Gilberto Simões Pires
UNANIMIDADE
Até pouco tempo atrás, a maioria dos institutos de pesquisa fazia de tudo para ESCONDER (através de manipulações indecentes e/ou encomendadas), o crescimento da -DESAPROVAÇÃO DO GOVERNO LULA-. Entretanto, como a DESAPROVAÇÃO ganhou enorme e firme TRAÇÃO nas últimas semanas, aí não teve jeito: até os mais resistentes acharam por bem se render à INCONTESTÁVEL REALIDADE, que, no mês de fevereiro, chegou a 53%. Com claro VIÉS DE ALTA!
CUIDADORES
Como se percebe, a DECEPÇÃO e ou a DESAPROVAÇÃO DO GOVERNO resulta da direta e inegável ALTA DE PREÇOS DOS ALIMENTOS. O fato é que, infelizmente, a DEFICIÊNCIA INTELECTUAL e/ou o -NÍVEL COGNITIVO BAIXO-, não permitem a visão correta das verdadeiras CAUSAS dos problemas, que iniciam com a PÉSSIMA QUALIDADE NO ENSINO, a qual, para desespero geral, é responsável pela FORMAÇÃO dos nossos GOVERNANTES, JUÍZES e PROMOTORES DE JUSTIÇA, tidos e havidos como -CUIDADORES DO PAÍS-. Pode?
CORRUPÇÃO
Na real, a DESAPROVAÇÃO vai muito além dos preços dos alimentos. Passa, por exemplo, pelo Índice de Percepção da Corrupção. Vejam que, em 2002, o Brasil ocupava a 45ª posição. Em 2010, primeiro governo Lula, o país caiu para o 69º lugar e a queda se acentuou para a 75ª colocação em 2015, durante o segundo mandato de Dilma Rousseff. E em 2024, no terceiro mandato de Lula, o Brasil afundou de vez, passando a ocupar a 107ª posição.
TRIBUTAÇÃO
Como se isso não bastasse, o povo brasileiro também é castigado com ALTA TRIBUTAÇÃO SOBRE CONSUMO. Vejam que a REFORMA TRIBUTÁRIA (???) vai obrigar o empobrecido povo brasileiro figurar como o PAGADOR DA MAIOR ALÍQUOTA DO MUNDO, que varia, sem perdão, entre 28% e 28,5% do valor do bem ou produto ou mercadoria. Que tal?
INSEGURANÇA
Para finalizar, a DESAPROVAÇÃO tem muito a ver com a INSEGURANÇA PÚBLICA. alimentada 1- pela notável complacência com as facções criminosas que dominam boa parte do país; 2- pelo STF, que visivelmente, sem receios, pratica o INVERSO DO QUE É ENTENDIDO COMO JUSTO E HONESTO; 3- pela escandalosa AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA, que além de desmoralizar os agentes policiais propicia o crescimento -SEM PARAR- do SETOR CRIME.
Afonso Pires Faria
Deixaram de lado os quartéis e as armas, ocupando-se das escolas, reinterpretando o que estava escrito nos livros. Se tivessem que cometer algum crime, inclusive justiçamento de companheiros que deixarem de se alinhar os seus propósitos, imputariam a responsabilidade aos seus inimigos. Assim, desviaram a atenção de toda a população para coisas fúteis, enquanto agiam nas sombras.
Não haverá resistência, pensaram. Eles estarão divididos e onde não houver divisão, nós trataremos de cria-la. Defenderemos o bem, a igualdade, e os direitos das minorias. Vamos criar nichos onde poderemos nos infiltrar. Seremos os paladinos da justiça e defensores dos fracos e oprimidos pela sociedade capitalista, machista, misógina e elitista.
Mesmo sendo falsa a afirmação, nós repetiremos a exaustão: a culpa é deles. Um povo com excesso de direitos, o mínimo de obrigação e pouca cultura está fadado a miséria. Esta, já instalada, será fácil imputar a culpa aos governantes anteriores.
