Jarbas Passarinho

21/01/2009
O presidente Lula, cujo pensamento pol?co se abriga na extrema volubilidade, por mais de uma vez afirmou que n??em foi esquerdista. Da palavra, j?iziam os romanos, o vento as leva (verba vollant), mas acrescentavam que a palavra escrita permanece. Ouso dizer que nem sempre. Assim ?uando nega o ?o, ao negar ser esquerdista mas havendo fundado o Foro de S?Paulo, uma coaliz?liderada pelo Partido Comunista Cubano em 1990, destinado a conquistar a Am?ca do Sul e a do Centro. Ningu?melhor que ele para usar a cedi?explica? de Ortega y Gasset: “Eu sou eu e as minhas circunst?ias”, em si leg?ma quando explica decis?pol?cas antag?as ?que antes defendia. N?? caso. As circunst?ias t?favorecido os humores do presidente Luiz Ign?o. Ao vencer, na quarta tentativa, concretizou o “beijo da morte”: a vit? pessoal, sem que seu partido conquistasse a maioria do parlamento. Ao deixar sua ?a atividade legislativa — j?ecidira disputar a Presid?ia —, referiu-se aos antigos pares no Legislativo como “os 300 picaretas”. Presidente, reencontrou-os aumentados por aqueles que nos com?os de campanha, em que ?omum a exacerba? gerada pelos vapores et?cos, chamava de ladr? Deles, de suas “habilidades” pol?cas em que s?peritos, necessita para governar, segundo seu estilo pragm?co. Assim como serviram aos militares, hoje transitam na base de apoio ao antigo insultador. A caneta do presidente tem poderes miraculosos. A isso o presidente Luiz Ign?o chama de metamorfoses, conhecedor da letra de uma can? de Raul Seixas. O que mostra bom gosto pela cr?ca ?oral burguesa, preservada a utilidade da burguesia reverencial. Sagaz, quem diria que o signat?o do texto da funda? do Foro de S?Paulo estivesse disposto a cooptar um antigo presidente mundial do Banco Boston para, felizmente, chefiar o nosso Banco Central? Tra? — creio piamente nele —, evitou, generoso, dizer quem o traiu. Imagino quanto sofreu com uma trai? que lhe causou a queda tempor?a da popularidade para 20%, ao ver a imprensa (que lhe causa azia ler) revelar os s?dos mercen?os do mensal? N?admitindo ser de esquerda, porque “todo velho que ainda ?e esquerda tem problema”, teve a frase contestada amigavelmente pelo assessor para assuntos de pol?ca externa Garcia (dirigente do Itamaraty do B). Sua conduta confunde os pobres mortais que estudam ci?ia pol?ca. Nos jogos pan-americanos, dois boxeurs cubanos desertaram da delega?. Prontamente, foram “acampanados”. Ou seja, vigiados permanentemente por policiais. Postos por eles numa liga? telef?a com Cuba, cederam ao apelo das fam?as, com promessa generosa de Fidel Castro. Se voltassem, nada de mal lhes aconteceria. Logo, um avi?do “companheiro Ch?z” veio busc?os. Na ilha, proibidos de trabalhar, viviam dos chamados bicos, at?ue um deles conseguiu fugir, evitou o Brasil, rumou para o M?co e de l?ara a Alemanha. Foi, pois, eficient?imo o governo brasileiro em atender Fidel. O reverso aconteceu com o pedido da It?a, de extradi? do terrorista Cesare Battisti, foragido depois de condenado. Quatro vezes homicida, foi condenado em dois processos, uma vez pela unanimidade do j?popular. A Justi?italiana lhe assegurou todos os direitos, especialmente o de defesa. ?antigo membro dirigente dos Militantes Armados pelo Comunismo, ligados ?ferozes Brigadas Vermelhas, que sequestraram e assassinaram cruelmente o indulgente democrata-crist?Aldo Moro. Protegido pelo servi?comunista de fuga de seus presos, Cesare Battisti fugiu da pris?e refugiou-se na Fran? No governo do respeit?l socialista Romano Prodi, a seu pedido a Fran?concedeu a extradi?, mas fugiu novamente, agora para o Brasil. Por que o Brasil, se Prodi n?viola direitos humanos e governava um pa?democrata? Provavelmente porque o presidente Luiz In?o ?m humanista, apaixonado pelos direitos humanos. Trata como her?os terroristas da luta armada de 1967— 1975. Analogicamente, asila “um perseguido”, que matou, como os terroristas daqui mataram, pelo bem da causa comunista. Menos sens?is, o Conselho Nacional para Refugiados (Conare), ?o do Minist?o da Justi? negou-lhe o pedido de asilo pol?co, e o procurador-geral da Rep?ca deu parecer contr?o ao pedido de anistia para Battisti. O Supremo, que ? ?o adequado para julgar pedidos de extradi?, seria o pr?o a que recorreria. O nosso ministro da Justi? ent? experiente em xadrez, apelou para o xeque-mate. Concedeu, contra o Conare e o procurador-geral da Rep?ca, o asilo. A ser mantido, impedir? STF de apreciar pedido de extradi?. Oficial da reserva do Ex?ito, ainda cultiva a disciplina e respeita a hierarquia. Logo, jamais asilaria Battisti sem pr?a autoriza? do presidente da Rep?ca. Diante do protesto da It?a, nosso presidente, exaltado, bradou: “Ela vai ter que respeitar a nossa soberania”. Rea? de um patriota destemido e indignado que invocou a soberania brasileira? Ou mero acinte ?t?a democr?ca? * Foi Ministro de Estado, governador e senador

