• Parlamento comunista no Brasil?
  • 14 Agosto 2023

 

 

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

          É surpreendente como ainda há quem defenda o modelo comunista de governo. Deputados e senadores da esquerda e do centro devem saber que com a implantação desse modelo suas funções serão reduzidas a pó, a exemplo da China e de outros países, que montaram um teatro de parlamento para mascarar uma ditadura brutal. Assembleias Nacionais unicamerais foram criadas e são controladas por um só partido; em vez de voto livre e direto, conselhos populares locais escolhem agentes do governo em um jogo de cartas marcadas. Sua função é apenas carimbar decisões já definidas pelo Poder Executivo, pervertendo o princípio de subsidiariedade – governando de cima para baixo – e centralizando os três poderes em um só.

Na China, um Congresso Nacional unicameral, o Partido Comunista Chinês (PCC) permite ou exclui outros partidos políticos de participarem, portanto, é uma democracia de fachada em que a maioria tem o mesmo viés ideológico. Os eleitos para um mandato de 5 anos se reúnem somente uma vez por ano para votar o que já foi definido, não podem monitorar o uso do orçamento nem levantar críticas. O único ponto positivo é que esses agentes/ representantes não recebem salário. E quem manda na Assembleia Nacional? Adivinhe: o  judiciário, em um comitê permanente! 

Com modelo semelhante, a  Coreia do Norte também adotou o sistema de congresso único que se reúne uma  vez ao ano. O Partido dos Trabalhadores define quais partidos e candidatos serão eleitos nos distritos, porque votar contra os escolhidos é crime. Em Cuba, cópia tropical do sistema chinês, vigora o partido único e a democracia consiste em  elogiar a revolução e o socialismo. Debate sobre legislação, monitorar poder executivo? Vai sonhando.

Outro país a caminho do comunismo é a Venezuela, O modelo está em transição, pois havia uma Assembleia Nacional controlada pelo partido bolivariano, mas em razão das graves crises e violações que Chávez causou nos primeiros 5 anos de governo, a oposição conseguiu se consolidar na Assembleia, e ele passou a agir de forma independentemente. Em 2017, entretanto, prevendo as ações da oposição, Maduro convocou uma assembleia liderada pelos bolivarianos para  elaborar uma nova constituição. Em um verdadeiro golpe de estado, essa assembleia se autoproclamou suprema a todos os poderes, relegando a Assembleia Nacional da oposição à mera figuração. 

A Nicarágua também mergulhou na ditadura comunista. Desde os anos 80 o país criou sua Assembleia Geral, mas só agora o modelo se consolida como os demais. Embora o partido socialista sandinista não tenha podido à época, se estabelecer como partido único, hoje Ortega usa a violência para perseguir, reprimir e matar opositores, inclusive destruindo igrejas e matando e torturando padres e freiras. É a fase final para consolidar o sistema comunista. 

No Brasil, as instituições representativas correm sério risco, haja vista que  depois das últimas eleições, tanto Senado como Câmara têm agido como assembleia de modelo comunista: não monitora o poder executivo, debate pouco e apenas chancela o plano de governo. A justiça vai pelo mesmo caminho. O atual governo já criou por decreto conselhos populares que supostamente discutiriam políticas públicas. Sabendo como operam esses conselhos nas ditaduras comunistas, podemos antecipar que irão assumir funções de escolha de representantes em uma futura Assembleia Nacional, a exemplo de nossos vizinhos.

Este é um alerta aos nossos atuais parlamentares, pois podem ser os últimos capazes de frear o plano totalitário em curso. Acordos, facilidades e benefícios de agora podem levar seus partidos e mandatos para o nada amanhã. Cria-se um esvaziamento do Poder Legislativo ao se aceitarem pautas polêmicas, discutíveis e ao ignorar o regimento interno. Prova de que basta a ganância e a ignorância de poucos para mudar o muito que todos construíram.  

*   Publicado originalmente no site do deputado autor, em https://www.lpbraganca.com.br/parlamento-comunista-no-brasil/

Continue lendo
  • Silvio Munhoz
  • 13 Agosto 2023

 

Silvio Munhoz

       Falo, há tempos, na manipulação das palavras utilizada pela ex-imprensa, principalmente quando serve para chocar em temas que adoram defender, como os chamados “progressistas” que se adéquam ao politicamente correto, mas, acho que nunca ficou tão clara a utilização e o porquê, como em dois episódios recentes.  

