Alex Pipkin, PhD
Não sou estúpido, tampouco ingênuo.
Vive-se numa “era progressista”, em que os chamados conservadores são considerados como aqueles que carregam e propagam o mal. Já os ditos “progressistas”, são os bondosos paladinos da cruzada moral, pelo bem.
O mal, a perversidade, é imanente à natureza humana.
Santo Agostinho tem razão, a perversidade é fruto dos “desejos desenfreados”. Ele afirma que cada um de nós é autor de suas próprias más ações.
Não há como desconsiderar que nesse “novo mundo” dicotômico, reina a dissonância cognitiva. Tal viés cognitivo impõe e alinha o pensamento tribal a determinadas crenças e ideologias que aprisionam as pessoas em suas fantasiosas cavernas mentais. Inexistem fatos e dados que desmintam os castelos de areia criados pelo sectarismo.
No entanto, a realidade e os fatos são claros. Faz parte do projeto de poder “progressista” a conhecida estratégia de dividir para conquistar. A mentalidade dual esquerdista, propositalmente, impõe uma falsa premissa de que a vida é pautada por opostos absolutos.
Contudo, o que está por detrás dos discursos e das narrativas idealistas e utópicas esquerdistas é, sem dúvida, uma hipocrisia peçonhenta. São os exímios praticantes das fúrias hipócritas, patológicas.
Agora esses “progressistas”, detentores da superioridade intelectual e moral, imposta por uma deselite perversa, de maneira surreal, apoiam à censura, que ceifa um dos direitos mais fundamentais, aquele da genuína liberdade de expressão. Em última análise, apoiam um Estado autoritário e repressor.
Dizem defender às minorias identitárias, desde que façam parte da tribo encarnada. São apologistas dos direitos (des)humanos, expressando ojeriza total, um terror moralista aos “autoritários, homofóbicos, fascistas…”, inimigos que pensam distintamente desses semideuses de barro.
Triste, mas nada distinto do “normal”, de uma hiprocrisia tenebrosa e destruidora. A maldade dessa turma petista - e assemelhados - já foi amplamente comprovada e julgada! Cego enxerga e sente de longe.
Nenhuma novidade do tradicional e recorrente “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.
Eles retoricamente discursam sobre a defesa dos direitos “humanos”, desde que negros, gays, e outros grupos minoritários, rezem na cartilha tribal vermelha. Evidente que defendem a tribo de terroristas do Hamas, contra os judeus “conspiradores e opressores”.
Eles dizem defender os pobres, mas só pensam em tributar os comuns, e reforçar seus laços de compadrio com os amigos banqueiros.
Pois ontem caiu mais um símbolo desse desgoverno, da escrachada hipocrisia dessa turma que o passado, ampla e fartamente, condena.
São representações da mentira escrachada, da hipocrisia, que no discurso empolado diz se preocupar com o povo, com os direitos (des)humanos, mas que na realidade objetiva, seletivamente, descarta tudo aquilo que vai de encontro ao seu projeto de poder, e o que não lhe convém confessar.
Rubem Sabino Machado*
Estudei Arquitetura 4 anos. Não terminei. As razões não importam aqui. O que importa é que havia uma matéria chamada Projeto de Arquitetura. Obviamente, nessa matéria se ensinava como projetar e era uma matéria eminentemente prática, embora muitas vezes o professor que a ministrasse fosse alguém que jamais teve um projeto seu construído e sequer trabalha com isso, era um mero teórico acadêmico: era como, na Medicina. ter aula de cirurgia com alguém que não opera ninguém.
Meu primeiro professor era um desses, e que por isso mesmo, era um autoritário que se achava muito melhor que os alunos. Ainda por cima, aplicava provas e exigia um projeto por semana. E após 40, 50, 60 dias, ainda não tinha dado nota e corrigido os anteriores. Ele achava que um tal “roteiro para construir”, de uma federal, era Deus e não deveria ser questionado, mesmo quando era evidente que daria errado. Curiosamente, nunca falei de política com ele, mas, anos mais tarde descobri que era da ideologia... Devia ter imaginado, mas eu ainda era ingênuo e pouco perspicaz sobre isso.