Editorial do Estadão

21/01/2009
Depois de desmoralizar suas fun?s estatut?as, boicotar seu funcionamento e asfixi?as financeiramente, o governo Lula, agora sem qualquer disfarce, passou a utilizar as ag?ias reguladoras para acomodar seus interesses pol?co-partid?os. No momento em que se acirra a disputa entre os dois maiores partidos de sua base, o PT e o PMDB, pelas presid?ias da C?ra e do Senado, encontrou a fun? pol?ca que deve considerar ideal para elas: transformou seus cargos em moeda de troca nas negocia?s para a composi? das Mesas diretoras das duas Casas do Congresso. ?uma p?ima fun? para um ?o cujos cargos devem ser preenchidos de acordo com crit?os rigorosamente t?icos. Para assegurar a perman?ia do PMDB na sua base de sustenta? pelo menos at? elei? de 2010, o governo Lula est?ondicionando a indica? do novo conselheiro diretor da Ag?ia Nacional de Telecomunica?s (Anatel) - uma das mais importantes da ?a federal - ?lei? de seus candidatos ?ire? das Mesas da C?ra e do Senado. O crit?o do governo parece definido: o partido que perder a escolha ser?remiado com a vaga na Anatel. Assim, se o PT sair fortalecido, a vaga ser?e um nome indicado pelo PMDB. Em caso contr?o, se o escolhido na C?ra for o deputado Michel Temer (PMDB-SP) e, no Senado, um dos dois nomes do PMDB - Jos?arney (AP) ou Garibaldi Alves (RN) -, caber?o PT indicar o nome para a Anatel. Esse cambalacho ?ais uma demonstra? do apetite da base pol?ca do governo por cargos p?cos e do desprezo do governo Lula pela qualidade t?ica das decis?das ag?ias reguladoras. Criadas na d?da passada para regular e fiscalizar a atua? de empresas privadas que assumiram fun?s antes exercidas pelo Estado, as ag?ias foram criticadas pelo presidente Luiz In?o Lula da Silva no in?o de seu primeiro mandato, por causa de sua autonomia e de sua independ?ia. Mas elas s?mprem bem seu papel se atuarem sem press?do governo. Mas o governo estende cada vez mais o seu controle sobre elas. As verbas or?ent?as t?sido sistematicamente retidas pelo Tesouro, em at?5% do total. A indica? de substitutos dos conselheiros que encerravam o mandato e n?podiam ser reconduzidos foi retardada, raz?pela qual algumas ag?ias chegaram a ficar meses sem poder se reunir por falta de qu?. Quando n?retardou o preenchimento dos cargos, o governo preencheu-os de acordo com crit?os meramente pol?cos, o que resultou em arrastadas negocia?s entre os partidos da base governista. Por falta de acordo entre eles, a estrat?ca Ag?ia Nacional do Petr? (ANP) chegou a ficar quase um ano sem presidente efetivo. Afinal, foi escolhido o nome de Haroldo Lima, indicado pelo PC do B. Agora, como mostrou reportagem do Estado de domingo, quem manda nas ag?ias ? ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como a favorita do presidente Lula para concorrer pelo PT ?ua sucess? e que j?em atuando como candidata. No ano passado, ela indicou seu antigo assessor especial Bernardo Figueiredo para a presid?ia da Ag?ia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). ?respons?l tamb?pela escolha, j?ficializada, de seu antigo chefe de gabinete no Minist?o de Minas e Energia, Nelson Hubner, para substituir Jerson Kelman na presid?ia da Ag?ia Nacional de Energia El?ica (Aneel). A ministra j?uida de escolher os nomes que substituir?os conselheiros que encerrar?seus mandatos nos pr?os dois anos. De um total de 47 conselheiros diretores das dez ag?ias, 29 ter?de ser substitu?s at? fim do mandato do presidente Lula. Tr?desses cargos s?de presidente - das Ag?ias Nacionais de Cinema (Ancine), de Sa?Suplementar (ANS) e de guas (ANA). D?ara contentar muitos parceiros pol?cos, mas, quanto maior for o ?to pol?co da ministra, pior pode ser para o Pa? a qualidade t?ica e a confiabilidade do trabalho das ag?ias reguladoras, essenciais para garantir servi? p?cos adequados e assegurar investimentos de longo prazo, poder?ser comprometidas.