O tema em questão é a “policiofobia” e o primeiro episódio é a “operação escudo” realizada na baixada santista – região sabidamente dominada pelo tráfico em virtude do porto de Santos -, cujo início ocorreu com a morte de um policial da ROTA, em patrulhamento na região, atingido e morto por um Sniper a mais de 50m de distância.

Snipers são atiradores de elite que usam armas de precisão e atiram de longa distância, atingindo alvos sem qualquer chance de defesa, táticas de guerra e, modernamente, utilizado por algumas polícias para casos extremos como salvar  pessoa sequestrada, mas, como é possível perceber, adotada pelo tráfico de drogas utilizando a geografia favorável dos morros para abater agentes da segurança pública sem confronto direto.

Nas palavras de um colega e amigo: “o criminoso que ataca as forças de segurança pública com táticas militares se coloca numa situação de guerra contra o País”. A polícia reagiu e começou a operação na busca do responsável e de combater o crime que, sabidamente, ocorre na região. Como era de se esperar não foi recebida pacificamente, como demonstra o fato de uma policial feminina receber tiros de fuzil, covardemente, pelas costas, durante a operação. Desse CONFRONTO resultaram, até o momento, 16 mortes, inúmeros criminosos presos e apreendida mais de meia tonelada de entorpecentes.

Como a ex-imprensa tratou o episódio? Famoso canal engajado utilizou a manipulação usual e lascou a manchete: “O que se sabe sobre a CHACINA no Guarujá após morte de PM da Rota”.

O segundo episódio ocorreu na Bahia, quase no mesmo período, pois dos dias 28/07 a 01/08 a polícia militar matou 19 pessoas, envolvidas com o tráfico de drogas em Salvador, Camaçari – região metropolitana – e Itatim.

Vejam como o fato foi noticiado por órgão local ligado à ex-imprensa: “Bahia registra 19 mortes após CONFRONTOS entre policiais militares e suspeitos em quatro dias”.

Fica a pergunta, além da manipulação ideológica, usualmente utilizada na “guerra cultural”, qual o motivo para em São Paulo ser chamado de CHACINA e na Bahia de CONFRONTO, sendo os fatos idênticos.  Não sei ao certo, mas ficou evidente a utilização política do episódio paulista. O Ministro da Justiça disse que “havia desproporcionalidade”. O Ministro dos Direitos Humanos fala “em limite para as coisas, pois haveria denúncias de tortura”. E deputada ligada ao atual Governo se referiu ao episódio como “a segunda maior chacina de São Paulo só perdendo para Carandiru”.

O que falaram tais políticos sobre os episódios ocorridos na Bahia? Nada. Silêncio total!.. O que diferencia tais Estados para pessoas ligadas ao atual Governo atacarem um e nada falarem sobre o outro. Na Bahia o atual Governador é “companheiro”, enquanto em São Paulo não só é de outra agremiação política, mas, pintado pela ex-imprensa como provável futuro candidato ao cargo de Presidente.

Não estou aqui a justificar eventuais excessos da polícia, caso existam devem ser apurados, mediante o devido processo legal, e punidos. Defendo que aos agentes de segurança pública se aplique a Lei, a qual estabelece a presunção de legalidade de seus atos, ou seja, para serem ilícitos há necessidade de prova efetiva demonstrando que desbordaram da lei. Quando a ex-imprensa, sem provas e antes de qualquer investigação, chama a intervenção policial de “chacina”, está prejulgando e, ao arrepio da Lei e da Constituição Federal, negando aos Policiais o in dúbio pro reo sempre tão defendido para os piores criminosos e condenando-os publicamente sem julgamento.  

Nos casos analisados qual seria o porquê de a ex-imprensa utilizar dois pesos e duas medidas? Político? Estariam começando a criar factoides para utilizar futuramente, caso a previsão se realize e o hoje Governador venha a ser candidato ao cargo maior do Brasil? O que você acham?

