Independent Cronicle (1)

 

O governo escocês divulgou uma nova orientação para as escolas, dizendo que crianças em idade escolar a partir dos 4 anos devem ter permissão para mudar de sexo sem o consentimento ou conhecimento dos pais.

A orientação do governo declara que as crianças pequenas devem ser ouvidas e apoiadas em suas decisões sobre identidade de gênero porque “o reconhecimento e o desenvolvimento da identidade de gênero podem ocorrer em uma idade jovem”.

https://independentchronicle.com/scotland-to-allow-4-yr-olds-to-change-gender-without-parents-knowledge/

Outros protocolos governamentais incluem o fornecimento de material de leitura em sala de aula voltado para pessoas trans. Os professores também devem deixar a decisão de qual banheiro usar para as crianças, já que não há nenhuma lei escocesa dizendo que as pessoas devem usar o banheiro que corresponda ao seu sexo biológico.

As novas regulamentações governamentais também sugerem que as escolas examinem suas políticas de uniformes escolares e considerem a mudança para uma opção neutra em termos de gênero.

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“Este guia descreve como as escolas podem apoiar jovens transgêneros, garantindo que os direitos de todos os alunos sejam totalmente respeitados”, disse a secretária de educação escocesa Shirley-Anne Somerville.

Marion Calder, diretora do grupo de campanha For Women Scotland, discordou, expressando preocupação com os protocolos recém-lançados.

“Para ser transgênero, você tem que ter um diagnóstico de disforia de gênero. O que eles estão pensando? Os pais ficarão muito preocupados em ler este documento ”, disse ela.

Calder afirma que a orientação "fornece às escolas sugestões práticas" sobre o apoio a alunos transgêneros do ensino fundamental e médio.

“A orientação não é prescritiva e não promove a transição”, afirma ela.

  1. https://independentchronicle.com/scotland-to-allow-4-yr-olds-to-change-gender-without-parents-knowledge/ e inúmeras outras fontes.
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ROBERTO JEFFERSON VERSUS ALEXANDRE DE MORAES

Percival Puggina

17/08/2021

 

Percival Puggina

 

O jornalista Fernão Lara Mesquita, em O Vespeiro de 16 de agosto (leia a integra aqui), escreve, com muita razão:

Alexandre de Moraes é o Roberto Jefferson do Judiciário. Os dois são dados a pronunciamentos e encenações bizarras. Mas os de Roberto Jefferson morrem na internet enquanto os de Alexandre de Moraes põem em campo toda uma geração de degenerescências irreversíveis.

Pegou bem, o Fernão, ao apontar a semelhança. Embarcando no mesmo exercício, pode-se segmentá-la e identificar em ambos o mesmo gosto pelo protagonismo, a vaidade, a vida como uma ribalta, a paixão pela política, a agressividade sempre latente ou latindo.

Pegou igualmente bem, o jornalista, a principal diferença entre os dois. Em suas primeiras reaparições, Roberto Jefferson chegou a ser convidado para um ou outro programa de rádio e TV nos grandes grupos de comunicação, mas isso acabou logo ali. O que ele dizia não devia ser ouvido, estava fora do script geral desses veículos que conseguiram fazer de seu trabalho uma chatice sem fim em que todos se desdobram para dizer sempre a mesma coisa porque todas as matérias devem disparar contra o mesmo alvo.  Nunca o lugar comum foi tão comum!

Roberto Jefferson virou, então, astro das redes sociais e Alexandre de Moraes super-herói de um tipo de imprensa que não se constrange de apontá-lo como defensor da democracia contra o risco representado pelo jeito de falar do presidente do PTB. Faça o ministro a estripulia que fizer, cometa o abuso de autoridade que cometer, a mídia militante enaltece sua dedicação a uma causa que não faz sentido em ambientes jurídicos.

 

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CUBA, DEPOIS DE 11 DE JUNHO

Percival Puggina

15/08/2021

 

Percival Puggina

 

         Nos dias subsequentes aos acontecimentos cubanos de 11 de junho, participei de várias entrevistas e lives em que o futuro daquele país e as consequências da mobilização popular foram os principais temas.

Infelizmente, acertei quando disse que não haveria benefício prático dado o total domínio que o Estado cubano, através do Comitê Central do Partido Comunista, exerce sobre a nação, a caminho de completar 63 anos de genocídio, repressão e opressão. Mais de uma centena de prisões, muitos desaparecidos, dezenas de cidadãos já julgados e condenados compõem o rescaldo dos fatos singulares que os cubanos denominaram o “11J”.

A nova Constituição do país (2019), não deixa dúvidas de que:  “Art. 5º - O Partido Comunista de Cuba, único, martiano, fidelista, marxista e leninista, vanguarda organizada da nação cubana, sustentado em seu caráter democrático e na permanente vinculação com o povo, é a força política dirigente superior da sociedade e do Estado (...)”.

Você, leitor, reze a Deus para jamais ler em língua portuguesa tamanha declaração de guerra contra a divergência e a possibilidade de qualquer avanço na direção da democracia. Esse perigo, contudo, é incrivelmente sedutor e ronda nossos filhos e netos em suas escolas e universidades.

Por isso, expresso minha convicção de que a segunda edição do meu livro “A tragédia da Utopia” ganha atualidade e necessidade de leitura e reflexão em nosso país. Foi para os brasileiros que o escrevi, resultado do que estudei, senti e experimentei em Cuba e entre os cubanos, no Brasil e entre meus concidadãos.

