegada triunfal do novo técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, coloca a religião no final da lista e garante que o FUTEBOL É O VERDADEIRO -ÓPIO DO POVO-.

TORCEDOR

Partindo do claro pressuposto, o que realmente resta, na prática, a todos aqueles que gostam e/ou acompanham o futebol e qualquer outra modalidade esportiva, é FICAR NA TORCIDA, quer seja ela ORGANIZADA OU NÃO. Entretanto, como o TORCEDOR exerce um papel PASSIVO, enquanto o ATLETA, como executor do jogo, exerce um papel ATIVO, o TORCEDOR nada mais é do que um ESPECTADOR. Como tal celebra a PAIXÃO PELO SEU CLUBE DO CORAÇÃO através de muita FÉ, enorme CRENÇA e total DESEJO DE QUE SEU TIME OU SELEÇÃO SEMPRE SAIA COM A VITÓRIA.

FICAR NA TORCIDA

Embora a expressão TORCEDOR esteja muito ligada ao FUTEBOL -ÓPIO DO POVO-, o fato é que diante de qualquer disputa onde não há a possibilidade de intervir substancialmente, o que nos resta é apenas FICAR NA TORCIDA, destilando ENERGIA POSITIVA, na expectativa de sairmos VENCEDORES. 

LIBERDADE JAZ MORTA

Pois para nossa total desgraça, todos os casos, ou disputas, apreciados pelos ministros do STF, as nossas CHANCES DE VITÓRIA têm se mostrado IGUAL A ZERO. Com isso, a maioria do povo brasileiro já percebeu, claramente, que todo TORCEDOR, infelizmente, não passa de PERDEDOR. Detalhe importante: alguns tontos por conta das pancadas recebidas, ainda creem, inexplicadamente, que a LIBERDADE ESTÁ AMEAÇADA, quando, na real, por força das sucessivas decisões tomadas pela TIRÂNICA Suprema Corte, a LIBERDADE JAZ MORTA E ENTERRADA.

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 25 Maio 2025


Alex Pipkin, PhD


         Uma cafeteria. Um desabafo. Um país à deriva.

Fui tomar um café com um amigo — empreendedor, dono de uma cafeteria há mais de dez anos. Bastou perguntar como estavam os negócios para ouvir o diagnóstico seco: “Tô pensando em fechar”. Evidente, não é exclusividade do amigo…

Não por falta de café. Mas por falta de gente com alma.

O que mata o empreendedor brasileiro não é apenas o custo, o imposto, a burocracia. É o colapso invisível da atitude. O Brasil, há tempos, vem fraturando sua coluna vertebral mais silenciosa, ou seja, a cultura do trabalho.

Ele me contou um episódio quase cômico, se não fosse trágico. Um funcionário foi servir com o pano de prato jogado no ombro. Ao ser advertido — por uma questão de higiene, de padrão mínimo — irritou-se, achou-se ofendido e pediu demissão. Não aceitou correção. Preferiu sair. E levou consigo algo mais grave do que um pano sujo. Levou o retrato de uma geração que já não tolera esforço, não reconhece autoridade e se enxerga como vítima em qualquer contexto.

Como escreveu Max Weber, o trabalho foi por séculos a medida da dignidade do homem. Hoje, virou um incômodo. Uma afronta à autoestima inflada por discursos que ensinam o jovem a exigir antes de entregar, a reivindicar antes de compreender.

Claro que há escassez de técnicas, mas essas são ensinadas, como faz meu amigo empreendedor.

Porém, a falta maior é a escassez do “tônus vital”, vulgo tesão. Falta “grit”, aquela garra que os americanos prezam como virtude fundadora. Falta a vontade de aprender, de crescer, de se aperfeiçoar. Falta humildade.

Enquanto isso, cresce o exército de dependentes do Estado. Mais da metade da população brasileira vive de algum tipo de transferência pública. O assistencialismo deixou de ser ponte para se tornar morada. E o brasileiro, outrora orgulhoso de construir sua vida com esforço, virou refém de um Estado que compra apatia com moedas políticas.

Na Brasília das narrativas, o Brasil avança. No balcão da cafeteria, o Brasil sangra.

Empresas fecham não por falência financeira, mas por falência moral. Jovens fogem do trabalho como se fosse punição. Reagem a um puxão de orelha como se fosse uma agressão.

Corrigir virou humilhação. Trabalhar virou humilhação. Empreender virou martírio.

O resultado salta aos olhos em vermelho, verde-amarelo. Cafeteiras vazias de mão de obra, empresas órfãs de comprometimento, jovens que exigem respeito antes mesmo de aprender a cumprimentar. Há trinta anos, um jovem queria seu primeiro emprego. Hoje, exige home office, respeito irrestrito e plano de carreira. Note-se, sem jamais ter lavado um copo.

Não se enganem. O Brasil não quebrou por falta de capital. Quebrou por falta de caráter.

Não é o empreendedor que está cansado. É o Brasil que está adoecido.

