Percival Puggina
Durante dois anos li e assisti importantes meios de comunicação, cientes de sua influência junto à opinião pública, defenderem com unhas e dentes o “Fique em casa!” e suas consequências, como o “lockdown” e o “Para tudo!”. A economia (e a fome da população mais pobre) a gente veria depois. O Brasil precisava estacionar para o vírus não circular.
Qualquer contestação a essas práticas era tratada como conduta “anticiência”, desumana, criminosa, dinheirista e genocida. Sob tais conceitos e determinações, idosos eram presos sentados em banco de praça. Sumiram os pipoqueiros, os ambulantes, as bancas de jornal, os catadores. Despovoaram-se os canteiros de obras. Empresas foram constrangidas a demitir. A produção caiu e o PIB despencou.
Por isso pergunto: como ocultar a indignação, quando vejo noticiário de ontem e jornais de hoje produzirem matérias sobre o aumento da fome a patamares dos anos 1990 nos quais a causa é a pandemia “e as políticas dos governos”, sem qualquer menção ao modo desumano e ineficaz com que a pandemia foi enfrentada? Sem explicitar a principal relação entre a causa e seu efeito? Sem baterem no próprio peito?
Tenho bem presente o empenho do governo federal em prover recursos para atender as necessidades básicas da população. E tenho bem presente as acusações sobre o caráter eleitoreiro de tais medidas! Tenho bem presente os adjetivos, as etiquetas e o peso da militância midiática que jogava sobre o presidente da República os males do vírus, as dificuldades da economia, o “mau exemplo” de sua presença nas ruas e a cotidiana reprovação de seus clamores pelo retorno à normalidade das atividades produtivas.
Com esse jornalismo de subsolo, militante, a “mídia tradicional”, que tanto agrado causa ao ministro Alexandre de Moraes, vê e analisa a realidade nacional.
* A imagem acima é de ZH de hoje, com conteúdo do Estadão.
Percival Puggina, com conteúdo da Quadrante Sul Publicidade
05/06/2022
A marca brasileira que há três semanas comemorou 69 anos de fundação durante mostra na Casa BRASIL, em Nova Iorque, foi convidada, agora, a participar da exposição Design Transforma, durante a Semana do Design, que inaugura amanhã, 6 de junho em Milão. A mostra permanecerá aberta aos visitantes até o dia 12 de junho.
Coincidindo com o Salone del mobile Milano, o Fuorisalone 2022 levará ao mundo a excelência do mobiliário brasileiro. Uma edição que abordará os desafios do design para encontrar hoje soluções para o bem-estar e melhoria na qualidade de vida no futuro, versando principalmente sobre inovação de produtos, pesquisa e desenvolvimento de novos materiais com vistas à sustentabilidade.
A Florense participará do evento exibindo duas peças da coleção AWA na exposição Design Transforma - Milão 2022, realizada pela Abimóvel e ApexBrasil. Os produtos selecionados são o gaveteiro Cava e o mancebo Lurch, ambos assinados pela designer Rejane Carvalho Leite. As duas peças fazem parte de uma edição limitada com acabamento em madeira natural Louro-Pardo e detalhes em palha de buriti.
A exposição de produtos brasileiros de alto design faz parte do Projeto Setorial Brazilian Furniture, que tem por objetivo incrementar a participação da indústria brasileira no mercado internacional, tendo como base os pilares da sustentabilidade, competitividade e design integrado à indústria.
O site Conservadores e Liberais, qualificado pelo patrocínio da FLORENSE, parabeniza a empresa, seus dirigentes, colaboradores e representantes pela excelência alcançada. A feliz combinação da arte, da indústria e da tecnologia com o artesanato impulsiona a FLORENSE para reconhecimento dos mercados mundiais mais exigentes e para o consequente êxito comercial
* Na imagem, o belíssimo design da peça Mancebo Lurch.
Percival Puggina
Poucas semanas depois da posse de Bolsonaro já estavam os senhores ministros do STF no desempenho de um “papel contramajoritário” (a expressão é deles mesmos) em “defesa da democracia”. Paradoxo que se mantém até hoje!
O consequente divórcio entre o Supremo e a sociedade, os excessos, as manifestações políticas e politiqueiras, o linguajar militante pressupõem o encastelamento do poder e fazem despencar lomba abaixo prestígio da corte.
Fora do plano da política, soube-se, agora, da ida a Portugal de duas dúzias de ministros STJ, desembargadores e juízes para um evento jurídico a ser presidido pelo ministro Ricardo Lewandowski. Tudo certo, exceto pelo pagamento da conta. Não, leitor, a conta não é sua, ao menos diretamente. A conta, segundo o Estadão, será paga por um banco, empresas de investimento, administradores judiciais e escritórios de advocacia com litígios bilionários pendentes de julgamento pelos convidados. Leia a matéria do Estadão aqui.