“Não carregueis convosco dois pesos, um pesado e o outro leve, nem tenhais à mão duas medidas, uma longa e uma curta. Usai apenas um peso, um peso honesto e franco, e uma medida, uma medida honesta e franca, para que vivais longamente na terra que Deus vosso Senhor vos deu. Pesos desonestos e medidas desonestas são uma abominação para Deus vosso Senhor.” (Bíblia, Deuteronômio 25:13-16)

Que Deus tenha piedade de nós!

Continue lendo
  • Valdemar Munaro
  • 12 Agosto 2023


Valdemar Munaro
       Repercute tristemente pelas mídias sociais da Argentina às vésperas de novas eleições, o aumento assustador da criminalidade e da delinquência. Entre os assassinatos registrados recentemente está a ignominiosa morte de Cecília Strzyzowski, ocorrida no dia 2 de junho passado, em pleno meio-dia, na cidade de Resistência, capital da Província del Chaco, norte do país.

A moça, 28 anos, foi estrangulada e picotada para ser dada aos porcos numa fazenda pertencente à família dos próprios sogros. Restos ósseos e pertences da vítima, incinerados, foram encontrados nas águas de um rio próximo.

Câmeras de vigilância registraram Cecília e César (o esposo) ingressando na residência de Emerenciano Sena e Marcela Acunha, pais deste último. Mas a jovem não saiu mais de lá. A mãe, Glória, assustada com o sumiço da filha, deu alarme e iniciou buscas.

Emerenciano e Marcela, pais de César, com quem Cecília havia se casado recentemente, planejaram a morte da nora propondo-lhe uma viagem ao sul, Ushuaia, para trabalho e passeio. Tudo mentira e arapuca. Seu destino trágico seria uma pocilga no interior de Chaco.

A notícia do macabro crime espalhou-se e obrigou órgãos de segurança a iniciar investigações. O horrendo delito ganhou contornos chocantes em razão da família assassina ter estreitos vínculos políticos e de amizade com o governador da província, Jorge Capitanich (o Cóqui), aliado de primeira hora da senhora Cristina Kirchner e do senhor Alberto Fernandez (vice e presidente, respectivos, da Argentina).

As famílias Sena e Acunha exercem liderança política na região e se tornaram conhecidos por suas ações piqueteiras e sindicais. O esquerdismo comunista dos criminosos é o motivo pelo qual, até o momento, não ter havido manifestação pública dos atuais governantes condenando o fato, nem expressado solidariedade à família da vítima.

O específico ministério do governo kirchnerista, enaltecedor e defensor dos direitos das mulheres, ignora os acontecimentos na Província del Chaco e os organismos relacionados a direitos humanos, hipocritamente, guardam um absurdo e escandaloso silêncio. É o retrato da cara de pau deslavada do esquerdismo que alardeia e condena feminicídios só quando seus feitores estão à direita. Estampa-se perfeitamente ali o dito de James Burnham sobre o comportamento dos progressistas: 'pas d'ennemis à gauche'. Seus inimigos nunca estão à esquerda, sempre à direita.

O silêncio feminista de plantão se explica, exatamente, pelo fato dos envolvidos na morte de Cecília serem políticos kierchneristas influentes na Província del Chaco. Sendo destacados sindicalistas piqueteiros e atuantes invasores de terras públicas e alheias, esses comunistas não respeitam leis nem têm freios em suas ousadias. Com efeito, tornaram-se amedrontadores revolucionários, intimidadores e barganhadores políticos, detentores de privilégios estendidos à impunidade e à obtenção de polpudos recursos públicos. As autoridades, coniventes e recuadas, participam vergonhosamente daquela violência e daquela corrupção.

Mesmo sem qualificações profissionais, os assassinos de Cecília angariaram postos administrativos e apropriaram-se de escolas (che guevaristas) e fundações receptoras de verbas governamentais.

Emerenciano Sena e Marcela Acunha, momentaneamente presos, são ainda candidatos às eleições do próximo pleito e buscam vaga na Câmara da Província e no governo municipal. Para arregimentar votos, mostram-se piedosos e devotos como parecem revelar as fotografias da visita que fizeram ao papa, em Roma.

Dos atuais governantes provinciais e federais, na Província del Chaco, seus amigos escandalosamente coniventes, ainda recebem dinheiro para administrar onde e como bem lhes parecer. O apoio infraestrutural às suas 'obras assistenciais e culturais' continua, assim como o suporte para suas campanhas políticas. Os parceiros escancarados da ilicitude e da imoralidade são o governador e os líderes kirchneristas nacionais.