Gilberto Dimenstein, na Folha

21/01/2009
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformou seu cargo, no ano passado, numa festa de boas not?as. Periodicamente, ele mostrava, orgulhoso, o aumento do emprego e seus recordes, como se fossem uma obra do governo --o que, significava, por tabela, tamb?sua vit? pessoal. O que ?obviamente, uma ilus?de marketing. A ilus?aparece agora quando diminuiu, para dizer o m?mo, a festa dos an?os. Qual ?gora a rea? do ministro? Culpar as empresas. Ele defende que, em troca de apoio oficial, as empresas se comprometam a n?demitir. O governo era respons?l pela boa not?a, mas nada tem a ver com a m?ot?a. Assim como as empresas n?eram moralmente boas porque contratavam --fazem isso porque contratar significa mais lucros -, elas n?demitem porque s?ruins, mas apenas porque precisam balan? suas contas. Uma das melhores posi?s que o governo poderia ter para garantir o emprego, al?de gastar menos e melhor para reduzir impostos e sobrar mais recursos ao investimento, era defender a flexibiliza? das leis trabalhistas. O que garante emprego ? crescimento econ?o combinado com a melhoria da educa? --e o que garante isso ? est?lo ao empreendedorismo e inova?. O resto ?lus? como os an?os do ministro.