Mudei de faculdade quando continuei com ele e vi que o de História da Arte também era da ideologia e tinha um site chamado plebe rude ou algo assim e quase nada ensinava: preferia doutrinar e humilhar alunos. Curiosamente, quando fiz uma pergunta meio maliciosa, ele se virou pra me dar uma patada e, quando me viu de terno e mais velho , amansou o tom: assombração sabe pra quem aparece... Na outra faculdade Maria Helena e Carlito eram maravilhosos professores de Projeto e História da Arte que ensinavam de verdade e com educação.
Mas nada disso é realmente relevante e estou aqui para falar de algumas coisas de que nenhum professor de projeto, mesmo que seja o pior, como foi o meu, pode escapar. Quando se passa um trabalho de projeto pros alunos, nunca se dá tempo suficiente para eles se animarem.
“Projete uma casa de 3 quartos para uma família composta de um casal e seus dois filhos. Quando sua mente começa a viajar e projetar uma casa que parece genial, a casa dos sonhos, são impostas regras, primeiro: a casa deve ter 60 metros quadrados...
Cara, 3 quartos em 60 metros quadrados vai ser difícil, mas a mente ainda vislumbra soluções e, quando você começa a rascunhar, vem o “divino” “roteiro para construir no nordeste”. E não importa alegar que o cliente pode querer priorizar a sala como ambiente mais fresco porque a família passa a maior parte do dia lá, que a falta de sol nos quartos vai gerar mofo e, nem sequer ouse falar em ar condicionado, seu herege, afinal de contas, ninguém usa isso no Recife, não é?
Você recomeça a pensar, agora em soluções bem mais restritas e, ao rascunhar um novo croqui, vem mais uma regra: o terreno! Ele tem 80 m2. Pequeno para uma casa de 60... Mas não é só isso, tem que respeitar afastamentos de tantos metros de distância para o muro à direita, à esquerda, à frente, atrás e muitos metros quadrados são desperdiçados num terreno que já era pequeno.
Então você rasga o papel que já estava todo rabiscado. Traça o terreno e marca os afastamentos, descobrindo que sobram 68 m2 para construir: quase sem margem... Aí você faz o óbvio e resolve fazer uma casa retangular, por essa falta de margem. O professor então avisa que quer se se faça um bom trabalho de volumetria que, em resumo, significa que a casa não pode ser retangular...
Você inicia outro rascunho e quando está quase conseguindo ele diz que dentro dos quartos precisa caber um circulo de 2,40m de diâmetro, que a sala isso, que a cozinha aquilo. Óbvio, quando você conseguiu, apesar de tudo isso cumprir as regras, ele vem com a ABNT, a maldita ABNT, associação brasileira de normas para TUDO!!!
Enfim, disse tudo isso para lembrar que fazer tudo dentro das regras, dentro das 4 linhas de um terreno (e as vezes são 5, 6, há curvas) e respeitando afastamentos, roteiros pretensamente divinos e tudo mais, torna bastante difícil projetar algo realmente bom. É por isso que um time não pode ser chamado de genial quando ganha ajudado por árbitros que o beneficiam sempre, marcando pênaltis quando seu atacante chuta o chão nos descontos ou expulsando quem sofreu a falta em vez de quem a fez.
Também é um equívoco quando se é chama de genial quem fustiga e derrota inimigos sem estar sujeito a nenhuma regra ou possibilidade de responsabilização, e podendo sujeitar o inimigo até a regras inexistentes. Que genialidade é essa? Sem ter que seguir regras: é moleza...
Quem joga limpo contra quem joga sujo perde... sempre (anônimo)
In God we trust
* O autor é cronista fictício e nunca teve moleza, já que segue as regras...
Dartagnan da Silva Zanela
Todas as cidades brasileiras, cada uma com sua especificidade, têm inúmeras histórias pitorescas para contar quando o assunto são eleições municipais. Algumas, inclusive, acabam entrando para o "folclore" local, outras tantas, para os anais da história.