As notícias do crime, como disse, ultrapassaram fronteiras locais e obrigaram autoridades, constrangidas, a iniciar diligências. Os dias posteriores ao delito, porém, foram tranquilos e suficientes para os criminosos continuarem seus comícios e sumirem vestígios. Embora tardios, rastreamentos encontraram vultoso dinheiro no local, restos ósseos, manchas de sangue e objetos da vítima. O crime, claramente comprovado, obrigou a prisão dos envolvidos, mas sua libertação pode ser iminente.

O martírio de Cecília na Província del Chaco revela uma ponta do iceberg mafioso que encharca a política argentina. Sob aparentes mantos de beneficência, assassinos mantêm pessoas sob sua dependência para que funcione o cabresto eleitoral. É assim em qualquer socialismo democraticamente temperado. A jardinagem perversa e egocêntrica desses comunistas fazem-nos exercer uma tirania através da malversação de recursos públicos disponíveis, aparentando um compromisso com a justiça e um falso engajamento solidário com a população.

Cecília era só uma modesta moça de Resistência que desejava trabalhar e ser feliz. Mas foi atraída pelo psicopata César que a levou à gaiola de seu clã. A intimidade com ele, contudo, levou-a a conhecer o mar de podridão política e moral subjacente. Testemunhou o indevido e por isso sua presença incomodativa tinha de ser eliminada.

Do chiqueiro político verificado na Província del Chaco, Argentina, o olfato da sensatez capta fedores espectrais de cortelhos espalhados pela América Latina. Sob muitos aspectos, nosso continente virou uma pocilga imunda e fétida: Maduro na Venezuela, Ortega na Nicarágua, Petro em Colômbia, Fernandez na Argentina, Boric no Chile, Morales na Bolívia, Lula no Brasil...

A revolução socialista de G. Orwell termina com porcos governando a fazenda e bichos outros sendo subjugados. A noite cínica revolucionária encerra seu ciclo com homens e cerdos refestelando-se em comidas fartas, bebidas finas, vestes de grife, charutos importados, sapatos e relógios luxuosos e whiskys regando poker. Os porcos ali se parecem a humanos e os humanos a porcos.

Assim ocorre com todas as festas e mentiras socialistas. O cinismo e a hipocrisia são sua origem e consequência. Quem, porventura, poderia ainda crer na honestidade, na retidão e na autenticidade patriótica das grandes comemorações e desfiles comunistas propagados por governos norte coreanos, cubanos, chineses, russos, romenos etc? Ali, no coração das aparências, os sofrimentos alheios e a decência eram e são intencionalmente ignorados e esquecidos, pois "os homens, como conclui ironicamente Orwell, são todos iguais, mas uns são mais iguais do que outros".

Sem as mazelas políticas instauradas por Juan Domingos Perón e vigorante até nossos dias, nosso belo país vizinho seria realmente gigante e extraordinário. Transformou-se, porém, num ultrajante feudo socialista e terminou por cabrestear e empobrecer o país inteiro. O caminho brasileiro poderá ser muito semelhante se não mudar de rumo. Da nossa casta política ilegítima governante não é possível esperar coisas boas. O socialismo é um 'esperancídio' a serviço da roubalheira e da mentira como se lê nas entrelinhas do Foro de São Paulo. Nada mais.

Aprisionando poderes judiciais e leis, ladrões e maníacos lubrificam-se com impunidades psicopáticas maquiadas de serviço público e mentiroso amor pelo povo.

Quem pode compreender as barafundas iníquas de ministros do STF e do TSE, céleres e parciais em processos que lhes interessam, mas lentos naqueles que não lhes apraz? Manifestantes presos sem o devido processo legal minguam o direito à liberdade enquanto bandidos e ladrões confessos obtêm soltura e riem à toa. Grande parte de nossos deputados e senadores, diferentemente do prometido, comportam-se à maneira Fausto de Goethe: ante o poder fascinante e enfeitiçador, ensombram-se e se mancomunam às vantagens e benesses do governo de plantão nem que para isso vendam própria alma. O exemplo do presidente do Partido Republicano é eloquente: mandou às favas moralidades e se aliou a Lula.

Cartazes eleitorais dos assassinos de Cecília na Província del Chaco diziam: "Somos lo que hacemos". A autêntica face de suas personalidades.