Reinaldo Azevedo - do blog do autor

21/01/2009
Celso Amorim, ministro das Rela?s Exteriores, ?ertamente a figura mais pat?ca que j?cupou a cadeira de titular do Itamaraty. O gigante fez Lula acreditar que entende perfeitamente como funciona o mundo. O ministro fez parecer ao Apedeuta que os conflitos internacionais s?como uma partida entre o Corinthians e o Palmeiras ou como uma negocia? entre sindicalistas e empresas. Amorim — e, pois, o Brasil — foi derrotado em todos, rigorosamente todos, os embates internacionais em que se meteu. Querem um resumo dos desastres? NOME PARA A OMC Amorim tentou emplacar Lu?Felipe de Seixas Corr?na Organiza? Mundial do Com?io em 2005. Perdeu. Sabem qual foi o ?o pa?latino-americano que votou no Brasil? O Panam?! NOME PARA O BID Tamb?em 2005, o Brasil tentou emplacar Jo?Sayad na presid?ia do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) . Deu errado outra vez. Dos nove membros, s?atro votaram no Brasil — do Mercosul, apenas um: a Argentina. ONU O Brasil tenta, como obsess? a amplia? (e uma vaga permanente) do Conselho de Seguran?da ONU. Quem n?quer? Parte da resist?ia ativa ?retens?est?ustamente no continente: M?co, Argentina e, por motivos ?os e justificados, a Col?a. DITADURAS RABES Sob o reinado dos trapalh?do Itamaraty, Lula fez um p?plo pelas ditaduras ?bes do Oriente M?o. O Babalorix?eixou de visitar a ?a democracia da regi? Israel. C?ULA DE AN?S Em maio de 2005, no extremo da ridicularia, o Brasil realizou a c?a Am?ca do Sul-Pa?s rabes. Era Lula estreando como rival de George W. Bush, se ?ue voc?me entendem. Falando a um bando de ditadores, alguns deles financiadores do terrorismo, o Apedeuta celebrou o exerc?o de democracia e de toler?ia... ISRAEL E SUDÏ A pol?ca externa brasileira tem sido de um rid?lo sem fim. Em 2006, pa?votou contra Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas, no ano anterior, negara-se a condenar o governo do Sud?por proteger uma mil?a genocida, que praticou os massacres de Darfur. Por que o Brasil quer tanto uma vaga no Conselho de Seguran?da ONU? Que senso t?atilado de justi?exibe para fazer tal pleito? FARC O Brasil, na pr?ca, declara a sua neutralidade na luta entre o governo constitucional da Col?a e os terroristas da Farc. J?screvi muito a respeito do assunto. RODADA DOHA O Itamaraty fez o Brasil apostar tudo na Rodada Doha, que foi para o vinagre. Quando viu tudo desmoronar, Amorim n?teve d?a: atacou os Estados Unidos. E hoje? E onde est?gora o gigante Celso Amorim? Leiam trecho do que est?a Folha Online: O ministro das Rela?s Exteriores, Celso Amorim, pediu nesta segunda-feira um cessar-fogo urgente na faixa de Gaza e expressou a solidariedade do Brasil com o povo palestino, durante uma reuni?com o premi?alestino, Salam Fayyad, em Ramallah, Cisjord?a. A tarefa mais urgente neste momentos ?bter um cessar-fogo, afirmou Amorim, no 17º dia consecutivo da grande ofensiva militar israelense contra alvos do movimento isl?co radical Hamas na faixa de Gaza, que j?eixou mais de 890 palestinos mortos. O ministro defendeu ainda a aplica? da resolu? aprovada na quinta-feira passada (8) pelo Conselho de Seguran?da ONU (Organiza? das Na?s Unidas) que pede o cessar-fogo imediato e a abertura das passagens de fronteira para enviar ajuda humanit?a aos cerca de 1,5 milh?de palestinos que vivem no territ?. Amorim est?o Oriente M?o para contribuir na media? internacional no conflito que, at? momento, falhou em alcan? um acordo entre Israel e Hamas. O governo israelense adiou nesta segunda-feira a visita ao Cairo, Egito, para discutir o cessar-fogo e argumentam que o Hamas est?nfraquecido e o objetivo da ofensiva --encerrar os ataques de foguetes do grupo contra Israel-- est?r?o de ser alcan?o. O Brasil quer manifestar seu sentimento de solidariedade com os palestinos, porque s?os que mais est?sofrendo nesta guerra, e estimular os esfor? internacionais para alcan? a paz, afirmou. O chanceler, que mais cedo havia se reunido com o colega palestino, Raid Malik, insistiu na iniciativa do Brasil de organizar uma confer?ia multilateral para abordar o conflito israelense-palestin o em seu conjunto, ao fim da guerra na faixa de Gaza. O Brasil ?avor?l ?ontinuidade do processo de Annapolis, disse, em refer?ia ?euni?na cidade americana em novembro de 2007, que marcou a retomada das negocia?s de paz entre israelenses e palestinos, com a meta de criar um Estado palestino. No entanto, Amorim tamb?defendeu uma confer?ia de alto perfil pol?co que d?m novo est?lo ao processo de paz. Israel O chanceler iniciou a viagem neste domingo (11) em Damasco, onde se reuniu com o presidente s?o Bashar al Assad e seu colega Walid Muallem. No mesmo dia se encontrou em Jerusal?com a chanceler israelense, Tzipi Livni. A breve conversa entre Amorim e Livni ocorreu na chancelaria israelense, em Jerusal? pouco ap? chegada do ministro brasileiro de Damasco, onde esteve com o presidente da S?a, Bashar Assad. O Itamaraty diz que o objetivo da viagem ?poiar os esfor? para um cessar-fogo imediato, o al?o da situa? humanit?a e o estabelecimento de uma paz duradoura na regi? Depois do encontro com Livni, Amorim limitou-se a fazer um r?do pronunciamento. Evidentemente que h?iferen? de avalia? da situa?, com rela? a como o lado humanit?o e o pol?co se contrabalan?, disse. Nesta ter?feira (13), ele viajar?ara a Jord?a para um encontro com o rei Abdullah 2º e participar na cerim? de entrega de 14 toneladas de ajuda humanit?a que o Brasil doar?os palestinos da faixa de Gaza. Retomando Amorim cobre a diplomacia brasileira de vergonha. Isso que o pa?est?raticando n??ndepend?ia, mas delinq?ia pol?ca pura e simples. Vejam o ?o: n?foi s?rael que rejeitou a resolu? do Conselho de Seguran?da ONU. O Hamas tamb?a recha?. Logo, o Itamaraty n?pode, a um s?mpo, expressar a sua solidariedade aos palestinos, censurar Israel e defender a aplica? da resolu? das Na?s Unidas. ?s?a quest?de l?a do processo. Tamb?nos cobre de vergonha a pretens?de que o Brasil tenha a resposta para t?intrincado conflito quando sabemos que pa?s com muito mais recursos e muito mais inser? na regi?n?conseguiram chegar a uma resposta. Ou ser?ue Bras?a tem mais a dizer — e a oferecer — do que Washington. Mais: como o Brasil pode mediar o que quer que seja se n?cansa de deixar clara sua posi? hostil a Israel? Ah, e os EUA, n?s?hostis aos palestinos? N? S?hostis ao terrorismo, o que ?oisa muito diferente — terrorismo que o Itamaraty n?censura e considera parte do processo. Bem, dizer o qu?At? imprensa outrora considerada conservadora passou a adular a legitimidade do Hamas, n??esmo? Se voc?pesquisarem na Internet, ver?que setores do jornalismo p?io j?hegaram a considerar o Itamaraty a melhor ?a do governo.... Chega a ser melanc?o. Atribui-se a Lula (e a Amorim) o supostamente fant?ico desempenho do Brasil no com?io internacional. H?ropaganda oficial a respeito. ?.. Como escrevi aqui no dia 18 do m? passado, da formid?l jornada de Lula no que pretendem seja a nova pol?ca externa brasileira, j?odemos colher alguns resultados. Quando o Apedeuta assumiu, o pa?respondia por 1,1% do com?io mundial. Antes da crise, j?stava em 1,1%... Antes de ele assumir, o Brasil guardava prudente dist?ia de ditadores de qualquer vi? Hoje em dia, avan?os muito: j?prendemos a tratar bem os ditadores e candidatos a tanto. Um avan?espetacular. Por Reinaldo Azevedo