Historietas à parte, podemos dizer que um elemento que frequentemente é apresentado aos cidadãos, como ares de comédia bufa, são os tais "planos de governo". Sim senhor! Eles mesmos. Planos que, de quatro em quatro anos, são deixados na porta da casa dos eleitores, ou jogados na rua mesmo, para que as pessoas tenham a oportunidade ímpar de conhecer as pretensões cívicas dos postulantes ao cargo de Prefeito.
Em termos gráficos, o material até que é bem vistoso, independente de quem seja o abençoado do candidato, pouco importando qual seja a municipalidade.
De um modo geral, os tais "planos" têm a forma de uma revista, impressa em papel de boa qualidade, com muitas cores, inúmeras fotos e tudo aquilo que, se o cabra for eleito (ou reeleito), será "realizado" nos anos vindouros.
O problema – e, nesse caso, há uma penca deles – é que muitíssimos candidatos, de norte a sul do Brasil, não sabem a diferença abissal que há entre uma carta de intenções e um plano de ação e, por não saber, ou por ignorar essas diferenças, muitos acabam terminando apresentando somente um punhado de promessas vagas como se isso fosse um "plano de metas" exequível em um quadriênio.
Com toda certeza, o amigo leitor já deve ter se defrontado com alguns trambolhos com essa feição que, de fato, são lidos pelas pessoas e, por conta da forma desleixada que as "propostas" são apresentadas, estas acabam tornando-se motivo de piada nas rodas de conversa e nos grupos do whatsapp. E se esses trens fuçados não são motivo de chacota, temos algo de errado aí e, como dizem os jovens: algo errado, certo não está.
Ora, um plano de governo, como toda e qualquer proposta de ação, necessariamente tem que conter alguns quesitos básicos para ser, realmente, levado a sério. Elementos esses que, diga-se de passagem, são "o básico do básico do básico" para a realização de qualquer coisa.
O primeiro, como todo mundo sabe, é esse: aquilo que está sendo proposto se coaduna com o orçamento do município? A arrecadação realmente é suficiente para realizar todas as proezas que são apresentadas com aquela boniteza no "plano de governo"? Se sim, como será a distribuição desse orçamento para cada uma das atividades que estão sendo propostas? Ora, se não há essa clara discriminação orçamentária, isso não é um plano, nem aqui nem na casa do chapéu. É apenas mais uma conversa mole para o eleitor rir, na melhor das hipóteses.
O segundo ponto que deve se fazer presente em um plano de ação é esse: como essas atividades serão realizadas? Esse negócio de dizer que se irá pintar e bordar um futuro melhor sem dizer claramente como isso será feito, francamente, não parece ser um plano não, mas sim, apenas e tão somente mais uma opereta de malandro, tocada no coreto da pracinha de Sucupira, de Odorico Paraguaçu. Só isso e olhe lá.
Terceiro ponto, não menos importante, é o prazo. Isso mesmo! O dito-cujo do prazo. Se dizemos que vamos realizar alguma coisa, e se realmente sabemos o que estamos fazendo, necessariamente somos obrigados a apresentar uma estimativa do tempo que precisamos para executar as metas propostas. Caso contrário, é apenas mais uma cilada para pegar alminhas desavisadas.
Por fim, não menos importante, seria o eleitor ser informado de quais seriam as pessoas que, junto com o postulante à cadeira do executivo, irão se responsabilizar pela execução do plano de governança. Quais seriam os possíveis nomes que viriam a integrar a sua equipe de gestão? Qual seria a composição do seu secretariado?
Diante do exposto, podemos dizer, com certa inquietude, que um punhado de promessas vagas, reunidas numa revistinha toda pomposa, colorida e bem impressa, como se fosse um "plano de governo", acaba, sem querer querendo, falando muito mais do que seus autores gostariam que fosse dito.
Em alguns casos, fica claro a grande falta de respeito pela inteligência do cidadão e, noutros, fica evidente a presença de interesses nem um pouco republicanos em relação à coisa pública. Nalguns casos, as duas, juntas e misturadas.