Se a política (de polis: cidade e ika: arte), consiste na justa administração das coisas pertencentes a muitos, pode-se concluir que a sabedoria grega há muito foi incinerada entre nós.

A ilha de Salamina em 480 a. C., viu a batalha na qual os helenos em pequeno número comandados por Temístocles venceram os numerosos persas comandados por Xerxes. A coragem dos gregos brotava do amor visceral que sentiam pela terra e pela liberdade. Preferiam a morte do que ser escravizados. Aos soldados persas, 'universais' e mercenários, interessava-lhes naquele então somente o soldo e os botins. Oh gregos! Vinde um momento nos ensinar patriotismo e cidadania.

Arrancai da casta política benefícios e privilégios e vereis seu verdadeiro rosto! Trazei à luz suas intenções e vereis imoralidades! Extirpai do seu horizonte vaidades e aplausos e vereis artérias contaminando seus corações, mentiras corroendo suas palavras e perversidade orientando seus comportamentos! Tirai de seus colos mordomias e salamaleques e vereis hipocrisias em seus atos!

Um único candidato a presidente da república tem coragem e ousadia de limpar o chiqueiro político em que a Argentina se encontra. Chama-se Javier Milei, economista da escola de Von Mises e escritor. Seu plano de governo é: reduzir drasticamente o número de ministérios, terminar com a inflação, privatizar estatais, fechar todos os meios de comunicação públicos, eliminar o Banco Central (prisioneiro da classe política e emissor incansável de moeda), dolarizar a economia, doar a empregados e sindicatos a empresa Aerolíneas Argentina, eliminar aposentadorias privilegiadas, agir com mão dura contra o crime e a delinquência, libertar de tentáculos estatais todas as obras infraestruturais, promover o livre mercado, respeitar a vida desde a fecundação, etc...

Se os argentinos elegerem outro candidato, exceto Javier Milei, continuarão sua derrocada moral e econômica. Seria péssimo para o Brasil e para a América Latina. O nefasto socialismo peronista e kirchnerista não pode continuar, caso contrário nossa irmã Argentina cairá implacavelmente num poço social e econômico jamais visto em sua história. Torcemos por Javier Milei.

Santa Maria, 10/08/2023

*         O autor é professor de Filosofia

Continue lendo
  • Alex Pipkin, PhD
  • 09 Agosto 2023

 

Alex Pipkin, PhD
         Por natureza, associo-me mais aos céticos do que aos otimistas. Nestes “novos tempos modernos”, otimismo exacerbado é característica marcante de sinalizadores de virtude e, imagino, porta aberta para triviais retóricas, platitudes e decepções.

No entanto, sou adepto daqueles que comungam de uma visão positiva quanto ao progresso, por meio da destruição criativa e da respectiva engenhosidade e liberdade das pessoas para conceberem novas ideias e soluções inovadoras.

Acredito na capacidade inventiva dos indivíduos, ao contrário dos profetas do pessimismo e adoradores de capatazes.

Ao longo da história, mensageiros do apocalipse - que lucram com suas profecias -, opuseram-se aos avanços tecnológicos, em nome da preservação de empregos, do desastre ambiental, do combate à fome, entre outras tragédias anunciadas.

Nesse mundo de puros desejos, dos direitos ilimitados descolados de deveres, os ludistas contemporâneos são pródigos.

No século XIX, com a Revolução Industrial, trabalhadores destruíam máquinas que iriam, supostamente, substituir a mão de obra humana, gerando desemprego e miséria. Ficaram conhecidos como “ludistas”. Numa análise retrospectiva racional, porém, é singelo constatar o avanço das inovações e do correspondente progresso das condições de vida das pessoas.

Não existe nada que seja perfeito. Sempre haverá questões complexas e dilemas a superar.

Não obstante, o avanço das tecnologias da informação, da IA, enfim, gerenciadas por humanos do bem - evidente que a maldade está entre nós -, agregará muito mais valor a vida dos cidadãos, em nível quanti e qualitativo, de soluções melhores e mais baratas, de liberdades e, similarmente, do tão propalado tema do emprego - para alguns, desemprego.

