Alex Pipkin, PhD
O Brasil fala em inteligência artificial, mas pratica burrice artificial. Em vez de usar tecnologia para facilitar a vida do cidadão, insiste em uma burocracia sufocante, que impede o progresso e serve apenas para alimentar uma máquina estatal inchada e ineficiente. Já o setor privado, mesmo diante de tantos obstáculos, tenta inovar e se modernizar.
O Estado, ao invés de acompanhar essa evolução, faz o contrário: cria entraves, complica processos e perpetua um sistema que só beneficia quem vive dele. Essa “não-inteligência artificial” não é fruto do acaso. Ela existe para sustentar uma elite burocrática que se beneficia da própria ineficiência. Quanto mais difícil for um processo, mais funcionários serão necessários para lidar com ele, garantindo empregos, estabilidade e influência política. É um ciclo vicioso onde a máquina estatal cria dificuldades apenas para vender facilidades. E, claro, mais funcionários públicos significam mais eleitores fiéis a quem promove esse modelo falido. O resultado? O cidadão comum, que só quer trabalhar e produzir, fica refém de um labirinto de regras absurdas.
Não faltam exemplos do absurdo vermelho, verde-amarelo: no Brasil, é necessário um alvará para vender coco na praia. Isso mesmo. Enquanto em outros países basta um carrinho e disposição para trabalhar, aqui o trabalhador precisa enfrentar uma maratona burocrática para vender um produto que cai do coqueiro de graça. Qual o cidadão comum tupiniquim que já não foi vítima - reincidente - desse legítimo “roubo institucionalizado”? O que isso gera? Mais informalidade, mais corrupção e mais poder para os burocratas.
A burocracia brasileira não existe por acaso. Ela é projetada para servir a interesses muito específicos. Políticos fazem dela um terreno fértil para a corrupção, empresários bem relacionados a usam para eliminar concorrentes e o Estado assistencialista se aproveita da frustração gerada para vender a ideia de que apenas ele pode resolver os problemas que ele mesmo criou. No fim, todos perdem – menos os donos do sistema.
A burocracia brasileira é um labirinto projetado para que ninguém encontre a saída – a não ser que tenha um mapa fornecido pelos próprios burocratas.
Enquanto no Brasil abrir uma empresa pode levar mais de um mês devido à papelada sem fim, na Estônia, por exemplo, esse processo leva 18 minutos. A diferença? Tecnologia e um Estado que não vê o cidadão como refém, mas como cliente. A burocracia continuará nos escravizando enquanto aceitarmos o atraso como regra.
Como bem observou Margaret Thatcher: “O Brasil é o país do futuro, mas para tanto é preciso decidir que o “futuro” é amanhã. E, como bem sabem, isto significa que as decisões difíceis têm que ser tomadas hoje”.
O futuro das próximas gerações precisa ser construído a partir de agora. O país necessita, urgentemente, virar essa “página vermelha”. E o que realmente importa é a consistência dessa mudança ao longo do tempo.
Eguinaldo Hélio Souza
Provavelmente você nunca ouviu falar do Caso Dreyfus. Vale a pena pesquisar. Porque estamos vivendo a mesma coisa neste país. Dreyfus foi condenado injustamente e enviado para a Ilha do Diabo. Um inocente condenado, humilhado, desonrado, separado de seus familiares e amigos. Chamado de traidor da pátria por uma imprensa e um público desumano e cruel. Até que vozes se levantaram.
Primeiramente, umas vozes solitárias. Um famoso escritor lança seu grito na primeira página de um jornal: “Eu acuso!”. E acusou mesmo. Acusou as autoridades de injustiça, de manipulação, de parcialidade, de covardia. Houve um rebuliço. Novo julgamento.
A verdade começou a aparecer. Nua, crua e devastadora. Autoridades tiraram sua própria vida por vergonha. Outros confessaram. De outros foi exigida a renúncia. A França se dividiu entre aqueles que eram contra e os que eram a favor de Dreyfus. Por fim, após seis anos, ele foi libertado do Ilha do Diabo e teve sua honra e direitos restituídos. A verdade triunfou e venceu.
Todos sabem que a acusação de golpe de 8 de janeiro é uma farsa. São centenas de Dreyfus em suas Ilhas do Diabo, amargando um sofrimento que não merecem. Autoridades injustas declarando sentenças injustas. Uma imprensa vergonhosa fazendo eco às injustiças, sendo cúmplices do crime de incriminar inocentes. Dreyfus vive e passa mal.