Enfim, como nos ensina o escritor Humberto de Campos, nesse momento, em que somos convidados a sufragar nossa opinião a respeito dos rumos que o município, onde residimos, deve tomar nos próximos quatro anos, é de fundamental importância que procuremos ser senhores de nossa vontade e escravos da nossa consciência.
Imagino que cada um de nós sabe o que é melhor para as futuras gerações e, se não o sabemos, com o perdão da palavra, está mais do que na hora de "garrarmos" vergonha nas ventas e passarmos a refletir sobre isso com a devida seriedade e com a indispensável serenidade, mesmo que as opções que temos estejam muito abaixo das nossas expectativas [depre]cívicas.
* O autor, Dartagnan da Silva Zanela, é professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.
Gilberto Simões Pires
PRESIDÊNCIA DO BC
Mais do que sabido, ontem, 04, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, RESERVOU, no melhor estilo -SAVE THE DATE- na sua viciada e interesseira agenda, com letras garrafais na cor vermelho -PT,- o dia 8 de outubro próximo para proceder, em plenário, a votação da -INDICAÇÃO- de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central.
IMPEACHMENT
Como se vê, claramente, por mais que já tenham chegado às suas mãos sujas centenas de pedidos de IMPEACHMENT do consumado ditador ALECHANDRE DE MORAES, todos carregados de cabíveis e notórias justificativas, nem assim o presidente do Senado vê razões para RESERVAR uma data, ou apenas um minuto, para apreciação, em plenário, das SÚPLICAS extraídas das inúmeras manifestações do povo nas ruas.
ORGULHO IMENSO
A rigor, Rodrigo Pacheco, desde a sua posse como presidente do Senado, nunca traiu a sua ética e seus princípios imorais. Com irreparável DISCIPLINA, Rodrigo Pacheco não esconde o IMENSO ORGULHO que nutre pelo fato de integrar, com galhardia, a SINISTRA ORGANIZAÇÃO -DITATORIAL- que comanda o nosso empobrecido Brasil.
MAIS UM
Como o povo está cercado e entrincheirado pelas submissas FORÇAS ARMADAS, que se sentem confortáveis e prazerosas por integrar a SINISTRA ORGANIZAÇÃO, tudo leva a crer que no próximo sábado, 7 de setembro, milhões de brasileiros irão às ruas com o velho e surrado propósito de SUPLICAR, pela ENÉSIMA vez, mais um pedido de IMPEACHMENT do PRESIDENTE DA CRUEL ORGANIZAÇÃO.
Adriano Alves-Marreiros
“Hoje só acredito no pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia, em cada ponto de partida
Há muito me deixou."
“Noturno”. Fagner (Música que , me lembro, meu pai
Cantava no carro, imitando o jeito do Fagner
Em memória do Cabo DT Manoel Silveira Marreiros: meu Pai!
Quando passei no Concurso do Colégio Militar meu pai ia operar o coração e internou. Lembro que ele pediu pra minha mãe comprar a farda pra ele me ver fardado antes de operar. Minha mãe disse “Não! Nós vamos comprar juntos...”. Não fomos... Desde então, tornei-me um pessimista e não acredito que alguém possa me tirar a razão. Desde então Noturno é a minha “música chiclete”... (Posso garantir que era melhor que fosse um fanque carioca...)
“Calma”. “Tudo vai dar certo”. “Pense positivo”. Todas são expressões que ouço, com desprezo, com raiva. Ou apenas triste quando vejo que a pessoa, bem intencionada, realmente acha que pode me dar consolo ou ajuda repetindo-as. Nunca garantiram nada: tranquilizar? Ainda menos...
Sofrer por antecipação é o que podem dizer alguns. Prefiro falar em estar preparado: sempre preparado. Nas Agulhas Negras tinha um paulista (queria lembrar seu nome!) que dizia que devíamos sempre esperar o pior: se viesse o melhor, estaríamos no lucro, se não: estaríamos preparados. Talvez tenha sido a coisa mais sábia que já ouvi...