Marcilio R. Machado

20/01/2009
Muitos acreditam que a globaliza? seja um fen?o recente. N??sso que a hist? nos mostra. Revendo o per?o 1870-1913, constatamos que ele foi marcado por uma ?ca de globaliza? financeira: com?io livre, imigra? quase irrestrita e grandes fluxos de capital, que em alguns aspectos ultrapassa a globaliza? como a conhecemos atualmente. Naquele per?o, quando ocorreu a primeira globaliza?, barreiras tarif?as foram removidas. A cadeia de suprimento da ?ca compreendia mat?as-primas dos pa?s subdesenvolvidos, transferidas para pa?s industriais para a manufatura e distribui? no mundo. Aquela foi uma ?ca na qual houve grande avan?em bem-estar de um n?o grande de pessoas no mundo, embora a maioria vivesse num estado penoso de pobreza e no campo. Em 1910, a propor? de com?io internacional em rela? ao PIB global era bastante semelhante ao que constatamos atualmente. A denominada primeira globaliza? desmoronou devido ?ragilidade financeira da ?ca. Os sistemas banc?os n?tinham redes de seguran? tais como dep?os com cobertura de seguro e institui?s como os bancos centrais, que atuariam como ?mo recurso para emprestar dinheiro, e o padr?ouro era intrinsecamente fr?l porque os pa?s podiam demandar pagamentos em ouro. Conseq?emente, o sistema era vulner?l a p?cos, e o perigo aumentava ?edida que os mercados financeiros e sistemas banc?os cresciam, pois o fornecimento de ouro, que era o ativo de suporte, era fixo. Uma vez iniciado o p?co, era quase imposs?l det?o. Os sistemas banc?os entraram em colapso; quebradeiras e defla? aconteceram. A Grande Depress?de 1929 levou o mundo a grande tens?e desemprego. Uma das conseq?ias foi a promulga? de medidas pelo Congresso americano aumentando as barreiras protecionistas. O Reino Unido, a Fran?e a Alemanha retaliaram. Na It?a, Mussolini se fortaleceu, apelando para o nacionalismo econ?o. O mundo acabou se encaminhando para a Segunda Guerra Mundial. Nos EUA existe um grande n?o de pessoas reclamando que o pa?n?perdeu apenas as f?icas para a China, mas tamb?os empregos. Os democratas, que assumiram o poder, t?sido tradicionalmente contra os acordos de livre com?io e j?e manifestaram sobre uma revis?do Nafta, acordo que os EUA t?com M?co e Canad?Nos ?mos anos, os democratas t?amea?o colocar tarifas adicionais sobre as importa?s provenientes da China, caso eles n?deixem sua moeda valorizar. Existe receio tamb?na sia, onde os produtores de t?eis do Camboja, os fabricantes de autom?s da Cor? e as empresas de terceiriza? da ?dia receiam que medidas protecionistas sejam adotadas pelo novo governo americano. Os problemas financeiros e a perspectiva de uma recess?global causam muitas incertezas. Ser?ue os acontecimentos atuais trar?de volta o protecionismo e o colapso da globaliza? fase II? Na Am?ca Latina, os produtores de a?est?se movimentando para evitar uma prov?l avalanche de produtos sider?cos de origem da China e do Leste Europeu. Empres?os do setor de cal?os tamb?est?com receio de haver uma invas?de sapatos chineses. Durante recente reuni?do Mercosul, o governo brasileiro resolveu aumentar a tarifa de importa? de alguns produtos. Empres?os brasileiros e representantes do governo discutem a possibilidade de o pa?incrementar medidas de salvaguardas contra a China, caso o pa?direcione para o Brasil produtos que originalmente iriam para o mercado dos Estados Unidos. A primeira tentativa de globaliza? foi achatada pelas duas guerras mundiais e uma grande depress? Al?disso, houve o surgimento de ideologias autorit?as que foram uma trag?a para a humanidade. Apesar de in?as cr?cas, a recente globaliza? teve vencedores. Alguns contestadores enfatizaram que apenas os pa?s desenvolvidos iriam se beneficiar da globaliza?. Entretanto, n?foi exatamente o que aconteceu. A China, por exemplo, se transformou na quarta maior economia do mundo. A sua corrente de com?io, soma das importa?s e exporta?s, deve ultrapassar US$ 2 trilh?em 2008. A ?dia, que era um pa?fechado, se beneficiou da abertura de mercado ao abra? as mudan? promovidas pela tecnologia. O Brasil assistiu a sua corrente de com?io saltar de cerca de US$ 43 bilh?em 1980 para aproximadamente US$ 380 bilh?estimados para 2009. O crescimento global fez com que houvesse um aumento maior nos assalariados de renda mais baixa do que naqueles que ganhavam altos sal?os. O Brasil se tornou, entre os pa?s emergentes, o s?mo maior receptor de investimentos diretos do exterior. Por outro lado, o pa?se tornou o segundo maior investidor no exterior entre os pa?s em desenvolvimento, com investimentos externos totalizando cerca de US$ 220 bilh?em 2006. Embora possa ser constatado que o protecionismo possa dar um al?o em curto prazo, a sua conseq?ia ?m longo per?o de instabilidade e desacelera? econ?a. Os pa?s emergentes, como o Brasil, devem evitar o risco de ceder ?press?de grupos que demandam por protecionismo, pois pode haver risco de retalia? de outros pa?s. Com o aumento de investimentos no exterior, o pa?avan? com a cria? das multinacionais brasileiras, algumas situadas em pa?s como a China e ?dia, que n?dever?entrar em recess? S?essas multinacionais brasileiras no exterior que poder?puxar a demanda por produtos brasileiros nesse momento de queda de pre? de commodities e de recess?nos pa?s desenvolvidos. O retrocesso ?uito perigoso, pois a hist? mostra que foram mais de 70 anos at?ue a globaliza? financeira atingisse os n?is semelhantes aos de 1914. ?dif?l prever os tipos de medidas que poder?ser adotadas para atender a press?de grupos organizados em sociedades democr?cas. Concluindo, caso as negocia?s da Rodada Doha n?avancem, o Brasil precisa refletir sobre a possibilidade de ser mais agressivo na implementa? de acordos regionais. Caso contr?o, poder?aver um retrocesso nos ganhos que o pa?obteve com a recente globaliza?, inclusive a melhora de vida de muitos brasileiros. * Membro do Conselho de Administra? da AEB- Associa? de Com?io Exterior do Brasil, diretor da Famex Importadora e Exportadora Ltda e doutor em administra? de empresas pela Nova Southeastern University.