“Sem anistia” é o grito dos perversos. É o eco daqueles que há quase dois milênios gritaram “Crucifica-o!”. É mais do que o sintoma da doença. É a infecção purulenta que salta através da pele revelando a podridão interna.
Anistia já! Uma nação não pode sobreviver moralmente com tanto sangue inocente manchando suas mãos e sua história.
Gilberto Simões Pires
GRANDE SAFADEZA
Considerando que o projeto do INDECENTE GOVERNO LULA, que propõe: 1- a ISENÇÃO de IR para quem ganha até 5 mil reais; 2- a TAXAÇÃO de 10% de IR sobre DIVIDENDOS; e, 3- a CRIAÇÃO de ALÍQUOTAS ADICIONAIS de IR para quem ganha acima de 50 mil-, exige a APROVAÇÃO do Congresso Nacional, resta, a partir de agora, prestar o máximo de esclarecimentos sobre esta GRANDE SAFADEZA do governo petista, que, de forma escancarada e nociva só PENSA EM ARRECADAR E/OU ESFOLAR -DESMEDIDAMENTE QUEM SE PROPÕE A PRODUZIR.
TRIBUTAÇÃO ABSURDA
Antes de tudo é importante que todos saibam que 1- a ALÍQUOTA NOMINAL DO IMPOSTO SOBRE O LUCRO DAS EMPRESAS -NÃO FINANCEIRAS- chega a 34%; e, 2- no caso das EMPRESAS -FINANCEIRAS- o LUCRO É TAXADO EM ABSURDOS 45%.
ESTES ALTÍSSIMOS INDECENTES -CUSTOS TRIBUTÁRIOS-, por óbvio, são repassados aos esfolados -CONSUMIDORES E TOMADORES DE EMPRÉSTIMOS-. Enquanto isso, o GOVERNO MAIS DO QUE INDECENTE usa -MUITO MAL- a maior parte do IMPOSTO ARRECADADO, em proveito de seus diletos apoiadores. Pode?
INJUSTIÇA SOCIAL
Pois, além de tamanha exploração, comprovada pela EXCESSIVA TRIBUTAÇÃO, o INSATISFEITO GOVERNO LULA acha mais do que justo TAXAR OS DIVIDENDOS, em 10%. Ora, esta inconsequente medida serve como -ATESTADO PÚBLICO- de que o GOVERNO SE APROPRIA -COERCITIVAMENTE-, apenas pela via do IR, de mais da metade dos LUCROS obtidos pelas empresas e seus acionistas.
LULA-MENTIROSO
Mais: o GOVERNO LULA-MENTIROSO disse, na maior cara de pau: -“Nós não estamos criando nenhum tributo novo, nós não estamos criando nenhuma sobretaxa. Nós estamos exigindo apenas uma tributação mínima de quem tem alta renda. MENTIRA! Vejam que enquanto a previsão de RENÚNCIA FISCAL (ISENÇÃO DE IR PARA QUEM GANHA MAIS DE 5 MIL REAIS) era de 27 BILHÕES, a previsão de arrecadação por conta da tributação de alta renda, segundo a Receita Federal, é da ordem de R$ 31 BILHÕES. Bandidos!
Luiz Guedes, adv
Passou em branco o dia 15 de março de 2025, com nenhuma notícia nos meios de comunicação. Deveria ser um dia para relembrar um dos crimes cometidos contra a população brasileira. Foi em 15/03/1990 que foi publicada a Medida Provisória nº 168/1990, na qual ficou determinado o bloqueio dos depósitos da poupança, dos CDBs, dos fundos de renda fixa, dos valores em conta corrente e dos investimentos no overnight.
O Presidente da República da época era Fernando Collor de Mello, recém-empossado. A Ministra da Economia era a Zélia Cardoso de Melo.
O bloqueio de liquidez, nomenclatura retórica utilizada pelo governo para mascarar o confisco, abrangeu grande parte dos haveres financeiros, com exceção do papel-moeda em posse da população. Os valores em Cruzados Novos bloqueados ficariam bloqueados, de acordo com a MP 168/1990, por 18 meses, recebendo juros de 6% ao ano mais correção monetária, creditados diariamente, e seriam liberados em doze parcelas apenas a partir do 19º mês.