Os mentores desta patifaria toda, são lidos e citados em trabalhos acadêmicos nas universidades espalhadas pelo Brasil e o mundo. Deixou-se de titular as pessoas pelo seu saber e sim pelo diploma fornecido por uma universidade que agora é “para todos”. Nada mais politicamente correto que este slogan.
Estão vencendo os senhores Marx, Engels, Gramsci, Alinski, Paulo Freire et caterva. Defendem uma coisa hoje e outra diametralmente oposta amanhã. E o populacho, doutrinado por esta gente, mergulhado na mais profunda ignorância, aceita de modo boçal os argumentos pueris e vazios.
Às favas a coerência. Se um ministro do Supremo diz que o voto impresso é mais seguro e que um poder não pode interferir no outro, mesmo sendo isso uma obviedade, estas afirmações deixam de valer quando consideram aquele inconstitucional e este é desrespeitado pelo próprio órgão que o deveria resguardar.
Eles avisaram que fariam. Poucos acreditaram, tamanha era a incoerência. Mas estão agindo. Estamos indo ladeira abaixo em aceleração máxima.
Alex Pipkin, PhD
Não hesito em dizer que a evolução não é um processo linear. E, neste sentido, parece que atualmente estamos dando passos para trás.
Os valores da civilização ocidental, morais e culturais, foram atacados em sua alma, na essência. Os pilares e as virtudes do esforço, da excelência e da busca da grandeza individual, além de terem sido rechaçados, fomentaram uma “cultura” e mentalidade transloucada, a da ideia fixa da opressão.
A virtuosa busca - com esforço, estudo, treinamento e o “correr riscos” - para se tornar excelente, transformou-se em uma espécie de transgressão cultural. O indivíduo que busca a excelência e, mais ainda, que ousa exibir esse desejo, passou a ser acusado de perpetuador de privilégios, ou de fomentar sistemas de poder excludentes.
O grande Roger Scruton, foi um dos pensadores que identificou com precisão essa corrosão dos valores civilizatórios. Para ele, a beleza, a ordem e a excelência, sempre foram as forças que elevam o espírito humano acima da banalidade e da barbárie. O esforço, a fim de se destacar, e a realização individual, “progressistamente”, agora são encarados como uma construção social a serviço dos poderosos.
Os modernos desconstrutores querem nos convencer de que o gênio é apenas uma invenção arbitrária para justificar privilégios, quando na verdade ele é a expressão mais nobre da alma humana.
Por detrás desse processo de desconstrução, está impregnada a tentativa de posicionar, de forma automática, toda natural desigualdade, como resultado da opressão e da injustiça. A desigualdade entre os homens é uma característica da natureza e reflexo inevitável da liberdade humana. Evidente que de maneira imanente, a desigualdade é o retrato também das diferenças de talento, de esforço e de escolhas entre os indivíduos.
O vício destruidor do presente, é o de desejar nivelar todos por baixo. Ao holofotizar a diversidade e a inclusão - politizadas -, a única diversidade que realmente importa para o progresso humano, a de caráter, de talento e de esforço individual, é fortemente reprimida. A ordem do dia é homogeneizar, apagando as virtudes da excelência.
Tal inversão de valores explica o porque as únicas pessoas autorizadas a chamar a atenção para sua singularidade são aquelas que se apresentam como vítimas. Os “sofredores” reivindicam e adquirem uma espécie de aura moral que os coloca acima de quaisquer julgamentos. O penoso esforço para triunfar sobre as adversidades, é, até mesmo, condenado! Pois não há verdadeiro heroísmo em exibir as próprias feridas, ao invés de cicatrizá-las.
Tal mentalidade tacanha nega uma inquestionável verdade: o homem é aquilo que faz, e é o resultado de sua jornada, de suas decisões.A atual percepção da autenticidade, da mera aparência de vulnerabilidade, trai a própria essência da liberdade humana. O indivíduo não se define pelas circunstâncias que o cercam, mas pela maneira como responde a elas. Sofrer não é uma virtude. Superar o sofrimento, parece-me que sim.