VideVersus

20/01/2009
O Di?o Oficial da Uni?publicou na sexta-feira mais uma lista contendo uma fornada de novos “anistiados pol?cos” do regime militar. Entre os nomes da lista est? do deputado estadual petista ga? Raul Pont, ex-prefeito da capital ga?. Ele nunca lutou pela democracia, est?esafiado a mostrar um s?cumento do seu grupelho pol?co, a organiza? trotskista POC (Partido Oper?o Comunista), da qual tamb?foi dirigente o clone de chanceler de Lula, o trotskista Marco Aur?o “Top Top” Garcia, e ainda o ex-presidente da Caixa Econ?a Federal, Jorge Matoso, aquele que comandou a opera? de estupro da conta banc?a do caseiro Francenildo Santos de Souza, em Bras?a. Raul Pont vai ganhar uma indeniza? de R$ 267 mil. E ainda ter? pens?de “revolucion?o” de R$ 2.000,00. Ou seja, de fato, a atividade dele na “oposi?” era uma profiss? visava obter o benef?o de uma aposentadoria. Aposentadoria de “revolucion?o”. Isso ?m achincalhe total! Raul Pont se op? ditadura militar porque queria instaurar a ditadura do proletariado no Brasil. Ele militou em organiza? que aderiu ?armas, aos atentados, aos assaltos, e ?mortes, para implantar n?a democracia, mas a ditadura do proletariado. E agora ?eneficiado pelo regime democr?co com uma “aposentadoria de revolucion?o”. Outra coisa: a anistia foi decretada em 1979, e foi a ?a. Que anistia ?ssa que ele estaria recebendo agora? A falta de vergonha dessa gente n?tem limite.

Valor Econômico

20/01/2009
Moradores de Miami, na Fl?a (EUA), poder?a partir do pr?o m? entrar em lojas de conveni?ia da cidade e levar pra casa uma nova garrafa de ?a mineral, a H2Ocean. Seria apenas mais uma marca no mercado, n?fosse por um detalhe: a H2Ocean ?eita a partir da ?a do mar, com aplica? da nanotecnologia. E mais. O processo foi desenvolvido por brasileiros. A H2Ocean nasceu da experi?ia de dois cientistas, que come?am a desenvolver a tecnologia de controle de minerais em ?a dessalinizada.. Isso ocorreu h?ez anos. Em seguida, somaram-se ?upla outros dois s?s. Em 2003, eles conseguiram a patente do processo e passaram a bater de porta em porta para tentar comercializar a ?a. Ao longo de dez anos, foram investidos cerca de US$ 2 milh?na companhia, diz Rolando Viviani, gerente de marketing da H2Ocean. Segundo ele, todas as pesquisas foram feitas com recursos pr?os dos quatro s?s. Seus nomes, por enquanto, s?mantidos em sigilo. No in?o, o objetivo da H2Ocean era vender a ?a nanotecnol?a no Brasil. A empresa alega ter procurado a Ag?ia Nacional de Vigil?ia Sanit?a (Anvisa) em 2006 para realizar o pedido de registro do engarrafamento do produto. A resposta teria sido a de que n?h?egisla? espec?ca para que esse tipo de ?a seja vendido no pa?por conta da sua fonte: o mar. Procurada, a Anvisa informou que a H2Ocean nunca entrou com um pedido de registro. A empresa, entretanto, enviou ao Valor fac-s?le da p?na da Anvisa na internet em que aparece o n?o do processo do registro e do protocolo, em nome de Aquamare Beneficiadora e Distribuidora de gua. A data de entrada ?e outubro de 2006 e o pedido foi negado em mar?do ano passado. Em dezembro, a mesma Aquamare fez uma segunda tentativa, enviando uma carta ?nvisa em que pedia esclarecimentos sobre o que fazer para obter o registro. A resposta veio quatro meses depois, com a indica? de que a empresa deveria importar uma legisla? sobre o assunto. Ao Valor, a Anvisa tamb?informou que a empresa interessada na produ? (...) de ?a dessalinizada deve apresentar, preferencialmente por interm?o de uma associa?, proposta de regulamenta? para avalia? pela Anvisa. As dificuldades para se obter o registro no Brasil levaram a H2Ocean a mudar de estrat?a. A empresa continua interessada em obter a aprova? da Anvisa, mas decidiu priorizar a busca por novos mercados. A op? foi pelos EUA. O registro da empresa saiu em tr?horas e a ?a foi analisada em 15 dias. Nos EUA, conseguimos resolver em tr?meses tudo o que n?conseguimos aqui em quatro anos, afirma Viviani. O Valor, por? n?teve acesso ao registro obtido no exterior. A venda da H2Ocean come? nos Estados Unidos em agosto, em tr?estados: al?da Fl?a, Nova J?ei e Atlanta. Foram embarcados oito cont?eres do produto, feito inicialmente na f?ica de Bertioga, litoral sul de S?Paulo. A unidade poder?er desativada em breve. A produ? deve ser transferida para os EUA no fim deste ano. A nanotecnologia foi o instrumento utilizado pela H2Ocean para transformar a ?a do mar em ?a mineral dessalinizada. A ?a dos oceanos ?ica em micro e macro nutrientes, como o boro, o cromo e o germ?o - elementos dos quais o corpo humano necessita, em pequenas doses. Com a nanotecnologia, a H2Ocean conseguiu, a partir da ?a recolhida em alto mar, retirar o sal e manter grande parte dos minerais. Para chegar a esse resultado, os cientistas criaram um filtro com nanotecnologia aplicada, o nanofiltro. O processo inicial ? mesmo que se faz desde a d?da de 1940: a dessaliniza?. Depois de retirado o sal, restam duas op?s, segundo Viviani: Ou todos os minerais s?retirados da ?a ou ela continua salgada. Com uma sequ?ia de nanofiltragens, a H2Ocean conseguiu manter 63 dos 86 minerais contidos na composi? inicial. Surgiu a ?a do mar mineral. Para saber se o resultado ?om, o brasileiro vai ter de esperar. Ou passar em alguma deli na pr?a viagem ?isney.