Tem gente que não só não se prepara nunca, como vai muito além do otimismo: é eternamente crédula. Prefere torcer bestamente a ver o que está acontecendo diante do seu nariz. Prefere negar quaisquer indícios como se fora um Piu-Piu que sequer acha que viu um gatinho...
Gente que acha que supressão de Liberdades pode ser feita para o seu bem. Que acha que alguém que pode permitir ou não o que é ou não Liberdade de Expressão não é censor...
Gente que acha que o famoso geek simpático e bem sucedido é só gente boa[1]: não tem interesses globalistas, não é adepto do Socialismo Fabiano.
Gente que acha lindo quando se fala em agir para transformação social e não percebe que isso não é Democracia: é querer impor ideologias e fazer o povo à sua imagem e semelhança.
Gente que acha que o discurso de suposto “combate às fake News” é realmente para combater notícias falsas e mentiras[2]. Que acha que as tais “agências de fact checking” não são ideológicas. Que acha que o combate não é aos Conservadores.
Gente que acha que ser Conservador é ser fascista: sem se dar conta que o fascismo, o comunismo e o nazismo é que possuem natureza totalitária, coletivista e revolucionária e que o conservadorismo é o oposto de revolução e baseia no respeito às individualidades.
Gente que acha que traficante vai se tornar empresário honesto se legalizarem as drogas e até que UBER vai continuar existindo (e facilitando a nossa vida como é hoje) se impuserem a CLT à empresa.
Tenho pena: muita pena de quem troca sua dignidade por aceitação da turma “cool”, pena dos que acham que uns poucos autodenominados “iluministas” devem estar acima do poder que emana do povo, pena dos que aceitam trocar sua liberdade por segurança, apesar do aviso de Benjamin Franklin[3].
Sim, tenho pena dos otimistas e daqueles que tentam sê-lo apenas para sofrerem menos, mas tenho ainda mais pena dos crédulos: dos espíritos submissos, fracos e sem visão...
“Sentido? Sem tudo! Sem nada…
Comecei a também morrer,
Naquela primeira morte,
No caixão também estava eu:
Metade de mim…
Tive que prosseguir por que assim é, Carlos,
Porque vc não morre, José,
E duro segui por uma alameda de túmulos,
E até sem eles,
Sem conseguir enterrar todos…
Sem conseguir enterrar nenhum,
Enterrando apenas a esperança,
Que não foi a última, mas a primeira…
Não, Harry, seu espírito não perde uma parte quando você mata,
Mas quando eles morrem…
(Poema de Adriano Marreiros, publicado no site Janelas da Alma de Harley Wanzeller: < http://www.poesiajanelasdaalma.com.br/)
Crux Sacra Sit Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas
(Oração de São Bento cuja proteção eu suplico)
* Matéria publicada no Portal Tribuna Diária, setembro de 2020
** O autor, Adriano Alves-Marreiros, é cronista, pessimista e Cristão.
[1] “Tem gente boa que me fez sofrer, tem gente boa que me faz chorar”: da banda Zero.
[2] Leiam todo o livro “O Inquérito do fim do mundo”, mas, sobre isso, leiam especialmente o artigo do Morgenstein, logo no início...
[3] “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança”.
Alex Pipkin, PhD
Aprecio Macunaíma. Aliás, o herói sem nenhum caráter, nunca antes na história desse país, foi tão atual. Eu gosto de Mario de Andrade. Cirúrgico em suas análises.
Uma dessas, é de que as pessoas não debatem conteúdo, apenas os rótulos.
Efetivamente, “momentoso”, em especial, na era dos “especialistas” e dos protagonistas das redes sociais. O mundo se transformou no instantâneo, tudo rápido, automático, intuitivo, baseado nas maquiagens, nas emoções e, claro, no que parece ser.
Nosso funcionamento cerebral potencializa a super valorização do que parece ser, já que por meio de estímulos e de gatilhos mentais, o ser humano é influenciado - manipulado - a opinar e a tomar determinadas decisões. Pouco se pensa crítica e reflexivamente, por si só. Vão longes os tempos em que os esteriótipos, os rótulos, enfim, eram, digamos, confiáveis. Os “tempos modernos” são de genuínas distopias à lá Orwell, de inacreditável rejeição da lógica e da verdade.