Não surpreende que especialistas em Direito e Ética vejam nisso óbvio conflito de interesses, ainda que seja só uma viagem com padrão de conforto incomum ao turista brasileiro. Há três dias, os fatos são do conhecimento público e sobre eles cai o silêncio dos inocentes. Parece que o princípio ético superior persiste sendo o “ninguém solta a mão de ninguém”.
Chama a atenção o recente cancelamento do convite feito ao ministro Luiz Fux pela OAB de Bento Gonçalves para uma palestra-jantar na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) do município. Ao saber do convite a comunidade protestou e os patrocinadores locais recuaram de seu apoio financeiro ao evento. Depois, a CIC recuou do desconvite e o ministro recuou da aceitação alegando questões de segurança.
Logo após, na bela Gramado, também gaúcha e também serrana, surge impasse semelhante, ainda não resolvido. Uma Jornada Internacional de Direito anunciou a participação do ministro Dias Toffoli entre os 225 convidados e o conhecido Hotel Serra Azul retirou seu apoio ao evento. O hotel não perguntou, mas pergunto eu: quem quer aprender Direito ouvindo o ministro Toffoli?
Entre resmungos e protestos, penso que tais cancelamentos são reações normais em uma sociedade que percebeu, ao longo de quase quatro anos, a assimetria de suas relações com as instituições da República. Enquanto estas fazem o que bem entendem, a sociedade vai fazendo o que pode.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
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Meus queridos alunos e ex alunos, nunca esqueçam do cavalheirismo! Vejam o exemplo de Tom Cruise e a Duquesa.
O superastro esteve recentemente em Londres, para a estreia da sequência Top Gun: Maverick.
Quando a Duquesa de Cambridge chegou, como de costume, todos os olhares se voltaram para futura rainha.
Kate optou por usar um vestido que trazia alguma dificuldade de movimento.
Para a surpresa de todos, quando ela foi subir as escadas, Cruise ofereceu-lhe a mão para apoio.
Numa época em que o cavalheirismo se tornou uma palavra desprezada – em que o feminismo se radicaliza (com “marcha das vadias”, mulheres empoderadas de sovaco cabeludo e outras coisas pitorescas) - é significativo recordar que o cavalheirismo é a cortesia, o zelo, a oportunidade de o homem expressar respeito pela mulher.
Não é “opressão”, “masculinidade tóxica”, “patriarcado” ou outras idiotices que dizem por aí.
A resposta da Duquesa, ao aceitar ajuda com um sorriso, foi escaneadora e também demonstra que o fato de receber um ato cavalheiresco não a torna fraca, mas digna de respeito.
Expressar gratidão é um ato de nobreza de espírito.
É sempre animador perceber que o cavalheirismo e a gratidão feminina ainda existem e podem inspirar.
22/05/2022
A FLORENSE, empresa de móveis de alto padrão, mundialmente conhecida e símbolo de qualidade da indústria gaúcha, completou ontem (18 de maio) 69 anos de fundação.
Essa data é sempre comemorada nas lojas que, mundo afora, representam a marca. O mesmo acontece na cidade serrana de Flores da Cunha, cuja população, majoritariamente de origem italiana, se identifica com o espírito de trabalho e empreendedorismo que marcou a vida da empresa.
Este ano, o aniversário da Florense foi comemorado também na CASA BRASIL, em Nova Iorque, onde a FLORENSE é uma das 64 empresas presentes na mostra que ocorre em promoção da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil).
O objetivo da CASA BRASIL é exibir o que levou nosso país a ocupar a 6ª posição no ranking mundial do setor e a continuar crescendo dentro dos elevados padrões de sustentabilidade, dos rígidos padrões ambientais do Código Florestal Brasileiro, diversidade de matérias primas e sofisticação. A exibição, iniciada no dia 11 já um sucesso, com previsão de vendas chegando perto dos US$ 20 milhões.
Na pessoa do CEO Mateus Corradi, envio meus parabéns à empresa, que honra este site com seu patrocínio, bem como a seus representantes e fornecedores.
Autor desconhecido
Nota do editor: Recebi por WhatsApp esta síntese do imperialismo russo e sua permanente belicosidade desde o século XVIII. Se alguém conhece o autor, por gentileza me informe para acrescentar a informação ao texto. Recebo como bons todos os dados porque os que cobrem meu período de observação, desde os anos pós-guerra, estão corretos.
Pax russa - historicamente indesmentível!