O paradoxo em relação à dignidade humana não está na submissão, mas na capacidade de resistir e transcender - na escuridão e no silêncio do esforço contínuo para se tornar excelente. Mas é muito mais singelo criticar do que se esforçar. É muito mais fácil se vitimizar do que assumir ás rédeas do seu próprio destino! Ainda bem que tal regressão não é inevitável. Trata-se até de uma virada existencial. O indivíduo livre, aquele que se recusa a ser nivelado, precisa assumir para si a responsabilidade de afirmar aquilo que a cultura dominante quer apagar: que a vida tem, sim, hierarquias naturais. Sofrer é um processo mundano, mas o outro lado da mesma moeda passa pelo esforço e pela disciplina individual.
Se o homem é aquilo que faz, a pergunta decisiva não é sobre quem sofre mais, mas é a respeito de quem ousa se tornar mais. O destino da civilização depende da resposta a essa pergunta. Há, evidente, luz no fundo do túnel. Vozes e ações são vislumbradas na batalha contra a era da mediocridade e da cultura do ressentimento.
Assim, se poucos sustentam o mundo, que o façam com genuíno orgulho, pois a grandeza nunca foi obra das massas, mas de indivíduos que ousaram ser mais - excelentes.
D. Bertrand de Orleães e Bragança
D. Bertrand emitiu a seguinte nota de repúdio ao ataque a figura histórica de D. Pedro II por uma escola de samba paulistana.
Ouvido o apelo de pessoas amigas e daqueles que formam uma crescente corrente monárquica, manifesto - não só como descendente e sucesso dinástico, mas sobretudo como brasileiro que ama sua Pátria e valoriza sua História - meu repúdio ao ataque de certa escola de samba à figura de meu venerando trisavô, o Imperador Dom Pedro II, neste ano do bicentenário de seu nascimento.
Além de ódio sanguinário, os idealizadores desse ataque demonstram ignorância abismal, ao retratar um índio cometendo um ato de indizível violência contra Dom Pedro II, quem falava tupi-guarani e era verdadeiro amigo e protetor de seus súditos indígenas.
Na disso, entretanto, poderá manchar a imagem de nosso maior Chefe de Estado, cuja boa obra na condução dos destinos do Brasil, em quase meio século de reinado, faz-se sentir até os dias atuais. Seu maior biógrafo, é e sempre será, o povo brasileiro, que nunca se esqueceu de sua respeitabilidade, sua paternidade e, sobretudo, sua brasilidade. A memória de Dom Pedro II, portanto, prevalecerá.
Já a pequenez dos que se aproveitam de enormes somas de dinheiro público e outros patrocínios para promover a revolução cultural, desconstrução dos padrões tradicionais, extravagância, imoralidade e cultura do caos, denegrindo sistematicamente o País, logo será esquecida. Prova disso foi o retumbante fracasso, na forma de rebaixamento, da tal escola.
Os brasileiros de boa vontade travam hoje uma verdadeira cruzada para que o Brasil volte a ser, de fato, a Terra de Santa Cruz. E, certo de que assistiremos à ruína e humilhação de seus inimigos, encerro esta nota com o lema bradado por nossos antepassados na luta contra os infiéis de seu tempo: “Ao serviço de Deus, ao serviço da Pátria”.
São Paulo, 5 de março de 2025
Dom Bertrand de Orleans e Bragança
Adolfo Sachsida
Me perguntaram se assisti “Ainda Estou Aqui”.
Minha resposta foi direta:
Sim, infelizmente, tenho assistido a esse episódio há mais de um ano.
Eu sou a viúva de Clezão, preso injustamente e morto na Papuda. Eu ainda estou aqui.
Eu sou Débora, cabeleireira e mãe de dois filhos, que escreveu "Perdeu, Mané" com batom em uma estátua e fui condenada a 17 anos de prisão. Eu ainda estou aqui.
Eu sou o vendedor de algodão doce, que estava na Esplanada dos Ministérios trabalhando no dia 8 de janeiro e fui preso por engano. Eu ainda estou aqui.
Eu sou o morador de rua que pedia comida e também fui preso injustamente. Eu ainda estou aqui.