A Medida Provisória era tão autoritária e desprovida de qualquer critério técnico, que a então Ministra da Economia, Zélia Cardoso, contou, de forma despudorada, em sua biografia “Zélia, uma paixão”, que o valor de 50 mil cruzados novos contido nas regras da MP aludida foi resultado de um sorteio feito em pedaços de papel.
Após o feriado bancário decretado para os dias 14, 15 e 16 de março de 1990, as pessoas correram para os bancos para sacar o dinheiro de suas contas, formando filas intermináveis e tendo outra surpresa, os bancos não tinham dinheiro suficiente para cobrir os saques dos clientes.
Além da medida não resolver o problema da inflação, minou a confiança nas aplicações financeiras. Ademais, o PIB teve uma queda de 4,35%, a mais intensa do Século XX. O Ibovespa despencou 21,37% em 21 de março daquele ano, fora a queda de 20,95% do dia 20/03/1990.
Para a população, o dano foi terrível. Além do dinheiro confiscado, com remuneração bem abaixo da inflação, muitos passaram por período extremamente difícil, sem dinheiro para fazer frente às despesas. Há relatos de mortes do coração de diversas pessoas, bem como de suicídios. Isso sem falar no custo de oportunidade dos brasileiros, que, em razão do dinheiro confiscado, deixaram de investir em seus negócios, de comprar imóveis, entre outras transações que deixaram de ser realizadas.
Infelizmente, essa atitude cruel e criminosa do governo Collor ficou sem punição para os envolvidos. O ex-presidente Collor não foi responsabilizado por essa medida, sofrendo impeachment no final de 1992 por acusação de corrupção, tendo como delator seu irmão, Pedro Collor de Mello.
Provavelmente por isso, os mais velhos, ainda hoje, têm medo de deixar o dinheiro no banco, bem como a cultura da poupança dos brasileiros ter permanecido baixa desde então.
Esse fato deveria ser sempre lembrado para que as novas gerações tomassem ciência desse fato lamentável ocorrido há 35 anos, na nossa recente história republicana. Espero que esse tipo de crime contra a população não se repita.
Alex Pipkin, PhD
Vivemos na era da mentira escrachada, disfarçada sob o véu do “fazer o bem”, do altruísmo não virtuoso, mas hipócrita. Narrativas e falácias se sobrepõem aos fatos, e a virtude não se encontra na ação, mas nas encenações dos teatros dantescos.
Reiteradamente, tenho afirmado que a proposição de valor de uma empresa é muito mais importante do que o badalado e nobre propósito, ou seja, o de servir o bem coletivo. Não, o que vale mesmo é o valor entregue, aquele que satisfaça melhor as necessidades e desejos dos clientes, a fim de que uma empresa possa lucrar - e se perenizar.
Não se deixe enganar pela adesão ao nobre discurso do - pseudo - bom-mocismo -, aludido pelo propósito empresarial altruísta. Não seja ludibriado pela mentira conveniente, construída para seduzir mentes condicionadas pelo coletivismo e pela culpa.
Notadamente, verifica-se uma inversão moral, em que a intenção declarada, a sinalização de virtude, vale mais do que os resultados concretos. Tal questão é uma das maiores fraudes intelectuais da nossa era. As empresas não existem para melhorar o mundo, mas sim para gerar lucro para seus acionistas, satisfazendo os consumidores. Ponto.
O lucro não é apenas moralmente legítimo, mas o único motor sustentável para o progresso humano. Na onda do mar da hipocrisia das narrativas, uma investigação acurada sobre o mito de “fazer o bem para mundo”, propalado pelos gênios do Vale do Silício, revelou que a única coisa que esses pensam, é fazer o bem para eles próprios, isto é, ganhar muito dinheiro e lucrar.
Startups se apresentam como cruzadas éticas, prometendo salvar o meio ambiente, reduzir desigualdades ou promover a inclusão. Vendem discursos de impacto social como se fossem um produto em si; uma mercadoria para consumo emocional. No entanto, bastam algumas linhas de análise para perceber que por trás das frases prontas está o mesmo objetivo que sempre moveu os empreendedores: ganhar dinheiro. Não há problema nisso!
O verdadeiro problema é a mentira necessária para manter a fachada. Se uma empresa diz abertamente: “Estamos aqui para ganhar dinheiro oferecendo um produto que melhora a vida de quem quiser pagar por ele”, ela é vista como egoísta, gananciosa ou até imoral. Mas se essa mesma empresa esconde seu interesse próprio atrás de um discurso de “mudar o mundo”, ela será celebrada como virtuosa.