Interessados em adquirir o livro devem fazer contato comigo através de meu site www.puggina.org, na sessão Livros do Puggina.

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OS “CRIMES” DE BOLSONARO

Percival Puggina

12/08/2021

 

Percival Puggina

 

Segundo o site O Antagonista, certamente o mais bem informado sobre as patranhas da CPI da Covid-19, Renan Calheiros e seus fieis seguidores pretendem enquadrar o presidente da República em cinco crimes: charlatanismo, curandeirismo, propaganda enganosa, crime de epidemia e infração sanitária.

Todos são livres para elaborar as próprias conclusões, inclusive para fazerem um círculo com os lábios e emitirem um Oh!!!! de escândalo ante a "solidez" e a "gravidade" dos indiciamentos a serem propostos após sucessivas sessões de tortura a que submeteram tantos depoentes.

Com base na mesma liberdade, eu advirto meus leitores para as muitas e desastrosas consequências de se conceder poder político a indivíduos que jamais convidariam para jantar em suas casas, na companhia de suas famílias. É o caso de tantos senadores da República. Ademais, é um fato semelhante  ao de pais levarem os filhos, diariamente, a escolas onde eles mesmos não ficariam se assistissem um dia inteiro de aulas.

A inusitada compreensão dessas realidades está entre as causas do péssimo perfil de nossa representação política e da má formação de tantos eleitores. O fato é que temos liberdade, mas o uso dela, pouco responsável, tem consequências que vão muito além de nós mesmos.  

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O MEDO DO STF RACHOU O CENTRÃO

Percival Puggina

09/08/2021

 

Percival Puggina

 

         Durante quase dois anos, Bolsonaro radicalizou a autonomia dos outros poderes. Ele enviava suas propostas ao Congresso e dizia que não iria interferir porque sua “responsabilidade era propor e a do Congresso, deliberar”. A mídia militante, claro, o acusava de omissão e inaptidão para a negociação, perante temas relevantes da vida nacional.

Errado não era o Congresso votar contra o interesse do país; errado era o Executivo não “negociar” com um Parlamento negocista.

Até que caiu a ficha e o presidente percebeu que sem maioria não estava conseguindo aprovar coisa alguma. Pior do que isso, o Legislativo aproveitava seus projetos para virá-los do avesso, de regra em benefício próprio, como no caso da lei que define os crimes de abuso de autoridade, ou nas leis orçamentárias.

No exato momento em que Bolsonaro passou a negociar com o centrão, a mídia militante mudou de perspectiva e foi buscar a biografia dos personagens, como um achado na cartola de onde pinça seu relativo dever de informar. Como se houvesse outras bancadas para essa “negociação” e como se votos disponíveis não fossem os que o governo já tinha!

Imagino que uma aproximação do presidente com o PT e seus anexos traria felicidade geral à república dos derrotados.

“Mas o governo continua sofrendo derrotas dentro do centrão”, alegará o leitor atento. Claro, uma inusitada visita do presidente do TSE, presentes líderes de 11 partidos, convenceu-os de impor uma derrota ao presidente em matéria que, a juízo dele e de parcela expressiva da sociedade, é relevante para a democracia – a transparência das apurações. Difícil não ver na reunião e em suas consequências, com a troca de membros da comissão para garantir a derrota da PEC, sinais da fragilidade do Legislativo ante os poderes extraordinários de que se revestiram os dois tribunais superiores perante a classe política. Ali, a vontade pessoal se sobrepõe à Constituição e às leis.

Resultado, o poderoso centrão rachou! Uma parte apoia o governo e outra apoia o TSE e o STF... Parece brincadeira, mas não é.

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SE DÁ PARA FAZER PIOR, NÃO PERDEM A CHANCE!

Percival Puggina

05/08/2021

 

Percival Puggina

 

         É crescente o número de escolas que acolhem a linguagem neutra, ou sem gênero, ou dita “inclusiva”, na comunicação com os alunos. Em Zero Hora de hoje (05/08), um colunista relata, após ouvir diretores de algumas escolas, que eles consideram impossível conter dentro das salas de aula algo que está nas redes sociais e já faz parte do cotidiano dos alunos.

Eis aí a mais moderna expressão da antiga tolice que manda não contrariar os jovens e manter distância prudente de sua sensibilidade para não os magoar... Não deixa de ser curioso que isso seja feito em nome do bem deles, ainda que as consequências a tudo certifiquem e carimbem com as marcas de ainda maiores mágoas e insucessos.

A tolerância levada a tais extremos e o descuido, que dizem ser de inspiração paulofreireana em relação ao domínio da língua culta, precisa retroagir às gerações precedentes porque eu não consigo imaginar boas empresas, bons postos de trabalho e remuneração digna para quem não saiba se expressar devidamente no idioma pátrio. Imagine um currículo que seja, por si só, revelador do mau aprendizado de quem com ele se apresenta.

No fundo, é uma ideologia que expressa os interesses revolucionários segundo perspectiva marxista. Ela vai se manifestar na deficiente relação entre o pouco empenho de quem ensina e o insuficiente desempenho de quem aprende. Tudo para que uns e outros se unam na consciência proletária, ou dos oprimidos, ou seja lá do que for. Num outro sentido, traz para a sala de aula onde estão nossas crianças e adolescentes, passando pela porta de vaivém dos ardilosos de sempre, o temário de gênero reiteradamente vedado em sucessivas decisões de legisladores federais, estaduais e municipais.

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