Armando Spataro

20/01/2009
INTEGREI O Minist?o P?co italiano, no ?ito do qual, ao lado de outros magistrados, conduzi as investiga?s que levaram ?condena?s contra Cesare Battisti. Portanto, em rela? ?ecis?do ministro Tarso Genro, espero poder oferecer ?pini?p?ca brasileira uma contribui? para a verdade, com a finalidade de preencher as lacunas de informa? sobre as quais aquela decis?encontra-se fundamentada. Com efeito, ?if?l para os italianos entender como a um assassino puro como ele pode ter sido reconhecido o ref?. ?oportuno partir dos fatos para desmontar os argumentos frequentemente utilizados por Battisti e seus amigos. 1) Battisti n??m extremista perseguido na It?a por seus ideais pol?cos, e sim um criminoso comum que praticava roubos com o fim de lucro pessoal e que se politizou na pris? Em seguida, filiou-se a uma organiza? terrorista que praticou les?corporais e homic?os. Battisti foi preso em junho de 1979 com outros c?ices em uma base terrorista de Mil? onde foram apreendidos metralhadoras, rev?res, fuzis e documentos falsos. Com certeza, portanto, n?se tratava de dissidente pol?co! 2) Battisti foi condenado ?ris?perp?a por muitos graves crimes, entre os quais tamb?quatro homic?os: em dois destes (homic?o do marechal Santoro, praticado em Udine em 6/6/78; homic?o do policial Campagna, praticado em Mil?em 19/4/79), foi ele a atirar materialmente nas v?mas; em outro homic?o (o de L. Sabbadin, um a?gueiro morto em Mestre, em 16/2/79), deu cobertura aos assassinos, e, no quarto (o homic?o de P. Torregiani, acontecido em Mil? em 16/2/79), colaborou na sua organiza?. Gostaria de perguntar ao ministro brasileiro quais motiva?s pol?cas enxerga nos homic?os de um joalheiro e de um a?gueiro, justi?os por vingan?(por terem reagido com as armas aos assaltos sofridos) ou nos homic?os de policiais que cumpriam seu dever. 3) N??erdade que Battisti foi condenado somente com base nas acusa?s do delator premiado Pietro Mutti; tampouco ?erdade que este n?fosse confi?l. Afirmar isso significa ofender a seriedade da Justi?italiana. As confiss?de Pietro Mutti, com efeito, foram confirmadas por in?os outros testemunhos e pelas sucessivas colabora?s de outros ex-terroristas. A verdade, portanto, est?scrita nas senten?, que pesam como pedras enormes e que se encontram ?isposi? de todos os que tenham a paci?ia de as ler. 4) N??erdade que a Battisti foi negada a possibilidade de se defender nos processos em que estava ausente. Na verdade, foi Battisti quem se furtou ?usti? evadindo-se em 1981 da carceragem em que estava preso. N?por acaso a Corte Europeia de Direitos Humanos de Estrasburgo (Fran? negou provimento ao recurso de Battisti contra a concess?de sua extradi? por parte da Fran? julgando-o, por essa raz? manifestamente sem fundamento e afirmando que, de qualquer forma, em todos os processos ele foi assistido por seus advogados de confian? Ser?ue tamb?a corte de Estrasburgo est?erseguindo Battisti? 5) ?falso que a It?a e seu Judici?o n?foram capazes de garantir a tutela dos direitos das pessoas acusadas de terrorismo durante os denominados anos de chumbo. Trata-se de uma afirma? que nos fere. In?os foram os magistrados, os advogados, os homens das institui?s, os policiais assassinados de maneira vil por pessoas como Battisti pelo simples fato de aplicarem a lei. A It?a, no contexto da luta contra o terrorismo, n?conheceu tribunais de exce? ou militares nem desvios antidemocr?cos. Tal fato foi ressaltado tamb?por nosso presidente da Rep?ca Sandro Pertini, que afirmou que a It?a podia louvar-se de ter vencido o terrorismo nas salas dos tribunais, e n?nos est?os, aludindo aos m?dos ilegais que n??conhecemos e aos quais tamb?hoje nos opomos. Acredito que o ref? n?foi concebido pelos fundadores de nossas democracias para garantir a impunidade de pessoas como Battisti, um dos assassinos mais cru? e frios que o terrorismo italiano conheceu e que nunca se dissociou do uso das armas. Espero, com todo o respeito, portanto, que as autoridades brasileiras competentes tenham a possibilidade de rever suas pr?as decis? N?pelo fato de a justi?ser equivalente ?ingan? mas pelo fato de ela representar o lugar da afirma? das regras do Estado de Direito: e quem as violar, ainda mais se matar o pr?o, deve pagar. Do contr?o, as democracias desmentem a si mesmas. * Procurador da Rep?ca de Mil?(It?a), coordenador do Departamento contra o Terrorismo.