Evidente que os rótulos direita e esquerda no espectro político, num passado já distante, até que eram razoáveis quanto ao conteúdo implícito.
No “novo mundo progressista” jamais. Direita significava ser conservador na questão de valores e, de alguma forma, menos estatista em nível do funcionamento da economia. Por sua vez, esquerda (decente), representava ser mais liberal quanto aos valores morais e em temas sociais, e completamente adepto do Estado “total” na vida econômica, o salvador da pátria.
Nesse “novo mundo” transviado, direita simboliza aqueles mais conservadores - alguns radicalmente -, quanto aos valores morais e, penso eu, na imensa maioria, mantendo-se, de alguma forma, de mãos dadas com o Estado.
Desnecessário classificar a esquerda em relação à economia, “mãe - e pai - Estado”. A grande transformação se deu nas questões sociais, em que me parece que, de fato, havia uma legítima preocupação com os descamisados e com os direitos dos grupos minoritários.
Sou um liberal nas questões econômicas, e adepto das liberdades individuais, e não da libertinagem e/ou das retóricas farsantes em defesa dos grupos minoritários. Pobre juventude escravizada por outros jovens marxistas - e velhos - iludidos e/ou manipulados.
Evidente que também existe a declamada “extrema direita”, pronunciada todo o santo dia pelo partido da mídia. Não tenho lembrança de ter lido ou escutado algo relacionado a “extrema esquerda”. Acho que Stálin, Mão, Maduro… são meras miragens.
O atual presidente crê que esse último é um democrata - são só as narrativas contrárias -, e que democracia é algo relativo. O fato “moderno” surreal, é que o romantismo idealista desapareceu, faz tempo, entrando em campo o sectarismo doentio utópico, custe o que custar.
Esquerda, nesse “novo mundo progressista”, nada, absolutamente nada, tem a ver com uma maior liberdade na seara social. Pelo contrário, nunca imaginei estar ainda no plano terreno para ver marxistas de carteirinha defendendo, ardorosamente, o autoritarismo, à censura, o terrorismo, e os direitos (des)humanos. Quanto aos grupos minoritários, até cego debaixo d’água enxerga que se não houver conformidade com as várias tribos esquerdistas, não adianta ser negro, gay, drag queen, enfim. Farsa total!
Pois é, os rótulos! Como pode alguém - que pensa racionalmente - ser de esquerda? Claro, a premissa básica é que o sujeito é ignorante - na real acepção da palavra - em economia.
O que a galera juvenil não sabe e/ou faz de conta não saber, é que a esquerda atual, é abertamente defensora do autoritarismo acordado, desagregador e racista, da coerção, da maldade e da escravidão, a fim de alcançar o seu único objetivo: poder.
Não, senhores, o que qualquer caolho enxerga é que esse simulacro da antiga defesa dos valores libertários e humanitários, foi nefastamente substituída pelo autoritarismo amplo e raso. Na atualidade, quem deseja e impõe à fórceps os valores morais - únicos e ditatoriais -, não são os “monstros conservadores”. Objetivamente, é essa tribo rotulada como “de esquerda”. Surreal, distópico.
Hoje, não há quaisquer dúvidas, a mãe Estado grande, e a maioria de suas instituições “progressistas”, utilizam-se do aparato estatal como poderoso instrumento para decretar - e oprimir - os “valores morais progressistas” sobre as pessoas.
O romantismo idealista sumiu - apareceram as verdades romanescas -, e a falácia do conserto e da salvação da humanidade, têm que ser realizada, inexoravelmente, pelo franco e real autoritarismo estatal canhoto.
Como alguém pode acreditar no rótulo “esquerda”?
Simples. Ou se trata de um analfabeto em economia, ou é um iludido e manipulado, que acredita nas 99 mentiras “progressistas” que estão sendo contadas por populistas “esquerdistas”.
A esperança é que como ainda há uma verdade, espero que essa verdade acabe - sei lá quando - triunfando.