Eu sou o autista que trabalha em um lixão e que, por estar presente no dia 8 de janeiro, sou obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Eu ainda estou aqui.
Eu sou Felipe Martins, preso injustamente por seis meses por uma viagem que nunca fiz (e que, mesmo se tivesse feito, não seria crime). Eu ainda estou aqui.
Eu sou a mãe de seis filhos e esposa de um caminhoneiro que viajou a Brasília para entregar mercadorias. Enquanto esperava o caminhão ser carregado, meu marido foi à Esplanada e hoje está condenado a mais de 15 anos de cadeia. Eu ainda estou aqui.
Eu sou uma menina de 3 anos. Eu sou um menino de 6. Somos crianças órfãs de pais vivos. Nossos pais nunca pegaram em armas, nunca cometeram crime algum, mas hoje estão condenados a mais de 15 anos de prisão. Nós ainda estamos aqui.
Eu sou um brasileiro comum, que vê a classe artística e os jornalistas serem TIGRÃO com uma ditadura que acabou há 50 anos, mas TCHUTCHUCA diante dos desmandos que acontecem hoje no Brasil. Eu ainda estou aqui.
Eu sou um advogado, chocado com o silêncio ensurdecedor da OAB diante de tantos absurdos jurídicos, condenações e penas desproporcionais. Eu ainda estou aqui.
Eu sou um brasileiro comum, que hoje tem medo de escrever um texto na internet criticando uma autoridade pública, temendo ser preso por crimes que não existem.
Eu ainda estou aqui.
* Reproduzido do perfil do autor no X
Dartagnan da Silva Zanela
Se há uma palavra que é vilipendiada é esta: amor. É um Deus que nos acuda. Todos usam-na para dizer o que bem entendem, ao mesmo tempo em que negam aquilo que o amor de fato é. Muitas outras palavras também são avacalhadas, mas essa, como bem nos ensina o sociólogo Pitirim Sorokin, ocupa o cerne da vida em sociedade e, sua mutilação, tem severas consequências no tecido social.
Mas, afinal, o que é esse tal de amor? Pra começo de conversa, não é só uma palavra, nem um sentimento que faz o coração bater mais forte. Como nos ensina L. Lavelle, o amor é um estado do ser. O amor é aquilo que mais profundamente somos e, por isso, devemos, com humildade, cultivá-lo em nosso modo de ser, como nos lembra Gabriel Marcel.
Logo, podemos dizer que, quando um grupo de pessoas sai dizendo que é "a turma do amor" e que, aqueles que se opuserem a "sua turma", seriam os "comensais do ódio", é sinal de que estamos diante de uma arapuca mal armada para capturar figuras desavisadas.
Lembremos: o amor não se faz presente por meio de palavras falaciosas, nem através de gestos histriônicos com maquiagem publicitária. Todo aquele que leu com atenção o elogio ao amor (I Coríntios XIII), sabe que esse tipo de astúcia cínica está a léguas de distância da sua realidade.
Mas, como somos distraídos pra caramba, é bem possível que já tenhamos, em algum momento, caído nesse ardil.
É importante não esquecermos que o amor vive de mãos dadas com a verdade. Ele apenas germina onde ela é recebida de braços abertos para, com ele, coabitar.
Onde não existe amor à verdade, não há amor de verdade.
Não é à toa que Bento XVI dedicou sua primeira encíclica, DEUS CARITAS EST, para refletir sobre esse tema porque, no fundo, não sabemos amar de verdade e na verdade.
O amor é um estado do ser, não um modo de se aparecer. E isso vale para todos nós, para aqueles que dizem ser "pessoas do bem", como para aqueles que se consideram "pessoas de bem".
Se não somos capazes de refletir sobre a nossa capacidade de negar facilmente o bem, a verdade e a justiça, se nos julgamos incapazes de fazer o mal, é sinal de que o nosso discernimento já foi para o beleléu, logo, não é à toa, nem por acaso, que o Brasil está desse jeito: sem eira, nem beira.
Infelizmente, ao que tudo indica, não teria como estar de outro jeito.
* O autor é professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.