Essa é a contradição da era das narrativas: o interesse próprio declarado é condenado pelos sinalizadores de virtude, enquanto o interesse próprio disfarçado de bom-mocismo é exaltado.
Falo da busca consciente do próprio interesse sem sacrificar os outros, mas oferecendo valor em troca de valor. Quando um empreendedor cria um produto ou serviço que melhora a vida de seus clientes, ele o faz para obter lucro, mas somente o obterá se os clientes escolherem voluntariamente pagar por aquilo.
Steve Jobs não construiu a Apple para salvar o mundo, mas para criar produtos que ele próprio gostaria de usar, e o mundo se tornou melhor como consequência disso. O paradoxo é claro: quanto mais um indivíduo busca seu próprio interesse de forma produtiva, mais ele beneficia os outros, mesmo sem possuir essa intenção, a lá Adam Smith.
Os “progressistas do atraso” tentam reverter essa lógica, pregando que o indivíduo deve sacrificar seus interesses em nome do bem comum. Mas quem define o que é o bem comum? E a que custo ele deve ser alcançado? São as empresas que buscam o lucro através da criação de valor útil aquelas que geram empregos, riqueza e inovação. Aquelas que colocam a narrativa bom-mocista acima da eficiência produtiva não servem à ninguém, apenas aos parasitas que vivem da gestão da narrativa - mentirosa.
A honestidade foi completamente negligenciada. Uma empresa que declara abertamente que seu propósito é gerar lucro, oferecendo valor, merece mais respeito do que aquelas que constroem slogans vazios para mascarar sua verdadeira intenção. A honestidade é um ato de resistência contra a tirania das aparências. A mentira se transformou, barbaramente, em virtude.
A busca pelo interesse próprio é força vital que move a civilização.
Todos sabemos. Trabalhar e ganhar dinheiro são alguns dos propósitos verdadeiramente nobres da liberdade humana.
Dartagnan da Silva Zanela
Desconfio sempre de pessoas muito entusiasmadas, da mesma forma que não levo a sério os alarmistas, que fazem uma canja rançosa com qualquer pé de galinha.
Bem, esse não é o caso de Michel Desmurget, doutor em neurociência e autor do livro "A fábrica de cretinos digitais". Aliás, um baita livro.
No meu entender, essa deveria ser uma leitura obrigatória para pais, professores e, principalmente, para os burocratas e políticos que não se cansam de inventar traquitanas que, hipoteticamente, melhorariam a qualidade da educação.
Não duvido que políticos e burocratas, que se empolgam com toda ordem modismos, estejam cheios de boníssimas intenções, não mesmo. O problema, como todos nós sabemos, é que o inferno está cheio delas.
Enfim, em resumidas contas, a obra de Desmurget nos apresenta estudos, dados, fatos e evidências que demonstram o quão lesivo é para a formação das nossas crianças a exposição precoce e desmedida às telas, da mesma forma que desmitifica inúmeras crendices a respeito dos supostos benefícios que essas aratacas digitais trariam para o desenvolvimento cognitivo da gurizada.
Sem dúvida alguma, celulares e computadores podem ser úteis como ferramentas auxiliares nos estudos, jamais como o centro da aprendizagem. De mais a mais, quanto do tempo despendido com telas realmente é voltado para o aprendizado zeloso de algo? E com entretenimento vazio? Pois é.
O tempo com os olhos pregados nas telas, segundo o autor, varia de acordo com a faixa etária e com a classe social, mas, de um modo geral, um adolescente usa 7h22 por dia, o que representa 45% do tempo de vigília (acordado). No correr de 1 ano são 2680 horas; tempo equivalente a quase 3 anos letivos do Ensino Médio. Um tempo perdido para todo o sempre no deserto digital.
E, como todos nós sabemos, a superexposição a telas, além de reduzir o poder de atenção dos indivíduos (em média, 8 segundos), também diminui a capacidade de concentração, tornando-os impacientes, ansiosos e apáticos.
Enfim, essa é uma leitura urgente para aqueles que realmente estão preocupados com o futuro das tenras gerações o que, com o perdão da palavra, não tem nada que ver com essa conversa surrada de melhor educação da Via-Láctea, que só existe na cabeça de políticos e burocratas, que pensam em tudo, menos no futuro da criançada.
* O autor, Dartagnan da Silva Zanela, é professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.