E só uma geração disposta a suar de novo poderá reerguê-lo.

Singelo assim.

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 24 Maio 2025

 

Gilberto Simões Pires

MAU CARATISMO

Nesses últimos anos, notadamente a partir do primeiro mandato do presidente LULA, o MAU CARATISMO foi o comportamento que ganhou um maior número de adeptos e /ou seguidores, tanto profissionais quanto amadores, em praticamente todas as atividades. A prosperidade foi tamanha a ponto de ser considerada pela psiquiatria como -TRANSTORNO COMPORTAMENTAL-, ou doença que afeta a ÍNDOLE, A MORALIDADE E A PERSONALIDADE DOS CIDADÃOS. 

PAIXÃO NACIONAL

Vale observar, com muita tristeza, que o MAU CARATISMO, mais do que nunca, está muito presente em várias atividades. Ainda que LULA PETISTA e seus diletos apoiadores se mantém, com folga, na PRIMEIRA COLOCAÇÃO no CAMPEONATO BRASILEIRO de CORRUPÇÃO, ROUBALHEIRA, ASSALTOS DE TODOS OS TIPOS E MÁ GOVERNANÇA, a CBF -entidade que -cuida- do FUTEBOL BRASILEIRO-, tido e havido como PAIXÃO NACIONAL, não decepciona. Ao contrário, cumpre -ipisis literis- com tudo aquilo que se refere a MAU CARATISMO. 

TRANSTORNO COMPORTAMENTAL

Na real, por tudo que estamos vendo e ouvindo, o TRANSTORNO COMPORTAMENTAL já ganhou forma de EPIDEMIA. Como tal passou a ser visto como COMPORTAMENTO NORMAL, principalmente por conta da INJUSTIÇA praticada, à exaustão, pelo STF, instituição essa que foi concebida com o fim de GARANTIR a aplicação da Constituição e julgar questões de grande importância para o país. 

CONSCIÊNCIA SUFOCADA

Pois, em meio a tamanha desordem, onde as atividades CRIMINOSAS prosperam sem ser devidamente punidas, a sensação que passa entre aqueles que preferem se manter dentro dos princípios que definem o BOM CARATISMO é de que os DETRATORES, que se caracterizam por querer levar VANTAGEM EM TUDO, estão com a -CONSCIÊNCIA SUFOCADA-. Assim, para não se incomodar, ou serem incomodados, acabam RELEVANDO o COMPORTAMENTO DOS CRIMINOSOS.  

 

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  • Dartagnan da Silva Zanela
  • 23 Maio 2025

 


Dartagnan da Silva Zanela

          Prudência e canja de galinha, como nos ensina o velho ditado, nunca fizeram mal a ninguém. Agora, a falta da primeira tem feito um estrago danado na vida de muita gente.

Os antigos nos ensinam que a prudência é a mãe de todas as virtudes, porque ela nos convida a arrancar nossas ações do guiamento das sombras da ignorância para que possam ser alumiadas e orientadas pelas labaredas da sabedoria. E sabedoria não é, de maneira nenhuma, aquela coleção de colóquios aguados que encantam e iludem muitos, sem incomodar ninguém.

Sabedoria, antes de qualquer coisa, é o cultivo amoroso pela procura da verdade, onde quer que ela esteja, para que possamos conhecê-la e, conhecendo-a, permitir que ela redima nossos equívocos passados através das nossas decisões no momento presente, projetando, desse modo, uma nova orientação para as nossas escolhas futuras.

Por essa razão, ela jamais será um conjunto de frases insossas, reverberadas por pessoas ocas, cheias de presunção e ornadas com títulos toscos e diplomas sem substância.

Digo isso não por maledicência ou por ojeriza frente aos papéis pintados que abundam em nossa sociedade, nada disso. O que digo é o seguinte: o valor dos diplomas e títulos não está neles em si; quem lhes atribui valor são os seus portadores, e "c'est fini". São nossos feitos e realizações como pessoa que dizem quem nós somos, não os diplomas que ostentamos, muito menos os cargos e sinecuras que ocupamos.

Nesse sentido, podemos dizer que não é à toa nem por acaso que o Brasil seja a "terra do carnaval", tendo em vista que o ano todo, todo o santo dia, nos fantasiamos com plumas e paetês para parecermos pessoas que não somos – e que, no fundo, nem nos esforçamos para ser – para aparecer bem na fita dos nossos círculos de convivência social.

Se fôssemos pessoas que, de fato, cultivassem a virtude da prudência, não nos permitiríamos ser engambelados pelas pompas das superficialidades que nos rodeiam.

Se, realmente, meditássemos com a devida e indispensável serenidade sobre o que significa a expressão "pelos frutos conhecereis", seríamos muito mais céticos diante das fanfarronices da classe política e menos crédulos diante daqueles que dizem ter uma resposta cabal e final para tudo.

Claro, nós não somos assim, não é mesmo? Algum conhecido, com certeza, mas nós, jamais...

*      O autor, Dartagnan da Silva Zanela, é professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.

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