Muitos que se autoproclamam especialistas, afirmam que o avanço tecnológico impulsionou as desigualdades sociais. Sim, dependendo do tipo de emprego/atividade, contudo, diminuiu, enormemente, o mais importante, a pobreza.

Esses especialistas alertam para o quase sempre inimigo mortal, o vilão mercado, referenciando a importância - meu juízo, maléfica - do intervencionismo do grande pai soberano Estado.

Os supremos agentes estatais, ao estilo pavloviano, salivam entre os dentes afiados, a cada oportunidade de ingerirem e comandarem a vida das pessoas.

A história se repete, assim e mais uma vez, emerge uma visão míope, desconsiderando os fatos, de que são os indivíduos, livres para pensar, para criar novas soluções, para inovar e para estabelecer relacionamentos colaborativos espontâneos e voluntários, tentando e aperfeiçoamento tais inovações e suas arestas, os genuínos responsáveis pela construção do futuro e da prosperidade para todos.

Novamente, a história factual comprova que o intervencionismo do “pai salvador”, é quase sempre o problema, não a solução.

A narrativa estatal para interferir e controlar, vincula-se ao grande poder do oligopólio das grandes corporações tecnológicas.

No meu sentir, as gigantes tecnológicas atuaram na direção da descentralização da informação e do poder, e não o contrário, como muitos pressupõem.

Sou ainda um sujeito, digamos, analógico. Semanas atrás participei de um treinamento sobre novas ferramentas de IA, completamente “democráticas”, de código aberto, que geram oportunidades reais para todos, pessoas e empresas. Não, mais uma vez, não estamos falando de um jogo de soma zero!

Um trivial questionamento: a “verdade” não se encontrava monopolizada?
Eles, de verdade, acobertam e/ou desconhecem que o surgimento de um oligopólio ocorre por meio de um processo natural, ou seja, essas empresas inovaram e lograram satisfazer - melhor - os desejos e as necessidades de clientes/consumidores. Simples assim.

Ludistas “progressistas” não enxergam o óbvio: tecnologias inovadoras impactaram no desaparecimento de negócios ultrapassados, entretanto, criaram novos setores e empregos, inclusive, melhor remunerados.

Criadores de riqueza investiram, inovaram, empregaram, treinaram seus funcionários e criaram soluções para as pessoas e, portanto, para a sociedade. Eu chamo isso de progresso compartilhado. É assim que se faz.

Evidente que a destruição criativa, como o próprio nome do processo diz, destrói o antigo, já não tão produtivo, e gera novos setores e soluções mais produtivas. A soberania do consumidor sabe julgar o efetivo “incremento de produtividade”. Considerando-se todos os eventuais ônus do processo, a vida da pessoas ficou mais produtiva, fácil, legal, mais barata, mais conveniente…

Rejeitando-se à corrupção da verdade, as tecnologias inovadoras, comprovadamente, agiram pragmaticamente na geração de novos e diferentes tipos de empregos e empregabilidade, no desenvolvimento de novas fontes de energia, sobretudo, verdes, renováveis, e num aumento brutal da produção de alimentos para saciar a fome global.

Desacredite dos pessimistas profetas do apocalipse. E eles são muitos.
Nos mercados livres, indivíduos dotados de liberdades individuais, para pensar, inovar e criar novas e melhores soluções para as pessoas, são aqueles que, de fato, materializam o verdadeiro progresso para todos.

São pessoas e empresas que investem, criam coisas novas, empregam e geram renda, riqueza e mais prosperidade.

Os ludistas “progressistas” estão propositalmente tapados. Mais regulação é a receita infalível para o fracasso - de todos.

As novas tecnologias não redundarão no “fim do mundo”, em mais desemprego e na catástrofe ambiental.

Nada disso. Produzirão mais liberdades, descentralização do poder, novos e distintos empregos e, de maneira derradeira, elas irão auxiliar na melhoria do mundo. Sinteticamente, maior prosperidade.

 

Continue lendo
  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 07 Agosto 2023

Gilberto Simões Pires

BOA TARDE, BRASIL

Na última 6ª feira, 4/8, fui informado pelo jornalista Júlio Ribeiro, âncora do -BOA TARDE, BRASIL-, programa -com forte tonalidade LIBERAL- que ia ao ar de segunda a sexta feira, das 13h10m às 15h, na Rádio Guaíba, de Porto Alegre, RS, havia chegado ao fim por decisão da diretoria da Record, proprietária da emissora gaúcha.