• Grande Guerra do Norte e Anexação da Estónia e da Letónia, 1700-1721
• Partilhas da Polónia, 1772-1795
• Anexação da Crimeia, 1783
• Supressão da Polónia, 1794-1795
• Guerra Finlandesa e Ocupação da Finlândia, 1808-1809
• Guerra Caucasiana e Genocídio dos Circassianos, 1817-1864
• Pogroms de 1821 (Império Russo)
• Guerra Russo-Persa de 1826–1828 e Anexação da Geórgia, Arménia e Azerbaijão
• Repressão da Polónia, 1830-1831
• Intervenção na Hungria, 1848-1849
• Guerra da Crimeia, 1853-1856
• Repressão da Polónia, 1863
• Pogroms de 1881–1884 (Império Russo)
• Pogroms anti-chineses do Amur (Império Russo), 1900
• Pogroms de 1903–1906 (Império Russo)
• Guerra Soviético-Ucraniana, 1917-1921
• Deskulakização (Rússia Bolchevique e União Soviética), 1917-1933
• Terror Vermelho (Rússia Bolchevique), 1918-1922
• Intervenção na Guerra Civil da Finlândia, 1918
• Guerra Russo-Lituana, 1918-1919
• Guerra da Independência da Estónia, 1918-1920
• Guerra da Independência da Letónia, 1918-1920
• Guerra Polaco-Russa, 1919-1921
• Anexação da Íngria Finlandesa, 1919–1920
• Invasão e Ocupação do Azerbaijão, 1920
• Invasão e Ocupação da Arménia, 1920
• Invasão e Ocupação da Geórgia, 1921
• Repressão da Karélia, 1921–1922
• Sistema do Gulag (União Soviética), 1923-1961
• Coletivização Forçada (União Soviética), 1927-1940
• Deportação dos Íngrios Finlandeses (União Soviética), 1929-1944
• Holodomor (Ucrânia), 1932-1933
• Grande Terror (União Soviética), 1936-1938
• Invasão e Ocupação Soviética da Polónia, 1939-1941
• Guerra de Inverno (tentativa de invasão da Finlândia), 1939-1940
• Massacre de Katyn (União Soviética), 1940
• Ordens de pilhagem de artefactos culturais e infraestrutura industrial durante a ocupação soviética da Polónia e da Alemanha Oriental, (1940-1947)
• Ocupação da Bessarábia e Bucovina do Norte, 1940-1941
• Ocupação dos Países Bálticos, 1940-1941
• Supressão da Insurgência da Tchetchénia, 1940-1944
• Deportações Forçadas da Bessarábia e Bucovina do Norte, 1940-1951
• Guerra da Continuação (Segunda Guerra Soviético-Finlandesa), 1941-1944
• Massacre dos Prisioneiros de Guerra pelo NKVD (União Soviética), 1941
• Deportação dos Gregos Pônticos (União Soviética), 1942-1949
• Deportação dos Calmucos (União Soviética), 1943
• Operação Lentil (limpeza étnica da Tchetchénia e da Inguchétia), 1944
• Deportação dos Tártaros da Crimeia (União Soviética), 1944
• Deportação dos Turcos Mesquécios (União Soviética), 1944
• Deportação dos Bálcaros (União Soviética), 1944
• Transferência Forçada das Populações Alemãs (1944–1950)
• Massacres de civis durante o Cerco de Budapeste (Hungria), 1944-1945
• Ocupação da Roménia, 1944-1958
• Campanha de Violações de Mulheres (Polónia e Alemanha), 1945
• Caça ao Homem de Augustów (Polónia), 1945
• Bloqueio de Berlim (Alemanha Ocupada), 1948-1949
• Oposição ao Plano Marshall, 1948-1951
• Divisão da Alemanha, 1949-1990
• Organização da Greve Geral contra o governo da Áustria, 1950
• Repressão de Berlim e Alemanha Oriental, 1953
• Massacre de 9 de Março (Geórgia), 1956
• Repressão dos Protestos de Poznan (Polónia), 1956
• Intervenção na Hungria, 1956
• Supressão dos Irmãos da Floresta (Países Bálticos), 1945–1956
• Muro de Berlim (Alemanha Oriental), 1961-1989
• Massacre de Novocherkassk (Rússia Soviética), 1962
• Repressão das Manifestações de Yerevan (Arménia), 1965
• Operação Danúbio (Invasão da Checoslováquia), 1968
• Repressão dos Protestos de Dezembro (Polónia), 1970
• Repressão da Sublevação da Lituânia, 1972
• Repressão dos Protestos de Junho (Polónia), 1976
• Repressão das Manifestações da Geórgia, 1978
• Invasão e Intervenção no Afeganistão, 1979-1989
• Lei Marcial na Polónia, 1981-1983
• Tragédia de 9 de Abril (Geórgia), 1989
• Tentativa de supressão da Revolução Romena, 1989
• Janeiro Negro (Azerbaijão), 1990
• Primeira Guerra da Tchetchénia, 1994-1996
• Segunda Guerra da Tchetchénia, 1999-2009
• Guerra do Daguestão, 1999
• Guerra Civil da Inguchétia, 2007-2015
• Invasão da Geórgia e Ocupação da Ossétia do Sul e da Abecásia, 2008-…
• Anexação da Crimeia, 2014-…
• Intervenção em Donetsk e Lugansk (Ucrânia), 2014-…
• Invasão da Ucrânia, 2014 e em 2022
Sempre, “bons rapazes”.