Matéria publicada no site da Rádio Vaticano:

19/01/2009
Mat?a extra? do excelente blog http://stalbertus.wordpress.com O diretor geral da Organiza?, Koichiro Matsuura, abrir? confer?ia inaugural; e autoridades do campo da astronomia repassar?a hist? dessa ci?ia, de Galileu a Einstein, al?das astronomias maia e isl?ca, e seus desafios futuros. A inaugura?, que ser?ncerrada com uma conex?por videoconfer?ia com a Esta? Astron?a da Ant?ida, contar?amb?com a participa? de 600 convidados, entre os quais diversos pr?os Nobel e cerca de 200 estudantes de diversos pa?s. A Santa S?amb?estar?resente, com uma delega? do Observat? Vaticano e do Pontif?o Conselho para a Cultura, que definem esta iniciativa “uma ocasi?para aprofundar o di?go entre ci?ia e f? Em 21 de setembro passado, ap? ora? do Angelus, Bento XVI saudou os participantes do Ano da Astronomia, e esclareceu que a ci?ia que estuda os corpos celestes nos aproxima da f? “Se os c?, segundo as belas palavras do salmista, narram a gl? de Deus, as leis da natureza, que ao longo dos s?los os cientistas nos explicaram sempre melhor, tamb?s?um grande est?lo a contemplar com gratid?as obras do Senhor” - disse o papa. Entre os eventos organizados pelo Observat? Astron?o e pelo Centro de Pesquisas Vaticano, dirigidos pelo padre jesu? Jos?abriel Funes, est? Mostra ‘Astrum 2009’, dedicada ao patrim? hist?o astron?o italiano e vaticano e organizada no Vaticano com o Instituto Nacional de Astrof?ca e com os Museus do Vaticano. A exposi? est?rogramada de outubro de 2009 a janeiro de 2010. Pe. Funes explicou que a Santa S?st?articipando do Ano Internacional como membro da Uni?Internacional da Astronomia. “Desde a d?da de 30, a Santa S? um estado-membro da Uni? Na pr?a semana, participaremos de um Congresso sobre o papel da Astronomia na cultura e nosso pronunciamento ser?obre “Astronomia como espa?no di?go entre pessoas de diferentes culturas e religi?. Pe. Funes explicou ?V que o Observat? Vaticano ?m instituto de pesquisas da Santa S?uja miss?principal ? estudo da astrof?ca. “Mas nosso papel tamb??ifundir nossa atividade, comunicar ?greja e ?pessoas que n?pertencem a ela que a Igreja n??ontr?a ?i?ia, mas que promove a ci?ia verdadeira e s?a, assim como a definiu Le?XIII, quando fundou o Observat?”. Sobre a rela? entre a Astronomia e a Religi? pe. Fundes esclarece: “Como sabemos, a Astronomia, o c? as estrelas, sempre foram importantes, para todas as culturas. Isto inspira uma quest?mais profunda, que o homem, e toda a humanidade se puseram ao longo dos s?los: a origem do universo; de onde vem o universo, quem o criou. Eu diria - disse o sacerdote - que a beleza do universo, da gal?a, das estrelas que estudamos, ajuda a nos aproximarmos da beleza do Criador, do pr?o Criador”. Enfim, o diretor do Centro de Pesquisa da Igreja cat?a, pe. Jos?unes, ilustrou a rela? dos jesu?s com a Astronomia: “A Companhia de Jesus sempre se interessou por diversas ci?ias, em particular, pela Ci?ia Astron?a. Existe uma coisa que poucos sabem: em 1700, pe. Bonaventura Soares, evangelizador nas miss?no Paraguai, no norte da Argentina e no Brasil, tinha um observat? astron?o em sua miss?de S?Cosme e Dami? Ele mandou trazer da Europa alguns instrumentos e construiu outros, com a ajuda dos guaranis. O interesse dos jesu?s pela Astronomia ?uito antigo”.