FALECIMENTO

Como fazia parte do seleto GRUPO DE COMENTARISTAS -LIBERAIS-, cuja maioria integra a SOCIEDADE PENSAR+, inclusive o próprio Júlio Ribeiro, fui um dos primeiros a receber a notícia do triste FALECIMENTO DO -BOA TARDE, BRASIL-, programa que esteve no ar por 2 anos e 10 meses, ou exatas 725 edições. 

LIBERDADE

Antes de tudo, sem -VITIMISMO-, entendo, que -LIBERDADE DE IMPRENSA- é uma decisão exclusiva do DONO DO MEIO DE COMUNICAÇÃO. Gostando ou não, da mesma forma como o proprietário -TRANSMISSOR- tem a LIBERDADE de definir a linha editorial a ser observada pelos seus colaboradores, o mesmo acontece com o RECEPTOR, que tem a LIBERDADE DE ESCOLHER qual jornal quer ler, rádio que quer ouvir e televisão que quer assistir. Simples assim.

CONDIÇÃO DA SECOM

Dentro desta linha de propósitos e intenções, a Rede Record achou por bem que não poderia ficar sem a magnífica VERBA DE PUBLICIDADE GOVERNAMENTAL, prometida pelo ministro-chefe da SECOM, o petista Paulo Pimenta, desde que a emissora TIRASSE DO AR o programa BOA TARDE, BRASIL.  

VOZ ROUCA DA LIBERDADE

Com isso, da mesma forma como aconteceu com o PONTOCRITICO.COM, que iniciei em outubro de 2009, pela internet, depois de sofrer implacável perseguição do governo Olívio Dutra, já fui informado que, em breve, o Júlio Ribeiro irá na mesma direção, ou seja, vai inaugurar o seu MEIO DE COMUNICAÇÃO, no qual só terá vez, com a minha participação, a VOZ ROUCA DA LIBERDADE.

BOA SORTE, JÚLIO RIBEIRO. CONTA COMIGO!

 

Continue lendo
  • Dagoberto Lima Godoy
  • 07 Agosto 2023

 

Dagoberto Lima Godoy

Pela primeira vez, a gente está colocando o povo para dizer o que quer que a gente faça no governo e onde a gente aplica o dinheiro. E, quando tem o dedo do povo, é preciso respeitar.” (Luiz Inácio Lula da Silva - 11 de maio de 2023, Salvador-BA)

O Governo Lula está divulgando os resultados da consulta intitulada Brasil Participativo, realizada com grande alarde, movimentando a máquina estatal e conclamando a ajuda das organizações da sociedade civil. Com declarações como a acima epigrafada, da autoria do chefe, o governo pretende passar a ideia de que se trata de um legítimo instrumento de uma pretensa democracia participativa. Nós, gaúchos, lembramos bem de ação semelhante insistentemente praticada aqui por governos do PT e utilizada (com maestria, reconheçamos) pelo ex-prefeito e ex-governador Genro para vendê-la, mundo afora, como algo sério. Mas sabemos que tudo não passava de encenações manipulativas de assembleias pequenas, dominadas por ativistas partidários, deliberando sobre verbas insignificantes e resultados não auditados.

Agora o governo centro-petista alardeia que “ao todo, mais de um milhão e 400 mil pessoas participaram ativamente da etapa digital” e que “por meio do Brasil Participativo, o Governo Federal está garantindo [...] que o direito à participação social, previsto na Constituição de 1988, seja de fato uma prática e conquista das pessoas.” (Trechos do Relatório da Plataforma)

Uma simples análise numérica põe a nu a quimera governamental: 1, 4 milhão de participantes corresponde a um percentual de           0,7% da população, parcela absolutamente insignificante para ser apresentada como “a cara do povo brasileiro”, como faz a propaganda oficial. Com todo o respeito aos concidadãos que de bom grado tenham participado do engodo, isso mais parece a máscara de um teatro grego retratando a tragédia nacional, um país de duas caras de 60 milhões de votos.

Tirante o efeito demagógico, resta esperarmos sentados pelo documento que haverá de comprovar quantas das propostas aprovadas pelo BP constarão do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, após tão esmagadora manifestação da vontade popular.

Continue lendo